É só uma coisa implícita escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 39
Capítulo 39 – Descanso




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Capítulo 39 – Descanso

Peter estava resistindo contra o sono quando Gamora finalmente entrou no quarto e trancou a porta. Meredith já dormia profundamente debaixo das cobertas, abraçada a seu guaxinim de pelúcia. Peter soltara e penteara seus cabelos, além de tirar sua jaqueta e sapatos para deixar a filha mais confortável. Gamora sentou-se ao lado da pequena, afagando seus cabelos como fizera em tantas noites na prisão, até apagar de cansaço.

— Você ainda gosta de dormir com meia luz? – Peter perguntou.

Gamora assentiu, e procurou pelo controle de iluminação do quarto em cima da mesa de cabeceira, e lá estava o pequeno objeto prateado com botões azuis cintilantes, como se o tempo nunca tivesse passado. Ela ajustou a intensidade da iluminação, lembrando-se perfeitamente de como fazê-lo ao perceber que os comandos ainda eram os mesmos, embora esse controle provavelmente fosse novo. Deixando-o novamente de lado, ela olhou para Peter, que tinha os olhos marejados, e deitando-se ao lado de Meredith, sob as cobertas, Gamora estendeu a mão por cima da filha para acariciar o rosto do amado.

— O que?

— É que... Eu fico me perguntando se... Vou precisar conhecer você de novo. Se... Agora você gosta de outras coisas, o que pode ter mudado, se...

— Diga.

— Se você ainda me ama como antes.

A mão de Gamora ficou quieta sobre a bochecha do Senhor das Estrelas enquanto seus olhos castanhos se enchiam de lágrimas como os dele.

— Eu passei muito tempo na joia da alma. Cinco anos pelo que me disseram, embora tenha parecido menos tempo. Depois disso foram quatro anos na prisão por causa de um erro que a outra Gamora cometeu. Não pude ver suficiente do mundo pra mudar tanto assim. Só o que mudou foi nossa filha. E tenho minhas dúvidas de que eu sobreviveria sem ela. A prisão deles é difícil de burlar. É praticamente à prova de fugas. Só tive acesso a um lugar mais ameno quando Meredith nasceu e Adam fez Ayesha se compadecer de nós. Mesmo assim, era inviável tentar fugir com um bebê. Não queria coloca-la em risco. Passei todos esses anos planejando uma fuga e a treinando pra isso, sem saber que Adam e Alia estavam tentando nos ajudar em segredo, até recentemente.

Peter entrelaçou os dedos com os dela na mão em seu rosto, demorando-se enquanto olhava para ela com uma mistura de sofrimento e amor.

— Eu achei que fosse morrer sem você. Eu quis isso muitas vezes. Me senti horrível... E egoísta. A equipe ainda precisava de mim. Eu acho que quase deixei todo mundo louco. Eles também sentiram muito sua falta. Mantis e Groot choravam às vezes, todos na verdade... Mas eles dois também sentiram mais.

— Tenho certeza que não culpam você. E nem quero que você faça isso.

Peter tentou inspirar fundo, mas algumas lágrimas silenciosas ainda deixaram seus olhos. Gamora as secou carinhosamente.

— Eu tinha tantos pesadelos com você. Em vários deles você me entregava... Um bebê – ele sorriu – Antes de morrer. Eu vi o que aconteceu em Vormir. Eu senti a sua dor. Você sofreu antes de morrer sozinha.

Gamora apertou os olhos, também não conseguindo mais conter as próprias lágrimas.

— Você... Sonhou com isso?

Peter concordou.

— Você... Já estava grávida naquele dia horrível, e nós não sabíamos.

Gamora puxou a mão dele para beijá-la enquanto Peter tentava chorar em silêncio, cobrindo o rosto com a mão livre. E ficaram assim por algum tempo, até serem trazidos de volta ao presente por Meredith.

— Mamãe...? – A menina murmurou semiconsciente.

— Estou aqui, querida – Gamora falou no tom de voz mais normal que conseguia, e soltou a mão de Peter para secar as próprias lágrimas, enquanto Peter fazia o mesmo.

Meredith se virou para a mãe, encolhendo-se no peito de Gamora enquanto a zehoberi a abraçava. Peter se aproximou para abraçar as duas e beijou longamente a testa da amada.

— Amanhã podemos conversar melhor. Quando os depoimentos acabarem, podemos pedir que os outros cuidem de Meredith, então...

— Sim. Sim... – Peter assentiu.

Alguns minutos se passaram em silêncio enquanto se olhavam, apenas aproveitando a sensação daquele abraço.

— Vá dormir, Senhor das Estrelas. Estarei aqui quando você acordar. Eu prometo.

— Eu te amo.

Gamora olhou no fundo de seus olhos verdes, vendo além de todo aquele amor infinito e incondicional que Peter sempre tivera por ela. Ali também estavam refletidos o cansaço, o medo, a desesperança, a dor, e todos os dias difíceis que ele deveria ter vivido sem ela. Nebulosa deixara isso claro com uma única frase: Talvez agora a música volte a fazer parte dos nossos dias. O coração de Gamora afundou ao ouvir tal afirmação. A música era como um medidor de vida para Peter. Para deixa-la de lado ao ponto de isso se tornar algo recorrente, ela só podia imaginar o quanto ele fora afetado por tudo que aconteceu.

— Mais do que tudo.

Ela conseguiu sorrir conforme seus olhos começavam a pesar de cansaço. Os dedos de Peter acariciando sua têmpora e sua bochecha, e a respiração delicada de Meredith em seu peito foram suas últimas sensações antes que o sono a levasse.

******

Peter despertou com a luz do sol entrando pelas janelas. A sua frente, Gamora e Meredith continuavam adormecidas. O relógio digital na parede marcava oito da manhã. Eles teriam que se encontrar com Dey e Nova Prime às dez para finalizar os depoimentos sobre a batalha, para que assim providências fossem tomadas sobre as consequências de tudo que tinha acontecido.

O terráqueo beijou o rosto da filha e o da namorada, levantando-se devagar para não acordá-las. Ele poderia fazer qualquer coisa enquanto as esperava despertar, mas o alarme de alerta vermelho da paranoia dentro dele ainda soaria por muito tempo dali em diante, e tudo que conseguiu fazer foi se distrair olhando as fotos de Meredith bebê enquanto as observava dormirem. Passada meia hora, um barulho de despertar chamou sua atenção, e Meredith bocejou, depois sentando-se devagar.

— Bom dia, princesa – Peter sorriu, vendo a menina lhe oferecer um sorriso radiante de volta, e pular da cama para correr para seu colo, ainda abraçando o guaxinim de pelúcia.

— Bom dia, papai. Sou eu?

— É o bebê mais bonito do mundo. Será que é você? – Ele brincou.

Meredith riu.

— Sou sim. Mamãe já me mostrou todas essas. Você tem mais fotos de vocês dois antes dela ser presa? – A criança perguntou com a naturalidade e inocência de quem não fazia muita ideia da real dimensão de tudo que cada um deles tinha passado desde que Gamora fora levada deles.

— Sim, docinho. Tenho muitas.

Peter abriu outra pasta no dispositivo eletrônico, procurando por algum tempo, até encontrar uma das suas fotos favoritas de Gamora, logo que eles passaram a morar juntos. A imagem mostrava uma Gamora claramente em paz, sentada numa das cadeiras do convés, totalmente ignorante sobre a presença de Peter atrás dela, observando as estrelas enquanto eles estavam em piloto automático, alheia a ele por tempo suficiente para que a foto fosse tirada em segredo. Levou anos para que Peter lhe contasse sobre isso sem que ela quisesse mata-lo.

— Essa é a primeira foto que eu tirei da sua mãe. Fazia algumas semanas que tínhamos nos tornado os Guardiões da Galáxia e começado a morar juntos. Ela não viu. Eu guardei essa foto só pra mim por muitos anos.

— Por que?

— Porque... Eu acho que já a amava. Eu amei desde que a vi pela primeira vez. Às vezes você olha pra uma pessoa e... Você só... Sabe, simplesmente sabe que ela veio pra vocês compartilharem a vida juntos. Mas eu tive muitas namoradas antes dela, mesmo que eu não amasse nenhuma. Então sua mãe demorou bastante pra confiar no que eu sentia por ela. Toda noite eu ficava olhando essa foto antes de dormir. E diferente de todas as outras mulheres que eu conheci, eu não esqueci do nome dela. E não era só porque estávamos morando juntos ou porque ela me mataria se eu não aprendesse. Eu também demorei pra entender direito o que era. Mas depois de um tempo eu tive certeza. E um dia ela me deu uma chance.

— Que bonito – Meredith sorriu.

E Peter sorriu, vendo o que cada um dos Guardiões percebera rapidamente. Sua filha era igualzinha a ele, mesmo na personalidade.

— Posso contar um segredo? É algo que eu estava planejando fazer antes do homem mal levar sua mãe pra longe de nós.

— O que? – Meredith sussurrou com curiosidade.

— Daqui a pouco vamos terminar o trabalho que estávamos fazendo ontem. Depois você vai ficar um pouco com seus tios e tias, porque eu e a mamãe precisamos resolver uma coisa. E quando acabar vamos encontrar vocês. Então você e eu vamos juntos buscar a surpresa pra mamãe. Vou te contar mais tarde. E levando em conta como sua mãe é boa em fingir que está dormindo, eu espero não ter estragado a surpresa agora.

Meredith riu baixinho.

— Ela tá sim – a pequena respondeu enquanto ambos olhavam para Gamora, nitidamente esgotada, ainda imóvel sob o edredom.

— Tem certeza? Ela é tão boa nisso que mesmo com tanto tempo eu ainda me confundo.

— Tá sim, papai. Tô treinando há quatro anos.

Os dois compartilharam uma gargalhada discreta.

******

— Gamora me contou o que você fez por elas.

Adam se afastou do parapeito da área de descanso da Tropa Nova para ver Peter.

— Por que fez isso?

— Eu acho que ela também lhe contou isso.

— Sim, mas...

— Parece que tudo é difícil de acreditar quando vem do meu povo, não é? – Adam riu – Eu entendo. A sacerdotisa é uma mulher teimosa, e até cabeça dura em algumas questões, mesmo que seja brilhante em outras coisas. A verdade é que nem eu sei porque minhas ideias não batem com as dela e da maioria do nosso povo. Talvez eu tenha aprendido sobre isso em alguma vida da qual não me lembro.

Peter assentiu, tentando refletir.

— Eu ainda não sei como podemos lidar com você e sua irmã, mas... Gamora é a pessoa em quem mais confio no universo. E não parece que esses nove anos a mudaram. Ela ainda é a mulher por quem me apaixonei. E mesmo que não fosse...

— Eu sei... Ela falou muito sobre você depois que nos tornamos amigos. Meu povo não é tão sentimental e empático, mas ela me ensinou sobre isso. Eu sinto muito por tudo que vocês passaram, principalmente você. Eu vi algumas coisas. Mas... Até hoje ainda estou descobrindo e aprendendo a usar minhas habilidades. Nunca fizeram um outro como eu pra me ensinar. Eu não tinha certeza se eram apenas sonhos, ou o que fazer com o que eu sabia. Demorei pra decidir tentar alguma coisa.

— Espera aí... Você é o cara que tava no meu quarto me observando dormir a noite toda?! Rocket me chama de louco até hoje!

— Você lembra disso?! – Adam riu.

— Foi um dos pesadelos mais tenebrosos que já tive, cara.

— Não foi um pesadelo. Eu estava lá, mas sem o corpo, que eu tinha deixado no meu planeta.

— O que?!

— Longa história. Eu temo ter despertado seus pesadelos naquela noite quando toquei em você. Eu sinto muito por isso, não esperava que acontecesse.

— Você o que?! Eu teria acordado em pânico se me lembrasse dessa parte... Todo mundo teve sonhos ou sensações estranhas naquela noite. Foi tudo você?!

— Eu acho que sim. Me desculpe por isso.

Alia se sentiu leve e feliz ao encontrar Peter e Adam gargalhando juntos na varanda, não esperando que fossem se dar bem tão rápido.

— Eu não tenho dúvidas de que Gamora fugiria sozinha. Ela esperou por nossa filha. Mas obrigado por ajuda-las a chegar em casa.

Adam sorriu, e aumentou o sorriso ao ver Alia se aproximar.

— Boa tarde – ela sorriu – Gamora tem razão em dizer que você e Meredith parecem clones.

Peter sorriu com satisfação.

— Alia também foi vital pra que tudo desse certo. Ela estava lá bem antes de mim pra saber como proceder em tudo que precisávamos.

— Vocês se atreveram a enganar aquela mulher louca por quatro anos... – Peter riu – Obrigado – ele sorriu – O que vai acontecer com vocês por isso?

— Não temos certeza – Alia respondeu – Mas faríamos tudo de novo.

— Precisamos falar sobre isso com a sacerdotisa e o Conselho quando tudo se resolver por aqui.

Agradecendo mais uma vez aos dois, Peter se afastou, deixando-os sozinhos ali.

— Eu posso falar com você? É verdade que eu e você...?

— No caminho pra cá fomos atacados como você já sabe. Eu apaguei e me vi no mundo das almas outra vez. O mesmo lugar onde estive quando conheci Gamora. Ava estava lá.

Pelos próximos minutos, o soberano relatou o ocorrido à irmã, deixando várias coisas claras a partir daquele único acontecimento.

Alia ficou em silêncio por longos segundos. Adam nunca foi impaciente, mas nesse momento se sentiu assim.

— A sacerdotisa sabia disso o tempo todo...

— Sim. Acredito que ela nunca nos disse por ordens do conselho, pelo sigilo. E pra não me desconcentrar da minha missão destrutiva.

— Acha que algum dia ela ia nos contar?

— Não sei.

Adam lhe deu seu tempo para absorver as informações, apesar de sentir o coração palpitar por sua reação ao tópico principal da conversa.

— Você está feliz com isso? – Ele finalmente perguntou.

Alia gargalhou ao olhar para ele, radiante, e puxou o irmão para um abraço. Adam a abraçou de volta, fechando os olhos para gravar bem a sensação que o tomou. Era bom, e confortável.

— Nosso povo não costuma se cumprimentar assim. Qual das duas te ensinou isso? Ou foi alguém daqui.

— Meredith.

— Eu sabia.

Os dois irmãos continuaram abraçados por um longo tempo, rindo juntos e refletindo sobre como uma única informação podia mudar tantas coisas, em seus pontos de vista e no futuro.

******

Peter trancou a porta do banheiro, mesmo que estivessem sozinhos, não querendo ser atormentado pela mínima possibilidade de serem interrompidos enquanto cuidavam um do outro, e entrou na banheira junto com Gamora, que suspirou quando a mão do terráqueo deslizou por seu ombro. Ele a beijou ali e depois fez o mesmo com seus cabelos. Ela fechou os olhos enquanto sentia Peter jogar cuidadosamente a água morna da banheira sobre os arranhões em suas costas. Ela emitiu um rápido gemido de dor quando a mão dele roçou um dos arranhões enquanto espalhava sabão em sua pele. Seus ferimentos já tinham sumido quase completamente, mas Peter não se curava tão rápido, e ela cuidaria dele também depois.

                - Desculpe – ele lhe disse.

                - Estou bem. Continue.

                Ele sorriu, decidindo não conter as lágrimas que escaparam de seus olhos, e continuou a ajudá-la com seus ferimentos. Por mais que estivesse gostando da suave massagem que Peter fazia enquanto a ajudava a se limpar, ela não podia se deleitar com isso enquanto o choro dele se intensificava.

                - Peter...

                Ele tentou respondê-la, mas as lágrimas não deixaram, e imediatamente Gamora se virou para ele, puxando-o para se deitar em seu ombro enquanto o abraçava e beijava sua testa. O Senhor das Estrelas escondeu o rosto em seu pescoço e chorou mais, lhe trazendo de volta todas as memórias da solidão que sentiu na prisão, e logo Gamora estava chorando com ele, embora mais tranquilamente.

                - Está tudo bem – ela sussurrou para ele, e Peter respondeu a abraçando com mais força – Você precisa chorar, deixe sair.

                Peter estremeceu enquanto soluçava contra ela. Agora longe dos demais, e enquanto Mantis e Nebulosa entretiam Meredith no outro quarto na sede da Tropa Nova, ele podia aliviar toda a dor que sentiu por quatro anos.

                Ele não queria fazer isso. Gamora estivera presa por todo esse tempo, ela tinha passado por um parto sozinha e criado a filha deles sozinha, e ainda a treinado e preparado para o desconhecido, tudo isso num ambiente hostil. Ele devia confortá-la agora. Mas as lágrimas não pararam, não importando o quanto ele tentasse, e mesmo depois de perceber que ela também chorava.

                - Não faça isso. Eu sei o que você está pensando.

                Ele tremeu novamente quando uma nova onda de soluços veio.

                - Não há nada de errado. Você já fez isso por mim tantas vezes. Agora me deixe fazer o mesmo.

                - Gam... – ele sussurrou tão baixo que outra pessoa poderia não ter ouvido.

                - Estou aqui.

                Ela sabia que ele tinha sofrido. Tinha imaginado todos os dias como ele estaria sem ela se estivesse realmente vivo, mas ver e segurar esse sofrimento em suas mãos doía muito mais.

                Gamora o abraçou com mais força quando dessa vez ela começou a chorar mais, e Peter inverteu suas posições, erguendo-se do abraço para segurá-la e acomodá-la contra ele. Uma das mãos do terráqueo envolveu protetoramente suas costas, a outra embalou sua cabeça enquanto ele beijava seus cabelos e a deixava chorar.

******

— Querida – Gamora se abaixou para ficar na altura da filha, segurando suas pequenas mãos e a encarando – Eu e o papai precisamos conversar sobre várias coisas. Precisamos de um tempo sozinhos. É só por algumas horas. Vamos nos encontrar pra o jantar, e assim que terminarem os reparos, vamos todos juntos pra casa.

— A nave?

— Sim, a nave.

— Mas eu quero ficar com vocês.

— Mere, eu sei... Teremos muito tempo. Vamos fazer muitas coisas juntos, mas agora nós dois precisamos esclarecer algumas coisas.

— Eu e você vamos embora?

O medo nos olhos da filha fizeram o coração da zehoberi se apertar.

— Não, querida. De jeito nenhum. Estamos em casa, finalmente. Nós nunca mais vamos embora.

Peter se abaixou junto a Gamora para encarar Meredith.

— Estaremos com vocês de novo ao anoitecer. Drax, Mantis, Nebulosa, Groot e Rocket vão passear com você, vai ser divertido. E quando anoitecer vamos jantar juntos.

Ela os encarou por mais um instante e assentiu, em seguida puxando os dois num abraço. Ambos não puderam deixar de sorrir e abraçá-la de volta. Peter beijou a bochecha da pequena, e Gamora fez o mesmo.

— Vai passar rápido, docinho. Nós esperamos quatro anos pra chegar em casa. É só mais uma tarde. E dessa vez estamos seguras, com nossa família.

Ela assentiu com um sorriso.


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