As unchanging as the sea escrita por Luna The Cookie


Capítulo 1
capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu roubei esse título de o fantasma da ópera.

Uh, queria começar dizendo que eu nunca tive a intenção de publicar essa história. Eu escrevi ela em uns dez minutos em uma madrugada aleatória no ano passado e enviei para a minha namorada, e originalmente esse seria o meu único público. O problema é que eu precisei re-organizar as notas do meu celular e fiquei com pena de apagá-la, então decidi lê-la novamente para corrigir os erros mais horrendos e postar ela por diversão mesmo.

Planejo, algum dia, trabalhar com esse conceito novamente e escrever uma história com múltiplos capítulos. Não sei quando isso vai sair tho...

Enfim, para as três pessoas que estão lendo isso espero que gostem! Me perdoem se um detalhe ou outro não fez muito sentido já que faz parte de uma AU que eu nunca postei sobre...



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— Algo bonito. — Era a vez de Luna de pedir algo. Com um sorriso doce, ergueu o seu corpo, sentando-se ao lado dele no rochedo sem muita dificuldade. — Me traga algo bonito.

Já faziam dez anos desde o dia em que se conheceram. As pequenas tradições que haviam criado eram extremamente preciosas para ambos, e colaboravam para que continuassem pensando um no outro, mesmo quando estavam distantes.

A primeira havia começado no final do verão, há dez anos, quando Armin anunciou que seria o seu último dia na região, Luna pediu para que trouxesse algum artigo humano no ano seguinte, como prova de seu comprometimento a amizade deles.

No ano seguinte ele lhe trouxe um pacote de lays e um relógio do Bob esponja, e no seu último dia, Luna prometeu lhe trazer algo também.

— Claro. Vou me lembrar disso. — Apesar do olhar cansado em seu rosto, e as olheiras profundas debaixo de seus olhos, Armin não poderia deixar de estar feliz. — Pode me trazer algo importante para você? 

Luna assentiu, olhando para ele com certa preocupação.

— Não quer mesmo se retirar mais cedo hoje?

Olhando para a posição da Lua no céu assumia que fosse uma, talvez duas da manhã. Armin nunca foi de dormir cedo, mas não conseguiu deixar de notar o quão cansado parecia nos últimos tempos.

— Nossa, Lu. É o meu último dia aqui, pensei que iria me querer por perto.

A sereia o conhecia bem o suficiente para saber que ele estava propositalmente mudando a direção da conversa.

— Você entendeu o que eu quis dizer. — Ela esticou o seu braço para tocar o seu rosto, se aproximando um pouco mais no processo. A sereia tinha uma notável dificuldade em entender o conceito de espaço pessoal devido às suas diferenças culturais — Você está exausto! Isso é minha culpa.

O humano permitiu que a criatura marinha tocasse o seu rosto, acariciando a sua pele gentilmente com o dedão. 

— Não é sua culpa, Calliope. — A sereia se assustou quando ouviu o seu verdadeiro nome sendo citado. Não era algo que ele fazia com frequência. — E mesmo assim, não é como se pudesse te ver todo o dia, não posso deixar essa oportunidade passar.

Ele olhou para ela com afeição, e a sereia sentiu o seu coração bater mais rápido no seu peito. 

Já faziam dez anos desde o dia em que se conheceram, e esta seria a décima vez que ele a deixaria.

Costumava a acreditar que cada despedida seria mais fácil do que a anterior, mas parece que o oposto era verdade.

Queria desesperadamente ir com ele, mas sabia que era impossível.

— Eu queria que isso fosse mais fácil. 

 A loira permitiu que ele deitasse a cabeça em sua cauda. Não deveria ser muito confortável, mas ele parecia perfeitamente contente com a sua posição.

— Nós?

Aproveitou para acariciar o cabelo do rapaz.

— Sim.

A brisa estava um pouco mais fria do que o usual, indicando o fim eminente do verão. Luna não conseguiu esconder a tristeza em sua voz.

— Eu também, Luna. Eu também...

Nenhum dos dois ousou falar mais sobre assunto, optando por observar o movimento das ondas em silêncio.

Armin fechou os olhos, permitindo-se descansar por alguns minutos no colo da amada, e naquele momento, aquilo era o suficiente para ambos.u


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