Tan Enamorados - Betty e Armando Mendoza escrita por MItch Mckenna


Capítulo 228
Capítulo 225


Notas iniciais do capítulo

Armando estava alheio a tudo que Betty e sua mãe estavam envolvidos.e considerando que é tipicamente distraído nem notou no modo diferente que sua Betty se portava, a não ser porque sempre chegava atrasada, tendo saído cedo de Ecomoda. Algo estava acontecendo.



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—Onde será que foi Betty? Por saiu tão cedo e ainda não chegou?

 

Resolve ligar para o celular dela, novamente.

—Betty?

—Oi, Armando! 

—Que acontece, Betty? Te liguei e não atendeu>

—Ai, desculpa, meu amor. 

—Onde está Betty?

—E-eu, como te disse fazendo um curso.

—Sim, mas outra vez?

—É que são algumas semanas. Algum problema?

—Não, nada, meu amor, só estava preocupado. É que hoje temos um jantar de negócios, mas se quiser, eu desmarco.

—Não, não podemos perder oportunidade. Onde ficou marcado?

—No Lenoir. Não se lembra? Foi você que marcou! É com aSAn Remo. Estamos para fechar um contrato e não queria ir sem você.

—Ah sim. É que são tantas coisas na cabeça. Ojojo!

 

Armando estranhou. Betty tinha ótima memória, ainda mais para os negócios e não esqueceria tão fácil. Que tipos de coisas tinha na cabeça?

—Ora, Armando! Que bobagem! Ela tem, a empresa, nossa filha, a crise econômica. Que mais? E este curso, ah? Do que será? Não me disse. 

 

 

—____

Na escola

Quem era?

—Armando! Parece desconfiado de algo.

—Armando? Imagine. Ele é distraído e não liga para nada.

—Não comigo, dona Margarida!  Comigo é atencioso e ciumento. Pior que me esqueci de um compromisso hoje no Lenoir,

—NO LENOIR?!

—Mas o que é? Jantar romântico?

—Não ojojo! Jantar de negócios.

—Uma grande oportunidade.

 

Arnoldo, Margarida e a equipe julgaram que Betty estava preparada para seu primeiro desafio: ela escolheria o que comer, o acompanhamento e ainda perguntaria se Armando estava de acordo. 

Além disso, lhe cederam roupa e sapato de salto um pouco mais alto que costumava usar.  Deveria surpreender. 

A maquiagem deixaram por sua conta. 

 

Assim, Betty se dirigiu ao Lenoir, onde já se encontrava Armando.

 

—Boa noite! -disse Betty ao encontrá-lo em uma mesa junto a dois homens que não conhecia.

—Betty!  -Armando ficou surpreendido, pois não conhecia aquela roupa, ela também estava com os fios soltos, ao contrário do que usava de manhã.

Beijos.

—Que foi?

—Nada! Está diferente.

—Diferente?  Diferente, como?

—Não sei. 

—Estou feia?

—Você nunca estará feia!  -disse com voz galanteadora, esquecendo que estavam outras pessoas  -Ah, estes são da San Remo, creio que os conhece.

—Prazer!

—Encantado, doutora!

—Por incrível que pareça não os conheço pessoalmente. Só por telefone.

—Não? -perguntou Armando, convidando-os a voltar a se sentarem.   -Realmente faz uns dois anos que não os encontramos pessoalmente, só por telefone e vídeo-conferência, mas Betty encontramos com eles no clube, lembra?

—Não. Você foi sozinho. Eu fiquei na Ecomoda.

 

Armando teve uma leve lembrança, este dia ele foi encontrar o presidente da San Remo ao invés de ir à Palm Beach e Betty descobriu a carta de Mário. Como poderia esquecer-se disso?

 

—Ah, é, creio que me enganei, Betty. Eu me encontrei com os executivos da San Remo, sozinho.

—Lembro-me como se fosse hoje, don Armando!  Mas voltemos aos negócios. Encantada de conhecê-los pessoalmente.

—Mais encantados estamos nós. Armando disse que a senhorita é a mesma Betty que foi sua assistente?

—Sim, ojojo!  Eu, Betty, Beatriz Pinzón...

—de Mendoza!  -disse Armando.

—Ah se casou? 

—Sim, se casou comigo e foi noticiado em todos os veículos.

—Armando!  (Ele virou os olhos)  Sim, era a assistente e me tornei presidente. 

 

—Desejam fazer o pedido? -perguntou o garçom

—Sim. -disse Armando

 

  -E o que deseja?

Armando ia pedir por Betty, mas vendo que ela iria falar, deu-lhe a vez:

   -Para mim, pode ser   *Magret de Carnard com laranja e mel.

  Armando arregalou os olhos, nunca havia pedido tal prato para Betty, como ela conhecia isto? 

 -Excelente escolha. E como acompanhamento?

—Hã, pode ser  *Pinot Noir!  Está bem, Armando?

—Não poderia falar melhor. 

—E de entrada, senhora?

—Ah (tentou lembrar-se) é...  -É *Escalope de foie gras! (fuagrá)

—Tem certeza, Betty?  -perguntou Armando, surpreendido

—Pronunciei mal?

—De forma alguma, senhora, está perfeito. -disse o garçom

—É que não me lembro de tenha experimentado isso!

—Está mal, então?

—Não, Betty, perfeito. Para mim, o mesmo, mas de entrada prefiro sopa de cebola. 

—O vinho?

—O mesmo que minha senhora pediu com duas taças.

—E os senhores?

—Scargot...

—Truta...

 

Pediram seus pratos com os devidos acompanhamentos, o senhor da San Remo observava Betty. Sempre ouviu falar que a ex-assistente de Armando era muito feia, mas aquela senhora a sua frente (e que até aquele jantar não sabia que se tratava da mesma pessoa, pois a imprensa a chama sempre destacava que a nova presidente da empresa, Beatriz, era muito bela. Armando não gostou nada da forma como olhava Betty e embora tentasse se segurar, Betty conhecia muito bem seu marido. Viu que deveria agir, então, segurou a mão dele, deixando claro que sabia que estava com ele. 

 

Mas Armando também estava intrigado por outra coisa. Sabia que Betty nunca havia comido estes pratos. Sequer sabia que existiam. E pelo fato de serem franceses ficou intrigado.  Precisava relaxar, assim foi ao banheiro. 

—Está bem?

—Sim.  Já volto.

 

Em frente ao espelho:

 

—Que passa com Betty? Onde aprendeu isso? E ainda com pronúncia perfeita, tal como estivesse na França ou com um francês! Não, não pode ser, minha Betty não. Não estaria se vendo com o francês, com ele não! Tudo menos o maldit francês sorridente cartageneiro.  Que o mato! O mato! Não, Armando controle-se! Estão em público, fechando negócios! E que este depravado de Agris olha para minha Betty como se fosse engoli-la? O único que a engole sou eu! Pior que não posso fazer nada, não agora! Tenho que confiar em Betty. 

 

Armando lavou o rosto e voltou para a mesa. 

—_______

 

 

Os pratos haviam chegado, Betty havia gostado do vinho e até mesmo do Magret, mas do escalope teve que engoli-lo com água, pois com vinho não lhe descia, Armando percebendo sorriu-lhe (era a Betty de sempre) e ofereceu-lhe um pouco de sua sopa, o que ela com gosto preferiu.

—Eu como o Escalope, disse Armando com certo receio, também não era de seus favoritos.

—Nunca havia comido? -perguntou Agris à Betty

 -Na verdade, não, mas haviam me recomendado e achei que deveria experimentar, mas... prefiro a sopa de cebola de Armando, ainda que não goste tanto de cebola. Ojojo!

 

 

Todos riram, depois Armando pediu como sobremesa uma mousse para os dois.  O acordo foi fechado e viram porque Armando sempre havia preferido fechar negócios com ela ao lado. Além de bonita, era inteligente e ávida para os negócios, uma leoa para defender suas propostas. 

 ________


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Notas finais do capítulo

*Magret é prato típico da culinária francesa com carne de pato

* Pinot Noir -espécie de uva que da nome a um vinho muito chique

*Patê de fígado de ganso (eca!)


Na verdade, não sou vegetariana e fui pesquisar os pratos em prol da arte.



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