Variação Benigna escrita por Lady Lobit


Capítulo 4
Ajuda Externa


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, voltei. Desculpem pelo sumiço, minha vida se complicou um pouco. Mas ai vai mais um capítulo pra vocês. Boa leitura, Nós vemos lá embaixo.



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Blaise

—A Mcgonagall com certeza é tão biruta e otimista quanto Dumbledore- foi o que escutei Pansy dizer a Draco, sentados ao meu lado. E sinceramente tinha que concordar com ela. Estávamos sentados nas masmorras, observando nossa nova professora de poções, e também diretora da Sonserina, dar um discurso sobre como a ideia da diretora de misturar as duplas nas classes por integrantes de casas diferentes iria ajudar a nos conhecermos melhor e assim diminuir a rixa entre as casas.

Escutei Draco bufar e quase segui seu exemplo. Os sonserinos não pareciam muito animados com a ideia, e enquanto ela continuava com seu discurso, vi que vários alunos das outras casas já olhavam para os lados procurando conhecidos para se sentar. É claro que ninguém estava olhando para a Sonserina, a não ser na verdade a Granger, que depois de lançar um olhar para Potter e a weasley, se virou na nossa direção para nos analisar. Ela com certeza não estava pensando em fazer isso mesmo né?

— Com licença professora, me atrasei um pouco pois estava comendo pudim com o Gabriel - disse uma voz bem musical da porta, e apenas revirei os olhos conhecendo aquele tom sonhador. É claro que a Lovegood chegaria atrasada, e diria coisas aleatórias como se todos se importassem. A professora permaneceu impassível, mas parecia achar graça da situação.

—Senhorita, prezo muito pela pontualidade, e não gosto de imaginar que minha aula é de tão pouca importância que um encontro para comer pudim seja mais interessante que ela - Apesar da advertência a garota soltou uma risadinha, o que fez finalmente com que todos, incluindo eu, olhassemos em sua direção.

— Gabriel é um primeiranista da sonserina professora, ele apenas precisava de um pouco de doce para encarar o primeiro dia. O acompanhei até sua sala para garantir que ele não se perdesse, e gostei de conversar com ele. - Ergui minha sobrancelha em interrogação e olhei para Draco e Pansy. A Lunática tinha conseguido que Gabriel comesse e conversasse com ela?

— Tudo bem senhorita, mas que isso não se torne uma rotina.- A professora parecia analisar a garota, tanto quanto todos os sonserinos. Ela então abriu um sorrisinho de lado e foi quando jogou a bomba. - Já que parece não se importar em conversar com os sonserinos pode escolher um dos alunos dessa casa para ser sua dupla em porções.

A Lovegood deu de ombros e continuou sorrindo enquanto andava em direção ao nosso canto, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Virei meu rosto para frente imediatamente, imaginando que isso a desencorajaria a me chamar, mas parece que foi meu erro, pois com o canto dos olhos a vi pegar meu movimento e seus olhos adquirirem curiosidade. Não, não, não…

— Se importaria de ser minha dupla? - A senti parar do meu lado, imaginei por um momento a ignorar, mas ela pousou a mão no meu ombro, ao mesmo tempo que a professora me lançava um olhar afiado. Suspirei me levantando, e segui sem dizer uma palavra para a mesa em frente aos meus amigo. Aquilo não pareceu abalar a Lunática, que continuou sorrindo enquanto sentava ao meu lado.

—Muito bem alunos, gostaria que todos seguissem o exemplo e escolhessem seus companheiros de outras casa - A professora parecia se divertir um pouco com aquela situação, assim como meus amigos, que estavam com sorrisinhos na boca. Isso é, até a Granger chegar perto de nós.

—Se importaria de fazer dupla comigo Parkinson?- Tive que segurar a risada para a cara de Draco e Pansy, pois por um momento esqueci da minha própria falta de sorte para querer ria da dela. Vendo não ter muito opção, e com o semblante novamente neutro vi Pansy se levantar e seguir para a mesa em frente a minha.

Estava observando que quase todos os alunos já tinham duplas, quando escutei uma risadinha da menina ao meu lado. A olhei, me perguntando novamente como alguém podia parecer tão lunática quando segui seus olhos. O Eleito olhava de cara amarrada para sua namorada, que já havia se sentado com uma corvina, antes de se levantar e vir em nossa direção. Olhando para o lado percebi que a única pessoa ainda sem dupla era Draco, e que ele tinha um cara fechada, mas com uma pontinha de desespero no olhar. Quase ri da situação, mas fiquei um pouco surpreso quando a garota do meu lado virou pra trás e sussurrou para Draco, como se eles fossem confidentes a anos.

—Não precisa se preocupar, vai ser tão difícil pra ele quanto pra você, e Harry não é muito falante quando está desconfortável, então nem vão precisar conversar. - Draco ergueu a sobrancelha, mas não respondeu nada, e vi o Potter se sentar do seu lado, tão tenso quanto ele. 

—Satisfeitos com as novas duplas? - Sem esperar resposta, e talvez sabendo bem o que iria escutar, a professora rapidamente iniciou a aula. - abram seus livros na página 67. Alguém pode me dizer as principais plantas utilizadas na poção mata-cão?

Suspirei derrotado, vendo a Granger erguer a mão na minha frente pronta para responder, enquanto minha parceira de poções parecia estar em outro mundo. Pensei como algumas coisas não mudavam e já imaginava a quantidade de reclamações que escutaria mais tarde.


       Pansy

 

—Até que não foi tão ruim - Escutei alguém dizer enquanto recolhia meus materiais depois da última aulas. Granger me deu um aceno de cabeça e a vi ir se juntar a Potter e a Weasley. Concordava com aquilo, não tinha sido o martírio que imaginava quando me sentei mais cedo ao lado da sabe-tudo. Vi Draco saindo na frente e franzi o cenho, nem precisando perguntar.

—Ele disse que precisava de um tempo - Disse Blás, e eu podia entender aquilo. Aturar a Granger levantando a mão a cada 10 min e sabendo as respostas de tudo não era nada como o silêncio pesado que percebi o dia todo na mesa que Draco dividia com o Potter. Até mesmo Blás teve menos azar do que Draco, pois a lunática, apesar de estranha, parecia ter conseguido passar o dia sem fazer meu amigo surtar e sair da sala, como inicialmente imaginei que aconteceria.

Saímos todos os Sonserinos juntos, com exceção de Draco, e seguimos para o salão principal. Apesar de estarmos andando juntos mais por sobrevivência no momento, percebi que independente dos alunos terem passado o dia inteiro na companhia de outras casa, agora quando não eram obrigados, todos estavam de novo em suas panelinhas, e voltamos a receber olhares de esguelha e caras fechadas.

Entendia o plano da diretora, e até o achava inteligente, até certo ponto, mas sabia também que precisaria muito mais do que algumas horas sendo obrigados a passar na nossa companhia para que Hogwarts mudasse a opinião que tinha da Sonserina. 

Adentramos o salão e percebi que a nossa mesa era a mais comportada. Por um lado senti orgulho dos nossos bons modos à mesa, por outro me compadeci dos primeiranistas que não estavam acostumado com nosso jeito de nos comportarmos em público. Pensando nisso segui em direção a eles, sendo seguida por Blas, apesar deste vir resmungando sobre mulheres adorarem enturmar. Avistei que eu procurava e me sentei ao seu lado.

—Olá Gabriel, como foi seu dia? - tentei iniciar uma conversa com o menino, que mal mexia na comida. Ele deu de ombros, e isso foi o máximo que tinhamos conseguido tirar dele ontem. Mas ele ainda não tinha percebido que Sonserinos são pessoas que dificilmente desistem dos seus objetivos. - Uma colega de sala nos disse que te encontrou sozinho nos corredores hoje, e que gostou de conversar com você. - Observei seus olhos se erguerem com um brilho. E ali estava, uma reação diferente de apatia. Esperei um pouco, sabendo que seria questão de tempo até a curiosidade vencer, e controlei minha expressão para não dar um de meus sorrisos convencidos quando escutei sua voz pela primeira vez.

—Vocês conhecem a Luna? - Sua voz saiu baixinha, como se não quisesse chamar ainda mais atenção para si, pois seus colegas já olhavam interessados por ele estar conversando com alunos mais velhos. Cutuquei Blaise, esperando que ele também dissesse algo, e quando ganhei uma revirada de olhos já devia saber que algo debochado iria sair da sua boca.

—É, a lunática é minha companheira de aula. - Vi os olhos do Gabriel expressarem confusão por dois segundo, antes de sua cara se fechar totalmente de raiva. Fuzilei Blas junto com o menino, sabendo que tinha perdido todo o avanço que tinhamos feito com aquelas palavras. Foi quando escuto uma voz sonhadora atrás de nós.

—Olá! - E ali estava a lunática, novamente no território das cobras como se fosse normal passar para dar uma visita. A vi estender uma sobremesa para a criança, que estava com um sorrisinho de lado - Vi que gostou do Pudim mais cedo, e imaginei que talvez gostaria de mais. - O menino concordou e pegou o prato,se servindo de um pedaço de maneira animada. Olhei a cena meio chateada, mas tratei de engolir meu orgulho. Isso até ver o que se seguiu.

—Como foi seu dia? Gostou da corvina sua companheira de aula? Ela disse que você é muito inteligente. - Abismada vi aquele garoto fechado e apático abrir um sorriso e dar um relato quase que completo do seu dia. Luna escutava tudo com muita atenção, como se tudo fosse de suma importância, e mesmo sabendo que era idiotice me senti ultrajada por aquele menino preferir conversar com a lunática que comigo, me senti ofendida. Respirei fundo uma vez, percebendo que Blaise se dividia entre prestar atenção na loira e lançar sorrisos debochados pra mim. Como se eu tivesse merecido aquilo. Revirei meus olhos com seu comportamento. 

— Que bom Gabriel, aposto que vocês dois serão ótimos amigos. Mas na verdade queria te pedir um favor - segurei minha carranca e minha vontade de sair e lancei um olhar cortante a Lovegood, deixando bem claro que ela não exploraria o menino apenas por ele ser primeiranista. Ela fingiu que não viu, mas seus olhos brilharam um pouco enquanto olhava  para os lados e se aproximava mais ainda de nós três, como se fosse um segredo. - Tente não andar sozinho pelos corredores, e conheça um pouco seus colegas de casa. Prometo que sempre vou dividir meu pudim com você se puder fazer isso por mim.

Observei Blas erguer uma sobrancelha, e eu mesma não esperava por isso. Gabriel por outro lado concordou como se entendesse perfeitamente a Lunática. Ela acenou mais uma vez e saiu sorrindo em direção a mesa da Corvinal. Escutei, não acreditando, Gabriel oferecer muito educadamente para os outros primeiranistas um pedaço do pudim.

Elevei meu olhos para o teto estrelado do grande salão, me perguntando qual Divindade ofendi para me sentir em dívida com a Lunática Lovegood.


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Notas finais do capítulo

Então Galera, não tenho ideia do que estão achando da história, e gostaria muito que comentassem algo. Façam uma escritora feliz.



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