Armando procurava o casaco que ela queria de todo jeito, mas nada de encontrá-lo, até que achou-o no canto do armário.

—Ah! Agora sim, vai ficar bem quentinha!

Alguém bateu a porta.

Sim, meu amor! Vai ficar bem quentinha! Já que prefere isto aos meus braços! –e abriu a porta

 -Oi, cachaquito! Prefiro você a tudo!

—Sofia!?  O que faz aqui?

—E aí teve já cansou de bancar o maridinho perfeito?

Logo, voou no pescoço dele e lhe aplicou um beijo.

Neste momento, chegou Betty.

—O que está acontecendo aqui?

—BETTY!

—Por isto estava demorando?

—Sofia, ainda enlaçada nele, continuava beijando no canto da boca.

—Betty, não é nada do que está penando! Largue-me, sua louca!

—Ai, Cachaquito!

Ele se limpa.

—Betty! Já te falei o que está acontecendo. Vim aqui para procurar seu casaco e está aqui.  (Betty vê o casaco e escuta tudo de braços cruzados.) Custou achá-lo, estava no fundo da gaveta. Tome-o, está frio! -Vai acreditar nesta história?  A verdade é que ele fez sinal para nos encontrarmos aqui e nos divertirmos e aqui estamos. E você chegou para estragar tudo!

—Betty, não creia nesta loca! Cala a boca, oxigenada!

—Bem que gostava de se embrulhar em meus cabelos!

—Isto foi antes! Agora, fora daqui!

—Ô dona! Desculpe, mas é tão tonta de acreditar na palavra de uns dos maiores mulherengos da Colômbia? Não conhece a fama dele? o de vocês é por conveniência, não?

—CALA A BOCA, SOFIA OU ESTARÁ NA RUA!   OU MELHOR NO MEIO DO MAR!

—É uma ameaça?

—O QUE ACHA?

—Viu como está nervoso? É porque tem culpa! Olha!

—Minha gravata!

—Sim. Lembro quando deixou-a comigo a noite passada quando nos amamos?

—NÓS NÃO TEMOS NADA SUA LOUCA!  Betty, Betty acredita em mim, você sabe!

—Olha, a cara de culpado dele.

—Eu creio que a única culpada aqui é você! E sim! A tonta aqui é você! Meu marido disse o que fez! Como pode uma mulher se rebaixar tanto? Sim, ele me disse o que fez, que armou fingindo que era interessada nas franquias! Agora, se não quer mais problemas SAIA JÀ DA MINHA CABINE E TIRE OS OLHOS O MEU HOMEM! QUE JÀ ESTOU RAIVOSA DE SEUS ASSÈDIOS!

FORA! –diz Betty, com raiva (e ela pode, pois quando estou naqueles dias, não quero nem saber!)

Catalina estava chegando quando viu a cena, pois vinha chamar Betty e Armando, para conversar com uns clientes e como eles demoravam.

—Ai!! .

Sofia se jogou em cima de Catalina

—O que acontece aqui?-Esta louca da presidente!

—OLHA LÁ COMO FALA COM MINHA MULHER! ESTÁ DEMITIDA, SUA LOUCA!

—VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO! Hugo vai.

—HUGO NÃO PODE FAZER NADA! SOU ACIONISTA DESTA EMPRESA! E VOCÊ LOUCA CAI FORA!

—AI, CACHAQUITO! Não faça assim! Lembre dos nossos momentos! Quando disse que me amava!

—Isto já faz muito tempo!

—Filha, é melhor ir comigo. –disse Catalina  -Já vocês tem dois clientes querendo falar com vocês!

—Logo, Betty e Armando foram até os clientes. Era um casal do Uruguai interessado em adquirir as franquias.

—Pois bem. Agora somos nós duas!

—Armando Mendoza está me assediando! Está atrás de mim desde que reencontrou. Tivemos um caso há muito tempo e Marcela descobriu e me escorraçou de Ecomoda! Mas agora, Armando me escolheu para desfilar.

—Armando não te escolheu para desfilar. quem faz isto é Hugo!

—Não! Quem escolhe é Armando! Sempre foi ele e Mário.

—Mário nem está mais em Ecomoda. Olha, Sofia, te aconselho a não se meter mais com Armando.

—E por quê? Se ele me quer?

—Ele não te quer. Este homem tem verdadeira loucura por Betty!

—Isto é fachada! Casamento de conveniência, Mário me disse que.  –Sofia se calou, pois percebeu que havia falado demais.

—Mário? Mário Caldeirón?

—Imagina. Que Mário? Quem falou em Mário?

—Você! Olha, Sofia, se veio aqui por Mário Caldeirón se cuide ainda mais! Não só vai se por em sérios problemas! Armando e Mário não são mais amigos, não tem mais contato e Armando não se casou com Betty por conveniência. Casou por amor! E não tem olhos para você, nem para outra mulher, então, aconselho a não se meter nesta relação ou vai sair ferida não só no orgulho como na carreira.

—Catalina.

—E pare de contar esta história que passaram a noite juntos para suas amigas modelos. Isto dá até processo.

Catalina saiu deixando Sofia sem fala. Foi para aproa para pensar.

—Por mais gostoso que seja Armando Mendoza não vale a pena arruinar tudo. E sei que não me quer! O que aquela sem sal tem que eu não tenho?

Soou o celular.

—Alô!  Estou agressiva sim! Por sua causa corro risco que acabar com minha carreira!  Sim, ele não me quis! Não quer saber de mim! Beijei, me joguei! E nada! Nem se excitou! Não levantou nem nada! Não sei se está no time do Hugo. Acho que está enfeitiçado por esta sem sal da presidente. Esqueça! Não vou fazer mais isso! Não vou! Arrume outra! Não vou estragar minha carreira!

Sofia desligou o celular e foi para o camarim.  Lá estava Inesita arrumando as coisas na arara.

Ao vê-la chegar, a velha bela senhora fechou a cara e ficou mirando-a. Sofia fez que não viu e foi se trocar. Ao voltar encontrou-se novamente com Inesita, desta vez balançando a cabeça.

—Quê?  O que te fiz, Inesita?

—Comigo não! Está fazendo com Betty!

Sofia virou o olho.

—Sabe que tivemos um romance, não?

—Isto faz mais de cinco anos! Seu Armando mudou e não é mais aquele! Portanto, pare de persegui-lo!

—Olha, dona Inesita, com todo o respeito que lhe tenho, não acredito que mudou    Mas sim, não quero complicar minha vida, nem estragar minha carreira. Eles são donos de uma empresa poderosa no mundo da moda!  Assim, que vou deixar seu chefe em paz!

—E estas fofocas que anda contando?

—Só disse a uma ou duas pessoas.

—Já se espalhou.

—Então, aí  não é culpa minha!

Inesita balançou a cabeça.

—Mas fique tranquila. A história minha com Armando já acabou!

 Sofia saiu, deixando Inesita arrumando as roupas.

Apesar de Sofia Pérez, o cruzeiro de luxo foi um sucesso, profissionalmente e amorosamente. Apesar de não poderem fazer amor o tempo todo, se divertiram muito com Camilinha, seus pais e amigos. No campo profissional, Ecomoda, além de ganhar de antemão um cruzeiro para a comitiva e divulgar sua marca, para milionários, também ganharam um adiantamento de vendas de 10 mil dólares. Com isso, Betty pensava em ativar definitivamente o ponto de vendas de Cartagena.

—Excelente ideia, Betty! Meu pai ia ficar tão feliz! Foi uma loja que ele gostou de montar! Dizia até que eu ia cuidar, mas aí comecei a me envolver com Marcela, você sabe e teve a confusão com a Sofia e o que queria era ficar na sede e ser presidente de Ecomoda!

—Sempre foi seu sonho. Eu sei!

—Sim, era.   –beijo –Agora, vocês são meu sonho, minhas princesas.

—Falo sério!

—Eu também.

—Eu quero que na própria reunião, se candidate a ser o presidente.

—Não, Betty!

—Sim, Armando.  Assim, ficará feliz e seus pais também. E te quero ver feliz.

—E sou feliz contigo! Por favor, não faça isso. Sou mais tranquilo desde que se tornou presidente!

—Jura?

—Sim. E fico mais calminho, grito menos e guardo minhas energias e meus gritos para usar só contigo.

—E quem disse que gosto de gritos?

—Hum, gosta sim... –sussurrando –Assim como de sussurros e gemidos.

—Armando! Sabe que ainda não posso...

—Não pode fazer amor propriamente dito, mas podemos brincar um pouquinho, nos beijarmos, acariciarmos, ah?Lógico, que Betty não resiste aos carinhos e fazem algumas brincadeiras.

Depois de dois dias, Betty está novamente capacitada para fazer amor com ele tal como se deve. Estavam em sua casa de dois andares, Betty havia acabado de colocar Camila para dormir. Usava um penoar de seda (roupão) branco.  Ele estava tomando um suco gelado um pouquinho de vodka.

—Hum. Suco de amoras!

—Betty não.

Ela pega o copo da mão dele e o vira.

—Não era suco de amoras, Betty.

—Parecia. Geladinho.Quero outro.

—Não.

—Armando.

—Este suco (pegando o copo) é de amoras sim, mas com um pouquinho de vocka!

—De vocka?  Ah, então, quero mais.

—Não, não.

—Por que, por que não?

—Porque. Porque, você fica DOIDONA.

—Doidona?

—Sim, sabe como no Méson que queria me beijar!

—Assim?  -começa a beijá-lo.

—S-sim. 

Um beijo carregado de paixão. Ele sente desejo. Betty o abraça.

—Quero mais deste suco que preparou.

—N-não, Betty! Você não...

—Eu não o quê? -pega o copo da mão dele e o  vira de novo.

—Betty.

—Betty, o quê?    -ela senta no colo dele, o abraça e começa a beijá-lo. O hobby se abre para que ele veja que está usando  uma camisola sexy vermelha. Ele quase morre ao ver e vai beijando seu pescoço.

—E para quê? Para que?

—Como para quê? Para nos amarmos hoje. –ela deixa seu hobby cair ao chão. E se senta de perna aberta nele.

—Ai, Betty!

—Me ame como prometeu!

—Sim, o farei!

Assim segurando suas cadeiras, ele a leva ao prazer intenso.

A carrega no colo e a ama mais uma vezes na cama.

—A amo, Betty! Mi espertona!

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