Yu-Gi-Oh: Contos de Fadas escrita por Eien SZ


Capítulo 12
Capítulo 12 – Duelo no hospital. A força dos Cyberse.




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Steven correu para o telefone e chamou uma ambulância. Enquanto isso, Dulci procurava o número de telefone dos pais de Artur, para que pudessem ir ver o filho. Todos estavam muito nervosos, mas logo a ambulância chegou.
— Eu falei com a mãe dele, ela pediu para levá-lo ao hospital que ela trabalha. – Disse Dulci, nervosa. – Dexter, aqui está o endereço, fale com o pessoal da ambulância. – Disse Dulci, entregando um pedaço de papel para Dexter.
Logo a ambulância levou o garoto. Dexter o acompanhou na ambulância.
— E nós? Não devemos ir também? – Perguntou Eduardo.
— Boa ideia... Alguém sabe chegar lá? – Perguntou Dulci, ainda nervosa.
— Estou vendo aqui no celular. – Disse Steven, tremendo. – Certo, a gente pega o ônibus 108 na parada e devemos chegar lá.
— Eu vou na frente. – Disse Siin, saindo da sede do clã. – Chego rápido lá com a minha moto.
— Certo, então estamos indo. – Disse Dulci, enquanto acompanhava a todos para fora da sede da Fairy Tales para trancá-la.
A ambulância chegou primeiro e logo Artur foi levado de maca até o interior do hospital, enquanto Dexter acompanhava os médicos.
— Você estava com ele quando aconteceu, certo? Sabe nos dizer o que houve? – Perguntou um dos médicos.
Dexter estava bastante nervoso.
Logo chegou uma mulher, era a mãe de Artur.
— Você estava com ele, certo? O que houve? – Perguntou a mulher, enquanto ouvia os batimentos cardíacos de seu filho com seu estetoscópio.
— A gente estava jogando e ele ficou ofegante, então ele acabou desmaiando. – Explicou Dexter, ainda muito nervoso.
— Os lábios dele não estão roxos e ele não está pálido, então não é uma queda de pressão. Os batimentos cardíacos estão um pouco acelerados, mas não muito mais do que o normal. – Disse, puxando um equipamento para medir a pressão. – A pressão também está normal... O que mais aconteceu? Como ele estava?
— Ah... Bem, ele estava meio tonto eu acho.
— Você acha ou tem certeza? – Perguntou a mãe de Artur, impaciente.
— Certeza, tenho certeza, ele estava mesmo meio cansado e tonto, e também estava suando bastante. – Respondeu Dexter, preocupado em se lembrar de tudo.
— Certo, vou pedir um exame de sangue para ver se está tudo bem... – Disse a mulher, apalpando a barriga de Artur. – Não... O que será isso?
Os enfermeiros logo levaram Artur para fazer um exame de sangue e Dexter teve que ficar no saguão esperando. Logo Siin chegou.
— Dexter! O que houve com ele? – Perguntou Siin, aflito.
— Não sabem ainda, estão fazendo alguns exames.
Siin se sentou, mas suas pernas não paravam de balançar. Enquanto isso, Dexter andava de um lado ao outro do saguão.
— Pessoal, o Artur está bem? – Era Dulci e todos do clã.
— Não sabemos, estão fazendo alguns exames. – Respondeu Dexter.
Um homem de terno entrou no saguão e, com dificuldade, desviou dos garotos e chegou ao balcão. Ele perguntou sobre Artur. A recepcionista indicou uma porta com a mão e o homem seguiu. Aquele claramente era o pai de Artur.
O tempo foi passando e todos estavam ansiosos. Eduardo olhava fixamente para um mesmo ponto, mas sua mente parecia estar em outro lugar. Steven havia bebido quase dois litros de água desde que chegaram, aquela parecia uma forma de aliviar a tensão. Dexter continuava de um lado ao outro da sala.
Em um determinado momento, o pai de Artur foi até o saguão para comprar um chocolate na máquina de doces. Dexter não pensou duas vezes.
— Olá, o senhor é pai do Artur? – Perguntou.
— Sou sim... E você, quem é? – Perguntou o homem, desconfiado.
— Eu sou Dexter, nós somos amigos do Artur. – Disse Dexter, apontando para o grupo de quase trinta pessoas. – Nós queremos saber como ele está.
— Vocês são os amigos daquele jogo que ele joga, não é? – Perguntou o homem, desdenhando do jogo.
— Isso, nós estávamos jogando quando ele desmaiou.
— Ele está melhor, ainda não sabem o que foi, mas já estão fazendo alguns exames... Agora você e seus amigos podem ir embora. – Falou o homem, virando o rosto.
— Não, nós vamos ficar! – Respondeu Dexter, com firmeza.
O homem parou um instante, mas logo seguiu seu caminho de volta para onde o filho estava passando por exames.
Dexter dispensou os colegas, já estava ficando tarde e as ruas ficariam perigosas. Aos poucos os colegas foram saindo, principalmente depois que Dexter prometeu ficar para dar notícias da situação de Artur.
Já era quase meia-noite quando Siin foi para casa, deixando Dexter sozinho. Ele era o único que restava no saguão do hospital.
Quando seus olhos estavam começando a se fechar, Dexter viu a mãe de Artur chegando no saguão.
— Você ainda está aqui, garoto? – Perguntou.
— Sim, preciso saber como o Artur está. – Respondeu, um pouco aflito, mas também com sono.
— Ele está melhor, já fizemos os exames... Ainda não descobrimos o que causou o desmaio, mas já descartamos as hipóteses mais preocupantes.
— Quem bom, então ele já acordou?
— Ainda não... Nós vamos deixar ele passar a noite aqui no hospital, para que possamos acompanhar o quadro, mas você já pode ir.
— Certo, eu vou só avisar o pessoal e vou. – Respondeu Dexter, pegando o celular para avisar aos colegas.
— Vocês jogam aquele jogo com o Artur, não é? – Perguntou.
— Isso, nós estamos treinando para uma competição que vai ter em breve. Eu acho que tenho umas fotos da galera aqui. – Disse Dexter, mostrando as fotos no celular.
— Nossa, olha como ele está contente. – Disse a mãe de Artur, ao ver uma das fotos.
— Sim, ele é bastante animado. – Respondeu Dexter.
A mãe de Artur sorriu, mas ao mesmo tempo ficou pensativa, enquanto uma lágrima escorria de seus olhos.
Dexter se foi, não havia nada que ele pudesse fazer naquela situação.
Na manhã seguinte Artur já estava acordado e bem, mas ainda não havia recebido alta. Como não havia nada para fazer, ele tirou seu baralho da mochila e começou a bolar estratégias, quando uma garota entrou em seu quarto e se escondeu atrás da porta. Ela devia ter uns dez anos. Ela colocou o dedo na frente da boca, pedindo para que ele não contasse que ela estava ali. Logo chegaram dois enfermeiros perguntando por uma garota.
— Garota? Não, não vi... – Respondeu Artur, na maior cara de pau. – Vocês podem fechar a porta para mim?
Os enfermeiros fecharam a porta e saíram.
— Obrigada! – Respondeu a garota. – Eu sou Sara!
— É um prazer, Sara, eu sou Artur.
— Uau, você joga Yu-Gi-Oh!? – Perguntou a garota, olhando as cartas do garoto.
— Jogo sim. – Respondeu Artur. – Você joga também?
— Não, meu irmão que joga. Você conhece ele? O nome dele é Leo!
— Desculpe, não conheço ninguém chamado Leo. – Respondeu Artur.
— Ei, essa carta ele usa! – Exclamou a garota, apontando para uma carta do Decode Tanker de Artur.
— O Decode Talker? Ele é usado em alguns decks, ele é muito bom em algumas situações.
De repente um rapaz entrou no quarto.
— Eu sabia que você estava aqui, Sara! – Exclamou o rapaz.
— Desculpa, Leo, mas eu não quero fazer os exames. – Retrucou a garota.
— Não interessa, você vai fazer sim! – Insistiu o garoto.
Leo então reparou em Artur.
— O que você faz aqui? – Perguntou, com um tom ríspido e grosseiro.
— Yusei?! Bem, eu passei mal ontem à noite e vim para o hospital.
— Certo, melhoras pra você... Agora vamos, Sara. – Disse, puxando a garota pelo braço.
Yusei saiu do quarto levando sua irmã.
Mais tarde naquele dia, Artur recebeu alta e, ao sair do hospital, encontrou Yusei sentado no saguão.
— Ei, Yusei... Er... Leo? – Artur não sabia como chamá-lo.
— Dane-se, pode me chamar de Leo...
— Leo, desculpa me intrometer, mas sua irmã está bem?
— O que isso tem a ver com você? – Perguntou Leo, começando a se irritar.
— Leo... Nós estamos no mesmo clã... Todos nós nos preocupamos com você...
— Não precisam se preocupar, eu e a Sara estamos ótimos. – Leo parecia não quere conversar.
— Eu não me lembro do Decode Talker no seu deck. – Disse Artur.
— O quê? – Perguntou Leo, sem entender a razão da fala de Artur.
— Sua irmã disse que você tinha um Decode Talker.
— Ah... É, eu usava um... Mas eu parei de usar.
— Por quê? – Perguntou Artur, tentando fazer com que o amigo se abrisse.
Leo respirou fundo.
— Se isso vai fazer você ficar quieto, é por causa de uma promessa que eu fiz... Eu gosto muito dos Cyberse, mas fiz uma promessa de que, até minha irmã se curar, eu não usaria mais os Cyberse.
— Eu sinto muito pela sua irmã, Leo. – Respondeu Artur, encostando a mão no ombro do colega.
— É... Ela tem uma doença que os médicos ainda não identificaram... Ela fica mal de tempos em tempos.
— Por isso você está sumido do clã.
— Sim... E para piorar, ela se recusa a fazer os exames...
— Leo... – Começou Artur, pensativo. – Você está com o seu baralho de Cyberse aí? – Perguntou.
— Sim, mas por quê? – Respondeu Leo, tirando o baralho da mochila
— Vamos jogar! Eu e você, ali no pátio do hospital.
— Do que você está falando?
— Vamos, vai ser bom! – Disse Artur, insistindo na ideia. – Se você jogar comigo eu prometo que paro de te incomodar e vou embora.
— Tudo bem então... – Disse Leo, contrariado. – Ao menos eu consigo me livrar de você.
Os dois foram para o pátio, então Artur se posicionou e indicou onde Leo deveria ficar.
— Vamos jogar, eu começo! Eu invoco o ELEMENTAL HERO STRATOS!
— Elemental HERO? Achei que você não pudesse mais usar HERO. – Disse Leo.
— Esse não é um duelo oficial, então acho que não tem problema eu usar HERO.
— Tudo bem, assim fica mais fácil para mim.
O duelo seguiu. Os dois pareciam se divertir bastante.
— Eu ataco o seu SHOOTINGCODE TALKER com meu VISION HERO TRINITY, e agora o DECODE TALKER!
Os pontos de Leo caíram drasticamente para apenas 1000. Em campo ele tinha apenas uma CYNET CODEC e uma carta na mão.
— Agora eu encerro a minha vez.
— É o meu turno! Eu invoco BALANCER LORD e agora eu vou precisar do seu monstro emprestado, eu ativo MIND CONTROL e tomo controle do seu monstro.
— Droga.
— Agora eu combino os dois para criar o meu CODE TALKER! E graças ao efeito da minha magia eu posso buscar o MICRO CODER e, graças ao seu efeito, posso usá-lo com material de link da minha mão para a invocação do meu TRANSCODE TALKER! Agora, graças ao seu efeito, eu posso invocar DECODE TALKER de volta do cemitério na zona para a qual meu Transcode Talker aponta! Agora eu te ataco com meus Transcode Talker com 2800!
Os pontos de Artur caíram para 2200.
— Agora com meu Decode Talker de 3300! – Gritou Leo, sorrindo.
— Parece que temos plateia. – Disse Artur, apontando para uma das janelas do hospital.
— Sara? – Leo estava surpreso, mas feliz ao mesmo tempo.
— Vai lá, irmão! Decode Talker! – Gritou a garota, imitando o movimento do Decode Talker.
— Por isso você queria duelar aqui, não é? – Perguntou Leo, já sabendo da resposta.
Artur então recebeu o golpe do Decode Talker, fazendo seus pontos de vida chegarem a zero.
Logo que o duelo acabou, Artur e Leo foram ver Sara.
— Que duelo divertido! – Disse Sara, animada.
— Ei, Sara, quando você ficar boa o Leo pode te levar lá no clã para você conhecer! – Disse Artur, animado.
— SIM! – Respondeu ela.
— Mas primeiro você precisa melhorar, precisa fazer todos os exames que o médico falar.
A garota entendeu e fez um sinal positivo com a cabeça.
— Agora eu tenho que ir. – Disse Artur, se despedindo.
— Artur... – Começou Leo. – Desculpa por hoje cedo...
— Relaxa... Agora eu vou lá!
Artur então saiu, deixando Leo e Sara conversando, ela estava bastante animada em conhecer todos do clã.
Uma semana se passou desde os eventos no hospital. Leo já havia voltado para o clã e sua irmã estava bem melhor. Eien também já estava de volta.
— Então, é por isso que você não pode responder ao efeito do Colossus-
A explicação de Leo foi interrompida por uma mensagem que recebera. Assim que leu a mensagem ele começou a chorar. Todos estavam preocupados. Leo enxugou as lágrimas, pediu desculpas e se dirigiu à porta da sala.
— O que foi, Yusei? – Perguntou Eien.
— Minha irmã...
— O que tem ela? – Perguntou Eien, preocupada.
— Está curada! – As lágrimas de Leo eram de alegria.
— Espere. – Disse Eien, segurando o braço de Leo.
— Eu vou vê-la! Não tente me impedir!
— Sim, vamos todos... O Artur me disse que você a traria aqui quando ela estivesse bem... Então, nada melhor do que nós irmos até ela.
Artur sorriu ao ouvir isso.
No caminho para o hospital Artur e os amigos do clã compraram um bolo para Sara e, ao chegarem lá, foi a maior festa.
Sara não acreditava naquilo, ela estava muito feliz.
— Seus amigos são incríveis.
Era a mãe de Artur.
— Eles são os melhores. – Respondeu Artur.
A mãe de Artur sorriu.
— Vai lá, estão te esperando.
Artur se aproximou do grupo.
— Então... – Começou Artur. – Você ainda não tem idade para entrar em um clã, você precisa ter no mínimo 13 anos para entrar... Mas... Aqui... – Disse Artur, estendendo um cartão para a garota.
Ela abriu.
“Te esperamos daqui 3 anos!” era o que dizia no cartão. E junto estava uma carta do Decode Talker.
A garota abraçou Artur e logo todos estavam envolvidos em um enorme abraço.
Prazo para o início do Torneio: 12 dias


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