A residência da família Russo estava quase completamente silenciosa àquela tarde de domingo. Jerry e Tereza estavam do outro lado da cidade em uma competição de judô de Max que só acabaria depois do cair da noite, deixando o lugar vazio.

Os únicos sons que podiam ser ouvidos na casa concentravam-se entre as quatro paredes do quarto do mais velho entre os irmãos. Alex, vestida apenas com um sutiã e um short folgado de pijama, gemia rebolando sobre o colo de Justin enquanto suas bocas se devoravam em um beijo voraz e indecente.

Assim que precisaram se separar para respirar, aproveitou para levar os lábios ao ouvido dele e pedir em tom baixo e manhoso. — Faz amor comigo.

Justin sentiu seu membro pulsar de desejo ao mesmo tempo em que um arrepio se espalhava por toda sua pele. Porém, um pedaço de racionalidade insistia em lhe incomodar, fazendo-o respirar fundo e responder com a voz carregada pelo tesão. — Isso é errado.

— Ah, irmãozinho. — Ela sorriu, tão irônica tanto quanto sensual. — Depois de tantos anos, você já deveria ter percebido que eu tenho uma forte atração por tudo que é errado.

— Alex...

— Shhhh. — Alex o calou lhe pousando dois dedos nos lábios. — Mas já que cê é tão certinho, pensa que errado mesmo seria me deixar assim... — Pegou uma das mãos de Justin e guiou para dentro de seu short para mostrar o quanto estava molhada, gemendo de leve antes de concluir a linha de pensamento. — E não terminar o serviço.

O garoto engoliu em seco sentindo a umidade em contanto com sua pele, a voz em sua mente gritando a favor da moralidade soava cada vez mais distante. Realmente queria fazer isso desde a primeira em que se beijaram. Até aquele momento não entendia como uma briga de irmãos tão costumeira havia virado um beijo selvagem, e muito menos como permitia que se repetisse sempre que acabavam sozinhos em algum lugar, qualquer lugar.

— Não me tortura assim. — Sussurrou com sua última gota refinada de autocontrole.

— Faz amor comigo. — Repetiu agora olhando nos olhos de seu irmão. — Eu preciso te sentir dentro de mim.

Justin não aguentou mais se segurar e beijou Alex mais uma vez, inclinando-se para frente devagar até estar deitado por cima dela. Logo sentiu as mãos pequenas descendo por seu abdômen já nu e encontrando o cós de sua bermuda, então ajudou a irmã a tirar a peça junto com a cueca, deixando exposto o quão duro estava seu membro.

O sutiã e o short de Alex logo estavam no chão também, permitindo-a sentir por completo o corpo quente sobre o seu. Não havia pressa naquele ato. Eles se tocavam, se beijavam, se descobriam com muito amor e desejo. Ela ainda era virgem, porém tudo foi feito com tanto carinho e paciência que só houve um fiapo de dor, e um turbilhão de prazer.

E quando a lua começou a se impor no céu, empurrando o sol de volta para casa, os irmãos nus e suados descansavam deitados de conchinha, sentindo-se em paz, sentindo como se agora fossem um só.

— Eu não sabia que podia me sentir assim.  — Justin quebrou o silencio confortável pós-sexo.

— Assim como? — Alex franziu o cenho e se virou um pouco para poder encará-lo.

— Completo. Isso foi tão errado, mas parece tão certo. É como se eu tivesse, sei lá... Encontrado o meu lugar no mundo. E esse lugar é você.

— Eu sei. — Ela sorriu. — Não me importo de estar errada se puder me sentir assim pra sempre. Se estiver disposto a entrar nessa comigo, a gente pode se fazer feliz.

— Não tem mais volta a partir daqui. Eu não conseguiria mais lutar contra.