Tan Enamorados - Betty e Armando Mendoza escrita por MItch Mckenna


Capítulo 160
Capítulo 159


Notas iniciais do capítulo

Armando alisa o umbral da porta da sala da Presidência, anunciando sua entrada.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/790392/chapter/160

—Betty.

—Ai, Armando. Estava distraída.

—Pensando em quê?

—Trabalhando.  E também no que Catalina me disse sobre o baile.  Acho mesmo que eu deveria ir?

—Sim, imagina você –pega-a pelo braço caminhando pelo salão com o vestido mais bonita do baile, como uma princesa, todos seus ex-colegas surpreendidos de tão bela que está. Vou ficar até com ciúmes dos elogios.

—Nenhum mais bonito que você!

—Sim, pois não disse que a seu lado estará eu: seu príncipe encantado belo e garboso.

—Muito humilde por sinal.

—Eles verão quão bela se tornou minha senhora! –dá-lhe um beijo na testa.

—É sério não me apetece ir a esta festa, meu amor!

—E o que te apetece fazer?  Amor?

—Ai, Armando! Aqui não.

—Por quê, ah?      -disse, levantando-a da cadeira presidencial para sentar-se e colocá-la sentada em seu colo.

—Aqui não

—Não?  -disse, beijando seu pescoço.  –Mas é uma delícia fazer amor contigo aqui.   –abraçando-a e beijando sua boca com vontade.

—Armando, por favor...

—Sim, vou te possuir!

—Não, Armando, ai! Por favor! Preciso entregar isto amanhã, ai! Nicolás ainda precisa revisar! Ai! Precisamos trabalhar.

—Façamos assim: você trabalha, sentada no meu colo.

—Isto não vai dar certo.

—Lógico que vai.

—Suas mãos não vão parar quietas.

—Sim, vai ser difícil não passar mão em você, mas pode amarrar minha mão na cadeira. E fico quieto.

—Como as mãos fossem o problema!

—Te juro pode amarrar. Confie em mim!

Betty sabia que não podia confiar e que sempre que ele dizia isso, algo acontecia, mas resolveu dar o voto de confiança. Armando continuou sentado na mesa de Presidência, Betty olhou para ele que colocou as mãos para trás da cadeira.

—Pode sentar, Betty!   -Ela sentou, olhou para ele, antes de começar a trabalhar. Ele olhou para cima com cara de santo, Betty balançou a cabeça. Ajustou-se na cadeira. E começou a digitar no computador. De fato, havia muito o que fazer. Tentou se concentrar.

Armando, por outro lado também estava fazendo o impossível para segurar-se na cadeira. As mãos ele podia controlar, mas o restante do seu corpo não.

—Armando!

—O quê, Betty?

—Disse-me que ia ficar quieto!

—E estou. Minhas mãos estão aqui atrás, estou cumprindo o que te disse.

—Mas o seu.

—O meu o quê?

—O seu.

—O quê, Betty? -ela se põe vermelha

—Ah você sabe. O senhor Mendoza está se apresentando para o trabalho.

Armando não aguenta e dá uma risadinha.

—É assim que vai chamá-lo agora?

—Armando!

—Isto não posso controlar! É uma parte de meu corpo que fica irremediavelmente louco por você e só por você.  Não me culpe! –agora começa a lamber seu pescoço  -A doutora não sabe como me tem.  Até parece que não gosta que eu seja assim com você e só você!

—Oh, mi amor. Veja, me sinto muito feliz e honrada que meu maridito tripapito fique loquito por mim.

—Sim, loquito me tens!  -virando seu rosto para dar-lhe beijos na boca.

—Hum, que gostoso.   Mas entenda que tenho que terminar este relatório para que Nicolás o revise e possamos mandar a seus pais e principalmente, os Valência para que não perturbem nossa paz!

—Tem razão! –levantando-se- Deixo-a, doutora, para que siga trabalhando em paz e meu fogo não a atrapalhe! Beijinho.

Armando virou-se e ia saindo pela porta quando Betty chamou-o:

—Armando!

—Sim, Betty?

—Veja, doutor! Tão logo eu termine podemos ir para casa, mas minha mãe estará com nossa filha...antes, podemos passar em algum lugar...

—Isto pode ser, doutora! Não pense que vai escapar de mim depois que sairmos e de madrugada também! –piscou-lhe

—E quem disse, doutor –piscou-lhe –que quero escapar?

Armando sorriu e se controlou para não pular em cima dela e ao virar deu de cara com Aura Maria, Sofia e Sandra olhavam-no com sorriso pícaro.

—E vocês? Voltem ao trabalho!

—Sim, doutor!

Armando foi a sua sala para tentar pensar nas franquias, enquanto Betty tomou um pouco  de água e voltou ase concentrar.  E assim foi até às  18 horas, quando chamou Nicolás para entregar-lhe o disquete.

—Amanhã à tarde, tenho que mandar para meus sogros, os Valência e demais sócios minoritários. De modo que, tem a manhã todo para revisar.

—Ok, Betty! Já vai?

—Sim.  Vou passar por Armando.

Betty foi buscar Armando e os dois foram para casa, mas antes passaram em certo hotel para saciar a fome de estarem juntos, depois foram jantar e finalmente, para casa, onde encontraram dona Júlia que cuidava de Camilinha.

—Grata, mamãe! Tenho que contratar uma babá.

—De modo algum, minha filha. Não confio nesta gente.

—Eu sei, mamãe! Mas existem as boas profissionais. Vou ver se me recomendam uma.

—Prefiro continuar cuidando eu mesma de Camila. Lembro-me de você!

—Mas acho-a mais parecida com Armando. É tão linda.

—Você também é linda, filha.

—Mas nem sempre foi assim.

—Foi sim para seu pai e eu!  Querem bolo? Estão com fome?

—Não, mamãe, já jantamos.

—Bem, então –beija Betty, Armando e Camila –Eu já vou!

—Eu te levo, dona Júlia!

—Ai, Armandito está tarde. Não quero incomodar.

—Incômodo algum. A senhora deixa sua casa para cuidar de nossa filha, é o mínimo que poderia fazer! Vamos!

Armando beija suas meninas e leva dona Júlia.

Betty leva Camila no moisés para o banheiro para não deixá-la sozinha. Toma uma ducha rápida, troca de roupa e veste um pijama.  Como sua mãe já havia dado banho e arrumado Camila para dormir, só tem que balançá-la um pouco, dar de mamar de seu peito para que durma.

Cansada, Betty vai até seu quarto, assistir tv e esperar Armando voltar.   Zapeando pelos canais, Betty acaba vendo um programa que fala de realização de sonhos e lembra-se de quando era uma adolescente e sonhava em ser presidente de uma grande empresa.

“Muitas de nós não sonhamos exatamente com um príncipe encantado, não temos tempo para isso. Mas sonhamos em ter uma carreira e garantir uma vida melhor para nossos pais”

Betty ficou assistindo e refletindo sobre aquilo. Era como aquelas moças quando jovem, a diferença é que era ou acreditava-se feia, mas tinha o mesmo sonho: de ter uma carreira.  Muitas delas não puderam sequer fazer uma faculdade e as que fizeram foi por bolsa e não puderam ter baile de formatura ou sequer puderam colar grau. Assim, pensando acabou adormecendo. 

Quando Armando chegou, encontrou Camila dormida no quarto e Betty no deles, descoberta.  Sentiu uma ternura invadir seu peito. Cobriu-a para que não sentisse frio, colocou seu pijama, apagou as luzes e enfiou-se nas cobertas junto com ela.

—Dorme, preciosa! O trabalho e eu te deixaram cansada. Te amo! –aconchegou-se atrás dela de conchinha. Beijou sua bochecha, ela mesmo, adormecida, sorriu. Logo, abraçado ele também adormeceu.

Esta noite, Beatriz sonhou as meninas que havia visto no programa de tv, ali também estava ela no seu baile de formatura.  Estava bem jovem (24 anos) mas não era feia, como era com esta idade, pelo contrário, estava bonita e elegante e bailava livremente ao lado daquelas moças.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tan Enamorados - Betty e Armando Mendoza" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.