My Hellboy escrita por MyztezizMX


Capítulo 15
O grande desastre


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela falta de capítulos, fiquei sem criatividade para escrever e não estava me sentindo bem. Atualmente estou adaptando o estilo de capítulos grandes, por conta disso vai sair um capítulo por semana.



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2 semanas depois...

Eu estava em frente ao aeroporto com frio nas mãos olhando para os cantos, observando com a maior atenção esperando meus pais chegarem. Usando minhas novas sapatilhas, meu moletom branco e com os cabelos presos lá estava eu parado esperando seu voo chegar.

Sim...eu tinha conversando com eles, atualizei sobre minha situação, como estava sendo meu trabalho, até que comentei que estava namorando. O que foi uma noticia surpresas a eles, eles ficaram felizes e disseram estarem ansiosos para conhecer-lo o "cara de sorte" como dizia minha mãe. Eu estava um pouco tensa e ao mesmo tempo com frio na barriga. Se passaram minutos até que avistei meus pais com suas malas de viagens acenando em minha direção.

Meu pai se chama Salazar enquanto minha mãe se chama Anne, eles se conheceram quando eram jovens no colégio, se formaram juntos e fizeram faculdade no mesmo lugar. Durante a faculdade, por conta do círculos de amizade acabaram se conhecendo e ficaram juntos até hoje. O tratamento deles é incrível, papai trata ela feito uma rainha em tudo que faz e elá faz o mesmo com ele. Eram incríveis pais apesar de serem bastante exigente com o estudos, mas nunca me faltou amor e carinho, além de serem presentes em minha vida, eles são bem sucedidos em suas carreiras como dono de um escritório de advogacia.

Eles estava sorridente até as orelhas quando perceberam minha presença, chegam me abraçando fortemente e eu retribui com a maior felicidade e saudades que eu estava deles.

—Filha que saudades eu estava de você-falou mamãe me dando beijo em todo canto da minha bochechas, enquanto meu pai apenas sorria.

—Esta mais linda do eu lembrava-disse papai me dando um beijo na testa enquanto eu era quase sufocada pela minha mãe.

—Mãe....eu preciso de ar-falei sem folego.

—Desculpa, é que eu senti tanto sua falta-falou desfazendo o abraço e eu tentando recuperar o ar que faltava em meu corpo.

Passamos em uma lanchonete, já que meus pais estavam com bastante fome, disseram que a comida do avião não era o bastante, aproveitamos e ficamos conversando sobre tudo. Papai contava com estava sendo o trabalhos dele no escritório, enquanto mamãe reclama que meu pai é todo certinho com a organização em geral em casa e no trabalho, minha mãe já o oposto. Ela lida muito bem com as pessoas de uma maneira incrível, toda paciente e sempre buscando o certo, mas para organização ela é péssima e desastrada, agora sabem que eu puxei um pouco de ambos.

Apos comemos um pouco e bater um papo em família, fomos para o meu apartamento. Aproveitei e graça as Julia, me emprestou um colchão de casal e me ajudou arrumar a casa para eles se sentirem a vontade nela. Resolvemos fazer um almoço em família, já que fazia um tempo que não tínhamos essa oportunidade por conta da distancia, eu queria aproveitar o tempo que eles estavam no meu lado.

Enquanto papai estava todo brincalhão e mamãe resmungando algo enquanto eu ajudava eles a preparar, eu comecei a pensar. Eu precisava pensar como eu iria apresentar meus pais o mais rápido possível, até que peguei o celular e encaminhei uma mensagem para o Gus deixando os detalhes sobre meus pais e o almoço. Ele apenas me disse que estaria em 10 minutos na minha porta. Eu estava preparando algo para gente beber, pensei em um suco de laranja,

—Então filha, quando vamos conhecer o seu namorado?-perguntou meu pai entusiasmado preparando o almoço. Minha mãe estava um pouco tensa pelo jeito que estava se comportando.

—Ele vai vim para almoçar, já o avisei sobre almoço-respondi preparando a mesa. Meus pais me encaravam com um olhar.

—Devemos preocupar?-perguntou mamãe demostrando um pouco de preocupação. O que era comum, pois eu nunca tinha tido algo serio com alguém nesses anos todos, mas eu nunca a vi daquele jeito.

—Não mamãe...ele é uma pessoa incrível, sempre me tratou com maior respeito e carinho-respondi—ele é apenas diferente dos outros garotos.

—Diferente em que sentido filha?-perguntou papai mexendo na panela que estava no fogão.

—De aparência e personalidade-respondi enquanto meus pais me encaravam pela minha resposta—ele parece o papai naquelas fotos da época do colégio.

Mamãe estranhou com meu comentário, até porque ela achava esse estilo um pouco errado aos olhares dela. Hoje meu pai ainda tem um pouco, mas por conta de sempre usar terno acaba não parecendo muito. Mas claro que o estilo de musica o entrega com maior facilidade já que ele gosta bastante de rock.

—Como assim?-perguntou papai com uma cara de confusa.

—Você sabe...todo badboy aos olhos das garotas, roupas de couro e....-comentei não conseguindo terminar a frase. Eu estava começando a ficar um pouco preocupada. Um misto de sentimentos estavam em agora em minha cabeça.

—E? filha eu não estou entendendo aonde você quer chegar?-foi a unica coisa que minha mãe falou.

—Cheio de tatuagens pelo corpo...exclusive no rosto-finalizei sentindo um certo calafrio apos minha resposta. Não queria meus pais tivesse algum problema com ele por conta do seu estilo.

Minha mãe encarou um olhar...decepcionante, não era essa reação que eu esperava ainda mais vindo dela. A pessoa que me ensinou a tratar todos com educação, independente de onde vieram.

Escutei a companhia ser tocada e fui em direção a porta com as chaves e com sensação ruim no corpo. Quando abri a porta lá estava ele, usando uma blusa xadrez preto e branco, unhas pintadas de preto, uma camiseta presa escrito "MTV" com alguns detalhes em azul acompanhado pela calça preta e seu tennis All Stars.

Ele me deu um abraço apertado e um beijo rápido e fomos em direção a mesa, minha mãe ficou parada olhando para Gus dos pés a cabeça analisando enquanto nos encaminhamos para dentro do aparatamento em direção a mesa, meu pai percebeu a presença dele e com a maior educação chegou perto de nos se apresentando.

—Me chamo Salazar, sou pai da Caroline-disse se apresentando e esticando a mão cumprimentando.

—É um prazer conhecer-lo senhor Salazar, sou o Gustav-respondeu dando um aberto de mão com seu jeito simpático.

—Não sou tao velho assim para se chamado desse jeito, pode me chamar de Salazar apenas-comentou rindo e gerando um sorriso em mim. Pelo menos ele foi simpático com Gustav e está tentando ser compreensível.

Gus foi até minha mãe e a cumprimentou todo gentil enquanto ela tinha uma postura toda seria e firme sobre ele.

—Prazer Gustav, sou Anne-disse cumprimentando com um abraço e um sorriso...forçado em seu rosto-estávamos ansiosos para conhecer-lo.

Pelo jeito isso não estava indo para o caminho que eu imaginei.

...

Tivemos um almoço um pouco....estranho para ser sincero, meu pai e Gus conversavam bastante, os dois estavam falando de tudo. Papai falou do trabalho dele, falou de seus hobbies favoritos, Gus estava conversando muito naturalmente com meu pai, gerando até piadas e risada vindo de ambos, mas o que estava me deixando aflita era minha mãe que olhava ele sem dizer muito enquanto eu estava ali em silencio apenas observando. Ela não tinha perguntado e falado nada desde que o cumprimentou, isso estava me deixando preocupada, porque eu queria muito que ela gosta-se dele.

—Gustav o que você faz da vida?-perguntou minha mãe o encarando e analisando cada movimento dele.

—Eu sou cantor-respondeu Gus tomando um gole de suco-atualmente estou em um projeto em lançar uma marca de roupas com ajuda e de um amigo próximo e a Carol como nossa designer.

Meu pai na hora abriu um sorriso apos ele falar que Gus trabalhava com musicas.

—Que tipo de musica você costuma tocar?-perguntou meu pai curioso, já que ele é amante de musicas clássicas.

—Eu canto estilos diferentes-respondeu Gus sorrindo-uma mistura de tudo.

—Um estilo próprio?-perguntou pai tomando um gole do suco de laranja-que interessante.

Papai fez uma serie de perguntas e o Gus todo paciente, respondeu com a maior calma, papai sorria muito e demonstrava bastante interesse na conversa deles.

—E as tatuagens?-perguntou minha mãe seria-porque tantas?

—Sinceiralmente...não sei como te dizer sobre elas sempre, sempre gostei e quis fazer em mim-respondeu Gus com olhos fixos em minha mãe.

—Seus pais sabem delas?-perguntou minha mãe—esse seu estilo, em geral?

—Sempre souberam, mas eles nunca se incomodaram com isso-respondeu Gus calmo e meio que percebendo o clima.

Realmente o clima estava começando a ficar tenso por parte dos dois, mamãe repudiava algumas coisas que ela julgava errado, as vezes ela criticava algo sem saber muito. Papai já era oposto, ele tinha cabeça mais aberta para as coisas.

—Como conheceu a Carol?-agora foi meu pai perguntando para Gustav, ele tinha percebido a tensão que estava no ar, estava tentando amenizar e ajudar mudando o assunto. Era a primeira vez que eu estava vendo esse tipo de altitude vindo nela, que me surpreendeu de jeito que eu não estava gostando tanto que o tratava.

Gus contou detalhes como me conheceu, falou sobre nosso encontro na padaria, eu apresentando os locais quando saímos juntos e até mesmo o evento que ele me convidou. Gus respondia as pergunta com calma e sinceridade em suas palavras e expressões em seu rosto, mas com minha mãe era diferente.

Terminamos de almoçar, Gus me ajudou com a sujeira enquanto meus pais lavavam e secava a louça conversando baixo. Quando olhei para expressão no rosto do Gus....ele estava com uma postura diferente do que tinha comigo. Voltamos para as cadeiras e meus pais fizeram o mesmo. Até minha mãe resolveu quebrar o silencio.

—Você parece ser uma pessoa bacana Gustav, vejo o jeito que olha para minha filha, mas...-falou minha mãe se levantando.

—Querida...-disse meu pai tentando amenizar a situação, mas parece que foi em vão.

—Eu vou ser direta-disse minha mãe se levantando da cadeira—eu não sei você é pessoa certa para minha filha namorar.

Eu fiquei um pouco chocada com a resposta da minha mãe. Como assim ele não era?

—Poderia me informar o motivo?-perguntou Gustav com um expressão seria, eu nunca tinha visto ele assim.

—Olha... pode parecer antiético da minha parte, mas a ques-disse minha mãe não conseguindo terminar de falar, já que Gus a interrompeu bem na hora.

—É porque eu sou tatuado demais?-Gus perguntou se levantando lentamente e ela apenas afirmando balanceando a cabeça—você sabe que isso é pensamento preconceituoso da sua parte né?

—Eu sei o que é bom para minha filha-respondeu para ela o encarando seria.

—Querida...se nossa filha confia nele, acho que devíamos fazer o mesmo, ele não parece ser um garoto ruim para ele-falou meu pai colocando a mão no ombro do Gus.

—Mãe...-foi a unica coisa que saia na minha boca pela situação que estava.

—Esse seu estilo...não me agrada muito-falou minha mãe-desculpa mas você não meu deu impressão boa de si, minha filha merece alguém melhor.

—Ta bom-disse Gustav com um tom serio-agradeço muito pelo convite, foi um grande prazer conhecer o senhor e a senhora, mas estou me retirando.

Gus ajeitou a cadeira e foi em direção a porta rapidamente, e eu fiquei ali paralisada com a situação, papai percebeu minha expressão.

—Filha...eu converso com ela-falou e fez movimento para mão indicando para a porta. Eu comecei aumentar o ritmo até vi Gus com a porta aberta indo embora.

—Gus...-disse puxando seu braço e tentando convencer ele a ficar, mas parece que não funcionou muito.

—Vai ficar com seus pais-respondeu Gus serio e um pouco irritado-eu tenho umas coisas a fazer.

—Por favor... fica...-eu estava tremendo ainda com mão em sua blusa e não conseguindo falar nada.

—Eu não devia ter vindo aqui, sabia que era uma péssima ideia...ainda mais com alguém... até quando isso...-falou Gus não conseguindo terminar a frase direito me encarando-desculpa...a gente se fala, caso precise de algo só mandar mensagem, se cuida Carol-disse me dando um beijo na bochecha e indo embora.

 Corri rapidamente para dentro em direção aonde minha mãe estava, eu estava sentindo uma raiva dentro de mim de um jeito que nunca havia acontecido até agora.

—Porque fez isso?-falei irritada com aquilo—como pode tratar-lo tão mau assim?

—Pessoas como ele não vão te levar a lugar nenhum, eu conheço o tipo dele—respondeu mamãe seria.

—Então qual é o tipo dele?-falei perguntando querendo sua resposta.

—Trata as mulheres como lixo-respondeu mamãe.

—Querida isso é errado o que fez-falou meu pai com um tom firme-não devemos julgar pela aparência apenas, você sabe muito bem disso.

—Salazar olha o jeito dele, é apenas um rebelde sem causa-falou mamãe com tom irritada.

—Não ensinamos isso a nossa filha Annie-disse meu pai—ela já tem idade para fazer escolhas.

—Me poupe-falou minha com ar de ironia—Carol escolheu uma pessoa que não acrescenta nada.

Foi ai que eu não aguentei e acabei falando tudo que estava guardado em mim.

—Ele acrescenta muito coisa caso queria saber—disse irritada olhando para ela—ele me ajudou em tanta coisa, fez  conhecer o quanto incrível  ele é como pessoa, todo carinhoso e com maior respeito sem passar no limites. Me fez conhecer mais de mim, mostrou sentimentos que eu nem sabia que tinha ao lado dele enquanto estava aqui no meu lado, sempre que eu precisava de algo.... e você mãe? estava aqui?

Eu estava sentindo minha mãos tremendo e quando me toquei, lagrimas caiam do meu rosto, eu sentia meu coração batendo rapidamente como fosse sair do meu peito. Eu só conseguia pensar o quanto ele deve está se sentindo pela situação que eu o meti, eu não estava acreditando naquilo.

 Eu fui correndo para o quarto e me tranquei, não querendo ver o rosto dela. Meu pai bateu na porta algumas vezes, mas percebeu que seria em vão e parou. Apenas falei que queria ficar um pouco sozinha, deitei na cama e continuei chorando até que acabei adormecendo e torcendo que aquilo tudo fosse um sonho.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado, criticas e sugestões são bem vindas. E mais um recado: Caso tenha gostando da historia, favorite a historia e ao mesmo tempo acompanhe com frequência pois vou saber se estão gostando,comente o que estão achando e sem leitor Ghost aqui !




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