Porto Seguro escrita por Ero Hime


Capítulo 2
II. A mais bela paisagem dos teus olhos


Notas iniciais do capítulo

Nada me anima mais que escrever quando eu tô pra baixo, e eu precisava de algum romance pra aquecer esse velho coração ♥
Espero que estejam gostando, ItaHina é muito precioso pra mim eu morro só de imaginar



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A viagem foi relativamente tranquila, em um irônico contraste quanto os pensamentos do próprio Itachi. O trânsito estava tranquilo, mesmo a rodovia principal, mas, para ele, cada quilômetro rodado representou uma eternidade que o afastava de casa.

Casa. Era bom voltar para casa.

Em sua profissão, Itachi estava acostumado a deixar o passado para trás, concentrando-se somente no futuro. Era dessa forma que, livrando-se as roupas cheias de sangue e das armas letais, ele era capaz de dormir a noite em sua cama.

Cama, que não era mais sua. Há muito que não dormia sozinho, para que pudesse sentir-se verdadeiramente acolhido em seu lar.

Embora a capital fosse uma cidade extensa em território e população, Itachi teve de percorrer por quase uma hora, atravessando todos os painéis luminosos em direção a saída contrária da via expressa.

Konoha era realmente bela. Esteticamente impecável, satisfatoriamente bem desenvolvida, moralmente hipócrita. 

Há muitos anos, possivelmente muitos antes do próprio Itachi nascer, magnânimos, empresários e todos os grupos de homens poderosos procuravam por lugares mais tranquilos onde pudessem aproveitar os dias de folga, criar uma família e realizar lavagens de dinheiro. Uma área de expansão da capital passou a ser alvo da construção de mansões luxuosas, e, com o tempo, também exigiu-se a implantação de determinados centros de comércio essenciais, como farmácias e supermercados.

Com o tempo, gerações inteiras passaram a se estabelecer naquele bairro, posteriormente vilarejo, posteriormente distrito. Foi de Konoha que Itachi foi expulso na adolescência, e foi para Konoha que voltou anos mais tarde.

Era para Konoha que dirigia ansiosamente naquele momento. O sol já começava a se pôr quando virou as primeiras ruas, das quais gloriosas mansões se erguiam no horizonte. Entre elas, o palacete Hyuuga assemelhava-se ele mesmo um pequeno bairro, tamanha exuberância das três casas integradas por um jardim extenso, garagens, galpões e quartos externos.

Itachi parou nos portões e colocou sua digital no identificador, abrindo-os para uma ruela que levava a diversos pontos da propriedade.

A mansão Hyuuga era, dentre muitos adjetivos, magnífica. A arquitetura antiga era restaurada todos os anos pela senhora Hyuuga, um dos muitos hobbies cultivados para suprimir o tédio e a quantidade exorbitante de dinheiro que insistia em se acumular.

A grama era sempre verde, as flores sempre vibrantes, os chafarizes sempre ligados. As cerejeiras floresciam de maneira esplêndida naquela época do ano. Com o céu pintado de laranja, os reflexos da residência eram de tirar o fôlego.

No entanto, tudo transformava-se na mais entediante imagem comparado aos olhos daquela que o esperava chegar próxima à garagem.

Como um passo de mágica, ela radiava ao vê-lo cruzar os portões. Nada jamais chegaria aos pés da beleza que ela representaria.

A mais bela paisagem dos teus olhos. Era o pensamento de Itachi cada singela vez que tinha o deleite de ser presenteado com as pérolas brilhantes que compunham o rosto de Hinata.

Não havia mais nada que importasse. Nem mesmo a mansão mais exuberante seria capaz de desviá-lo da paisagem mais bela que o esperava.


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