Eu sempre te amarei, mesmo que você não esteja mais aqui. 

Sempre amarei as lembranças de quando éramos só nós dois. 

Eu me sentia tão jovem e divertido perto de ti. Lembro das risadas que soltava com minhas piadas idiotas ou altamente intelectuais. Só você entendia meu senso de humor, éramos lerdos e rápidos ao mesmo tempo — como fazíamos isso, eu nunca pude entender. 

Lembro de tudo, cada palavra, ação… Lembro do fogo que você podia ser no amor, mas do gelo que podia representar em nossas brigas — você nunca queria brigar, preferia continuar sendo frio. 

E que ironia pensar que eu lhe perdi para o inverno. Naquela noite gelada, eu jamais podia imaginar que lhe perderia. Uma pneumonia; quem diria que seria ela a cruel responsável por apagar o fogo que iluminava minha alma. Isso é tão injusto… 

Mas quero que saiba, Shouto Todoroki, que longe ou perto, tudo que me faz sentir ainda é o mesmo. Você pode ter ido em matéria, mas ainda sinto você, suas emanações. Espero que meu amor seja capaz de chegar até ti. 

Não pense que estou preso por este amor. Na verdade, é o contrário: te amar me liberta, porque sua morte não assassinou meu sentimento, ele ainda vive em mim, e alivia meu sofrimento, porque de alguma forma, sinto que estou sendo retribuído. 

E não, não faço ideia de como funciona o pós morte, mas de alguma forma, sei que você sabe, sei que você sente. 

Então, nesse momento, lhe direi novamente o que pretendo repetir por toda minha vida: eu sempre lhe amarei, e não importa o quão perto ou distante eu possa estar da sua lápide, nossa aproximação e conexão sempre serão as mesmas. 

Afinal, não casamos apenas num contrato e em palavras, nossa assinatura de fidelidade está assinada na alma, e nem a morte poderá anular.