O Deus atrás das estrelas escrita por KitKatie


Capítulo 1
O Deus das estrelas


Notas iniciais do capítulo

(A fic passou por uma revisão e edição de detalhes ♥)

Quando li sobre a história de Luke não pude deixar de imaginar que ele provavelmente gostaria do Deus cristão. Um Deus que, de fato, ama seus filhos e cuida deles.
Eu sou cristã, portanto a história exalta o meu Deus. Tenha ciência disso ao ler.


é uma história ficcional que se passa dentro do universo PJO, sem data especifica mas depois da morte de Thalia.



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Luke Castellan gostaria de lidar com questionamentos normais acerca das divindades. “Elas existem? Cuidam de nós? Existe algo além da morte? Existe um céu? Um inferno?”. Duvidas comuns, que pairam o imaginário comum de pessoas comuns. Mas ele não era uma pessoa comum, nem de longe, nem por um momento. Ele não precisava de perguntas, ele já tinha respostas.

Lidar com perguntas é muito melhor do que com certezas. Quando questiona-se existe tanto espaço, tantas possibilidades, rumos e caminhos inexplorados, construções e desconstruções. Mas quando você recebe as respostas tudo termina, um ponto final na infinidade de caminhos. Respostas são definitivas, quebram qualquer devaneio e limitam qualquer imaginação.

Luke não questionava-se sobre divindades, não precisava. Ele sabia que elas existiam. Não tinha duvidas no seu coração, apenas certezas, finitas e certeiras. Ora, ele mesmo era filho de deus. Maldito Hermes.

Cresceu com a certeza de que deuses existem, sem nunca ter espaço para divagar sobre, ele sabia que as divindades estão sempre por ai, tão palpáveis e acessíveis quanto qualquer outro mortal e, em alguns casos, muito menos graciosos e "santos" do que o esperado. Eles andavam, livres e despreocupados, desfrutando de sua posição inquestionável, fazendo coisas ruins, engravidando mulher inocentes ou seduzindo homens corruptíveis. Sem espaço para questões morais, afinal, eles eram seus próprios conceitos de moralidade, quem ousaria questionar a ética de um deus? Eles era tão sujos quanto qualquer mortal, podres, pecaminosos e voláteis; a única diferença de terem um poder aqui e ali e viverem eternamente. Isso não os tornava dignos de adoração, não na opinião de Luke. Ele jamais queimaria oferendas para seres desprezíveis, jamais diria uma palavra de devoção a divindades que divertiam-se com o sofrimento humano e dedicavam suas existências vazia a destruir lares e corações inocentes.

Era estranho pensar que os deuses era tão falhos quanto os humanos. Zeus era um pervertido, Hera invejosa, Afrodite banhada em luxuria, Ares em ira... Deuses não deveriam ser corruptíveis em pecado. Deuses deveriam ser a esperança humana, a luz no fim do túnel, a certeza de que é possível ser mais, ser melhor, de evoluir. Mas não, os deuses do olimpo era só uma confirmação certeira da podridão que dominava o mundo. Deuses sujos.

Luke concentrava seus pensamentos em lugares além, outros deuses, outras esperanças, gostava de questionar aquilo que lhe foi negado, pensar sobre salvação, sobre amor. Atraia-lhe muito ideia do Deus dos cristãos. Esse sim era um Deus que lhe trazia bons sentimentos. Uma chama de esperança. Um Deus supremo, trino e incorruptível. Perfeito. Que mesmo quando andou entre os mortais não banhou-se em pecado.

Jesus era um Deus que Luke gostaria de adorar. Alguém que, de fato, parecia valer a pena. Ele não era ruim como os deuses que, infelizmente, conhecia. Um homem bom, aquele que desceu de um trono de glória para fazer-se mortal e assumir a culpa de seus entes queridos. Aquilo era quase inimaginável para Luke, ele conhecia deuses que faziam de tudo para encobrir suas culpas, jogando-as sobre os ombros de mortais... Saber que um Deus perfeito assumiu os pecados dos homens para livra-los da dor eterna, uau, aquilo despertava em seu coração um sentimento que a muito tempo lhe fora negado. Devoção.

Quando o Espirito Santo avisou a mãe de Jesus que ela seria progenitora da criança Divina ela lidou bem, alegrou-se e glorificou ao Pai por escolhe-la, Jesus nasceu Deus numa família que o amou. Diferente de todos os outros filhos de deuses que ele conhecia. Os deuses do Olimpo não era bondosos assim, eles simplesmente tinha filhos com quem queria ter e largavam a criança a própria sorte, cada um que lide com seus medos, essa era a politica dos olimpianos.

A maioria daquelas criança crescia deslocada, sem amor e com medo, sem saber das próprias origens e revoltada com a falta de cuidados. Uma criança precisa sentir o zelo para crescer feliz, que deuses cruéis estes que negavam o mínimo a sua prole. Luke sentirá na pele o descaso que os deuses faziam da própria prole. Ele seria diferente se não fosse filho de Hermes, tinha certeza disso. Seria alguém bom porque teria nascido de alguém bom. Como poderiam esperar de Luke uma boa conduta quando seu pai era o deus da mentira?

O Deus cristão era diferente. Cuidou do Filho por toda a vida, Eles são um só. E mais do que isso, todos aqueles que o seguem são chamados filhos Dele. Aquilo era legal. Um Deus totalmente supremo que chama a todos para serem seus filhos. Os deuses do Olimpo se quer reconheciam os próprios filhos. Quanta ironia. Luke queria aquilo... Um Deus que o chamasse de Filho e além, o tratasse como tal. Com amor.

Sabia que o Deus cristão era bondoso e justo, tanto que deixou de ensinamento o maior mandamento: amem. Era engraçado pensar em alguém que quisesse tanto que as criaturas amassem, Ares riria de um mandamento assim. Mas, Luke tinha essa convicção, nem mesmo Ares seria páreo contra aquele Deus. Pois enquanto era todo amor, também era todo poder, numa dualidade que os deuses do olimpo nunca entenderiam, pobres criaturas simples.

Luke olhava as estrelas, tão lindas e imponentes. Somente um deus majestoso a faria. Zeus teria esse poder? Nyx? Qualquer um deles? Atrás daquelas estrelas estaria um Deus de verdade. 

Luke queria um deus que o amasse. Sabia que aquele Deus não cobrava sacrifícios, pelo contrário, Ele havia oferecido um sacrifício, o Filho Unigênito, para morrer pelos filhos adotados. Esse Deus parecia ser amoroso mesmo.

Se Luke pudesse escolher não teria nascido do jeito que nasceu. Nunca teria conhecido a história ridícula de semideuses, nunca teria tido a mãe destruída por um deus idiota e nunca teria perdido Thalia.

Luke escolheria servir o Deus cristão. Ir a uma Igreja, ler a Bíblia, amar e ser amado. Escolheria ser filho de um Deus que ama os seus filhos.

O garoto sentia que não tinha esse direito. Já estava envolto em uma realidade. Era um filho de Hermes. Um semideus. Fruto de um deus vil que não merecia adoração nenhum. Nem deveria ser chamado de deus, uma vez que era tão falho quanto qualquer mortal. Luke estava afundado em podridão, fizera escolhas ruins, tomará caminhos maus, não podia jogar a culpa somente nos olimpianos mas sabia que se fosse cristão jamais teria feito o que fez. Não, se a Luke tivessem oportunado ser cristão, ele seria o melhor possível. Teria feito o possível para honrar um Deus que o amaria.

Mas Luke não teve escolha. Assim como teve o direito a perguntas negado, teve escolhas restringidas. Era quem era. O que lhe restava era guardar em seu coração o desejo de ser cristão. Ser filho de Deus. De ser amado por um pai divino digno. Sabia que por traz das estrelas existia um Deus de verdade. Era ele que Luke gostaria de poder conhecer. E ele ansiava pelo dia que poderia tocar as estrelas e junto delas, o Deus de verdade.


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Notas finais do capítulo

Com essa one quis trazer um ponto que notei nos deuses descritos no universo PJO: eles são totalmente humanos. Falhos como nós.
E isso é algo que acredito que Luke questionaria. Adorar alguem tão falho quanto si próprio é algo dificil de conceber. O sentido da adoração divina é confiar em alguém que é sábio e superior. Sinceramente, Luke poderia ser cristão haha

Espero que tenham gostado, sejam respeitosos nos comentários. Vocês não são obrigados a crer mas eu tenho convicção no Deus cristão e creio que Ele, em sua Glória Imaculavel, é o verdadeiro Deus que criou as estrelas!