Toda a família Castle estava recolhida nos seus respectivos quartos.

Richard Castle estava recostado nos travesseiros acolchoados e sua esposa, Katherine Beckett Castle, se encontrava aconchegada a ele, na imensa cama de casal.

— Ainda acho estranho pensar que você completou cinquenta anos de carreira, amor. – Kate comentou.

— Pois é... eu também acho. Publiquei o meu primeiro livro quando eu tinha vinte anos e ainda estava na faculdade.

— Eu li este livro e adorei! – Kate elogiou.

— Ah, você é suspeita. – ele sorriu – Você diz que gosta de tudo que eu escrevo.

Kate deu um beijo no marido. Um beijo apaixonado.

— Mas estou falando sério, amor! Você é o melhor escritor. É o meu favorito e o mais...

— Bonitão?

Kate achou engraçada a interrupção do seu marido, sempre divertido e sorriu. Ela estava feliz. Ela era feliz ao lado dele.

— Huuummm! Eu nem ia falar isso, viu... – Kate piscou o olho para o marido, de forma bem sapeca – Mas concordo com você, Rick. Além de ser meu escritor favorito, além de ser o melhor marido do mundo, o melhor pai que eu poderia encontrar para os meus filhos, o melhor avô para os meus netos, você é o mais bonitão mesmo.

— Se você diz... – Castle simulou modéstia.

— Ficou modesto de uma hora para outra... Até parece que você não concorda...

— Bem... – ele fez um trejeito divertido no rosto, bem típico dele – Até que para os meus setenta anos, não estou mal, né... – ele deu um selinho da esposa.

— Você está ótimo! Quando nos casamos você tinha quarenta anos e hoje aos setenta, continua maravilhoso!

— E você, Kate, com sessenta e três anos continua maravilhosamente linda, como mulher e como profissional... – Castle tocou o rosto da esposa com as duas mãos, lhe acariciando amorosamente a face e as mechas que desciam na fronte – Você foi a Senadora com mais projetos de lei aprovados no país, já foi a Capitã com mais crimes solucionados, mas, sempre vai ser a minha detetive Beckett extraordinária de sempre, a mulher sensacional que se escondia por trás daquele muro invisível, a mãe exemplar que morava dentro do seu coração que deu vida a nossos quatro lindos filhos, o que inclui a nossa Alexis.

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Para a celebração das Bodas de Pérolas, Richard e Kate Castle utilizaram o mesmo padrão utilizado no casamento deles, há trinta anos, ou seja, convidaram apenas os familiares mais próxima e os amigos mais chegados, o que incluía Montgomery e Evelyn, com os seus respectivos filhos.

Há alguns anos Lanie e Esposito já não eram considerados apenas amigos da família Castle, pois desde que Luciana Parish Esposito, a filha caçula deles, se casou com o Jake Beckett Castle, eles agora também faziam parte da família.

O mesmo aconteceu com e Ryan e Jenny, desde que seu filho, Nicholas Javier O'Malley Ryan, se casou com Lily Beckett Castle.

Com isso, a amizade entre os três casais fortalecia a cada dia, principalmente porque tinham netos em comum.

— Amiga, quem diria, eihm... – Lanie falou após dar um rápido abraço em Kate – Que além de casarmos com homens lindos e maravilhosos, nós duas teríamos três netos em comum.

— Pois á, querida, quem diria que Luciana e o Jake, que viviam as turras um com o outro, desde pequenos, iriam virar grandes amigos, se apaixonar, se casar e ter três lindos filhos. – Kate comentou sorridente – E nossos netos são deliciosos, né? E isso não é conversa furada de vó...

— Não mesmo! Adoro a Soraia, a Flávia e o Rick Neto. São meus tesouros! – Lanie falou orgulhosa.

— Adoro falar sobre os nossos netos, Kate. – Jenny admitiu – o Matheus e a Talita são uns amores.

— E o Reece não fala em casamento, eihm, amiga... – Lanie indagou para Kate.

— Ele é muito novo, Lanie. Apesar de serem gêmeos idênticos, o Jake é mais caseiro e mais romântico, tanto que quando se encantou pela Luciana, se apaixonou e quis logo se casar com ela. Eles se completam. Acho uma delícia ver os dois juntos.

— Verdade, amiga. – Lanie admitiu – Formaram uma família linda.

— Mas o Reece é mais elétrico... Já perdi a conta de quantas namoradas ele já me apresentou... – Kate arqueou as sobrancelhas – Acho que tem muito chão pela frente até subir ao altar.

— Se ele encontrar uma mulher igual a você, querida, garanto que meu neto vai sossegar e ser tão feliz quanto o pai dele. Posso garantir. – Martha comentou, com o mesmo vigor de antes, apesar de já estar com a idade mais avançada.

— Obrigada, Martha! Você é um amor! Eu só quero que ele seja feliz. – Kate sorriu para sua sogra.

— Huuummm! – Johanna deu um longo suspiro de felicidade – Nada como ouvir um lindo elogio da sogra de sua filha.

— Nunca fiz segredo da minha admiração e amor pela minha nora! – Martha confessou, toda risonha.

— Mas você falou uma grande verdade, Martha, O que você não falou, mas eu mesma digo, é que a minha filha encontrou o único homem que foi capaz de fazê-la feliz. O Castle é maravilhoso! Eu amo ver nossos filhos felizes. Pena que o meu Jim não está aqui comigo... – Jô ficou com um nó na garganta, entristecida, mas logo reagiu e deu um largo sorriso – Mas tenho certeza que meu marido viveu o suficiente para ver nossa filha realizada, nossos quatro netos felizes... Três casados, os sete bisnetos crescendo... Eu tenho uma foto linda com ele carregando cada um dos sete netos, até o Rick Neto, ainda bebezinho.

As cinco mulheres conversavam animadas e os assuntos principais eram família e amor.

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A festa estava sendo um sucesso e o jantar foi servido pelo Restaurante Sol Dourado que sempre tivera um ótimo serviço e era premiado pelo tempero maravilhoso e inconfundível.

 Há trinta anos, Castle, muito grato pelo modo como fora socorrido e acolhido pela família dos proprietários do Sol Dourado na época do naufrágio, resolvera retribuir a hospitalidade, presenteando-os com um belo restaurante, montado com tudo de melhor e mais moderno que havia na época. Os proprietários, não somente ficaram muito satisfeitos, como também souberam aproveitar a oferta e o restaurante se firmou.

Aliado a isso, o Castle ainda contratara uma empresa de publicidade e propaganda, fazendo o Restaurante Sol Nascente ser o melhor restaurante da região dos Hamptons.

O sol já havia se escondido. Apesar da lua cheia estar no auge da sua perfeição, Castle mandara instalar refletores potentes com o objetivo de dar conforto visual aos convidados.

As crianças maiores corriam soltas em completa alegria, as mais novinhas estavam acompanhadas de babás, enquanto os adultos atualizavam os assuntos à mesa.

 Outros dançavam no tablado de madeira que o Castle mandara instalar, igualmente como fizera para a festa de casamento.

A banda local era excelente e tocava somente o cardápio musical escolhido pelos homenageados.

Completamente apaixonados, Kate e Castle dançavam, abraçados, ao som de “In My Veins”, a música que marcara a vida deles.

A silhueta dos corpos deles eram entrecortados pela claridade da lua cheia, mas nem a lua ofuscava o brilho do casal.

Durante a execução da música, eles trocaram um beijo apaixonado. Trinta anos se passaram e o amor deles aumentava a cada dia, amadurecido pela experiencia de vida e fortalecido com os imprevistos que souberam transpor.

Quando a banda entoou uma nova melodia o casal parou de dançar e o Castle, de mãos dadas com Kate, a levou para uma caminhada até encontrarem um banco vazio bem em frente a linda lua cheia.

Sentaram-se.

Com um jeito misterioso no rosto, Castle deu um selinho na ponta do nariz da esposa e tocou em um assunto interessante.

— Amor, você se lembra no dia em que eu a pedi em casamento? – Castle tocou levemente no queixo dela, fazendo-a olhar nos olhos.

— Óbvio que eu me lembro, amor. Aquele foi um dos dias mais felizes da minha vida.

— Você disse “um dos dias mais felizes”... – ele a provocou.

— Sim, Rick...

— Entendi! – ele fingiu-se aborrecido, quando, na verdade, não estava – Claro que eu sei que hoje, depois de tantos anos juntos, muitos momentos foram os mais felizes... – ele mostrou-se muito contente e passou a enumerar alguns – O dia do nosso casamento, as duas vezes em que descobrimos que você estava grávida, O nascimento dos nosso três filhos, os casamentos da Alexis, da Lily e do Jake, os nascimentos de cada um dos nossos sete netos...

— E não podemos esquecer do dia em que a Alexis me pediu para eu ser a mãe dela. Nossa Senhora! Pensei que fosse morrer de felicidade! Muita alegria para mim, pois mostrou que ela reconhecia todo o amor e carinho que eu dedicava a ela e a você, né, porque toda filha quer ver o pai feliz.

— Verdade! – ele concordou com a esposa.

— Mas, você perguntou se eu me lembrava do dia em que você me pediu em casamento, Rick, e eu disse que foi um dos dias mais felizes da minha vida.

— Então... Você se lembra especificamente de três curiosidades que você apontou naquele dia?

— Huuummm! – ela franziu a testa, tentando se recordar – Amor da minha vida! Eu sou completamente apaixonada por você e isso não é segredo para ninguém. Sou louca por você! Amo nossa vida! Mas... Se eu falar que não me lembro, você se chateia, amor? – ela falou com doçura e deu um selinho nele.

— Eu entendo, amor... Fazem trinta anos... Então...Vou dar uma dica.

— Ótimo! Vou ficar atenta, amor.

— Bem... Eu te dei este anel de noivado – ele pegou a mão esquerda dela e tocou no anel que há trinta anos fazia dupla com uma linda aliança de casamento – Depois que eu coloquei o anel de noivado no seu dedo você me fez uma pergunta e mais tarde, me expôs três dúvidas... Ou curiosidades.

— Bem, este anel... – ela também tocou o anel – Eu me lembro que ele estava dentro de uma concha do mar e eu me lembro também que te perguntei porque você não escolheu anel de pérola, para fazer jus a concha do mar.

—  Correto! Sua memória está muito boa. Então eu brinquei com você dizendo que poderíamos trocar o anel, substituindo por um com pérola ao invés de diamante.

Eles olharam-se e riram e o amor que havia naquele sorriso e no olhar era algo mágico.

— Então... acabou o jogo da memória? – Kate pilheriou.

— Não.

— Hummm! Que difícil! Mas não lembro de mais nada, amor...

— Pense mais um pouco.

— Ah, claro! Como eu ia me esquecer? – Kate riu - Antes de retornarmos para a casa a fim de anunciar sobre o noivado, você pegou uma nova concha do mar e de dentro dela você tirou este maravilhoso par de brincos de ouro, ornado de diamantes e uma linda pérola. – Kate tocou na própria orelha e exibiu ao marido, os tais brincos – Eu fiquei encantada por você me fazer uma surpresa atrás da outra e ainda querer me impressionar. Claro que eu amei!  Tanto que eu até os coloquei hoje, amor.

— Bem, para não deixarmos nossos convidados nos esperando, vou falar logo...

— Beleza! – ela concordou.

— Ainda na praia, depois de ficarmos noivos, você ficou intrigada e me fez três perguntas.

Castle tocou novamente no anel de noivado de Kate – Sua primeira curiosidade foi como este anel foi parar ali, sobre a pedra, dentro de uma conchinha do mar.

— Lembro disso! – Kate anunciou com uma expressão de surpresa – Meu Deus! Você se lembrou. Cada dia que passa fico mais impressionado com a sua memória, amor. Mas... Você disse que eu te perguntei três coisas... – ela fez um gesto negativo com a cabeça – Desculpa, amor, mas eu não me lembro mesmo.

— Tudo bem! Sua curiosidade número dois... Como eu tive coragem de deixar este anel deslumbrante ali, solto, dentro de uma conchinha do mar, com o risco de alguém roubar ou, sei lá, uma onda maior derrubar na areia... E a sua curiosidade número três, Kate, foi saber quando foi que eu havia comprado este anel, já que estávamos juntos o tempo todo e você nem percebeu.

— E porque você esperou trinta anos para me falar sobre estas três perguntas que eu fiz, amor?

— Porque naquele dia eu brinquei com você e disse que só responderia no dia das nossas Bodas de Pérolas.

— Hoje! – Kate sorriu – Esse meu Escritor favorito é mesmo muito espertinho.

— E completamente apaixonado por você, Kate.

Eles trocaram um beijo suave e Kate refletiu sobre suas três curiosidades do passado.

— Agora estou me lembrando, Rick... Lembro perfeitamente disso. – Kate comentou.

— Então, chegou o dia de eu cumprir minha promessa.

Kate continuou a refletir sobre as três curiosidades e também sobre os trinta anos de amor.

— Amor da minha vida, sem querer estragar sua brincadeira, eu vou te dizer uma coisinha, Rick... Considero o jeito como você me pediu em noivado a cena mais romântica do mundo e acho, inclusive, que nenhum homem teve uma ideia tão boa quanto a sua, mas você não precisa me contar estes segredos.

— Mas eu jurei que te contaria hoje, amor.

— Nossa vida é perfeita, além do que, meu bem, você não tem que me contar aqueles segredos do passado sobre o anel, pois, até onde eu sei, os mágicos não devem contar os segredos da magia.

— Mas os escritores de mistério precisam revelar no final da história o que intrigou o leitor no decorrer do enredo.

Amos deram risadas.

— Mas não estamos em um dos seus livros de mistério, Rick, tampouco estamos no final da nossa história. – ela sorriu.

— Bingo! – Castle fez uma expressão divertida no rosto. – Como sempre, você está certa! Mas é que eu te jurei que revelaria hoje. Fiz um juramento.

— Tudo bem, eu te entendo, Rick. Mas o juramento que eu mais esperei que você cumprisse, amor, você cumpriu. Podem passar cem anos e nunca vou esquecer do que você me prometeu nos seus votos de casamento. Eu lembro que você anunciou que mudou suas próprias regras e prioridades com relação ao seu modo de viver, já que queria que eu fizesse parte da sua vida e, sem perceber, se apaixonou por mim, Rick. Diante de todos, você se rendeu ao dizer que o feitiço virou contra o feiticeiro e que não conseguia pensar na hipótese de parar de me ver. Você declarou em público o seu amor por mim ao dizer que se considerava o homem mais feliz do mundo por saber que eu te amava. E, por fim, falou que aproveitaria a segunda chance para o nosso amor e jurou que, juntos, faríamos esse amor aumentar e se multiplicar a cada dia. Resumindo, amor, você cumpriu seu juramento e o fez da melhor maneira do mundo, me fazendo feliz, me fazendo mãe de nossos quatro lindos filhos que, por obra de Deus, nos presentearam com sete lindos netos.

Kate se levantou – Que tal se o meu marido me abraçasse agora, eihm, Sr. Castle...

Castle se levantou e abraçou a esposa. Um abraço apertado, seguindo de um beijo cheio de amor e paixão.

O beijo foi interrompido, pois, Kate sentiu a saia do vestido longo sendo puxada e ao olhar para baixo se depara com a filha caçula de Lily, Talita, sua netinha de três anos. A garotinha pedia colo – Vovó Kate, vóvó Kate, me carrega! – a linda garotinha levantou os bracinhos, pedindo colo.

O casal sorriu com a interrupção mais fofa do mundo e Kate logo se abaixou para carregar sua neta fofinha.

— Você está sozinha, meu anjinho? – Kate preocupou-se porque era perigoso a garotinha circular sozinha naquela região.

— A Manu está comigo, vovó Kate. – a garotinha apontou para a babá que a aguardava um pouco mais afastada.

— Pode deixa-la com a gente, Manu. – Kate dispensou gentilmente a moça e, no segundo seguinte, o marido a abraçou, tendo a netinha entre eles. Era como se os dois a carregassem ao mesmo tempo.

— Há trinta anos dançávamos aqui mesmo. Era o dia do nosso casamento e também fomos interrompidos pela Lily que deu um chute na minha barriga e aquilo nos fez ainda mais felizes, Rick. Parece que foi ontem. E Agora a nossa netinha também nos interrompe, nos trazendo ainda mais amor e felicidade.

— Acho que nunca vou saber como agradecer a Deus o dia em que Ele te colocou na minha vida, Kate. Passaram-se anos, e quando penso em você, ou estou assim, colado em você, ainda sinto as mesmas emoções do nosso primeiro encontro, do nosso primeiro beijo... O imenso amor que nos uniu desde o início. Fico emocionado ao recordar que você enfrentou seus medos e burlou as ordens superiores porque acreditava que eu ainda estava vivo, justamente porque não queria me perder. E quando me encontrou você continuou forte e resiliente, mesmo eu estando desmemoriado.

— Eu me reinventei, Rick, porque passei a acreditar no nosso amor. – Kate reforçou o que o marido dissera – Na verdade não sei se acreditar no nosso amor me deu forças ou se eu fiquei forte por conta do nosso amor... Não vem ao caso, né...

— Acho que nós dois nos reinventamos, Kate. Você e eu... Nós dois pegamos com unhas e dentes o que a vida nos propunha e desde aquela época soubemos valorizar a importância da vida ter dado uma segunda chance para o nosso amor.

Ainda abraçados, eles continuavam se olhando apaixonadamente, enquanto murmuravam as palavras de amor que faziam parte da vida deles e neste momento perceberam que Talita, sonolenta, recostara a cabaça nos ombros do avô.

— Nossos filhos e nossos netos sempre gostam de dormir ouvindo histórias. – Kate murmurou e tocou levemente em uma linda mecha dourada dos cabelos da netinha.

Sorrindo e com um olhar feliz e apaixonado, Castle sentia-se o homem mais realizado do mundo e se declarou para a esposa – Eu te amo!

— Eu também te amo, vovô Rick! – Talita balbuciou. Com os olhinhos miúdos e as pálpebras pesadas, a garotinha enviou à avó um olhar sonolento, mas muito apaixonado – Eu também te amo, viu, vovó Kate.

A menina mal murmurou a declaração de amor e seus olhinhos se fecharam num sono profundo. O sono a venceu, e ela se acomodou, tranquila, no colo do avô.

A declaração de amor da netinha selou aquele momento mágico.

— Também te amo, Rick! – Kate sussurrou bem baixinho. Tocou suavemente no rosto do marido e, feliz, sorriu – Amo você e amo nossa vida, nossos filhos e nossos netos.

— Sempre!

— Sempre!

 ❤️❤️❤️ FIM ❤️❤️❤️