DD&D: Drabbles de Dungeons & Dragons escrita por Goldfield
Aquela magia... (Homenagem #01)
O mago Fizban acordou preguiçoso, tendo de passar o tempo redobrado de guarda na noite anterior porque os kenders haviam dormido em pleno posto. Antes houvesse ficado sozinho no posto – aquele gnomo doido falando sem parar sobre Guilda de Comunicações e Monte Deixapralá haviam tornado as horas acordado verdadeira tormenta enviada por Takhisis.
Ainda por cima, haviam agora lhe incumbido de preparar o café. Teria ao menos seu trabalho facilitado por uma magia que conhecia... Estalou os dedos das mãos, olhando para a frigideira. Como era mesma o nome do feitiço?
Ah, sim... BOLA DE FOGO!
Flechas élficas (Homenagem #02)
Hachiko olhou para o campo de tiro ao alvo, onde mais alguns dos jovens elfos disparavam setas contra os alvos. Sua atenção focou-se num deles em particular: uma garotinha miúda que em anos élficos não devia ter mais de trinta anos, toda atrapalhada com as mãos e deixando o arco cair sempre que esticava a corda.
Ela levantou-se, um sorriso empático no rosto. Ajoelhando-se ao lado da pequena, posicionou o arco corretamente em suas mãos.
— Onde você aprendeu a guerrear com flechas, mestre Hachiko? – ela perguntou, os olhos brilhando.
A elfa mais velha voltou a cabeça às colinas próximas, os cabelos prateados reluzindo sob o sol da tarde. Lembrou-se que, além daqueles morros, havia um porto que ainda funcionava mesmo tantas décadas depois. Tileade.
— Treine mais um pouco, Teriah... – Hachiko pediu, as lembranças aumentando ainda mais sua calma. – Quando terminar, tenho uma história para contar...
Errando certo (Homenagem #03)
Wilmina fez mais algumas anotações em seu pergaminho, esperando que aquela pesquisa sobre magos do passado fosse aceita pelo professor de História Arcana. Terminando de escrever, ergueu os olhos à estátua de capa e capuz no meio da praça.
— Ele é intrigante, não acha? – Relmyr, um estudante de sua turma, comentou ao seu lado, provavelmente querendo puxar conversa.
— Sim... Como era mesmo o nome do familiar? Preciso acrescentar à pesquisa!
— "Satyr" – o rapaz respondeu. – Sabe da história quanto a ele não ser aqui de Wilponia, né? De ter adotado este plano como lar depois que chegou aqui?
Wilmina acenou um tanto impaciente com a cabeça, afastando-se.
Enquanto passava pelos pés da estátua, a candidata a Maga Elemental olhou a placa gravada na pedra, considerando que seria uma boa epígrafe ao pergaminho:
"Em honra ao mago Beli Eddas. Pela glória de nosso reino, sempre errando seus teletransportes".
Távola Charlie (Homenagem #04)
Maya abriu mais um pergaminho, usando a Visão de Skelvin para visualizar os caracteres escondidos por magia nas entrelinhas. Ao assimilar o conteúdo pela primeira vez, precisou relê-lo para confirmar se era verdadeiro. A maga nunca se deparara com nada parecido. Ansiosa, usou uma pena, que se moveu sozinha por encantamento, para copiar o trecho num pergaminho à parte usando um comando de pensamento.
O coração de Maya acelerara. A que poderia se referir aquela terrível profecia? De todo modo, precisaria explicar de forma clara aos companheiros. O reino de Metruvia corria sério perigo.
Levantando-se decidida, a maga partiu à reunião com os paladinos, rangers, guerreiros e bárbaros que, unindo suas armas numa causa comum, formavam a Távola Charlie.
O todo-poderoso deus galinha (Homenagem #05)
Kirinak depositou satisfeita a cesta de ovos sobre o altar. Apanhando um, ofereceu-o à trindade de Casca, Clara e Gema, fazendo o movimento característico diante da grande estátua aos fundos do templo e então o colocando sobre o prato cerimonial.
Voltando-se para trás, ajeitou seus suspensórios e saudou as dezenas de fiéis kenders, todos esperando receber graças do grande Cocotar e sua infinita generosidade.
— Que o deus galinha esteja convosco! – a líder do culto exclamou aos presentes.
— Incontáveis bênçãos receberemos sob suas asas! – os pequenos responderam em coro.
Kirinak se concentrou. Sabia que uma grande ameaça voltava a pairar sobre Boreatia, e logo aventureiros viriam procurá-la novamente buscando seus dons de cura. Os antigos ou novos, não importava – ela sabia o que estava por vir.
Mas somente uma vontade poderia levá-los ao triunfo...
— Chegada é a hora de a galinha atravessar de novo a rua!
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