A normal life escrita por Dark Angel


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Hello, There! Acabei demorando mais que o esperado para postar este capítulo, e, embora ele não tenha sido tão desenvolvido quanto eu esperava espero que gostem!
Hope you enjoy it!



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Era demais para absorver de uma vez só. 

Minha cabeça ainda estava rodando e eu sentia meu coração querer sair pela boca. 

Aquilo era real? Eu realmente iria para casa? Com meu avô? 

A ideia de não ser mais uma pessoa sozinha no mundo colocava um sorriso em meu rosto mesmo que inconscientemente.  

Um bando de crianças passou por mim indo em direção as escadas e deixando um rastro de água, provavelmente estavam brincando na chuva. 

A realidade me acertou em cheio. Preciso fazer as malas. 

A mulher que estava no gabinete da Madre me disse se chamar Phasma e trabalhar para meu avô. 

Ela não me deu muitos detalhes, disse que todas as minhas dúvidas seriam sanadas quando estivesse em casa. 

Eu achei a situação estranha, mas a ideia de ter uma casa era encantadora demais para não ficar feliz agora. 

Subindo a escada de dois em dois degraus, logo cheguei ao quarto e tratei de juntar minhas coisas. Não era muitas, obviamente. Não há como ter muitas coisas quando de se vive em um lugar como esse. 

Apesar de ser um lugar melhor que muitos por aí, o Orfanato Jakku passava por necessidades de tempos em tempo. A Madre Kanata era ótima com crianças, mas péssima com finanças. Felizmente, havia pessoas que realizavam doações generosas todos os anos. 

Depois de guardar minhas poucas roupas e meu outro par de sapatos em minha mochila, desci as escadas novamente, encontrando a senhora que havia se identificado como Phasma me aguardando ali. 

Ela me olhou com certa curiosidade e perguntou: 

—Precisa de ajuda para pegar o restante de suas coisas? - Eu não havia reparado antes, mas ela tinha um sotaque que deixava suas palavras levemente carregadas. 

—Isso é tudo que tenho, senhora – esclareci, e vi um rápido lampejo de emoção por passar por seus olhos, mas foi tão rápido que não consegui identificar o que era. 

—Então, vamos – disse ela, retirando a mochila de meu ombro e se encaminhando para a porta. 

Já dentro do carro, observei o lugar que me serviu de casa por tantos anos. Depois de tanto esperar, eu não teria apenas uma casa, teria um lar. 

Eu não sei dizer quanto tempo havia se passado exatamente, mas sabia que a ansiedade dentro de mim estava a ponto de explodir. 

 Eu ainda estava dentro do carro em que Phasma havia ido me buscar no orfanato. Ela havia sentado na frente, ao lado do motorista. 

—Ainda falta muito?  - Finalmente tomei coragem de perguntar. 

Phasma olhou para mim por entre os bancos e me disse que estávamos chegando ao heliporto, mas que teríamos mais quarenta minutos de helicóptero. 

Meu queixo quase foi ao chão. Helicóptero? Eu vou andar de helicóptero?  

Quando o carro foi estacionado em frente a um grande prédio eu sentia minhas pernas bambas. 

A porta do carro fora aberta para mim e eu saltei para fora, rezando para não tropeçar em nada. 

Phasma e eu fomos acompanhadas por um senhor que aguardava na entrada até o elevador. Ele havia trocado algumas palavras com a mulher loira, mas eu estava tão nervosa que não prestei atenção. 

—Espero que não tenha medo de altura – disse minha acompanhante de viagem até o presente momento. 

Como dizer a ela que eu não sei se tenho medo de altura? Eu nunca testei! Nunca nem andei em uma roda gigante! 

Pegamos o elevador que nos levou até o topo do prédio e meu rosto quase se partiu em dois ao ver o helicóptero, tamanho era meu sorriso. 

—Isso é real mesmo? - sussurrei para mim mesma. 

Phasma me ajudou a entrar na cabine e afivelar o cinto, e, depois que ela tomou o lugar ao meu lado, a aeronave começou a levantar voo. 

A experiencia não podia ser comparada com nada que eu já tivesse feito em minha vida. Parecia haver borboletas em meu estômago, o que me dava a sensação de tudo ser um sonho. 

Eu havia sonhado tantas vezes com a possibilidade de ter uma família, e agora... Era real.  

Os minutos foram se passando e meu nervosismo foi crescendo ainda mais. Quando o helicóptero pousou, diferentemente do que eu pensei, não foi em outro prédio, como aquele em que eu embarquei, mas sim, em um gramado. 

Olhei ao redor do lugar depois de Phasma me ajudar a descer da aeronave e me perguntei onde diabos eu estava. 

—Estamos na California – disse a loira ao meu lado, sanando minha dúvida não pronunciada. - Sei que deve ter muitas perguntas – continuou ela, colocando seu braço sobre meus ombros e me guiando para longe do barulho de hélices. -  Seu avô gostaria de respondê-las pessoalmente. Ele está te esperando dentro da casa. 

Olhei para frente e me deparei com a mansão que havia ignorado totalmente até agora. 

Casa? Aquilo era bem maior que orfanato.  

Inspirei profundamente tomando coragem e me encaminhei para o interior do imóvel. 

As portas duplas que guardavam a residência eram bem mais leves do que aparentavam ser, percebi, quando as abri. O interior era ricamente decorado, mas não me prendi em nada a meu redor, pois ali, no meio da sala, havia um homem de cabelos grisalhos me olhando. Eu não estava mais sozinha. 


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Notas finais do capítulo

Se você leu até aqui, obrigado!