A normal life escrita por Dark Angel


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Depois do que pareceu uma vida, eu voltei. Cara de pau, eu sei. Mas eu realmente não poderia produzir nada aqui antes. por isso só postei one shots. Reylo é meu casal feliz, e eu não estava feliz para escrever.
Como Mi Lee deixou um comentário tão fofo que me deixou pulando pela casa toda como se fosse uma idiota, eu decidi me forçar a criar algo. Então, aqui está, Mi Lee. espero que esteja aceitável, pois esse capítulo é todo seu.


D.A.



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O silêncio que nos acompanhou na viagem de volta foi quase ensurdecedor. Se me esforçasse um pouco, seria capaz de ouvir os batimentos cardíacos de Phasma. 

E ela que sempre me pareceu tão forte e centrada agora parecia com medo da repreensão que viria. Isso me fez pensar que eu deveria estar nervosa também, mas a situação toda soava surreal demais para mim. Mal podia esperar até contar tudo à Rose, ela morreria de rir! 

Em menos de uma hora eu estava de volta à nossa casa. Observei a entrada através da janela do carro e senti meu coração acelerar. Será que ele iria gritar comigo? 

Phasma desceu do banco da frente e abriu a porta de trás para mim. Meio receosa, tratei de descer logo do carro e andar até a entrada.  

Vovô tinha voltado mais cedo porque precisava trabalhar, talvez ele nem tivesse notado que eu já tinha chegado. 

—Tem ideia de quão preocupado eu fiquei? - Perguntou ele, assim que atravessei as portas duplas. 

Ele estava me esperando na entrada. Isso significa que eu estava enrascada, certo? 

O que eu deveria dizer? Que não sabia? Que fiz confusão? Como dizer que eu achei que o segurança era um maníaco? Isso soava patético até mesmo para mim... 

Antes que eu pudesse decidir o que diria primeiro, senti as mãos dele pegarem as minhas. Ele me olhava de cima a baixo, como se quisesse ter certeza de que eu estava inteira mesmo. 

—Por favor, não faça mais isso. Eu achei que... Eu achei... - Vi seu rosto se transformar em uma feição triste e solitária. E então eu entendi. Ele achou que eu não ia voltar. 

—Está tudo bem, vovô. Eu estou bem - tentei sorrir, para convencê-lo disso, mas agora havia um nó em minha garganta. 

—Quem era o homem com quem você estava? Ele fez algo contra você?  

Pensei em Ben e em como eu devo ter parecido patética para ele. Senti meu rosto ficar quente e soube de imediato que minhas bochechas estavam vermelhas. 

—Não, vovô, ele não fez nada além de me dar uma carona. 

Eu não sabia se devia dizer que ele era um estranho, mas parecia estranho dizer isso em voz alta. 

—Ele é seu namorado? 

“Quem me dera” pensei.  tentei afastar o pensamento e neguei com a cabeça. 

Vovô soltou minhas mãos e se desculpou novamente por ter tido que voltar mais cedo. Ele sugeriu que eu convidasse minha amiga para sair no dia de amanhã, assim não passaria o fim de semana em casa sozinha.  

Achei que a ideia era boa e assim que subi para meu quarto, tratei de mandar mensagem para Rose perguntando o que ela faria amanhã. 

 

From: Rose Tico 

To: Rey Palpatine 

 

Não tenho planos ainda, mas queria ir comprar um vestido. Quer vir comigo? 

 

Bem que eu queria, mas não tinha dinheiro. Se bem que, eu poderia só acompanhá-la. Isso não custaria nada. 

 

From: Rey Palpatine 

To: Rose Tico 

 

Quero! Que horas? 

 

Rose respondeu que queria me encontrar logo depois do almoço. Eu já estava animada com a perspectiva geral. Eu iria sair com minha amiga, em um fim de semana, para comprar algo legal e conversar. 

“Minha vida parece uma daquelas séries teen”, pensei, com um sorriso bobo no rosto enquanto me preparava para dormir. 

Quando o sol nasceu, eu tratei de abrir as cortinas e observar toda aquela luz. 

A casa parecia tão tranquila que eu me perguntei se vovô estava em casa. “Talvez já tenha ido trabalhar”, pensei.  

Me preparando para tomar o café da manhã sozinha, provavelmente, desci as escadas dando de cara com Phasma, que hoje usava um macacão branco.  Seria um dia quente, eu sabia, eu mesma estava usando um conjunto de blusa e saia de cor verde pistache, mas minha mente questionava se ela vestia outra cor que não branco. Seria educado perguntar? Ela se ofenderia? Como ela matinha as roupas tão brancas?  

—Bom dia, Senhorita Palpatine. Seu avô está tomando café da manhã no jardim e espera que a Senhorita se junte a ele. 

Um pequeno sorriso se fez presente em me rosto. Se vamos tomar café juntos é porque ele não está mais zangado, certo? 

Phasma me acompanhou até uma mesa posta em uma parte do jardim que eu ainda não tinha explorado. 

—Bom dia, vovô. 

Ele pôs o jornal de lado, como havia feito ontem e isso me fez sorrir ainda mais. 

—Bom dia, criança. Você dormiu bem? 

—Muito bem, e você? 

—Bem, saber que você está segura me permite dormir bem. 

Aquilo me fez sentir uma pontada de culpa. 

—Desculpe por ontem, vovô. 

Ele tomou um gole do café que havia na xícara à sua frente e fez um gesto com a mão, como se aquilo não tivesse sido nada. 

—Você fez planos para hoje? - perguntou ele, comendo sua salada de fruta. 

Eu comecei a me servir e contei que havia chamado Rose para fazer algo e que ela queria fazer compras, mas não sabia exatamente onde ela queria ir. 

Vovô apenas ouve enquanto eu conto tudo e antes que eu termine de comer, ele precisa ir, pois tem uma reunião. Só então eu percebo que ele está vestindo um terno, pronto para trabalhar. 

Depois que ele me deixa, Phasma aparece me trazendo meu celular. 

—Salvei o número do celular pessoal do senhor Palpatine em sua agenda de contatos. Caso não consiga me contatar em algum momento, pode chamar a ele diretamente. 

Observei o rosto dela e vi que aquele vinco entre as sobrancelhas ainda estava ali. 

—Ele estava me esperando para o café da manhã? - perguntei baixinho. 

Eu não sabia se ela sabia a resposta para essa pergunta, mas eu queria saber. A ideia de que vovô quisesse passar mais tempo comigo, apesar de toda a confusão de ontem me agradava. 

—Sim – disse ela, simplesmente. 

E por hora, a resposta foi suficiente. 

Passei boa parte da manhã fazendo os deveres da escola. Os que consegui, claro. Algumas das perguntas de literatura pareciam ser feitas em outro idioma e eu teria que me esforçar mais para fazer. Será que alguém poderia me ajudar? 

No horário do almoço, Phasma me perguntou se eu queria almoçar na sala de jantar ou no quarto mesmo, já que vovô não estava ali. Achando que seria meio triste almoçar sozinha em uma mesa para doze pessoas, decidi comer no quarto mesmo. 

Menos de dez minutos depois, uma mulher de uniforme preto com avental branco adentrou meu quarto empurrando um carrinho com bandejas. 

Eu não sabia quem ela era, mas ela se referiu a mim como Senhorita Palpatine, da mesma forma que Phasma fazia. 

Ela dispôs os pratos sobre a mesa em minha varanda e eu tratei de comer tudo. Escovei meus dentes, peguei o celular e desci para ver se encontrava Phasma para avisá-la. 

A mulher loira estava falando ao telefone em uma voz baixa que não me permitiu ouvir nada antes de abordá-la, mas sua postura parecia ameaçadora. 

—Senhorita Phasma, eu marquei de encontrar minha amiga no shopping. O vovô já sabe! 

 Observei ela remover o telefone celular da orelha e desligar sem nem mesmo se despedir. Seus olhos estavam fixados em minhas mãos. 

—A senhorita não acha melhor guardar seus pertences em uma bolsa? - questionou ela. 

Olhei para o celular – o único objeto em minhas mãos - e ponderei.  

—Acho que não. Só preciso levar o celular mesmo... 

—Senhorita Palpatine, se vai passar a tarde fazendo compras, seria bom levar ao menos seu cartão de crédito. 

Compras? Eu podia fazer compras? A ideia era apenas acompanhar Rose... 

—Sabe... - continuou ela. - Acho até que é uma boa ideia a senhorita fazer compras. Há um baile na semana que vem, e eu não saberia escolher algo que agradasse uma garota da sua idade. Vamos, suba e pegue sua carteira, vou tirar o carro enquanto faz isso. 

E antes que eu pudesse responder, ela já havia ido. Dei meia volta e subi a escada correndo. Eu só esperava que o cartão estivesse onde eu me lembrava de ter deixado... 

Dez minutos depois, eu estava dentro do carro, com uma bolsa pequena na cor branca que combinava com as sapatilhas que eu calçava hoje. 

Phasma havia sentado no banco da frente novamente, enquanto eu estava no de trás. 

As ruas estavam mais movimentadas hoje em comparação aos dias de semana. Era um lindo dia de sol e eu sentia o calor aquecer minha pele enquanto a brisa bagunçava meus cabelos. 

Quando o carro parou no estacionamento eu estava pronta para descer e dizer um “obrigado pela carona”, mas Phasma soltou seu cinto e abriu a porta, descendo e vindo até mim antes mesmo que conseguisse desatar meu cinto de segurança. 

Desci do carro sem ter a menor ideia de como o dia poderia acabar, mas estava torcendo para que fosse de uma forma divertida. 


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Notas finais do capítulo

Se você leu até aqui, obrigado!
Ah, eu preciso de um Beta, caso alguém possa me indicar um, eu agradeço.



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