Tan Enamorados - Betty e Armando Mendoza escrita por MItch Mckenna


Capítulo 21
Capítulo 21: Rotina na Ecomoda


Notas iniciais do capítulo

Seu Hermes fica desconfiado e resolve verificar de perto a quantas anda as preparações para a viagem. Mas a equipe está realmente centrada no trabalho...



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Seu Hermes acordou segunda-feira e fez questão de levar a filha, em seu carro,  à Ecomoda: primeiro porque queria analisar com Nicolás como estavam indo as questões financeiras, referentes aos pagamentos de impostos da Terramoda, e as obrigações da Ecomoda com a Terramoda, pois sentia-se particularmente comprometido com Dr. Roberto Mendoza. Era uma questão de honra para ele.Também queria ver de perto o planejamento financeiro que Nicolás estava desenvolvendo em relação à implantação das franquias. Mas claro que Betty estava certa que seu pai estava ali para vigiá-la de perto. Tinha certeza, que seu pai queria certificar-se de que não havia nenhum plano para ficarem juntos na Venezuela. Era uma forma de segurar ao máximo o inevitável: a vontade que Betty e Armando tinham de ficarem juntos.

Naquele dia, Betty sentia-se muito diferente:  após sonhar a noite inteira com Armando, mal podia esperar para vê-lo. Eram sonhos bem diferentes dos que tinha quando ele ainda era inalcançável. Podia sentir agora sua pele, sentir seu cheiro. Não eram mais os sonhos tipicamente românticos e inocentes que costumava ter, almoçando, bailando, abraçando-o.  Tinha necessidade dele!

Armando chegou naquele dia e se dirigiu direto para a Sala da Presidência.

—Oi, como vai, mí amor?

—Muito bem! Melhor agora que chegou, mí doutor!  -beijos

—Bom dia, Dr. Mendoza! Como vai?

—Bom dia, Seu Hermes!  -virou os olhos -Estou bem e o senhor?

—Muito bem!

Seu Hermes recolheu-se à caverna, procurando ouvir algo, enquanto dava continuidade ao seu trabalho

—Bem, Betty! Vou para minha sala, muitas coisas para resolver! Muitos empresários de vários outros países da América Latina estão interessados em não só implantar as franquias, como em propor parcerias com suas marcas.

—Então, teremos muito trabalho Rs

—Culpa sua de ser tão competente!

—Tenho um bom parceiro! (dá uma risada e uma piscadinha)

(beijo de longe)

—Meu pai disse estar surpreso, mas sabíamos que o projeto de reabilitação era bom, não é verdade?

Ela assentiu com a cabeça.

—A Ecomoda é uma empresa sólida, bem constituída, não iria acabar por conta de bobagens de um ex-presidente irresponsável qualquer!

—Não fale assim, Seu Armando!

—Sim, com meu nervosismo troquei os pés pelas mãos e não te ouvi! Poderíamos ter evitado tudo isso...

Betty parou de olhar os papéis que estava analisando para olhar para ele, como se inquirisse “Mas o que será que ele gostaria de evitar?” Ele pareceu ouviu à sua pergunta

—Lógico que tirando a questão financeira e todo o engano (cochichou para seu Hermes não ouvir e perguntar),  não me arrependo de nada. Colocar a empresa em suas mãos foi o melhor que fiz, Betty!  -segurou-lhes as mãos- E começarmos algo, me apaixonar foi ainda melhor! Não imaginaria como estaria sem você ao meu lado!

—Ela sorriu, mas em sua mente imaginou-se feia, vendo revistas de Economia, com reportagens sobre a Ecomoda e uma foto sua com o casamento com Marcela estampando as páginas. "Um grande negócio para as duas famílias, sem dúvida. Assim estaria."-pensou

 

—A  loja  de Palm Beach  está em franca expansão também... tanto que Cata irá mandar uma representante para verificar a possibilidade de fazermos o lançamento de alguma coleção exclusivamente lá. Preciso falar com Marcela sobre isso. Cata a está à procura dela para verificar o que será necessário!

Betty engoliu a seco, pois ela havia pensado em Marcela há poucos minutos e agora pronunciara seu nome.  Sentia-se, Betty ainda responsável por tudo o que ocorrera a eles!? Seriam os dois felizes se tivessem se casado? Armando teria conseguido continuar sua gestão ou a teria entregue a Daniel?

—Sim, claro! Teremos muitos eventos em breve, antes que eu entregue a empresa com as dívidas completamente sanadas às mãos de sua família e dos Valência.

—Creio que terás uma grata surpresa sobre isso, Dra! -piscou-lhe -Nos vemos na hora do almoço!

—Podemos pedir algo aqui mesmo na Sala de Reuniões, assim não pararíamos com o trabalho.

—Sim, por que não? -beijo -Peça à Aura María que providencie tudo.

Armando saiu da sala e Betty pôs-se a concentrar-se em seu serviço.

 

Enquanto Armando foi lá falar com Patrícia:

—Patsy! Cara oxigenada! Quando passei por sua mesa, não a vi! Onde estava?

—Oh, Armando! Estava resolvendo questões pessoais! Avisei à Marcee!

—Suas questões pessoais envolvem pegar ônibus, chegar atrasada, entre outras coisas?

—Ai, Armando! Não é assim que se trata uma amiga!

—Acontece, Patsy, Patsy... QUE NÃO SOMOS AMIGOS!!! -E agora tão pouco preciso te aguentar! 

—Acontece que devo dar explicações apenas à Marcela, que é minha chefe! Ela já falou com a Betty sobre isso!

—E sua chefe está? Tenho assuntos para verificar com ela!

—Sim!

—POIS ANUNCIE!

—Ai, Armando! Acalme-se!

—É você que me deixa assim, cara oxigenada!

 

—Bom dia! Ora, a que devo a honra de sua visita tão cedo? -Marcela perguntou ironicamente enquanto se ajeitava em sua cadeira:

—Bom dia, Marcela! Como vai?

—Bem. E você?

—Muito bem!  Cata está te procurando...

—Já falei com ela! Sim, vou verificar o necessário para um lançamento em Palm Beach. Creio que no começo do ano após a Reunião da Diretoria!

—Está bem! Ótimo!

—Você tem com você a projeção da viagem à Venezuela, as despesas?

—Verificarei com o Nicolás!

—Catalina disse que iria vir esta semana para vermos o que poderemos fazer lá. Provavelmente viria para ver sua amiguinha... -Marcela que desde que soube que Catalina havia ajudado Betty não simpatizava mais tanto com sua presença, embora admirasse seu trabalho

Armando pareceu não ouvir, estava certo que para Marcela, apesar de ter-se sacrificado pela empresa, doía saber que estava com Betty e não era para menos.  Preferiu compreendê-la, pois não saberia dizer como estaria se tivesse nesta mesma situação. Não aguentaria ver sua Betty com outro, desfilando. Preferiu, então,  concentrar-se nas questões da empresa, que era o que lhe interessava no momento tratar com sua ex.

—Sabe se Margarina e Roberto irão? -Marcela resolveu, enfim, agir profissionalmente

—Vou falar com meus pais mais tarde!

—Meu irmão irá! Já estou te avisando!

—Como?

—Sim, Daniel disse que virá! Ele é também é parte disso aqui! -Marcela riu, ironicamente-  Mas fique tranquilo, ele irá para me acompanhar.

—Está bem, Marcela. Lógico!

—Espero que se comportem, o que interessa agora é a Ecomoda!

—Desde que o tipo se comporte... -pensava principalmente em Betty- Lógico que pode ir, mas informe à Sandra para que reserve...

—Ele disse que irá por conta!

—Está bem, tanto melhor!

—Soube que Aura Maria irá se ausentar da empresa para acompanhar a presidente.

—Sim, precisamos de alguém que anote tudo e nos assessore!

—E você acha que Aura Maria está preparada para acompanhá-los neste tipo de evento?

—Bem, na verdade, preferia que Sandra nos acompanhasse, mas teremos que levar Aura Maria mesmo! Mas não se preocupe que Betty saberá explicar-lhe tudo o que precisa fazer!

—Claro, a Santa Beatriz!  -Armando reprovou o comentário- Desculpe-me! É que Aura Maria melhorou, mas ainda é inexperiente!

Depois de terminar os assuntos com Marcela, Armando passa na de Nicolás para pegar o relatório de despesas. Marcela tem a ideia de chamar Patrícia para acompanhá-la como secretária.

—Ai, Marcee! Mas vou ter que ter roupas para usar neste tipo de evento!

—Você tem um monte!

—Esqueceu que joguei algumas fora quando a Bertha começou a copiar os modelos?

—Ai, não vai precisar mais eu cinco roupas e um vestido de baile.

—Acontece que não tenho mais nenhum!

—Então, eu te arrumo um!

—Se for assim, Marcee, eu vou com você! Imagina que a Betty vai levar a Aura Maria!

—Nem quero falar sobre este assunto! Já quase tive uma briga com Armando por isso! Estou cansada sabe?  Se já a defendia em tudo quando era uma simples secretária, imagina agora que é namorada dele.

—E você acha que isto vai durar?

—Não sei, Patrícia! Mas ele continua muito apaixonado mesmo por ela! Como nunca pensei!  Bem, ao menos a empresa está a salvo! A Garfio a administra muito bem!

—E você acha que Seu Roberto vai querer que continue à frente ou vai devolver ao Armando?

—Não creio que Armando aceitaria, mesmo não tendo mais nada com ele, o apoiaria, para não ser meu irmão. Mas não creio que aceitaria, uma vez que, provavelmente, a disputaria com Beatriz!

—E acha que ela quer ficar à frente mesmo? Lembre-se que ela quase foi embora!

—Sua tonta! Foi para se afastar do Armando! Agora que o tem, lógico que quer a empresa! Ela sempre quis!  Mas é boa sim no que faz, as projeções estão melhores que dos últimos anos do Roberto. Como ele não quer se encarregar mais da Ecomoda, creio que está sim inclinado a pedir que ela continue a cargo da empresa.

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  Na hora do almoço,  Betty pede que Aura Maria encomende algo de almoço no Lenoir para  ela, Armando, Nicolás, Hermes na Sala de Reuniões para que continuem trabalhando nos projetos.

—Ai, Betty é que queríamos que fosse almoçar conosco! Hoje tem leituras de cartas!

—Ai, Aura Maria! É que hoje temos muito trabalho! Não tem como eu me ausentar!

—Ai, presidente! Sentimos falta das conversas quando era apenas nossa amiga assistente da Presidência! Desculpe, Betty! Você merece tudo isso! Merece estar com Dr. Armando depois de sofrer tanto!

—Ai, pode deixar! Creio que mais tarde damos um jeito. Por que não pedem algo no Correntazzo para vocês para compensar? Eu pago, sim? E também para Freddy!

—Mas que boa chefe que és!

—Viu, não é tão mal que não seja mais só assistente! -riu-se -Fale às meninas que depois falamos sobre as cartas!

 

Apesar de estarem sem Betty, o quartel fica feliz de poder reunir-se no refeitório: 

À tarde, seu Hermes vai para casa no seu carro.

—Papá, tenho que ficar um pouco mais com as meninas do quartel! Tenho instruções para dar-lhes sobre os eventos que vão vir, Mas creia que não vou demorar-me. Hoje, retorno no meu carro!

—O que está pensando, mocinha? Não quero que fique pelas ruas até tarde da noite dançando!

—Que dançar, papá! Tenho mito trabalho!

—Porque estas tuas amigas...

—Não se preocupe, papá! Chegarei cedo!

—Creio que Dr. Armando também não gosta que fique pelas ruas até tarde sozinha, não é mesmo, doutor?

—Não, não gosto!

 

Betty passa a mão no rosto dos dois e ri-se.

—Eu não vou sair hoje! Vamos só conversar na empresa.

À tarde, Betty chama as meninas para conversarem e colocarem as cartas.

 


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Notas finais do capítulo

O que será que esta nova leitura de cartas irá revelar?

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