Tan Enamorados - Betty e Armando Mendoza escrita por MItch Mckenna


Capítulo 208
Capítulo 206




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/790392/chapter/208

 

—Boa tarde!

—Boa tarde!

 

Noberto não conseguia disfarçar a empolgação, mesmo diante de Armando de encontrar Betty.

Tal como Armando havia dito, aquele terninho preto bem ajustado a seu corpo, a camisa de seda com um decote em V, acrescentado ao colar prata, com uma gota caída que fazia caminho em direção aos seios, apesar de elegante e discreto dava asas à imaginação, tanto que seu tio, o outro consultor percebeu e o cutucou. 

Betty tinha uma estratégia na manga: estava disposto a ir para o tudo ou nada: ou aceitavam a proposta ou seria obrigada a arrumar outros fornecedores. Claro que sabia que eles acabariam por aceira, já que Ecomoda era muito boa pagadora.

—Então, sabem que o país está em crise e apesar de sermos uma empresa sólida no mercado, também temos nossos problemas. Na verdade não são problemas ainda, mas para evitarmos que se tornem, é por isso que estamos propondo... -disse Betty

—O que está propondo é que só recebamos mais de um mês depois de entregarmos os tecidos.

—Sim, na verdade, dois meses depois pagaremos a segunda parcela, pois a primeira pagaremos na entrega!

—Eu sei, Armando eu sei!   Mas este prazo é muito extenso. Entenda, não é que não confiamos em você, mas temos nossas despesas também temos os nossos próprios fornecedores, empregados, impostos.

—Eu sei, sei disso tudo, mas quer melhor opção que ter dinheiro certo nas mãos de uma empresa como Ecomoda?

—Sei disso também e queremos continuar, mas, olha, doutores, não posso tomar esta decisão sozinho. Preciso entrar em contato com a matriz!

—Fique à vontade!   Aura Maria!   -chama Betty pelo telefone -Venha aqui, por favor!

—Sim.

—Acompanhe o doutor para para a sala de Nicolás.

—Dr. Nicolás não está!

—Eu sei! Por isto mesmo. Para que ele possa ligar e conversar sozinho.

—Ah sim! 

 

Aura Maria sai rebolando, sob os olhares reprovadores de Betty. A secretária havia voltado a seu visual antigo, para provocar Freddy que, apesar dos conselhos de Armando, não havia decidido a pedi-la em casamento. 

 

Enquanto isso, o diretor da San Remo conversava com o presidente pelo celular na mesa de Nicolás, Armando estava preocupado.

—Ai, Betty, será que fizemos o certo?

—Armando! -disse Betty entre dentes, fazendo sinais que estavam frente aos diretores da Colorin. Assim, Armando sorriu amarelo.

—Da mesma forma que a San Remo precisamos conversar.

—Nossa questão é bem diferente. Somos parceiros há muito tempo. Há muito mais tempo que a San Remo, de modo que...

—Noberto! 

—Carlos, não há o que discutir! Se dra. Pinzón pede-nos um prazo maior, logicamente, não iremos colocar a perder tantos anos de parceria, não.

—Noberto, creio que devemos propor isto e conversarmos com ....

—Eu assumo, Carlos! Estamos fechamos, Dra! 

—Temos um acordo?

—Sim. 

Betty aperta a mão de Carlos, surpreendido e depois a de Noberto que aproveita para colocar a segunda mão sobre a dela, ficando a mão de Betty como o recheio de um sanduíche. Betty, logicamente fica vermelha.

—Pode contar conosco, dra. -diz acariciando a mão dela com um dedo.

Beatriz percebe e fica ainda mais constrangida.   Evita olhar para Armando, pois já sabe a cara que ele está colocando.

 ``Mas o que este tipo está fazendo? O que pensa que é para segurar a mão de minha Betty assim, ah? Largue-a, homem! Não sabe que esta mulher é minha, só minha?`` -pensava Armando. -`Está gostando, Betty, de como acaricia sua mão? Por que me faz isso, Betty? Por quê?` 

—Estamos... muito felizes de ter aceitado nossas condições, Noberto! -Armando resolve, inteligentemente, pegar a mão de Noberto, logrando que solte a de Betty e apertando-a com vontade. Armando é muito forte, como sabemos.

—Bem. -disse o outro diretor. -Temos outra reunião, creio que podemos ir Noberto.

—Sim. -disse, segurando a mão que está dolorida.  -Temos outra reunião.

—Muito grata!

—O prazer foi nosso! 

—Não imagina o prazer que tive de negociar com vocês! -disse Armando, apertando os punhos.

—Doutor Mora preparará o acordo quando estiver aqui, peço ao mensageiro para enviá-lo.

Ao saírem cruzaram com o diretor da San Remo.

—Desculpa.

—Entre!

—Doutores, conversei e não teve jeito, está irredutível! Quer marcar uma reunião para discutir tudo pessoalmente com vocês! Disse que um prazo tão largo e redução no preço seria um pouco demais!

—Acabamos de fechar com a Colorin o mesmo acordo! -disse a presidente.

—De verdade?

—Sim. 

—De minha parte não posse fechar da mesma forma. se fosse só o prazo...

—Se fosse só o prazo o quê?

—O presidente concorda em conceder maior prazo para pagarem os insumos, mas...

—E se não mexermos no preço, se mantivermos o mesmo? -perguntou Betty olhando o diretor nos olhos para intimidá-lo

—Bem, creio que teríamos um negócio! 

—Então, estamos fechados! -disse Betty cumprimentando-o.

—Foi bom negociar com vocês!

—____

Quando os diretores saem.

—Ufa! Insumos garantidos!

—Pensei que a San Remo não fecharia! 

—Realmente foi difícil,  mas já tinha a Colorin nas suas mãos.

—O que quer dizer com isso? 

—Vai dizer que não percebeu como Noberto a comia com os olhos, como a tocou? Por Deus, Beatriz! 

—Por Deus você Armando! Percebi sim como me olhou. Não me diga que acha que gostei!

—Não sei, Beatriz, não sei! -disse, dando as costas para Betty.

—Armando! 

—Vai dizer que não gosta de ser cortejada por metade do mundo da moda deste país?  E olha que Noberto já a conhecia quando era apenas minha assistente.

—Quer dizer ele me conheceu feia!

—Não disse isso!

—Sim, é o que quer dizer! Porque ele me conheceu feia, não deveria ser tão propenso a me paquerar?

—Não disse isso!

—Mas quis dizer! 

—Não.

—Pensei que já tinhamos conversado sobre termos confiança no outro.

—Conversamos, mas...

—A empresa não é lugar para conversarmos sobre isso!

—Então, conversemos fora!

—Já terminamos! Assunto encerrado!

 

Na hora de ir embora, apesar de saírem juntos e compartilharem o mesmo carro, Armando e Betty não se falavam. O quartel percebeu o clima, assim como Freddy e Wilson.

  

—Viu como doutor Armando está, Freddy?

—Este não é mais o mesmo! Gosto muito da Betty, mas ela faz o homem de gato e sapato!

—Não acha que ele pode ter aprontado?

—Nós homens temos nossas necessidades, Wilson! E sabe que esta empresa é cheia DE tentações!

—Quem ouve você dizer pensa que sai por aí traindo Aura Maria! 

—Não ouse falar de minha rainha! Não a traio, mesmo estando dando um tempo!

—E quanto tempo acha que isto vai durar? Pois ela voltou a usar aquelas roupas de antes!

—Não fale assim dela! Minha rainha quer me dar uma lição porque não a pedi em casamento! Mas isto logo estará solucionado! Encomendei um anel para fazer o pedido.

—Oh! Teremos festa! 

—Shiu! É segredo! Imagina se alguma do quartel ouve?

—O que estão cochichando aí? -perguntou Mariana.

—Nada, minha cara cunhada laboral! Viu?

Wilson enfia o bolinho na boca. Mariana está desconfiada.

 

No trajeto, a caminho dos pais de Betty, o casal sequer se fala. Armando até tentou, mas Betty fechou a cara, assim foram calados para a casa dos pais dela buscar Camila. Ali, falaram o necessário para não levantarem suspeitas, mas claro, Dona Julia conhecia sua filhinha e seu genro e sabia que a coisa não estava bem entre eles. 

 

Algo aconteceu, filha?

—Não é nada, mãe!

—Conheço você, nasceu de mim e conheço Armandinho. O que foi?

 -Armando não confia em mim, mãe! Ele acha que todos os homens que me conhecem me querem e que vou enganá-lo! 

—Ele te ama muito!

—Eu sei!  Mas também o amo e deveria saber que por nada deste mundo o trairia ou o trocaria por outro! -disse, chorando, abraçando sua mãe. -Foi assim...

 

Betty conta do diretor da empresa que foi e coqueteou descaradamente na frente de Armando.

—Mas ele teve seus motivos de sentir-se assim.

—Mãe! 

—Armandinho te ama com loucura e pode não parecer mais é inseguro!

—Inseguro? Armando Mendoza?

—Sim. Apesar de parecer forte, por dentro é frágil e inseguro e te ama como nunca vi um homem amar. Tem medo que vá embora com outro. 

—Jamais faria isso!

—Certa vez ele me disse que tem medo que a tomem dele, pois não te merece e qualquer outro é melhor que ele! Não seja dura com ele! Não o ama?

—Sabe que sim, desde que o vi pela primeira vez!

—Então, ouça sua mãe. Se ele vier falar contigo, tente ouvi-lo, mas de coração aberto.

 

Betty ouviu com atenção, mas teimosa como era, não estava disposta a ceder. 

—______

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tan Enamorados - Betty e Armando Mendoza" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.