Tan Enamorados - Betty e Armando Mendoza escrita por MItch Mckenna


Capítulo 77
Capítulo 77 Feliz Ano Novo, meu amor!


Notas iniciais do capítulo

Betty e Armando haviam passado um ano lindo e mágico com o Casamento, Nascimento da filha e estabilidade Econômica na Ecomoda, logo, não iria ser a descarada de uma ex-amante que iria tirar-lhes a paz.



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Betty costuma ser muito educada e doce. Mas não queira provocar-lhe a ira e isto Armando, o amor de sua via, conhecia muito bem. E a tal da sueca Birgitta havia provocado tal sentimento que Betty sempre procurou evitar, não eram simples ciúmes. Não podia impedir o mundo de achar seu marido atraente e cobiçá-lo, ela mesma sabia quão difícil era não achá-lo lindo e charmoso.

Outra coisa, era correr atrás dele, invadir seu escritório, seu quarto como poucas tinham coragem de fazer, apenas algumas modelos e essa sueca. Ela tinha que saber que, embora, fosse convidada de sua sogra, estava na propriedade dos Mendoza, e ela é agora a jovem senhora Mendoza, e tinha o aval de Armando para o que fizesse.

Mas preferiu manter a calma, não iria agir gratuitamente. Ao lado de Armando, sempre se sentia a mais bela e desejada das mulheres e o era para ele (como sempre ele fazia questão de dizer); se mesmo feia se sentia assim, imagina bela como estava: vestido de alças amarelo, com detalhes dourados, com as costas nuas, lingerie amarela (conforme a tradição colombiana para trazer prosperidade, afinal, a Ecomoda precisava). Por baixo ainda usava uma cinta que apertava e diminuía o inchaço da barriga (pois a menos de um mês estava grávida). Maquiagem bem natural, mas os olhos destacados com lápis preto e sombra dourada, as bochechas com blush cor de terra e o batom laranja e dourado em degradê. Sapato de salto-alto e seus cabelos negros semi-presos caídos sobre os ombros. E para complementar, o colar que Armando lhe presenteara no Natal. Lógico que contou com a ajuda de Catalina para estar assim “tão linda” como dizia Armando, mas não podemos esquecer que Betty teve que se retocar depois da troca de carícias com Armando há poucos minutos, mas valera a pena. Ele parecia agora mais aliviado e com certeza, cada vez mais apaixonado por sua surpreendente esposa.

A ceia de Ano Novo, embora, apresentasse algumas tradições nacionais como:Arepa,  Empanadas   Patacones recheados de queijo, molho agridoce de ameixa e salada mista, eram em sua maioria, de acordo, com o paladar nórdico.

Onde estavam  a Limonada de coco, salsa de Aj ou o suco de amora que tanto faziam parte das comemorações de Ano Novo que conhecia? -pensava Betty. Parecia que sua sogra não havia pensado naquela festa para comemorar o Ano Novo recebendo-a e sua filha, mas sim para agradar os Peterssons, e principalmente, Birgitta que não se comportava como um ex, como Marcela fazia, por exemplo, e sim como, se a qualquer momento fosse se tornar amante de Armando. Ela sabia que não. Vira nos olhos dele a verdade.  Mas quais eram as intenções de sua sogra com isso? Era tão boa anfitriã assim?

Já tinha ouvido sua sogra falar que o paladar sueco era exótico e de lamber os beiços, que a comida era um misto de sabores e iguarias sem fim. Na hora, julgou interessante, mas depois que a tal moça havia tido a petulância de ir ao seu quarto para abordar seu marido, estava enjoada e nem querer provar o Sill : (peixe arenque preparado) ao molho de mostarda e alcaparras, o Jansson’s Temptation (batatas, cebola, creme de leite e pedaços de pão)  ou a Torta (doce) de Rabarberpaj (ruibarbo, uma espécie de aipo). A única coisa que provou daqueles iguarias foi o Spettekaka  (bolo de suspiro gigante)
—Este vale a pena provar, Betty! 

E cochichando-a: A única iguaria sueca aqui que ainda gosto. (este comentário ao pé do ouvido de Armando a fez soltar uma risada, a qual ele retribuiu com outra.)Birgitta olhava-os com uma raiva estampada. "Como pôde se tornar tão babaca?"- pensou 

—Ela está nos olhando, Betty!

—Ah é? E o que pensa em fazer a respeito?

—Isto, Betty!  -puxou Betty e tascou-lhe um beijo na boca. 

 

—Que isso, Armando? -repreendeu-o Margarida

—Isto aqui é para presentes saberem que amo esta mulher, Beatriz, minha mulher, a mãe de meus filhos, Dra. Pinzón Mendoza para vocês, a presidente da Ecomoda!

Betty amou a declaração, mas logicamente ficou corada como sempre.

Logo, Camila trouxe a sobrinha para o colo de Betty, para mamar. Desta vez, Betty fez uso da mamadeira que foi preparar na cozinha. Afinal, não era um momento íntimo para dar de mamar no peito.  Antes da meia-noite, Margarida chamou Armando para conversar na biblioteca. Ele virou os olhos, já sabendo o que ia acontecer.

—Armando, posso saber o que aconteceu? Por que este show? Beijos, abraços na frente de Birgitta está chorando desde aquela hora. O que fizeste para ela?

—E-eu? Como assim o que fiz para ela?

—Sim, porque ela é uma menina muito doce e educada. Vocês sempre se deram bem.

—Sim, porque minhas intenções com ela eram outras!

—O que quer dizer?

—Que Birgitta e eu tínhamos um caso quando jovens.

—Mas... Está falando sério?

—Sim, aqui nesta casa, em todos os lugares. E mesmo quando comecei a namorar Marcela, ela continuou me querendo e sim eu era um safado e nem me importava, ia com ela.

—Mas o Daniel não gostava dela?

—Aí eu já não sei... ela ia até meu quarto, aqui na biblioteca, em todos os lugares e você sabe, mamãe, como eu era... Ela era uma menina bonita e eu nem queria saber. Nos encontramos na Europa e sim, ficamos juntos. Mas nunca namorei com ela. Aliás, namorar firme, só namorei Marcela e Betty.

—E o que aconteceu no quarto?

—Há! Mamãe!

—Meu filho!

—Não é nada do que está pensando! Não há caminho de volta para a esbórnia para mim! Amo a Betty e me completa em tudo: na vida, na mente, no amor, na empresa e também, na cama.

—Que horror! Isto são coisas que se fale para sua mãe?

—Mas é verdade! Prefiro ser assim: direto, verdadeiro, grosso hoje em dia, que aquele safado mentiroso. Birgitta correu atrás de mim o dia inteiro, mesmo sabendo que sou casado e com uma filha! E ainda invadiu meu quarto, me agarrou e só me largou quando a empurrei e caiu no chão.

—Difícil acreditar que Birgitta fez isso! Ela sempre me pareceu uma moça comportada e tímida.

—Na frente de vocês!

—Estranho.

—Ah sim? Minha própria mãe prefere acreditar nas lágrimas de crocodilo de uma desconhecida e no papel de tímida do que crer em minhas palavras? Pois saiba que Betty acreditou em mim, em minha palavra, mesmo contra as evidências.

—...

Armando estava saindo da biblioteca, quando Margarida puxou seu braço e o abraçou.

—Desculpa! Lógico que acredito em você!

—Está bem, mãe! Não deixemos que este acidente atrapalhe a passagem de ano.

—Peço que não fale nada para os pais dela.

—Não falarei, desde que ela não nos perturbe mais, nem a mim, nem à Betty. Senão, terei que contar para que conheçam bem a filha que tem!

—Ela não vai mais importuná-los, tampouco tentar te seduzir novamente. Agora, sou eu que vou falar com ela e não vai mais se atrever!

—Mãe, juro que nunca soube que o Daniel estava a fim dela! Nunca fomos amigos, mas nos dávamos bem na infância, considerava um primo, Júlio e Suzana eram como se fossem meus tios.

—Eu sei!

Armando sai e Margarida conversa com Birgitta que se faz de desentendida, mas entende bem a ameaça. Com medo de ser descoberta, resolve deixar Armando quieto.

Camila se posicionou ao lado de Betty.

—Minha afilhada já mamou?

—Sim, Mila!

—Então, deixa que me encarrego dela.  Ó, venha cá com a titia!  Fica ao lado do Dito, abrace-o, agarre-o, que ele me contou tudo que Gitta fez! Que louca!

—Para você vê o que passo todos os dias!   -riu-se ´Seu irmão enlouquece as mulheres!

Camila riu

—Imagino.

—A única coisa boa é que não é em todo lugar, ele era mulherengo mas no do tipo que abordava qualquer mulher, digo assim, são mais modelos, atrizes, estas milionárias. Não teve casos com empregadas e etc...

—Ah isto pode ter certeza, cunhada! Ele sempre teve gosto refinado, só escolhia as mais bonitas, as tops e elas corriam atrás dele!

—É fui a primeira e única pobre...

—Pobre nada, dona da Ecomoda! Rs

—E bem feia!

—E fiquei louco de amor!  -completou Armando, que chegava ali, ouvindo só o final da conversa.

—Mas estava errada, meu amor! É a mais bonita!

—Agora! Antes -riu-se -um morcego dizia. -beijo  -um monstro.

—Minha Doutora monstro e sou seu doutor monstro! -beijo

—Ih, vamos para ali, Camilita que estes dois... Aproveitem! É brincadeira!

—Vem cá, Betty! Deixe Mila aproveitar a sobrinha, pois ela vai ter que retornar à Europa em breve!

Os dois ficam abraçados, aos olhares reprovadores dos Petterssons, pois são uma família rica e muito conservadora (ao menos os pais são)   Se soubessem o que sua filhinha é capaz de fazer!  Mas Armando sofreu muito para poder ter e assumir Betty e não vai ser uns visitantes indigestos que vão impedi-lo de mostrar seu amor.

Depois do incidente, tudo transcorreu bem. A mesa estava decorada com troncos de trigo. E os bolsos de Armando, de Roberto, de Nicolás, Margarida entre outros estavam recheados de lentilha. Não que cressem muito que as coisas funcionassem desse jeito, mas Catalina acreditava e isto foi o suficiente para convencê-los.

—A única que conheço é ter dinheiro no bolso na Virada do ano. -comentou Armando

—Ah, conheço! Este você tem, meu amor!

—Nós temos agora!

Á meia-noite, os fogos de artiffício explodiram, iluminando a mansão Mendoza.

—Que lindo, Armando!

—Feliz Ano Novo, Betty!

—Feliz Ano Novo, meu amor!

—Abra a boquinha! Uma, duas, três... -segurando as taças de cristal, Armando colocava cada uma das doze uvas na boca de sua Betty, segundo a tradição de Ano Novo colombiana

—Uma, duas, três....    -Seguido por Betty, que fez o mesmo, na outra mão, Armando segurava uma taça de champanhe.

—Cadê, cadê a monstrinha linda do papai?  (Armando tomando sua filha das mãos da irmã e erguendo-a)

—Cuidado, Armando! Ela é muito pequena!

—Oh, desculpe minha filha! Este teu pai é um bobo grosso, mas te ama muito. Feliz Ano Novo! O primeiro ano conosco!

—Betty abraça-o olhando a menina.

Logo, Camila, Nicolás, Roberto e Margarida. E todos se cumprimentaram pelo ano. Birgitta revoltada não ousou chegar perto do casal Mendoza mais.

—Venha, Carmencita!  -chamou Camila.

A cuidadora juntou-se à família Mendoza, pois Camila e Armando a consideravam como uma tia.

—Posso te dar um abraço, Mila?

—Lógico, não é, Nicolás?

—Feliz ano novo!

—Feliz ano novo!

Dão um beijo na boca. E ficam testa com testa.

—Que neste ano, tudo se resolva!

—Sim.

Betty vê Nicolás e Camila juntos e suspira, pois gostaria muito que sua cunhada e seu quase irmão se acertassem como ela e Armando.

Após a comemoração, Betty ligou para seus pais que estavam na Casa das tias Pinzón para os cumprimentos do ano, depois foi limpar e trocar as roupinhas de sua filhinha. Depois de acomodá-la no moisés e espera-la dormir, acomodou-se nos braços de Armando e dormiram de conchinha, agarradinhos.

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