A Filha da Rainha Má escrita por Amanda Luz


Capítulo 2
Capítulo 2 - Storybrooke


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!!
Obrigada de coração a todos que estão lendo ❤



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(Storybrooke, Maine)  

A pacata cidade parecia ter finalmente retornado para a sua rotina, e se olhassem de relance poderiam até dizer que aquela era uma cidade exatamente igual as outras, com pessoas trabalhando, crianças estudando e brincando, vivendo a suas vidas o melhor possível, entretanto, sabemos que nem tudo é o que realmente parece ser. 

Em Storybrooke todos os personagens de contos de fadas viviam aprisionados em nosso mundo. Um mundo sem magia. Contudo, eles conseguiram o impossível trazendo magia para aquela cidade.  

Emma Swan prosseguiu sendo a xerife da cidade e dividia essa tarefa com seu pai, David Nolan, o Príncipe Encantado, e juntos passavam uma segurança quase que palpável para os moradores de Storybrooke. Enquanto Mary Margaret, a Branca de Neve continuava a lecionar meio período, era a profissão para qual havia nascido para exercer, ensinar os pequeninos a proporcionava imensa satisfação.  

E dessa forma comum todos seguiram com as suas vidas da melhor forma que conseguiram.  

Regina retornou para o seu posto como prefeita da cidade, o qual ministrava com perfeição. A sua vida havia mudado de forma drástica nos últimos anos. Ela perdeu o filho que havia adotado para a sua mãe biológica e estava conseguindo pouco a pouco reconquistar a sua confiança, ela o amava mais que tudo na vida. E ainda que tivesse o seu filho a apoiando ele continuava vivendo Emma, e eram poucas às vezes que se encontravam. Mas, finalmente poderia ser dito que ele a amava da mesma forma.  

Ela sempre se vira como a Rainha Má e nunca imaginou que poderia ter amor em sua vida. E pela primeira vez depois de Daniel abriu o seu coração para amar de novo, ela estava reconstruindo a sua vida com Robin Hood e o seu filho Roland. Eles estavam fazendo de tudo para que o relacionamento desse certo, e não iriam desistir dessa segunda chance para o amor. Eles se completavam e se entendiam de uma forma única, afinal eles eram almas gêmeas. E juntos formavam uma família. 

O ponteiro marcava quase meio-dia e Regina terminava de folhear alguns papeis e assinar tantos outros documentos, o trabalho havia acumulado durante a sua ausência. Naquele dia ela iria almoçar com Henry no Granny's Diner, ela o fazia sempre que fosse possível. A sua prioridade era estar com o seu filho, e por um momento se perdeu do que fazia e pensou em tudo o que havia ocorrido. A sua infância, Daniel e a dor de perde-lo, e em como ficou perdida entregando-se para a raiva e para as trevas que a consumia a cada dia e em todos os seus dias um pouco mais. 

Ela sentia orgulho e felicidade por ter conseguido seguir em frente e ter se tornado uma pessoa melhor, e não compreendia o aperto forte e incomum em seu peito. Uma angústia habitava no seu coração há muito tempo, ela sabia que algo estava errado, e tentou tantas vezes descobrir o que faltava sem sucesso.  

Acreditar que essa dor que sentia seria consequência do ódio e da escuridão que cultivou durante tantos anos era mais fácil. Ela sabia e sentia no fundo do seu coração que algo estava errado e ignorava todas as suas intuições e sentimentos, afinal, ela estava mais feliz do que havia sonhado e mais realizada do que nunca. Porém, aquele vazio existente em seu coração parecia não diminuir, ela sentia como se alguma parte dele faltasse, como se algo precioso tivesse sido roubado.  

Regina balançou a cabeça afastando os pensamentos que mais pareciam como fantasmas do passado e voltou para suas atividades rotineiras. 

 * 

O garotinho dormia profundamente entre as almofadas que Regina havia jogado no chão para que ele pudesse deitar e assistir televisão. Robin e Regina estavam na cozinha e conversavam sobre fazerem alguma programação com Roland e Henry. Ele havia percebido que Regina andava cada vez mais distante, com o olhar perdido em algo fora de seu alcance e não suportava mais vê-la sofrendo daquela forma. Ele precisava ajudar e proteger a mulher que amava. 

— Regina, está tudo bem?  

— Eu não sei...  

Regina respirava pesadamente tentando controlar a confusão dos seus sentimentos quando Robin colocou as suas mãos carinhosamente sobre os seus ombros a encorajando a desabafar. 

— Eu estou sentindo um aperto no peito, uma dor que eu não consigo explicar ou entender. - Ela disse tão confusa quanto a sua mente estava. 

Ele percebendo o quanto aquilo havia mexido com ela, a abraçou. Eram poucos os momentos que Regina permitia-se se mostrar frágil deixando de lado aquela frieza que estava acostumada em seus dias de rainha má. 

Um estrondo. Todos na cidade sentiram um tremor os invadir. E recearam o que estava por vir como se os seus corpos soubessem que enfrentariam mais uma guerra pela sobrevivência. Emma que se encontrava nos braços de Killian, Capitão Gancho sentiu uma pontada atingir o seu peito e comprimir o seu ar em consequência, era como se ganhasse uma facada a impedindo de respirar, e naquele momento ela soube que a curta paz havia chegado ao fim.  

Alguns moradores tomaram as ruas, afim de descobrirem o que aconteceu, outros se esconderam na expectativa de não serem mortos, porém, o nada foi o que obtiveram como resposta. Nada parecia ter acontecido, e não poderiam notar que alguém havia surgido na floresta e caminhava a passos tranquilos em direção a cidade.  

Emma e Killian se encontraram com uma Mary Margaret temerosa juntamente a seu marido em frente a torre do relógio da cidade, eles tinham a fraca esperança de que tudo não passasse de algo simples e desejavam com todas as forças que aquele tremor não significasse o início que uma nova guerra. E como sempre era esperado os anões tomaram os seus postos ao lado dos heróis a espera de ordens a serem seguidas. Internamente todos sabiam o que aconteceria, porém, ninguém ousou falar em voz alta o que em suas mentes aceitavam com angústia, queriam se agarrar nas míseras chances da esperança de que tudo permanecesse bem. 

Enquanto isso em frete a prefeitura Regina ainda segurava a mão de Henry, e Robin ainda aconchegava o seu pequeno filho assustado nos braços, o qual havia puxado para perto de si durante o misterioso estrondo que abalou Storybrooke.  

Regina sentiu um calafrio cruzar o seu coração, e aquele mesmo sentimento de vazio, de perda de algo que nem sabia que existia a mortificou, aquela dor crescia cada vez mais, e em uma proporção que a assustava sem nem mesmo saber o motivo. E ela soube ali que a sua vida estava prestes a mudar completamente, mais uma vez. E temeu sem saber se seria para melhor ou para pior. E temeu mais ainda a ideia de que seu passado pudesse voltar e que as trevas a dominassem novamente. Ela não poderia permitir que isso acontecesse, não depois de tudo que havia passado, das batalhas internas que havia travado para se tornar alguém melhor. Alguém digno do amor do seu filho e da nova família que havia formado. 

— O que foi isso? - Um Robin preocupado perguntou a tirando de seus tortuosos pensamentos. 

— Não sei, mas tenho certeza que não vou gostar quando descobrir. 

O celular de Regina tocou. Era Emma, e depois da confirmação de que todos estavam bem e que nada havia ocorrido na cidade ou aos moradores, uma pergunta crescia dentro de cada um, e mais ainda naquele grupo que se sentia responsável por cada coração, cada vida que habitava ali. Eles precisavam ter a certeza de que nenhuma ameaça desencadearia o terror sobre o povo que juraram defender com suas próprias vidas. Dividiram-se em grupos e fizeram uma rápida varredura e não encontram nenhum vestígio que justificasse o que ocorrera há duas horas atrás, causando em todos um pressentimento ruim com relação ao mistério que rodeava aquele incomum acontecimento.  

E não muito longe de onde estavam uma figura sombria continuava sua morosa caminhada, trajava roupas escuras e mórbidas, apenas um vulto na noite que começava a surgir lentamente. E continuando a seguir para o seu destino em uma loja em particular, o rosto estampava um sorriso enigmático sem expressar ao certo se era em agrado ou desprazer pela jornada que ainda seguiria para finalizar o seu mais profundo desejo. E em suas mãos o primeiro ingrediente que havia sido destilado da magia da cidade. A magia a qual notariam a ausência tarde demais. 

E silenciosamente uma batalha se iniciou. 


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar, quero saber o que estão achando!
Beijos!! ❤



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