Capítulo quatro
      "Ir."

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“Confiança é minha crença. Confiança é a minha religião.
A confiança é a verdade , e amor é pulp fiction “.

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A viagem de carro parecia nunca terminar. Jane estava deitada no banco de trás, refletindo sobre sua última lembrança enquanto Reade dirigia o mais rápido possível pelas ruas. Não demorou muito tempo para Zapata se juntar a ela no banco de trás. Ela ajudou a impedir que o corpo de Jane fosse arremessada de um lado para o outro enquanto Reade fazia curvas abruptas e não desacelerava nas lombadas. As mãos de Zapata permaneceram firmes enquanto ela limpava cuidadosamente o ferimento com os suprimentos do kit de primeiros socorros do carro. O rosto pálido de Jane olhou para Zapata com reverência. Ela deu a Jane um sorriso nervoso. "Minha mãe era enfermeira. Ela me ensinou algumas coisas", disse a latina, examinando a ferida. "O que aconteceu com a bala?"

"Peguei com um alicate", Jane disse claramente, estremecendo quando Zapata limpou sua ferida. "Era a única maneira de ajudar a parar o sangramento."
Zapata olhou para ela sem palavras, sem saber o que dizer.

"Como eu não tinha visto isso antes?" Jane disse, quebrando o silêncio. Ela colocou as mãos sobre o rosto em frustração enquanto continuava: "As pistas estavam na minha frente esse tempo todo".

Zapata olhou para Jane compadecida. As últimas duas semanas foram terríveis... e essa nova revelação pareceu mudar completamente o comportamento calmo de Jane.

"Você está absolutamente confiante de que Pellington é Shepherd?" Reade perguntou do banco do motorista. "Porque se formos para lá e estivermos errados, não apenas perderemos nossos empregos, mas provavelmente acabaremos na prisão também."

Reade lutou contra os impulsos emocionais que sentia por dentro. Era difícil confiar em Jane, e ele sabia que Zapata se sentia da mesma maneira. Pensando na situação, ele não conseguiu encontrar nenhuma forma de Jane mentir para eles sobre o diretor Pellington. Acusar falsamente um diretor do FBI a colocaria em mais problemas do que ela já estava.
"Tenho certeza.", Jane respondeu.

"Precisamos de provas, não podemos prender ninguém, especialmente nosso próprio diretor, usando as palavras de um ex-presidiário... desculpe, Jane", disse Zapata se desculpando, olhando para Jane. "O único acima dele no ranking é o presidente dos Estados Unidos... e eu nem sei como obter esse número".

"Não temos tempo para nada disso. Confie em mim", disse Jane, ansiosa. Com muito esforço, sentou-se, arrependendo-se imediatamente dessa decisão quando o mundo girou ao seu redor. Zapata a agarrou com força para ajudá-la a recuperar o equilíbrio. Jane olhou pela janela quando eles passaram por duas árvores de madeira na rua.

"Vamos atrás de Weller e Patterson, mas acho que nenhum deles nos perdoaria se deixássemos você morrer na traseira do carro. Precisamos levá-lo a um hospital primeiro."

"Não. Por favor", Jane implorou enquanto o mundo ficou mais escuro e ela foi puxada de volta para outra memória.

Ela se viu no mesmo quarto em que estava com Oscar algumas lembranças antes. Desta vez, estava sozinha. Sentou-se em sua mesa de madeira com um laptop à sua frente. Ajeitou os cabelos compridos atrás das orelhas e tirou o brinco de diamante da orelha esquerda. Olhou para ele momentaneamente, enquanto deixava o diamante piscar na penumbra. O brinco a fez relembrar suas memórias passadas.

O apartamento com Oscar.

O escritório do doutor.

A reunião com Shepherd.

Prestando muita atenção, percebeu que em cada uma de suas memórias usava os mesmos brincos de diamante.

Agora, relembrando sua memória mais recente, Jane se viu cuidadosamente inclinada sobre uma luz de lâmpada. Os cotovelos se apoiaram firmemente na mesa de madeira, enquanto ela segurava o diamante com cuidado entre o dedo indicador e o dedo médio para soltá-lo da base do brinco. Gentilmente afastou o diamante e cortou o fio que o ligava à base. Dentro da base havia um pequeno dispositivo de gravação.

Ela pegou uma pinça e cuidadosamente a retirou. Inseriu o pequeno dispositivo em um leitor conectado à porta USB do seu laptop. Clicou no ícone com seu mousepad; seus olhos vasculharam as centenas de arquivos. Os dados incluíam sua primeira reunião com Shepherd, seu treinamento na Esfinge, reuniões com os líderes e algumas de suas noites com Oscar.

Ela pegou outro leitor USB e o conectou a uma porta USB diferente em seu laptop. Então pegou uma caixa de um compartimento escondido da mesa de madeira e a abriu. A caixa incluía uma pequena pistola de plástico azul com uma agulha presa ao final e um pequeno frasco de vidro metálico do tamanho de um grão de arroz.

Jane pegou aquele minúsculo equipamento e meticulosamente o colocou no outro leitor e transferiu todos os arquivos de um para o outro. Depois que a transferência foi concluída, ela colocou o frasco de vidro na arma. Ela então pegou o grampeador que estava em sua mesa e quebrou o pequeno dispositivo de gravação de vídeo em centenas de pedaços em sua mesa.

Jane afastou os cabelos da nuca e pegou a pequena pistola de plástico. Ela inseriu a agulha profundamente na parte inferior do pescoço e depois clicou na arma, disparando o pequeno frasco nos tecidos do pescoço.

Agindo rapidamente, ela pegou o arquivo que tinha dos registros médicos de Taylor Shaw como ponto de referência. Colocou um lápis na boca e apertou-o firmemente com os dentes. Agarrando a arma, ela colocou a agulha em sua pele. Uma lâmina, abriu um corte profundo, pequeno e horizontal na parte de trás do pescoço para combinar com a mesma descrição no arquivo de Taylor.

Jane acordou de sua memória. Ficou surpresa por não se encontrar no hospital. Suas alegações devem ter funcionado com os amigos porque estava na frente da prisão.

Ela olhou em volta do banco de trás. As portas do motorista e do passageiro estavam abertas. As chaves ainda estão colocadas na ignição. Olhou pela janela. Reade e Zapata estavam discutindo com alguns policiais na entrada da prisão. Ela estava muito longe para ouvir a conversa deles, mas ela podia entender pelos gestos das mãos o que eles estavam tentando fazer. Eles estavam tentando encontrar um caminho, mas a prisão foi interditada.

A frente da prisão estava lotada. Carros de polícia, ambulâncias, caminhões de bombeiros e redes de transmissão de notícias enchiam a frente da prisão. Os policiais tentaram manter as pessoas atrás da fita amarela colocada como barreira. As emissoras de notícias alinhavam-se na calçada enquanto filmavam suas histórias. Era uma cacofonia de barulho com pessoas gritando e sirenes tocando.

Jane olhou para os amigos, ainda discutindo com o policial. Reade encontrou seu olhar. Quando o policial não estava olhando, Reade murmurou para ela "Vá", enquanto apontava de longe para as chaves na ignição. Sem hesitar, Jane se sentou no banco da frente, lutando contra a tontura. Ela sabia que Reade provavelmente estava lhe dando uma rota de fuga, uma maneira de deixar o lugar. Se ela ficasse por muito mais tempo, seria definitivamente encontrada e depois colocada de volta na prisão. Mas, como ela poderia abandonar Weller e Patterson? Ela confiava em Reade e Zapata, mas sabia que isso não seria suficiente para salvar Weller e Patterson.

Ela ligou o carro. Colocando o carro na direção, ela apertou o pedal do acelerador até o chão com o pé. As pessoas começaram a sair do seu caminho enquanto ela se virava para a entrada da prisão. Sem medo, ela passou pelas três portas de barreira de vidro.