Daylight - Jin escrita por Gabbs


Capítulo 1
Capitulo Único - Golden


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu venho tentando finalizar essa história há semanas e a primeira que tenho coragem de postar com o BTS. É bem bobinha, e me deixou muito soft. É uma mistura de personagens e venho tentando finalizar outra. É isso, espero que gostem. E ela também está postada em outro site .



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O inverno sul coreano conseguia ser mais frio do que Kang Min Jee se lembrava. A neve se acumulava nas quadras abertas que não eram usadas desde que as nevascas se intensificaram e as temperaturas ficaram baixas demais para  se praticar qualquer esporte. Havia alguns meses que ela estava de volta ao país que nascera e aquilo era confortavelmente estranho. Tentava passar despercebida entre os alunos do prédio principal, os cabelos longos estavam presos em um coque no alto da cabeça e havia vestido um casaco fechado por cima de sua roupa de treino. A jovem patinadora estava especialmente radiante naquele dia, e andava apressada até a sala 23-C do segundo andar.

Ser uma estrela em ascensão no esporte enquanto se está no ensino médio poderia parecer demais para algumas pessoas, mas Min Jee sentia-se confortável em ter todo seu tempo ocupado ora com horas exaustivas dentro do ringue, ora cercada de livros acadêmicos. E era a possibilidade de competir pela primeira vez em seu país, estando em casa, que a fizera voltar a Coreia do Sul depois de longos anos morando na Rússia. Poucos minutos antes do professor de geometria entrar na sala, a garota sentou-se no costumeiro lugar na segunda cadeira da fileira ao lado da parede.

Min Jee estava perdida em seus pensamentos quando parte do time de hóquei, composto por alguns veteranos, entrou na sala. Ela desviou seus olhos da janela para encarar o belo (e convencido) subcapitão do time principal Kim Seokjin. Eles haviam flertado no inicio do semestre antes de sua companheira de equipe, Lim Soo Ah, contar a ela a fama de conquistador do jogador. E isso não tinha nada a ver com a competição pelo ringue. A Lim só fez pela amiga o que gostaria que alguém tivesse feito por si antes de ter seu coração partido. Soo Ah já fora campeã mundial de patinação, e tinha duas medalhas olímpicas, uma individual e outra por equipe. Ela era uma grande, na verdade, enorme inspiração para Min Jee e poder treinar junto de alguém tão experiente fazia a mais nova confiar mais em si. E isso fez com que qualquer plano do Kim fosse por água a abaixo. Naquele momento Jin, como era chamado pelos amigos, possuía um sorriso brincando nos lábios quando a garota finalmente o encarou. Kang rolou os olhos e pegou o caderno assim que o professor entrou apressado na sala e cumprimentou a turma. Ela não daria a ele um gostinho de saber que ainda corava quando ele sorria diretamente para si.

O celular que estava sobre a mesa vibrou fracamente enquanto a jovem resolvia as questões que foram passadas logo que a explicação da matéria terminou. Era Soo Ah, que parecia demasiadamente furiosa, enviando uma mensagem atrás da outra. Min Jee ficou aliviada quando o sinal tocou, marcando aquela como sua ultima aula da manhã. Como estava centrada nas competições juvenis ela havia se matriculado no mínimo de matérias possíveis no Seul College. Passou pelo armário, onde guardou a mochila e seguiu para o ringue principal, e não demorou em encontrar a líder da equipe brava com uma folha onde parecia haver o timbre da escola na mão.

— Eu vou acabar com todo aquele time ridículo. Nós estamos a menos de dois meses dos jogos e eu encontro isso aqui no meu armário. — Soo Ah sacudiu a folha em branco na frente do rosto de Min Jee e da outra patinadora, Song Sunhe, que estava sem entender nada. — Eles estão regulando nossos horários e só podemos usar a quadra principal por duas e meia por dia. O time de hóquei nem treinava aqui antes da gente aparecer!

— Hei, Soo Ah unnie! — Sunhe chamou a atenção da mais velha. — Talvez não devesse ficar tão furiosa, isso não faz bem para você.

— Não é justo! Somos uma equipe campeã, temos chances de ganhar o nacional. Tem dedo de Oh Sehun nisso aqui, e quando eu vir aquele garoto eu... — Ela foi interrompida por uma voz masculina que surgiu juntamente com uma dupla de rapazes.

— Vejo que já recebeu o aviso do diretor, Soo Ah. Espero que não tenhamos nenhum problema sobre o uso do ringue. — Oh Sehun, capitão do time principal, parou diante do trio de patinadoras. Ele e Soo Ah não se davam muito bem, na verdade Soo Ah era quem não se dava muito bem com ele. Parecia que havia rolado algo entre os dois que não terminara da melhor maneira possível. Além disso, era de conhecimento de toda a escola a rivalidade existente entre o time de hóquei e a equipe de patinação. Por anos as gestões conseguiram manter ambas as equipes treinando em áreas separadas, mas desde que uma reforma no ringue de treinos começou cinco meses antes os treinos do time de hóquei foram transferidos para o galpão principal e desde então os desentendimentos haviam começado. Lim Soo Ah era a capitã da equipe há dois anos, dona de varias medalhas e pódios em campeonatos, a mais velha pertencia ao grupo de formandos daquele ano era a que mais brigava pelo direito da equipe de patinação pelo uso do ringue sem restrições. Para ela não justificava tão perto dos jogos juvenis ter que cortar os treinos pela metade. Ela e as duas colegas de time eram as responsáveis por colocar a escola no topo das competições de patinação juvenil, logo não lhe parecia justo ter que reformular todas as coreografias para que ficassem dentro do tempo indicado.

— Vocês poderiam treinar na quadra da universidade, por que insistem em tentar tirar a quadra de nós? Sabem que todas as melhorias só foram feitas porque a equipe de patinação treina aqui. — Soo Ah podia ser insuportável como o diabo quando queria. E o jeito de petulante irritava qualquer um que estivesse contra ela, às vezes irritava até que estava do mesmo lado que ela.

— Soo Ah, o horário de treinos foi estipulado pelo diretor. Não é minha culpa se ele acredita que temos chances iguais na competição e tenha tirado o os benefícios da equipe de patinação. Caso queira explicações vá pedir ao senhor Han, não a mim. — Sehun disse calmamente enquanto parte do time estava acomodado nas arquibancadas. Min Jee sabia que elas estavam perdendo tempo de treino e por isso já estava em um dos cantos do ringue trocando os sapatos pelos patins que estava amaciando para as competições. Seus pais trocaram os pares há algumas semanas e ela deveria deixa-los prontos a tempo para que não corresse o risco de machucar os pés.

— Vamos treinar unnie, sabe que se continuar com isso o diretor pode diminuir ainda mais o tempo no ringue. — Suhe já estava no gelo e Min Jee seguiu para lá. Sabia que a colega tinha razão e que se o treinador as pegasse fora do gelo seria uma bronca épica na frente de todo o time de hóquei.

A capitã da equipe se deu por vencida quando viu que as duas mais novas já executavam parte das coreografias do torneio estudantil com habilidade. Era espantoso obervar a equipe treinar, elas se completavam de uma forma assustadora e perfeita. Não havia duvidas que dentre todos os times do Seul College aquele era o mais unido. E pensar que aquela formação era parte de um grande acaso.

Song Sunhe era filha única de professores da escola médica da Yonsei e os pais iriam manda-la para uma academia preparatória nos Estados Unidos, e depois ela seguiria para uma das universidades da Ivy League. Mas isso mudou quando Suhe terminou em primeiro lugar nos jogos juvenis de inverno do último ano. Ela passou de uma jovem estreante para uma estrela promissora do esporte e com isso obtivera permissão dos pais para permanecer na Coreia dos Sul pelo restante do ensino médio. Um pouco antes das aulas voltarem ela havia recebido o convite para o teste no time principal e não foi grande surpresa ao ter seu nome logo abaixo do da capitã do time. Lim Soo Ah era de longe uma das mais talentosas patinadoras que estava na competição a nível nacional juvenil. Filha de uma ex-tenista e um empresário do ramo da comunicação ela sempre tivera a seu alcance tudo que o dinheiro podia comprar para benefício de suas habilidades. Já colecionava algumas medalhas do mais alto nível profissional, isso sem ter saído do colégio. Ela era intensa, vivaz, divertida e insuportavelmente irritante quando achava que sua equipe estava sendo prejudicada. Era uma formanda e havia boatos de que ela iria estudar design na Europa e conciliar com seus treinos incansáveis. Apesar de muito centrada nas competições era uma das alunas mais populares do colégio e fora das temporadas de competições era uma grande participante de festas e viagens em grupos. Ela e Oh Sehun eram da mesma turma, e Soo Ah não tinha problemas em deixar claro o quanto detestava o capitão do time de hóquei. E havia ainda a ultima adição do trio: Kang Min Jee. Ela havia passado boa parte da vida morando com os pais na Rússia. A mãe havia sido bailarina, agora era professora de dança e seu pai era um cientista independente. Min Jee havia crescido cercada pelo gelo e não foi uma grande surpresa quando ela começou a patinar em todo seu tempo livre. Ela havia competido em todos os níveis possíveis na Rússia sendo uma estrangeira e então quando seu pai anunciou que havia a possibilidade de voltarem para a Coreia ela não fez nenhuma objeção. O Seul College havia sido escolhido justamente pela possibilidade de continuar com a patinação, em equipe ou individual. E ela havia passado nos testes logo de cara.

Elas se davam bem, muito mais do que apenas companheiras de equipe elas acabaram se tornando boas amigas. E era uma amizade leve e confortável, isso quando Soo Ah não estava gritando aos quatro ventos o quanto o time de hóquei havia destruído o gelo delas.

O treino seguiu de forma normal, gritos do técnico, algumas quedas nas tentativas de saltos maiores e finalmente a finalização do programa curto. Elas estavam cansadas quando o técnico finalmente as dispensou, pediu que elas se hidratassem e se mantivessem na rotina pré-competições.

— Eu não aguento mais errar entrada o triplo, se isso continuar acontecendo vou ter que mudar a entrada da minha apresentação e podemos não marcar todos os pontos que precisamos. — Sunhe estava um tanto quanto que aflita porque sabia que aquele era um dos trunfos da equipe. Não havia chances de desistir do triplo e achar algo que elevaria tanto a pontuação da competição por equipe.

—E eu não cosigo ouvir nenhuma palavra mais sobre o nosso programa curto. Às vezes acho que meus tímpanos vão explodir se ouvir o treinador falar sobre mantermos a perfeição. — Min Jee suspirou enquanto guardava os patins e vestia um caso por cima da roupa de treino usual.

— Sabe o que eu acho? Deveríamos relaxa hoje. — Antes que Soo Ah pudesse dizer qualquer outra coisa as duas outras colegas de equipe já estavam encarando-a surpresas. — Olha, estamos nessa rotina há três meses, e hoje tem uma festa nada casa da Kim Hyeri. Ela é uma formanda da minha turma e iria adorar que nós estivéssemos lá. E não me olhem como se eu estivesse doida, vocês precisam disso tanto quanto eu.

Sunhe e Min Jee sabiam que não tinha como escapar daquilo. Então apenas concordaram enquanto Soo Ah se afastava falando sobre como elas deveriam aparecer na casa da líder de torcida as nove da noite usando roupas legais e seus melhores sorrisos.

Min Jee não era lá muito popular. E não sabia se deveria mesmo comparecer a festa na casa de alguém do último ano sem um convite direto, para ela convite de convidados só eram validos caso você pertencesse ao topo da cadeia do ensino médio. Por isso quando ela desceu na frente da enorme mansão da família de Hyeri sentiu um leve nervosismo tomar conta de si. Estava usando um vestido de tecido brilhante por baixo do casaco e um par de botas altas de cano longo. Antes que pudesse tocar a campanhinha um grupo de rapazes fez isso por si.

— Min Jee! Não sabia que viria a festa hoje! — Aquele era Chen um colega de turma que era sua dupla nas aulas de química e biologia e lhe sorriu amigavelmente, acompanhando-a enquanto entravam na casa.

— Bom, você sabe a Soo Ah meio que disse que deveríamos vir hoje. A ansiedade pré-jogos está tomando conta da gente. — Ela confessou enquanto seguiam para o que ela imaginou ser o bar.

— Claro, ela deve estar por ai. Soube que vocês tem muita chance no nacional esse ano. — E então ele ofereceu um copo com cerveja para a Kang. — Não se sinta pressionada a beber, caso queira outra coisa posso procurar um refrigerante ou fazer um drinque leve.

— Eu estou bem com a cerveja, não precisa se preocupar. — Ela e Chen eram bons colegas e sentia-se grata por não ser deixada sozinha em um ambiente desconhecido. Conversaram por longos minutos e até riu um pouco quando ele começou a lhe contar sobre as férias de verão onde ele e o primo mais velho acabaram ilhados no barco da família depois de saírem sem consultarem o nível de combustível do mesmo.

Ela já estava mais a vontade, e o rapaz já havia apresentando-a para algumas pessoas da festa. No momento ela estava em uma rodinha com Chen, suas colegas da equipe de patinação e a anfitriã da festa. Eles riam e conversam despretensiosamente enquanto a festa estava cada vez mais agitada. Diferente do que achou ela não foi deixada de lado ou ignorada nenhuma vez por ninguém, e estava se sentindo confortável ali. Aquele já era o seu terceiro ou quarto copo de cerveja, não sabia dizer ao certo e já sentia seu corpo mais leve. E então algumas vozes altas tomaram conta do lugar e Min Jee percebeu que boa parte do time de hóquei havia acabado de chegar à festa. Do mezanino onde estava pode ver um sorriso divertido nos lábios de Jin, que a encarava com curiosidade. Ela sentiu um pequeno calafrio, sem nenhuma ansiedade pelo lhe aguardava festa a fora. 

E logo que um indie rock dançante começou a tocar Min Jee deixou-se ser levada pelas amigas e sorria enquanto dançava com elas. O copo com cerveja estava pela metade e elas gritavam trechos da musica enquanto se mexiam de forma improvisada. Havia poucas vezes em que havia dançando em público sem ligar para quem estava a sua volta e aquela ali era provavelmente uma das melhores. Era divertido esquecer um pouco sobre prêmios e a competição juvenil. Era bom ser apenas Kang Min Jee se divertindo com as amigas enquanto nada mais parecia ser tão importante quando isso. E nada disso passou despercebido por Seokjin, que se aproveitou do momento em que uma musica lenta começou para se aproximar. Ela havia começado a dançar com Jongdae, ou Chen como era chamado por todos, mas isso não era um problema para ele. Eles eram primos e mais novo sabia de seu interesse na patinadora.

— Hm, Min Jee você se importaria de dançar com o Jin? Eu preciso ajudar a Hyeri a pegar mais bebidas lá em baixo e depois juntar algumas coisa na cozinha. — Chen perguntou de forma suave e não querendo ser desagradável e passar uma má impressão ao rapaz que foi tão gentil com ela, Min apenas balançou a cabeça positivamente.

Ela e Jin dançavam de uma forma lenta, e de longe Sunhe sorria ao ver a amiga com o jogador. Eles ficavam bonitos juntos em sua opinião. A diferença de altura era engraçada, e fazia ambos ficarem fofos.

— Por que você tenta me afastar de você, mesmo o interesse sendo recíproco? — Jin a indagou colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha da menor.

— Não é como se você não soubesse o motivo — Min Jee o encarou sorrindo de canto — Eu sei tudo sobre caras como você Jin, e no final eu não quero terminar sendo a garota patética de coração partido que não suporta olhar para você sem querer chorar.

Jin a encarou incrédulo e percebeu que Namjoon e Taehyung olhavam-nos de longe, eles com certeza estavam planejando alguma coisa.

— Min Jee se me deixasse falar com você como parece acreditar em tudo que te contam veria que a história, seja lá qual for, não é bem assim. — Jin sabia que apenas uma pessoa poderia ter a ver com aquilo e era Soo Ah. Desde que ela e Sehun tiveram um desentendimento mal explicado ela bradava aos sete ventos tudo que podia sobre todos do time de hóquei. 

Os dois se encararam e antes que qualquer um deles pudesse dizer alguma coisa um Taehyung animado e com um sorriso ladino no rosto chegou até eles e disse que estavam convocados para o jogo de sete minutos no paraíso com seletos participantes do evento.

Eles se sentaram no chão de uma sala enorme acarpetada, de um lado estava Sunhe e do outro lado estava Yujin, colega de turma de Soo Ah e Hyeri. A brincadeira consistia em sortear os nomes de forma aleatória e ambos deveriam entrar no banheiro do cômodo e ficarem lá por sete minutos. Era engraçado ver a reação dos que eram sorteados e em todas às vezes Min Jee sentia um frio na barriga ao se imaginar presa em um banheiro com Kim Seokjin. Eles estavam conversando quando o último casal formando por Namjoon e Sunhe saíram do cômodo rindo de alguma coisa.

E quando o nome de Jin saiu naquela rodada Min Jee não soube explicar o pesar que sentiu ao ver que o nome sorteado era o de Hyeri e não o seu. Tudo bem, eles não tinham nada e ela deveria se sentir aliviada por não ter que passar os próximos sete minutos presa com ele não era? Ela apenas rolou os olhos e abraçou as pernas contra o peito, enquanto ouvia Sunhe e Namjoon conversando sobre faculdades e Chen que vez ou outra dava alguns palpites. Para o pesadelo da mais nova o jogo ainda não havia terminado. Ela encarou Soo Ah assim que ouviu seu nome ser sorteado juntamente com o de Oh Sehun. A amiga tinha um sorriso engraçado nos lábios e aquilo não era o que ela esperava. Ela se levantou com ajuda do rapaz e o seguiu para o banheiro. Nunca havia trocado mais que duas ou três com ele e sentia alguns pares de olhos a encarando, exceto de Jin que estava se sentando ao lado de Soo Ah.

Ela se sentou na banca de mármore e encarou Sehun que sorriu de forma tímida.

— Os pais da Hyeri com certeza não economizaram com essas bancadas. — Ele riu suavemente e encostou-se a parede que havia a frente dela.

— Aposto que essa foi a última preocupação deles. — E depois de rir baixo ela percebeu que o rapaz ainda a encarava.

— Você sabe que o Jin é muito afim de você não sabe? Desde que te viu na seletiva para a equipe de patinação. — Sehun disse de forma simples e encarou os olhos castanhos arregalados. — Min Jee, não é segredo para ninguém. O Jin fala de você como se fosse uma deusa sobre o gelo e ele vê todos os seus treinos, até mesmo os de domingo que você faz em horários alternados no ringue da universidade.

— Sehun, você deve estar enganado. Garotos como o Seokjin não se apaixonam por garotas como eu. Veja, eu sou apenas uma patinadora comum, que preciso treinar e estudar em todas as minhas horas vagas. Eu não sou super popular ou sou super bonita. E quando garotas como eu se apaixonam por caras como ele, bem elas terminam chorando em uma arquibancada e de coração partido de tantas formas diferentes que é quase impossível que todos os pedaços se juntem novamente sem machucar as mãos no processo. — Min Jee se sentiu uma enorme idiota falando tudo aquilo em voz alta, ainda mais para um cara como aquele. Mas uma expressão de compreensão apareceu no rosto do mais velho e ele a encarou com os olhos baixos.

— Engraçado, acho que eu sei mais ou menos como se sente. Mas sabe Min Jee, no final esse medo e insegurança só servem pra privar você de viver a vida. Você pode perder coisas incríveis na vida por conta disso. — Ele sabia que a garota entenderia sobre o que ele estava falando, não era preciso ser um grande gênio para saber que ele e Soo Ah haviam terminando de uma forma completamente ridícula porque ele não conseguia fala com ela da forma como deveria apenas pelo receio de ser rechaçado pela garota. 

— Você está certo, sabe deveria falar com a Soo Ah unnie. Ela ainda vê os jogos e sempre torce pela escola, mesmo que ela fique bem feliz quando você caia eu acho que isso é melhor que nada não é mesmo? — A menor sorriu quando o rapaz a olhou de canto de olho. —Mas não conte para ela que eu te falei isso.

Antes que mais alguma coisa pudesse ser dita Hyeri abriu a porta e os enxotou para fora do banheiro. A festa continuava rolando na parte de baixo da casa e algumas pessoas pareciam não se importar com a temperatura fria e se aventuravam na piscina. Soo Ah a arrastou para a pista improvisada assim que Sehun saiu do seu lado.

— O que houve lá dentro? Não me diga que beijou o Sehun, senão serei obrigada a te deixar no banco pelas próximas duas semanas.

— Não se preocupe unnie, Sehun só consegue ver você na frente dele. Não é como se eu tivesse alguma chance. — Ela riu ao notar o olhar surpreso da mais velha e correu até onde os outros estavam dançando. Soo Ah olhou para o rapaz de longe e sorriu ao ver que ele a olhava atentamente.

Logo após as duas da manhã Min Jee e Sunhe resolveram que já era hora de ir para casa. Namjoon se ofereceu para dar carona para as duas, alegando que seria imprudente deixar ambas pegassem um taxi tão tarde. Sunhe aceitou de bom grado logo de cara, e convenceu Min Jee a aceitar a carona. Mesmo a garota dizendo que o rapaz daria uma volta muito grande pelo distrito, uma vez que o quase casal morava na parte oeste e Min Jee no lado sul, quase vinte minutos dos dois.

— Você pode ir conosco Min Jee.  O Jin vai me deixar em casa e em seguida pode deixar você, acho que você mora no prédio na rua atrás do prédio em que ele mora. Ei, hyung pode dar uma carona a Min Jee? — Chen era um ótimo colega, mas naquele momento se pudesse Min Jee lhe taparia a boca sem pensar se era ou não uma atitude grosseira.

Jin que naquele momento conversava com o capitão do time de hóquei lançou-lhes um olhar inexpressivo e concordou rapidamente. Min Jee não queria aceitar e lançou um grito de socorro mudo em forma de olhar para Sunhe que apenas deu de ombros entrando no banco da frente do jeep de Namjoon.  .

— Ah, claro eu moro na rua seguinte ao parque Paris. — Ela sorriu para Chen nervosamente e ficou ao lado do rapaz que parecia digitar algo no celular rapidamente.

— Ei, vamos ter que passar pela casa do Sehun porque ele se esqueceu de trazer os equipamentos para o treino de sábado e eu sou o responsável por levá-los. Tudo bem? — O rapaz a encarou enquanto se dirigia para o carro e apertava o botão do alarme. Min Jee sabia muito bem que o carro dele era um modelo esportivo que parecia ser unanimidade entre todos os jovens de Seul.

Em um dado momento ela estava posicionada ao lado da porta de trás, quando Chen a puxo delicadamente para a porta do passageiro da frente.

— Se você for atrás vai se isolar, eu fico no meio e converso pelos dois. Sabe, um dia ainda vai me agradecer Min Jee. Ou não né? — O rapaz sorriu-lhe e ela entrou no carro de uma vez. O interior era uma mistura de fragrância para carros com cheiro de hortelã e perfume masculino caro.

Jin encarou o primo mais novo pelo retrovisor e um sorriso quase indetectável desenhou por sobre seus lábios. O fato pareceu passar despercebido por uma Min Jee que estava lutando contra o cinto. Em uma atitude rápida e cavalheira, Jin puxou o mesmo delicadamente e o encaixou no fecho de ferro. Ele sorriu para a garota e manobrou para sair do local estacionado, seguindo o carro de Sehun rapidamente.

— Então Min Jee, você vai conosco para o campeonato juvenil? — Chen a indagou enquanto passava o celular para que ela escolhesse a musica do trajeto.

— Na verdade ainda não sei. O nosso treinador queria ir um dia antes para podemos treinar no ringue de lá e a Soo Ah acha que é uma boa ideia.  — Ela sorriu quando a trilha sonora de um filme do estúdio Ghibli tomou conta do carro. — Eu adorava o Totoro quando era criança. Minha mãe me deu aulas de balé com as musicas até eu ter sei lá uns sete anos.

— Era o meu favorito também. Junto com Princess Mononoke. Quando era criança e íamos para a casa da minha harmeoni minha omma colocava todos os filmes do estúdio Ghibli para mim e minha irmã assistirmos no trem. — Jin a encarou rapidamente e Min Jee viu um sorriso tomar conta do rosto do mais velho. Era um sorriso diferente, era quase infantil e a deixou encantada.

— Porco Rosso era o melhor. Sabe quase tão bom quanto o  Kiki´s Delivery Service. Vocês dois com esses filmes clichês não passam de posers. — Chen os encarou e a garota rolou os olhos.

— Cale a boca Chen, você não sabe o que fala garoto abusado. — Jin logo parou o na entrada da casa de Sehun e antes de sair encarou Min Jee. — Prometo não demorar, ainda tenho que deixar esse imbecil em casa e depois levo você tá bem? Não quero correr o risco de estarmos na rua quando a nevasca prevista começar. — Em um gesto automático Jin beijou-lhe o rosto e saiu do carro sem dar tempo da garota esboçar qualquer reação.

— Meu deus, você gosta dele. Nenhuma garota deixou Seokjin parecendo um bobo como você faz quando sorri ou age minimamente perto dele. Deveria considerar e dar uma chance a ele. Jin não é tão seguro quanto parece ser sabe? Na verdade arrisco a dizer que a fama veio por conta do time. Mas desde antes de você entrar ele nunca havia ficado assim. Tudo o que rolou entre o Sehun e a Soo Ah contribuiu ainda mais para a imagem do time dessa forma. Mas apesar de viver cercado de garotas o Jin é do tipo que iria preferir ver todos os seus treinos e depois te levar para comer batata frita.

— O que houve entre a Soo Ah e o Sehun? — Min Jee indagou de uma vez, provavelmente Chen era a única pessoa capaz de contar-lhe detalhes sem esconder grandes coisas.

— Eles estavam apaixonados. Tipo, muito mesmo. Mas o Sehun nunca a pediu oficialmente em namoro, a Soo Ah ela é assustadoramente segura demais o tempo todo e isso o fez achar que ela não queria nada demais com ele. Quando ele começou a se distanciar dela, bom você pode imaginar a cena que foi. — Chen disse de uma única vez, de forma simples e clara. Min Jee sempre soube que Soo Ah era alguém difícil e com certeza não foi nada fácil para o jogador lidar com a jovem patinadora. — Na verdade a Soo Ah ser segura não era o problema, o problema foi Sehun nunca ter acreditado muito em si. Isso minou a relação antes que ela pudesse existir de alguma forma.

— Acho que entendi o que ele quis dizer hoje na festa. Eu vou tentar ser legal com o Jin e dar uma chance para ele entendeu? Mas se ele for um babaca eu vou esfregar a cara dele no gelo. — Min Jee disse o encarando enquanto o garoto sorria largo. — E vou jogar meus patins na sua cabeça. 

Os conversaram sobre coisas aleatórias, e logo o garoto percebeu o porquê do primo mais velho ter se apaixonado. Logo depois Jin surgiu segurando bolsas de treino e colocou tudo no banco de atrás onde Chen estava. Depois de entrar de no carro ele passou a dirigir tranquilamente até a casa do primo.

Alguns minutos e risadas depois eles pararam diante ao prédio onde Chen morava com os pais. O garoto se despediu rapidamente com um sorriso engraçado nos lábios, parecia saber de algo que nenhum dos dois sabia.

— Não façam nada que eu não faria. — E entrou na portaria enquanto Jin o amaldiçoava.

Min Jee sorriu enquanto Jin trocava a musica por alguma outra que ela sabia já ter ouvido em algum anime ou qualquer filme de quando era criança. Jin despertava nela um estranho sentimento de lar e pertencimento. Até mesmo o silêncio acompanhado pela trilha sonora baixa era confortável.

A neve, que havia começado a cair quando ainda estavam parados na frente da casa de Sehun, estava mais grossa e ainda mais intensa. A mesma já havia começado a se acumular nas ruas do bairro e transformar parte da paisagem em uma espécie de cartão postal.

—Você deveria começar a procurar suas chaves. Não vou deixar você descer sem elas. — Enquanto o rapaz falava a mão de Min Jee foi automaticamente até o pequeno bolso que ficava na parte de trás da bolsa, era ali que ela sempre deixava a chave da porta do apartamento. Ela com certeza não se esqueceria de pegar, ainda mais quando sabia que os pais não estariam em casa naquele final de semana. Suas mãos começaram a tremer quando não sentiu a chave em nenhum lugar do bolso. Assim que Jin parou o carro se deu conta do desespero em que a garota tirava tudo da bolsa.

— Não me diga que esqueceu suas chaves? Seus pais vão fica furiosos de ter que abrir a porta para você há essa hora. — Ela encarou o olhar da  menina, que possuía os olhos pequenos arregalados.

— Eu acho que sumi minhas chaves. Coloquei-as aqui assim que sai do apartamento, eu não me esqueceria de pegá-las. Meus pais só vão voltar no final de no domingo de manhã, foram para Busan no casamento de um antigo amigo de conservatório da minha mãe. E vou ter que ligar para qualquer chaveiro que possa vir abrir a porta. — O desespero aparente tomou conta de Min Jee. Ela não sabia muito bem como faria aquilo. E Jin então surgiu com uma voz tranquila.

— Eu posso ficar aqui com você até o chaveiro aparecer. Tenho um número de um que funciona vinte e quatro horas, meus pais quase nunca estão em casa e eu vivo esquecendo minhas chaves. Se quiser posso ligar para ele e ele vai estar aqui em no máximo meia hora. — Jin na verdade ia oferecer que ela ficasse em sua casa, mas não queria que ela tivesse um pensando errado sobre si. Aquela era praticamente a primeira vez que eles trocavam mais que três palavras e ele só conseguia pensar no quanto gostava da sensação de ter os olhos de Min Jee o encarando enquanto a mesma sorria.

Min Jee agradeceu quando o chaveiro do garoto despontou no inicio da rua e subiu junto com eles até o apartamento que a garota morava com os pais. O senhor contou algumas histórias de clientes que vez ou outra o chamavam por aquele mesmo problema. E o quanto Min Jee era sortuda por ter um namorado que estava ali lhe fazendo companhia. A garota ficou tão sem graça naquele momento que não conseguiu dizer que na verdade ela e Seokjin não passavam de colegas de escola. E o rapaz parecia tão entretido em seu celular que não teve tempo de responder qualquer coisa ao homem mais velho que já entregava uma cópia da chave para a garota.

Antes que Min Jee pudesse fazer qualquer coisa, Jin já havia tirado um cartão da carteira e estava digitando a senha na pequena maquina onde um valor pelo concerto e ida do senhor até o local estava sendo cobrado. Depois que o mais velho se despediu do casal, Min Jee convidou Jin para entrar. O apartamento estava escuro, tendo apenas as janelas da sala iluminando todo o longo cômodo que era decorado com um bom gosto clássico. O rapaz não sabia muito bem porque havia aceitado o convite com a desculpa que aceitava um copo de água, mas naquele momento ele estava na cozinha limpa e bem organizada sendo encarado por uma Kang Min Jee que corava a cada sorriso que ele lhe dirigia.

Enquanto beba água, Min Jee saiu indo até a sala e voltando com o celular em mãos.

— A neve está bem mais forte agora, recomendaram que ninguém saia de casa há não ser que seja extremamente necessário. — A garota o encarou e disse de uma vez nervosamente. — Prefiro que fique aqui. Seria irresponsável de minha parte deixar você ir para casa debaixo de tanta neve. Ainda mais porque é minha culpa você estar na rua até essa hora.

— Não se preocupe, não é a primeira vez que eu dirijo na neve. — Jin deixou o copo no balcão e seguiu a garota para a sala.

—Jin, por favor. Eu me sentiria mal de saber que algo aconteceu a você por minha culpa. Fique. — Os pequenos olhos castanhos o encararam com tanta esperança que o rapaz não conseguiu negar-lhe nada.

— Só se prometer que vamos fazer uma maratona de estúdio Ghibli até o dia amanhecer. — O Kim viu então um enorme sorriso brotar nos lábios de Min Jee. Algum tempo depois a garota já havia colocado alguns doces na mesa de centro da sala e trocado a roupa que estava por um pijama confortável.

Depois que um dos filmes começou nenhuma conversa foi ouvida na sala. Eles estavam quase no final de Spirited Away quando Kang Min Jee sentiu olhos sobre si. Seokjin a encarava de ma forma confusa.

— O que foi? — Ela perguntou enquanto comia um punhado de pipoca doce.

— Não é engraçado nós dois assistindo a um filme na sua casa a quatro e meia da manhã enquanto ontem você se quer conversou comigo direito e nós nunca trocamos muitas palavras?

— É estranho. Mas ao mesmo tempo é bom. Sabe, é engraçado ver como nós dois somos diferentes e estamos agora vendo um filme que nos trás lembranças boas. Eu nunca pensei que pudesse dividir algo assim com você. — Min Jee foi sincera e Jin aproximou de si no sofá.

— Eu sempre imaginei que a gente pudesse dividir coisas assim. Eu acho que me apaixonei por você quando te vi perdida no dia do teste da equipe de patinação. Você tava usando um laço dourando brilhante no cabelo e tinha o olhar mais intenso que eu já vi. Aquele dia quando me encarou do outro lado do ringue eu sabia que você iria pegar um pedaço do meu coração para você e nunca mais me devolveria. Eu tentei me desapaixonar por tantas vezes. Mas é meio que impossível porque todas as vezes que você olha para mim eu sinto que meu coração pula uma batida sabe? — O garoto estava encarando-a sem jeito, havia um sorriso tímido em seus lábios e se não fosse a pouca iluminação Min Jee poderia jurar que o viu corando.

— Eu acho que eu senti um pouco de medo de tudo que você me faz sentir. É estranho demais sentir minhas mãos soando, meu coração batendo forte e sentir que eu poderia beijar você até meus lábios ficarem dormentes. — Nesse momento um forte rubor tomou conta do rosto da garota e Jin a encarou sorrindo. — Eu quero dizer que não sei bem como é isso de estar com alguém, mas eu acho que gostaria muito de tentar. Eu gostaria muito de ir ver seus jogos nos sábados, e gritar quando você fizer ponto, quero poder segurar sua mão sem receio, e sair pra comer batata frita depois dos treinos. É só que eu tenho tanto medo de você acordar e ver que eu não passo de uma garota sem grandes atrativos sabe? Eu sempre fui tímida, e fechada e prefiro ver filmes como esses nos finais de semana do que estar em uma festa super animada.

— Esse é o seu jeito Kang Min Jee, mas não é nada sem graça. Eu nunca me cansaria de ver seus treinos ou de fazer maratonas de animações japonesas, ou de te levar para comer batata frita até você não aguentar mais. Eu nunca iria me cansar do que eu sinto por você. E quero poder deixar isso se tornar maior sem ter medo. Eu quero muito Min Jee. Quero ser seu namorado e te levar para sair. Jantar com meus pais enquanto minha omma diz que você é bonita e meu appa fala que você é demais para mim. — Jin respirou fundo e segurou a mão pequena da garota timidamente. —Eu quero muito poder olhar pra você e sorrir, quero deixar meu coração na sua mão e saber que você também sente alguma coisa por mim. E que seu coração também está comigo.

Naquele momento Min Jee o encarava com um riso divertido nos lábios, e abraçou Jin de uma forma desengonçada. Aos poucos ela foi se ajeitando ali, e ele passou os braços em volta dela, trazendo-a para mais preto de si. 

— Saiba Kim Seokjin que mesmo que ainda não tenha pedido eu aceito sim ser sua namorada. — Os olhos pequenos se cruzaram e Jin a olhou suavemente. — E podemos assistir a todos os outros filmes do estúdio Ghibli que eu tenho. E eu vou adorar que você veja minhas competições e venha jantar comigo e meus pais. Eles vão adorar você e meu appa com certeza vai querer jogar xadrez só pra te derrotar. Eu quero muito poder ser a Min Jee com você Jin e espero que você saiba que eu gosto muito mesmo de você. E também quero que isso se torne algo maior e incrível entre a gente.

— Eu vou beijar você. — Naquele momento Min Jee sentiu ser puxada para um tantinho mais perto do rapaz. Jin segurou seu queixo de forma delicada e sentiu os lábios da garota contra os seus. Foi um beijo suave e gentil. Eles estavam se conhecendo ali, e era engraçado como cada um podia sentir a respiração descompassada do outro e o coração batendo rápido.

— Não parta meu coração Kim Seokjin, porque agora ele está com você. — Kang Min Jee sorriu e o olhou nos olhos.

— Eu jamais faria isso. O meu coração sempre esteve com você desde que você surgiu com os olhos mais brilhantes que já vi e com todo aquele brilho dourado consigo. Eu realmente gosto de você Min Jee, eu gosto mesmo. — Naquele momento os dois se beijaram mais uma vez e Min Jee conseguiu sentir seu coração ser preenchido por um sentimento leve e gostoso. Então era assim que era estar apaixonada.

Enquanto o Sol nascia ao longe em Seul o casal agora dormia em meio a almofadas e raios que começavam a iluminar a sala. Na televisão a trilha de Totoro já havia começado e Min Jee sorriu quando sentiu Jin puxa-la para mais perto de si. Talvez na segunda feira os dois caçassem Kim Taehyung quando descobrissem que foi o rapaz quem passou a mão na chave de Min Jee. Mas naquele momento eles estavam bem. Estavam apaixonados e nada mais importava muito. Algumas ruas dali Chen dormia tranquilo em seu quarto sabendo que em algum momento o agradecimento da colega de turma viria afinal quem mais teria dado a ideia ao Tae se não um Jongdae cansando de ver as trocas de olhares furtivas entre ambos, os suspiros profundos por parte de Seokjin e o rosto corado de Min Jee a cada olhada do jogador? Ah o amor era um sentimento lindo, ainda mais quando todo aquele dourado brilhante como a luz do dia tomava conta de um par de corações tão teimosos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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