Eu Sou Jane escrita por danielaeditacoisas


Capítulo 1
Capítulo 1




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Capítulo um
        "Eu confiei em você."

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“O quê posso fazer? Toda minha vida tem uma mentira..
Feita de mentiras que eu contei, e mentiras que eu tive que aceitar.
Então, eu sinto muito… Me desculpe. Não posso ser o que não sou.
Eu sei que você ainda vai tentar, mas confiança não se pode comprar..
Saiba que, para mim, confiança é mais importante que amor..
Confiança tem substância. Do amor… você se livra.”

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As conclusões simples que encontrou foram as verdades mais difíceis para ela engolir. Ela esperava que a vida finalmente fosse ser mais fácil para ela, e o universo ficaria ao seu lado. Ela já havia passado por tanta coisa e pensou que acabaria, talvez por algum tempo pelo menos. Mas a verdade era: a vida te mastiga e cospe. Depois que a vida te vomita, o universo te dá uma boa surra. Os resultados da vida são aleatórios e o universo é mau.


Primeira verdade: Ela não era Taylor Shaw.


Um nome que ela tinha aprendido a amar, seu ponto de partida, agora era apagado como suas memórias. Ela descobriu essa verdade depois que sua equipe encontrou alguns arquivos deixados por sua falecida chefe. Esses registros ajudaram sua ex-colega, Patterson, a descobrir mais sobre seu passado.
M7G667 é o nome código de um projeto secreto chamado "espiãs adormecidas", só com mulheres. (M7G668 era o código para "espião adormecido" a mesma organização do sexo masculino.) Os oficiais da Marinha nas forças-tarefa de Operações Especiais foram designados para encontrar esses "futuros super soldados". Os oficiais eram treinados para encontrar militares e mulheres notáveis que se juntariam a Orion, uma organização maior de espiões que ajudou na infiltração e combate ao terrorismo contra os Estados Unidos.


Depois de selecionadas, essas "espiãs adormecidas" eram declaradas como mortas. Eram forjados documentos que comprovariam suas mortes em combate e, portanto, a sociedade as considerava assim. Após a morte forjada, os soldados eram treinados em técnicas de combate específicas.


Quando o espião estivesse pronto, a mente dele seria apagada e então receberia uma missão secreta em particular. O protocolo foi estabelecido para que as memórias fossem apagadas após a conclusão de cada missão. Feito isso, se o espião fosse torturado, não saberia nada sobre sua família, vida, treinamento ou organização secreta. Tornando-se invulnerável para Orion.
Os agentes eram literalmente belas adormecidas, acordados, mas sem nenhum conhecimento de qualquer vestígio de sua existência. Despojados de todos os laços que os tornavam humanos. Dormindo com os olhos bem abertos.


Eles deram a ela um nome, o mesmo era usado para todas as espiãs. MG ou "Maggie". Abreviação de Organização M7G667. Ela teve muitas oportunidades de ter mais nomes do que apenas Maggie durante todo o serviço. Ela era Anna na Rússia. Bo na China. Jasimah no Paquistão. A lista de suas missões parecia não ter fim. Embora suas memórias tenham sido apagadas e seus anos de adolescência perdidos, seu conhecimento linguístico e treinamento avançado em combate nunca a abandonaram.


Segunda Verdade: Ela não foi criada em circunstâncias favoráveis.


Seu nome real, o primeiro, que recebeu no nascimento, era Samantha. Ela nasceu na África Subsaariana, com pais cristãos. Seus pais estavam em uma viagem missionária de seis anos construindo uma igreja e espalhando seu evangelho em uma pequena comunidade africana, quando terroristas atacaram a pequena vila. Ela tinha apenas cinco anos quando os viu serem assassinados na sua frente durante o ataque.


Como era uma linda "criança branca", foi levada cativa e vendida no mercado negro de tráfico infantil.


Sua vida parecia não ter sentido. Nascida para fazer um trabalho que nenhuma criança deve fazer. Nascida para ser escrava. Estava faminta e desnutrida, tinha sido abusada e ameaçada. Sem o direito de conhecer nada diferente, foi mantida em porões frios e cinzentos com outras crianças. Só quando necessário, podia sair de lá.


Sua vida mudou quando um soldado da Marinha encontrou e derrubou a operação de tráfico de crianças pequenas. Foi então trazida para a América e criada em um orfanato.


Ela era uma aluna excepcional, mas introvertida. A única coisa que queria era se tornar um soldado da Marinha. Queria ser uma salvadora para outros como um dia ele foi para ela.


Após a formatura, ela se alistou na Marinha. Lá foi treinada. Suas habilidades de aprendizado e combate se tornaram excepcionais. Durante seu primeiro ano de serviço, foi examinada secretamente por vários recrutadores e depois, com permissão, colocada nas forças de Operações Especiais.


Quando recrutada para o M7G667, aceitou. Não tinha nada a perder. Nenhuma família, nem amigos. As únicas pessoas em quem confiava eram as pessoas para quem estava trabalhando. Ela também não queria ter um passado, uma história atormentada por lembranças de coisas que nunca deveriam ser vividas por ninguém. Seus pesadelos constantes a convenceram a acreditar que era melhor deixar suas memórias para trás.


Quando aceitou fazer parte do M7G667, nunca pensou que as pessoas em quem confiava tão profundamente a usariam para ações ilegais. Ações das quais ela nunca se lembraria... ou assim eles pensavam.


Terceira verdade: você só pode confiar em si mesma.


Ela não se lembrava de nada sobre a organização terrorista a que se uniu após sua experiência como "Maggie". Ainda não sabia. Mas agora sabiam que tinha sido plantada ali como um cavalo de Tróia. Depois de ser presa por seu mais recente interesse amoroso e ser interrogada por seus ex-colegas, toda a verdade foi exposta. Ela sabia que isso seria como tatuar um enorme "me mate agora" nas costas ao lado da tatuagem de "Kurt Weller FBI".


Quarta verdade: seus instintos geralmente estão certos.


Essa verdade lhe deu uma perspectiva do seu atual estado de desgraça. Ela não sabia por que ou nem quem a enviou ao FBI, mas sabia o como. A marca nas suas costas dela a levou lá. Presa num galpão em um lugar desconhecido. Suas mãos inchadas estão amarradas a uma corda presa a uma barra de madeira no teto e os pés cinco centímetros acima do chão lamacento. Ela mal está consciente.


Jane abre os olhos e tenta puxar o ar através da mordaça em sua boca. Seus olhos começam a se concentrar e ela vê o frasco em cima de um banquinho de madeira perto dela. Ela reconhece muito bem a substância, porque isso já reiniciou sua vida tantas vezes antes. ZIP. Sua respiração acelera quando a porta do galpão se abre, revelando a silhueta de um homem.


Durante seu interrogatório no FBI, há duas semanas, com as informações conseguidas por Patterson sobre seu passado, ela se deu conta de muitos dos seus erros. Não apenas no FBI, mas em sua vida passada. Começou a entender que o passado do qual desistiu voluntariamente não definia quem ela era.


Seu abuso não a definiu.


Sua vida na Marinha ou numa organização secreta sem nome não determinaram quem ela era.


Samantha, Maggie, Anna, Bo ou Jasimah, não determinaram quem ela era.


Seu passado não determinou quem ela era.


Ela decidiu quem queria se tornar.


Ela era uma fênix. Renascida de seu passado e criada para um novo futuro. Levada por seus erros, mas criada para sua nova consciência.


Quinta verdade: sua verdade final. Eu sou Jane.


Quatro horas antes…


Ela passou por diversos estágios. Choque, negação, raiva, barganha, depressão, testes e aceitação. Ela pensou que depois de passar por tudo isso finalmente se livraria da angústia. Mas ficou pior. Parecia que tinha se transformado em um demônio imbatível. Isso a fez se sentir sem vida. Sabia que agora era uma pessoa diferente. Finalmente sabia quem ela era realmente. No entanto, tudo que descobriu chegou tarde demais. Ela continuou fazendo tudo ao seu alcance para reparar os erros e, eventualmente, aceitou o destino inevitável suas ações: o lugar onde estava agora.


"Você tem uma visita", o segurança rosnou para Jane pela porta da prisão. Ele girou a chave de metal que abria a cela. Jane olhou para cima, sua figura enfraquecida sentada no canto da cela confinada. Ela se levantou quando o guarda pegou as algemas do bolso de trás. Seus olhos vazios ao levantar os braços e estender as mãos.


A mente de Jane remonta à sua confissão há várias semanas.


O caminho de volta ao prédio do FBI durou apenas quinze minutos. Pareceu uma eternidade para Jane. Observava para o rosto de Kurt, sem qualquer emoção, enquanto ele falava ao telefone com os agentes Reade e Zapata. Ele tentou passar o máximo de informações possível aos outros dois e pediu que preparassem uma sala de interrogatório.


Ela implorara a Kurt que a deixasse falar, mas ele nunca deixou. Ele exigiu seu silêncio enquanto construía o muro emocional entre ela e a situação. A situação piorava a cada minuto da viagem, pois sua imaginação transformava o caso de todas as maneiras possíveis.


Quando chegaram à sala de interrogatório, Kurt tentou entrar na sala de interrogatório, mas Reade o parou na porta. "Você está muito envolvido nisso, Kurt", sussurrou Reade, "não acho que seja uma boa ideia".


"Precisamos saber o que ela está escondendo. Precisamos descobrir o que ela fez e o que vai fazer", disse Kurt com raiva.


"E nós vamos, mas você precisa ficar de fora dessa. Você não está sendo totalmente racional", respondeu Reade.


Kurt olhou para Reade com raiva fervilhando no olhar. Chegou a abrir a boca para falar e depois fechou. Cedeu às demandas de Reade. Então se virou na direção a Jane e apontou o dedo na cara dela. Suas últimas palavras para ela atormentariam sua mente todos os dias seguinte. "Eu confiei em você." A última esperança dela de consertar seu relacionamento com o agente Weller morreu naquele momento. A luz em seus olhos se apagou quando ela entrou na sala de interrogatório.


Sua confissão à sua equipe foi longa e dolorosa. Isso a quebrou mentalmente. Ela não pediu um advogado, porque não queria omitir nenhum detalhe sobre o que havia acontecido em sua vida nos últimos dois meses; não merecia ser poupada de qualquer punição.


Seu relato começou com o sequestro e tortura por Tom Carter e terminou com a morte de Oscar. Ela sabia que essa informação aumentaria sua sentença na prisão. Então se preparou emocional e fisicamente, tendo plena noção de que todo o resto de sua existência seria atrás das grades.


Jane via Reade e Zapata olhando de vez em quando para o vidro de observação da sala durante sua confissão. Ela sabia que, do outro lado, Weller, Patterson e talvez até o Dr. Borden estariam acompanhando seu interrogatório. Mas Jane nunca teve certeza. Isso só aumentou seu desejo de ter sido sincera desde o começo. Lamentou ter confiado nas pessoas erradas.


No final, ela foi informada de que seria julgada por várias acusações de obstrução da justiça. Duas acusações de cúmplice de homicídio, para a diretora-assistente do FBI e vice-diretor da CIA. Sem mencionar pena pelo assassinato de Oscar. A lista era longa. Seu rosto ficou mais pálido enquanto a agente Zapata lia as violações da lei cometidas por ela.


Zapata concluiu: "Jane Doe, sua expectativa de pena é de prisão perpétua sem liberdade condicional". A latina observou Jane cobrindo o resto com as mãos. "Sinto muito", disse chorando.


"Espero que esteja muito arrependida mesmo. O que você fez, à Mayfair, a nós, a este país é imperdoável. Você é uma traidora, Jane", afirmou Reade.


"Mas eu não sabia", Jane disse enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto. Zapata e Reade se levantaram e foram em direção à porta. A latina virou-se para Jane na porta. "Acho que sabia, sim.", afirmou Zapata quando a porta se fechou atrás dela.


A porta se abriu novamente e Jane levantou os olhos lentamente até encontrar o olhar de Patterson, que a olhava preocupada. Jane perguntou friamente, com a cabeça baixa: "Em que posso ajudá-la, Patterson? Que perguntas você precisa que eu responda?" Os olhos vazios de Jane encararam Patterson esperando por sua resposta.


"Não vim aqui para perguntas", começou Patterson. "Ninguém sabe que eu vim aqui para falar com você hoje." Patterson respirou fundo e sugou as lágrimas. "Você precisa procurar um advogado." Patterson fez uma pausa enquanto olhava para os guardas que trocavam de posto atrás de Jane. O novo guarda de segurança tinha uma cicatriz diagonal que começava do maxilar e seguia até o meio do pescoço. A loira e ele fizeram um breve contato visual antes de voltar a focar sua atenção em Jane. Patterson manteve a voz baixa enquanto falava: "Se você quer ter alguma vida depois disso... precisa de ajuda. As acusações contra você não são nada boas. O FBI retirou completamente o caso das mãos da nossa... da minha equipe. Eles vão pra cima de você com tudo.” Patterson parecia preocupada.


"Eu não posso", Jane disse claramente. "Você e eu sabemos que se eu conseguir um advogado, ele terá que negar alguma informação para eu passar menos tempo na cadeia... ou até para conseguir uma cela melhor para eu viver. Isso reduzirá as investigações contra essa organização não identificada da qual eu participava... a quem estou ligada. Ao tentar reduzir meu problema, eles serão poupados e tudo o que estou tentando consertar será desfeito. Não vale a pena.”


"Jane. Você não se lembra de nada. Você não sabia o que havia por trás do que estava fazendo. Isso tem que valer alguma coisa. Jane, você também é vítima de muito do que aconteceu", disse Patterson, a cada palavra, sua voz perdia volume.


Patterson ainda acreditava que Jane era boa, apesar das dúvidas que sua equipe ainda tinha sobre sua lealdade. Era uma cientista e os cientistas seguem as evidências. Jane podia ter sido marcada como traidora, mas desde o primeiro dia que foi "Jane Doe", sempre lutou pelo que era certo. Por isso examinara cada detalhe da confissão de Jane. As evidências davam suporte à sua teoria... Jane Doe era uma das heroínas.


Jane olhou para cima e sorriu para Patterson. Essa mulher acreditava em seu arrependimento, sabia que não tinha más intenções quando executou aquelas tarefas. Essa é Patterson... leal até o fim. Capaz de ver através dessa bagunça horrível e ter esperança de consertá-la.


Patterson continuou: "Você fez tudo pelo Weller. Eu teria feito o mesmo por David".


O alarme na prisão disparou e uma voz feminina pelo interfone disse: "Este é um código vermelho. Todos os guardas disponíveis para as celas do bloco três".


Jane levantou a voz por cima do alarme: "Obrigado, Patterson, mas tem que terminar assim. Fiz as pazes com minha vida na prisão. Você deveria fazer as pazes com isso também".


"Confie em mim, Jane. Weller e eu descobrimos algo", explicou Patterson.


O oficial de segurança foi até Jane e a agarrou pelo braço. "O tempo acabou", ele resmungou. Jane deu as costas para ex-colega enquanto o segurança começou a escoltá-la para fora da sala.


Patterson bateu no vidro e gritou: "Jane! Você não pode fazer isso sozinha! Volte, vamos resolver isso! Eu posso ajudar. Você sabe que eu posso." O vidro apenas abafou seus gritos enquanto os alarmes continuaram a soar. Suas lágrimas começaram a jorrar quando Jane saiu da sala com o guarda.


Jane olhou para o policial quando ele fechou a porta atrás deles. Então olhou em volta para o corredor vazio. Ninguém estava à vista. O espaço vazio foi a última coisa que viu antes do segurança colocar o pano de clorofórmio no seu rosto. Ela lutou por alguns segundos, mas logo depois desmaiou. O segurança a levantou sobre seus ombros. Ele virou a cabeça e sorriu para as câmeras de segurança desativadas enquanto caminhava pelo corredor.

 

Jane Doe, Presente ...

Jane voltou subitamente de seu flashback quando a silhueta do homem emergiu da escuridão, arma na mão. Ela o conhecia; ele já tinha tentado tirar sua vida antes. Foi dado como morto pelo FBI, sua vida tirada na frente dela. Mas ela tinha a sensação de que parecia bom demais para ser verdade. Estava esperando o dia em que o veria novamente.


Ele olhou Jane de cima a baixo enquanto caminhava. Coçou a bochecha quando se aproximou dela.


"Prazer em vê-la novamente, Jane", disse Cade. Jane afastou o rosto de seu toque indesejável. As sobrancelhas de Cade franziram de raiva quando pressionou o cano da arma que ele estava segurando no meio da testa de Jane.


"Vamos tentar isso de novo. Quero que você entenda que eu estou no comando agora", ele riu enquanto continuava, afundando a arma na pele de Jane.


"Veja, eu tenho a vantagem aqui." Ele olhou para a figura enfraquecida de Jane e perguntou: "Sério, Maggie...? Ou devo te chamar de Jane? É assim que eles te chamam agora, certo?" Ele fez uma breve pausa: "Pelo que vejo você já teve dias melhores. Eles não a alimentaram na cadeia? Deviam ao menos dar um osso a uma cadela como você".


Cade levou a mão até a parte de trás do pescoço de Jane e sussurrou em seu ouvido, "Não tente nada estúpido", alertou. Então, começou a desamarrar lentamente a mordaça com uma mão enquanto a outra ainda pressionava a arma na testa dela e deu um passo para trás.
"Agora, você tem algo a dizer por si mesma?" Cade perguntou, ameaçadoramente. Jane o observou por um segundo e depois cuspiu nele. O cuspe acertou o acertou na bochecha. Cade reagiu instantaneamente com uma coronhada no rosto de Jane.


"Não deixei claro? Estou no comando! Estou no comando! Eu, não você!" Cade berrou furioso, enquanto limpava a bochecha com as costas da mão.


Jane virou a cabeça devagar e olhou para ele, seus olhos tentando se concentrar nele enquanto sua cabeça latejava de dor. "Como você ainda está vivo?" ela murmurou.
"Eu tenho minhas vantagens por ser o filho do chefe", disse ele claramente.


"Espere, você é filho de Shepherd?" Jane perguntou, surpresa.


"O sangue dele corre nas minhas veias. Oscar atirou em mim, mas ele estava com muito medo de terminar o serviço quando me jogou no mar. Todos sabemos o quanto meu pai é vingativo. Oscar sempre teve medo de que ele o matasse", afirmou Cade.


A lembrança de Oscar a fez respirar pesado enquanto rapidamente se viu de volta à noite em que o matou. A imagem da foice penetrando o peito dele fez seu corpo todo estremecer por um momento.


"Obrigado, a propósito, por matá-lo. Ele merecia morrer depois de matar Markos. Eu não gostei de você tentar me culpar disso, no entanto", Cade disse.


"Seu pai disse ao Oscar para matar Markos. Por que você ainda está trabalhando para ele?" Jane perguntou, grogue.


“Meu pai nunca pensa em ninguém, exceto no seu país. Ele nunca se importou com os meus sentimentos. Oscar pensava... e, então, ele me traiu" - Cade parou por um momento enquanto limpava um pouco do sangue que escorria entre os olhos de Jane. Então agarrou seu rosto com a mão direita e apertou com força: “Meu pai me enviou aqui para te matar. Ele sabia que eu teria um pouco de alegria com isso, eu acho."


Cade soltou seu aperto e se afastou de Jane. Ela manteve seus olhos nele enquanto ele continuava.


“Quando recebi a ordem de matá-la, me questionei sobre como faria. Devo atirar em você? Te estrangular? Então pensei em te dar uma overdose letal de ZIP... Seria poético. Morta pela mesma droga que você voluntariamente tomou todos esses anos. Toda vez pensando: 'Quando eu esquecer, a grama ficará mais verde'. Mas sempre ficava pior para você. Cada vez pior.”


“Tem um problema, no entanto. Eu gostei de você antes dessa coisa toda de ‘Jane’. Você era invencível, uma verdadeira super-soldado", Cade desviou o olhar para pegar o frasco. "Veja, não podemos mais ficar com você, nossa conexão é um risco arruinada agora que o FBI sabe quem você é." Cade pegou a seringa do assento de madeira e perfurou a parte superior do frasco de ZIP.


Continuou: "Eu queria perguntar antes de chegarmos à parte do 'matando você' sobre a sua tatuagem simbólica."
“O que você quer dizer? Tatuagem Simbólica?” Jane perguntou, confusa.


"Quando estávamos organizando todas as tatuagens para compor sua pele, você pediu uma imagem específica. Disse que não tinha significado, era apenas uma pequena tatuagem de que gostava e queria colocar com todas as outras. Era uma lembrança simbólica como um soldado que sobreviveu à guerra. Shepherd nunca entendeu a razão por trás disso. Ele fez nossa equipe investigar qualquer duplo sentido, mas não havia nenhum. Então deixou que você tivesse a tatuagem que queria". Cade explicou.


"Que tatuagem é essa?" Jane perguntou enquanto tentava se posicionar para ficar mais confortável. Mover os pés para frente e para trás não adiantava nada enquanto eles pendiam acima do chão.


Cade apontou para as mãos dela, amarradas e pendendo da trave de madeira no teto. "É esse padrão hexagonal estúpido no topo da sua mão direita." Então olhou para baixo quando começou a sugar o veneno na seringa.


"Não sei o que isso significa. Não lembro de nada!" Jane disse, olhando para a corda que a amarrava à trave de madeira. Ela se inclinou levemente para a frente e ouviu o poste soltar um pequeno rangido.


"Última chance, Jane. O que significa a tatuagem? Eu sei que significa alguma coisa!" ele jogou o frasco vazio de ZIP no chão com raiva, enquanto segurava a seringa cheia na mão.


"Eu não sei!" Jane gritou: "Eu juro. Não sei!"


"Se vira!" Cade disse enquanto caminhava em direção a Jane, seringa em uma mão e arma na outra.


Tudo aconteceu de repente. Jane levantou as pernas e com toda sua força chutou Cade para trás. Ele caiu de costas, a seringa escapou de sua mão, se quebrando no chão.


Jane levantou as pernas em cima da viga de madeira. Soltou os pés para balançá-los o mais para trás possível. Quando o impulso a levou para frente, ela puxou a corda presa às mãos. A força quebrou a viga e a levou ao chão.


Cade se levantou. Quando ele apontou a arma para ela, Jane pegou o pedaço da viga de madeira quebrada que estava aos seus pés, ainda presa às suas mãos pela corda e o arremessou na cabeça dele. A arma de Cade disparou, atingindo Jane na perna. A lasca afiada na ponta da madeira perfurou o lado de seu crânio. O impacto o matou instantaneamente.


Jane rolou de um lado para o outro no chão enquanto gritava de dor. Olhou para baixo vendo o sangue escorrendo de sua perna direita. Tentando pensar com clareza, pegou a arma das mãos do cadáver de Cade.


Ela colocou a arma perto de si e depois desamarrou as mãos da trave, usando os dentes para separar os nós. Pegou a arma novamente, enquanto lentamente deslizava seu corpo ferido até Cade.


Vasculhando o corpo dele, encontrou apenas um telefone celular no bolso direito. Destravou a tela e viu que não havia sinal. Gemeu desapontada. Ela sabia que, se não conseguisse ajuda, em breve também estaria morta.


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