Betty ainda está sentada no colo de Armando na salinha.

A rotina retorna à Ecomoda. Mesmo sem as modelos famosas, Hugo continua desenhando. Não tem outra opção, visto que sua experiência em Miami não deu certo. Não é qualquer empresa que aguenta um temperamento como o seu.  Precisam preparar a coleção de Outono-Inverno e enfrentarem outra reunião de Diretoria. Depois de alguns dias, o joelho de Betty está novinho em folha e a moça está animada para tocar as coisas com a Ecomoda.

—Aura María! Pode me pedir um lanche?

—O que queres, Betty?

Não sei! Estou com vontade de comer algo, mas não sei o quê! Bem, por favor! Pede um suco de amora na Copa para mim e depois pede para o Freddy subir. Quero arrumar umas coisas! Mas antes chame a equipe da limpeza, por favor, preciso que limpem tudo. Está há meses fechada, desde que meu pai fica trabalhando com o Nicolás.

Depois de um tempo, Freddy chega à sala da Presidência:

—Pois não, querida presidente?

—Freddy! Quero que me ajude com umas coisas.

—Sabia! Mesmo um gênio como a Presidente precisa de um assistente genial para ajudar!

—Não é isso, Freddy! -riu-se Betty- Após limparem minha antiga sala, preciso que coloquemos todos os arquivos lá!

—Quer que a sala volte a ser de arquivo?

Sim.

—E quando começamos?

—Creio que semana que vem!

A moça da Copa chega com um sanduíche e um suco de amora. Mas pela primeira vez na vida, Betty enjoa como o suco de amora e pede um chá. Aura Maria estranha e logo as meninas começam a desconfiar e percebem que Betty que está um pouco cheinha.

—Ai, acho que não há dúvidas! Do jeito que ela e Seu Armando ficam naquela sala deve rolar pelo menos umas duas vezes por dia!

—Ah, mas será que ela não toma nada?

—Ah! Basta uma vez sem se precaver e já era!

—Acha que devemos falar com ela?

—Melhor esperarmos! Ela vai ficar nervosa! Nova coleção sendo preparada e reunião da Junta.

—Ah até eu fico com arrepios dessas reuniões!

Dias depois, Betty está na sua antiga salinha, arrumando uns papeis e mexendo no computador para pegar dados e transferir para o seu.

—Hum, mí amor! -beijo

—Que foi?

—Estava com saudades!   O que está fazendo com nossa salinha?

—Ah, vai voltar a ser sala de arquivo.

—Ah por quê?

—Ora! Era a função original, não? E é um bom espaço para armazenar tudo o que não está sendo usado.

—Ah mas é que tenho boas recordações do local como está! Aqui nasceu nosso amor!

—Mí amor! Eu sei, mas não posso deixar os arquivos espalhados

—Eu sei, mas...  quando vai começar a mudar aqui?

—Ah amanhã Freddy e a equipe já vai começar!

—Ah!  Espera um momento aqui. Já volto!

—Aura María!

—Sim, Seu Armando!

—Como Betty fala: código 001 e avise a Sandra! Se vier alguém aqui, já sabem!

—Sim, Seu Armando!

—Pronto!

—O que foi fazer?

—Betty!   -Ele a enlaça com seu braço quente. E começa a beijá-la.

—O que quer?

—Não pode imaginar? (abre os botões superiores para explorar seu pescoço com a boca)

—Está louco?

—Sabe que só fico louco por você!  -Ele tira seu paletó e joga no chão

—Armando!

—Sim, Betty!  Antes que você mude esta sala, preciso fazer algo que sempre quis fazer aqui.

Ele a beija com todo seu ímpeto, a carrega no colo e a coloca sentada sobre a mesinha. Enquanto a beija, encosta na tela do computador e vê sua foto na tela.

—Então, você ficava me namorando aí?

—Sim... -ela fala timidamente. O dia inteiro!

Louco de desejo, ele tira tudo de cima da mesa, deixando só o computador e Beatriz sobre a mesa. E continua a beijá-la, agarrando-a e tirando sua blusa.

—Isto é loucura, doutor! Não devemos fazer estas coisas aqui no escritório!

—Pois aqui que sempre tive mais vontade de fazer!

Ele tira seus sapatos e desce suas meias.

—Doutor!

—Betty, vou fazer o que quiser contigo nesta salinha! Onde está o balancete, Betty? Se você não fizer, você vai ver só!

—Ai, Seu Armando! Por favor, Não me castigue!   -Betty entra na brincadeira

—Me dá o balancete.

—Sim! -ela retribui os beijos, lançando mão de sua gravata, e abrindo sua camisa

—Sabe ando muito estressado com isto tudo, com esta nova coleção!

—Ai, doutor! Venha para os braços de sua Betty! Ela vai te acalmar!

—Jura que pode fazer isso, Betty?

—Sim! Estou aqui para isso!    -Ela dá pequenos beijos no rosto dele. Até encontrar sua boca, então, ele continua a percorrer o caminho de seu pescoço com beijos e arranca-lhe sua saia, enquanto baixa sua calça

—Era isto aqui que queria fazer e teria feito se toda hora não viesse alguém nos incomodar!

Ela o beija

—Quando me recusava e me deixava sem suas carícias eu tinha vontade de te agarrar e te beijar assim e te tomar em meus braços e te possuir nesta mesa, sem ligar para nada. Mas faltou coragem para tanto. Não sabia o que faria. O que faria? Me rejeitaria, Betty?

—Se me abraçasse, beijasse e começasse a me possuir aqui na minha salinha mesmo correndo riscos?

—Sim... me rejeitaria, Betty?

—No começo sim! Mas depois... eu cairia na quentura de seus braços!

—Ai como fui um idiota! Em não perceber que é você que eu queria!

—Ai, Seu Armando! Não consegui preparar o balancete!

—Ah mas vai ter que prepará-lo! Hoje!

—Ai, estou cansada hoje! Tenho que ir para casa!

—Não está cansada! Quer só me enlouquecer!

—Pois me vou!

—Não vai!

—Desculpe, doutor! Estão me esperando!

—Daqui você não sai, Beatriz! Não sai porque posso fazer contigo o que eu quiser nesta salinha!

(Ele a beija com paixão, segurando-a, com a outra mão, praticamente arranca sua calcinha e a penetra,  com paixão, intensamente)

Fecha os olhos e imagina que sua Betty está daquele mesmo jeito de quando era sua assistente feia. A amava e desejava bela como estava, sua esposa amada, mas não deixava de amar os momentos passados, quando descobriu o amor exatamente com quem e onde nunca pensou que encontraria. 

(Os dois se amam intensamente, como se quisessem recuperar o tempo perdido, desde o dia em que Betty descobriu a carta e parou de se relacionar com Armando até a reconciliação.)

—Tome, Beatriz! É o que merece por ser tão desobediente! Por que tem prazer em me deixar louco? -continuam com a brincadeira

 -Não estou fazendo nada! Por acaso está querendo dizer que sou uma descarada?

—Sim, sua descarada! No fundo sei porque não me entregou logo este balancete! Queria que eu viesse aqui e fizéssemos amor do jeito que fizemos.

—Ai, doutor! Não é bem assim... Leva um tempo para fazer o balancete!

—Para uma espertona como você, não!

Louco de amor, Armando quer mais ainda. Mas deixa, Betty se vestir

—Você não vai se vestir?

—Não! Para quê? -A agarra como muito mais força- Eu quero mais!

—Ai, Seu Armando!

Ele a toma, a beija e praticamente arranca suas roupas.

—Ai, doutor! De novo?

—Sim, minha Betty! Estamos nos despedindo de nossa salinha!

—Ai, Seu Armando! Quer que eu faça outro relatório?

—Sim, aquele estava errado! Vou te ensinar a fazer direitinho, Beatriz!

—Ai, me ensine, doutor! Tenho certeza que ao seu lado, em seus braços, posso aprender muito mais!

—Sabe que a amo, não sabe?

—Sim. Assim como te amo!

—Do jeito que é, agora, do jeito que era. A desejo.

Ele continua a tomá-la com todo seu desejo e a fazer daquela mesa que era de trabalho duro e sofrimento um local onde Betty foi muito amada naquela tarde.

—AAAAAAAHHHHH !!!

—AAAAAAAHHHHH !!!

—Você sempre mereceu isso aqui! Deveria ter sabido!

Ela continua gemendo.

—Que? Quer mais?

—Não -risos Só ficar em seus braços.

—Ah então não é melhor no sofá?

—Me abrace, doutor!

Armando senta na cadeira que era de Betty e ela senta em seu colo e ficam se beijando.

—Sofri muito sua ausência aqui.

—Nunca poderia imaginar, senão, teria voltado... -Ela acaricia seu rosto, com carinho e o beija

—Mas não importa! O que importa é que estamos juntinhos os dois...

—Sim, como diz a canção

—Sim! E podemos nos amar para sempre!

—Me amará para sempre?

—Te amarei, Betty, até que me ame.

—Então, será para sempre!

Beijos

Depois se arrumam entre os beijos e continuam a trabalhar como se nada tivesse acontecido.

Do lado de fora, enquanto o casal Ecomoda fazia amor, a fofoca corria solta.

—Olha, começaram de novo!

—Que fogo tem estes dois!

—Ah, que Betty ficou muito bonita e ele já era estava apaixonado mesmo feia, imagina!

—Ai, será que não vai fazer mal para o bebê que ela está esperando?

—Imagina! E fazia muito quando estava grávida do Jimmy! -lembrou-se Aura María

—O gordo e eu fazíamos sempre, também! -suspira Bertha

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—Mí amor! Estou pensando, por que não deixamos esta sala assim... para nossos encontros?

—Armando! Você acha que teremos tempo para fazer isto todos os dias na Ecomoda?   temos muito trabalho aqui.

—Sempre tivemos muito trabalho e sempre namoramos aqui entre balancetes e...

—Mas não tínhamos outro jeito. Agora, somos casados, fazemos amor todas as noites e algumas manhãs também, logo...podemos usar aqui só para trabalhar!

Ele a beija.

—Só de ouví-la falar "fazer amor" já fiquei com uma vontade!

—Armando!

Ele ri, pois amava provocar Betty um pouco.

—Fica tranquila! Voltemos a trabalhar agora! Tenho que ver as franquias do Equador, México, tem vários países interessados! vou convidar os responsáveis a virem ao nosso próximo desfile.

—Que ótimo! -beijos

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