What do you desire? - a deckerstar fanfic escrita por Staty


Capítulo 1
One-shot


Notas iniciais do capítulo

Esta história se passa em algum lugar da season 3

Espero que gostem ;)



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Carícias nada contidas eram distribuídas por seus corpos. Mãos desgovernadas tentavam obter tudo um do outro para si; ora puxavam-se, ora apertavam-se, descobriam-se. Beijos repletos de volúpia eram trocados em qualquer local que alcançassem. Eles não tinham calma. Tudo o que os alimentava era o fogo do desejo percorrendo suas veias, impulsionando mais fulgor, os incendiando por inteiro.

Tocavam-se intensamente, quase com força, como se dissessem silenciosamente que não deixariam aquele momento escapar por entre seus dedos, que não deixariam o outro fugir. Porém, nenhum dos dois queria fugir. Eles necessitavam tanto um do outro, há tanto tempo! Por anos tudo o que sentiam e desejavam fora sufocado, seja por medo ou orgulho; mas não mais. Ali, nem que fosse pelo menos uma única vez, eles extravasariam aquela torrente de anseios e dariam voz a tudo que gritava interiormente.

Com o corpo dela ainda rente a porta, Lucifer fazia uma trilha de beijos por seu pescoço e colo, incendiando-a. Cada beijo molhado sobre sua pele fazia Chloe sentir-se como um vulcão em erupção, banhando-se com sua lava incandescente. As mãos dele vagavam sem destino certo, desbravando cada centímetro daquele corpo curvilíneo pelo qual ele sempre fora alucinado, mesmo antes de sequer tocá-la. Apertava-a, trazendo-a cada vez mais para si, não deixando qualquer espaço entre eles. Embora quase completamente vestidos, seus corpos mexiam-se em total sincronia buscando qualquer alívio. Sem controle de si mesmos, seguiam apenas os instintos carnais, beijando-se, movendo-se.

Dedos atrevidos percorriam a pele lisa por baixa da blusa dela, arrepiando-a. Sem que ao menos percebesse, Lucifer já havia retirado a blusa e sutiã dela, distribuindo beijos e chupões, seguindo seu alvo tão desejado e certeiro. Além das respirações aceleradas e entrecortadas, pequenos grunhidos eram ouvidos naquele ambiente. Porém, apesar de lutar contra, Chloe não conseguiu conter-se ao senti-lo abocanhar um de seus seios por inteiro, gemendo audivelmente, enterrando seus dedos nos cabelos dele, forçando sua permanência ali.

As provocações eram instigantes, dolorosas, deliciosas. Enquanto engolfava um de seus pequenos seios com sua boca ávida, o outro recebia as atenções de sua mão, fazendo-a delirar. Sempre fantasiara tê-la para si, mas viver sua fantasia era infinitamente melhor. Ele jamais poderia mensurar o prazer de vê-la daquela forma, completamente a sua mercê, tão rendida e entregue. Naquele momento ela era sua, e ele mal via à hora de tomá-la por inteiro e mostrar-lhe como ele poderia amá-la, de tantas formas possíveis.

A avalanche de sensações a dominava por completo, invadindo-a de dentro para fora, como se tudo dentro dela borbulhasse vigorosamente. Seu corpo queria alívio, ela precisava dele desesperadamente. Percebendo seu desespero, Lucifer abandonou seus seios – recebendo um muxoxo dela em desaprovação – e endireitando-se, seguiu novamente em direção a sua boca, redistribuindo beijos molhados por seu pescoço durante o caminho. Beijavam-se como se suas vidas dependessem disso. Se inicialmente fora de forma desesperada, agora seus lábios moviam-se em sincronia; suas línguas duelavam, dando e recendo, tomando e rendendo-se, puxando e acariciando-se.

Embora estivessem completamente imersos em meio aos beijos, as mãos habilidosas e atrevidas dele seguiam seus afagos pelo corpo dela, apertando-a em todas as direções, seguindo cada vez mais abaixo, fazendo-a ofegar em expectativa. Infiltrando-se sorrateiramente, sua mão encontrou-se com o ponto mais íntimo e sensível daquele corpo feminino. Interrompendo o beijo, Lucifer olhou-a nos olhos e perguntou aquela velha e conhecida frase.

— What do you truly desire, detective? (O que você realmente deseja, detetive?) – ele perguntou-lhe ao mesmo tempo em que começou a tocar-lhe intimamente, ainda por cima de sua peça íntima.

— You. (você) – ela respondeu quase de forma entrecortada, sofregamente.

 Ele não tinha qualquer dúvida que Chloe o queria, mas ouvir sua resposta, principalmente sabendo que seu dom não funcionava com a mesma, era extasiante. Sem demorar-se mais, ele infiltrou-se, tocando-a sem barreiras, sentindo sua maciez, seu desejo físico por ele. Tudo era inebriante, enervante. Nunca antes apenas proporcionar prazer fora tão prazeroso. À medida que seus dedos intensificavam seus movimentos dentro dela, Chloe agarrava-se a ele com cada vez mais ímpeto. A força das sensações tão conhecidas, porém esquecidas, crescendo dentro dela era algo arrebatador. Seu corpo queimava implorando libertação.

E não precisaria de muito. Aquela constante e maravilhosa sensação crescendo em seu baixo ventre era o indicativo que logo se renderia. Enquanto a estimulava, sua outra mão trabalhava na retirada da calça e botas dela, com auxílio da mesma. Mal ela ficara livre de suas vestimentas restantes, ele já estava abaixado, ajoelhado entre suas pernas. Sentir sua pele aveludada sobre seus dedos era incrível. Seu cheiro era viciante. Tudo nela o fazia ferver.

Deixando um pouco o furor de lado, com a delicadeza de quem segura uma rosa, ele iniciou uma trilha de carícias e leves beijos por suas pernas até chegar ao seu ponto de desejo, arrancando suspiros de ambos. Com seu olhar cravado nela, ele tomou-lhe finalmente com a boca. Inicialmente fora um toque sutil, de reconhecimento, mas ela precisava de mais, via-se no remexer involuntário do seu quadril sobre ele. E ele lhe deu. Ali, tomou-lhe com fervor arrancando um grito exasperado e rouco dela. Com ânsia de quem há dias não via um copo d'água, ele a provava, a instigava, a descobria. Sua boca e língua trabalhavam sem descanso para satisfazê-la. Para receber tudo dela. Desesperada, Chloe apenas soltava gemidos e grunhidos incoerentes, puxando-lhe os cabelos, o impulsionando a continuar ali, para que ele lhe mostrasse a redenção. O que não tardou a acontecer.

Cada terminação nervosa do corpo dela vibrava de prazer. Seu corpo parecia em combustão prestes a explodir, e quando achou que não aguentaria mais, seu corpo inteiro convulsionou e aquele doce martírio chegou ao fim trazendo-lhe a velha sensação de plenitude. Dar prazer sempre fora bom, mas dar prazer à mulher por quem se é apaixonado é imensuravelmente melhor. Era mágico. Observá-la totalmente embevecida e saber que ele fora o responsável por isso era sublime. Indescritível.

Chloe queria arrancar aquele sorriso pretensioso dos lábios dele e o fez, com um longo e eletrizante beijo. Fora ele quem primeiro se afastara para poder contemplá-la. Linda e ruborizada. Se é que Chloe Decker pudesse ficar mais irresistível, seria naquele momento, completamente vulnerável e satisfeita. Mas ela queria mais. Sem deixá-lo mais interromper, ela tomou as rédeas da situação, sorrindo sedutoramente, puxando-o pelo cinto da calça para enfim tê-lo como tanto necessitava. Vertendo suas posições, ela o empurrou em direção à parede. Agora seria sua vez de contemplar aquele corpo malhado, lindo, e plenamente pronto para ela. Distribuía mordidas e chupões do pescoço ao peito másculo, enquanto apertava-lhe suas costas. Seu corpo era delicioso, e o maldito tinha total razão em se gabar. Seu cheiro a entorpecia, seus músculos firmes a dispersava, tudo nele a atraia como um ímã de grande magnitude.

Quando sua mão desceu por entre seus corpos e topou-se com aquele vigor rígido e quente, foi impossível conter um arrepio. Enquanto sua mão o explorava, suas bocas novamente voltaram a duelar. As carícias eram tão gostosas e excitantes... ele já estava a beira do precipício e precisava tê-la. Mas agora que ela tinha voltado a si, sua vontade de provocar também voltara. Enquanto continuava os estímulos, olhava-o com extrema luxúria como nunca antes ele tinha visto. E se não fosse pela necessidade latente de acabar com aquele suplício, ele poderia ficar ali por horas a fio observando-a; ela era extremamente sexy.

Redirecionando mais uma vez suas posições, ele a tomou em seus braços empurrando-a novamente em direção a parede, juntando seus corpos, para enfim sucumbir àquele tórrido desejo. Levantando-a, ele a impulsionou para que a mesma lhe rodeasse com suas longas e maravilhosas pernas. Faltava tão pouco para que se unissem do modo pelo qual tanto esperavam. Tão pouco! Ambos sentiam suas regiões íntimas em contato direto, pele com pele, e o calor de um irradiando pelo outro. Era impossível permanecer parado. O desejo era sufocante. A fricção causada pelos movimentos dela iria enlouquecê-lo. Contudo, antes de arrebatá-la, ele olhou-a longamente procurando algum indício de temor ou resistência, como se perguntasse se ela realmente queria aquilo.         

Percebendo que ele relutava, Chloe o beijou, dessa vez de forma mais calma, porém forte, e ao se separar sussurrou ainda com seus lábios sobre os dele:

— Por favor, Lucifer! Eu preciso...

Ele não a deixou terminar. Sua veemência era o sinal pelo qual ele aguardava. Em um único impulso Lucifer preencheu-a arrancando dela quase um grito de prazer. Nada poderia explicar aquele momento. Nada poderia explicar a força do desejo que os assolava, que os envolvia, que os dominava por completo. Eles se pertenciam. Seus corpos se encaixavam como um perfeito quebra-cabeça. A dança do prazer era lenta e intensa, forte, poderosa. Eles queriam tomar tudo do outro. Queriam reter para si cada gemido, cada expressão de puro deleite, cada milímetro de pele. Ela o arranhava de forma desesperada, fincando suas unhas por suas costas, infringindo nele ainda mais prazer através da dor, enquanto seus dentes procuravam qualquer pedaço de pele em seus ombros, afagando os sons cada vez mais altos. Ele delirava de puro êxtase.

 Seus corações pareciam que iriam explodir dentro de si. Seus pulmões bradava por mais oxigênio. A avassaladora sensação crescia à medida que os movimentos se intensificavam como se existisse uma bola de demolição prestes a destruir tudo dentro deles. O ritmo dos movimentos era forte e completamente rápido. Eles não durariam muito. Sem mais se importar, Chloe clamava o nome dele implorando sua redenção. Lucifer a apertava sem mais qualquer delicadeza clamando qualquer consolo. Tudo era grande demais. Intenso demais. Ao perceber que o ápice estava prestes a eclodir, ele a puxou fortemente, movendo a cabeça dela para trás, liberando seu pescoço e colo ao seu bel prazer; mas, foi ao senti-lo morder seu seio que ela gritou extasiada, liberando-se nele, fazendo-o também render-se, até que tudo o que lhes restou fora o torpor deixado pelo orgasmo.

xxx

Não saberiam dizer há quanto tempo estavam naquela posição – ele sentado no grande sofá da sala com ela sobre ele, beijando-se, tocando-se leve e lentamente – . Não tinham mais pressa. Embora se desejassem ardentemente, aquela pressa desenfreada inicialmente causada pela raiva, frustração, e cansaço de duas pessoas teimosas fora substituída por uma sensação de calmaria, de paz. Estar daquela forma tão íntima um com outro era incomparável. Por quanto tempo tudo aquilo fora adiado? Por quanto tempo insistiram em enganar seus corações por pura teimosia e orgulho?

Fora exatamente assim que tudo naquela noite começara. Por raiva. Depois de quase uma semana sem visitar a delegacia e mostrar qualquer mínimo interesse em vê-la, saber como ela estava, se precisava de algum tipo de ajuda, Chloe, já farta e psicologicamente cansada e abalada depois de uma semana exaustiva – e frustrante, por culpa do sumiço repentino dele – resolveu tirar satisfação, e seria naquele dia. Sem avisar, mal chegara à LUX e já se deparara com ele ali, descontraído jogando charme para uma qualquer – como sempre – . Aquilo fora a gota d’água para seu autocontrole. Ela não saberia dizer de onde saiu tanta coragem – a raiva era uma grande impulsionadora, de fato – de expor tudo o que vinha guardando durante esses quatro longos anos de parceria e relacionamento-não-relacionamento. Estava farta! Ela jogou na cara dele tudo que estava engasgado. Tudo! E, depois de perguntar o que ela significava para ele e não obter qualquer resposta, decidiu ir embora, mas dessa vez seria permanentemente. Entretanto, quando estava quase atravessando a porta em direção as escadas, ouviu a voz dele:

— Tudo – fora o que ele dissera, unicamente.

Plantada no mesmo lugar, de costas para ele, Chloe tentou absorver o significado daquelas quatro letrinhas, mas de ampla significância. Lucifer, parecendo sair de seu transe, foi em sua direção em passos rápidos e decididos, virou-a para ele e, olhando em seus olhos azuis cristalinos, repetiu sua pequena frase.

— Tudo! ­– falou com mais força tomando-a em seus braços, selando seus lábios como precisavam, deixando livre a paixão.

[...]


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Notas finais do capítulo

#StayHome



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