Hold On escrita por Sakuu-chan


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Boa noite amadinhos e amadinhas! Tanta coisa pra atualizar e eu aqui fingindo demência, não é mesmo? Enfim, ignorem como estou fazendo para o bem de vocês e meu também.

Só pra lembrar: Não estou "não atualizando" por capricho, mas porque ultimamente não estou conseguindo escrever os capítulos para atualizar, estou com bloqueio e me sentindo cansada emocionalmente justamente por não estar atualizando, contudo, se tem uma coisa que aprendi é que eu não devo me pressionar, por isso, estou seguindo o meu ritmo, por isso, historias novas (ones a sua maioria) estão aparecendo, porque minha mente nesse momento quer isso e eu to seguindo ela, apenas.

Sim, irei atualizar, só não tenho data, ainda. Mas, quando vocês menos esperarem, sai um capítulo novo.

Agora vamos a historia: Ela foi baseada na musica "Hold On" do Chord Overstreet, é um draminha legal e romantico, então, não me matem, sugiro ler ouvindo a musica, onde deixarei o link no final.

Gostaria de agradecer a linda @Explosivegirl- pela capara maravilhosa e feita com tanto carinho, eu amei meu anjo ♥

Enfim, é isso, aproveitem.



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Capítulo Único

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— Obrigado! – Agradeceu a florista assim que pegou o enorme e bonito buquê de flores de cravos.

Mesmas flores que ele descobriu significar amor puro e leal e fazia questão de comprar anos após anos naqueles últimos cinco anos, para presenteá-la, mesmo sabendo que ela jamais as receberia e elas murchariam ao pé daquele sinaleiro daquele cruzamento que tudo havia acontecido e ainda estava tão vivido em seu pensamento.

Aquele dia, há cinco anos, era para ser o dia mais feliz do garoto de dezenove anos que esperava ansioso pela garota que logo se tornaria sua namorada, mais uma vez. A única garota que ele realmente gostou. Gostou não, amou.

Parou na primeira faixa de pedestre e encarou o canteiro que separava as duas pistas, as pessoas estavam juntas demais, ansiosas demais – como sempre – para que o sinal abrisse para eles passassem e foi neste momento que sua mente, mais uma vez, viajou a aquele fatídico dia.

Flash Back

Não, ele não estava ansioso, sua ansiedade já havia ultrapassado o limite para apenas se sentir nervoso, ele estava sentindo que a qualquer momento teria um colapso enquanto fitava o relógio de minuto em minuto para verificar se a hora já tinha dado, contudo, a cada verificada, uma nova decepção.

A hora não estava passando.

Ele tentou de tudo aquela tarde, jogou videogame, conversou com os amigos, com a mãe, com o irmão e até mesmo com seu pai sobre coisas banais, tudo com o intuito da hora passar, mas nada conseguia aquieta o coração que a cada instante apertava mais.

O suar frio nas mãos deu lugar a um pequeno tremor de ansiedade.

Mas, tinha algo mais ali. Ele sentia, só não sabia o que, entretanto, ele não queria pensar no que poderia dar errado naquele dia, só no que poderia dar certo.

Eles já haviam lutado tanto para ficar juntos, agora que estavam conseguindo, eles não deixariam nada estragar, pelo menos esse era o pensamento de Sasuke. Tantas brigas, discussões por besteiras os fizeram se afastar, mas desta vez, ele não queria mais isso, tanto que estava disposto a dar mais um passo adiante naquela relação, se Sakura quisesse também.

Talvez naquele dia, Sakura deixasse de ser sua namorada e se tornasse sua noiva, tudo estava nas mãos dela e do destino, este foi o último pensamento de Sasuke após sair de casa, passar na joalheria e na floricultura, a mesma floricultura que ele voltaria a frequentar anos depois.

Contudo, seu pedido seria diferente, naquele dia seriam girassóis.

Diferente dos encontros normais, eles se encontrariam em outro ponto, num cruzamento onde no canteiro que separava as pistas as enormes árvores de cerejeiras estavam afloradas por causa da estação do ano. Tudo aquele dia havia sido cronometrado, planejado e seria também, executado.

Aquele dia seria o mais perfeito de todos. Foi o pensamento de Sasuke ao chegar no primeiro sinal que separava a primeira pista do canteiro central, com um pequeno sorriso e segurando orgulhosamente o enorme buquê de girassóis mirou as flores de cerejeiras floridas e balançando de acordo com o vento de final de tarde.

Olhou para o buquê mais uma vez e sorriu antes de mirar a outra ponta daquele extenso cruzamento, assim como onde ele estava, do outro lado as pessoas pareciam eufóricas para irem para casa, alguns colegiais se misturavam as pessoas engravatadas e outras despojadas. Em ambos os lados, as pequenas multidões esperavam ansiosos a abertura do sinal para que eles pudessem, finalmente, atravessar.

Foi quando seus olhos negros pousaram num pequeno ponto cor-de-rosa naquele mar de gente, o sorriso surgiu rapidamente quando ela lhe viu e acenou alegremente enquanto um enorme sorriso aparecia no rosto belo e delicado de sua futura namorada/noiva.

O barulho sonoro avisando que os pedestres poderiam atravessar as vias o tirou do transe que estava enquanto admirava a garota que ele amava, embolando-se em meio à multidão, ele caminhou até o canteiro central, onde a esperaria pacientemente.

Diferentemente dele, Sakura esperou a pequena aglomeração cessar para dar os primeiros passos em sua direção, tudo isso sem tirar o sorriso dos lábios, mais belo sorriso. E daria tempo de ela atravessar.

Contudo, não foi isso que aconteceu.

Em um momento, Sakura vinha em sua direção e quando a Haruno estava mais próxima do que distante o barulho de freada soou alto. Os olhos verdes esmeraldinos desviaram-se dos negros de Sasuke e miraram o carro que batia violentamente contra o seu corpo, fazendo-o voar sobre o capô.

Seu corpo ensanguentado caiu no chão no momento em que o carro parou mais a frente ao bater no canteiro central.

Seus olhos estavam presos aos mórbidos de Sakura, que lhe fitava – ou ao menos era isso que ele achava – enquanto os dedos mexiam levemente. Naquele momento ele não conseguia ouvir nada, tudo parecia estar em câmera lenta. Os girassóis em sua mão foram para o chão e em passos lentos ele se aproximou.

O choque era evidente. Seus olhos estavam presos aos da garota que amava ensanguentada no chão. Seu corpo amoleceu e ele tentou chamá-la, mas parecia que até sua voz havia sumido.

— Sakura… Sakura… – Sua voz foi voltando aos poucos assim como o barulho do caos que se espalhava. – Olha pra mim, meu amor. – Ele implorou quando a garota deu um leve soluço fazendo sangue escapar pelo canto de seus lábios que estavam tão sorridentes a poucos segundos e fechou os olhos lentamente. – Alguém chama a ambulância. – O desespero tomou conta de seu corpo quando a mão de sua amada afrouxou o aperto contra sua.

Não soube por quanto tempo ficou ali, implorando que ela acordasse, que ela o olhasse ou simplesmente o xingasse, mas nada aconteceu, o desespero tomava conta de seu corpo e a única coisa que Sasuke sabia naquele momento era implorar para que ela não o deixasse.

Contudo, como sempre, Sakura parecia não o ouvir e ele teve que assistir o socorro chegar e tentar ressuscitá-la na sua frente, com ela em seus braços antes de levá-la ao hospital.

Com muito custo, ela reagiu e Sasuke não conseguia, um segundo sequer soltar sua mão mórbida e gelada. Por mais que ele ouvisse dos socorristas que ela ficaria bem, ele sabia perfeitamente que isso não aconteceria. Mesmo sabendo que a realidade era dolorosa, ele conseguia ver todos os sinais estampadas em sua frente naquele momento.

O dia que era para ser o mais feliz de sua vida, se tornou o mais assustador vendo sua amada entrar numa sala de cirurgia com o risco de não sair de lá com vida.

Mas ele esperou. Por horas a fio. Sentado naqueles bancos de ferro, com as roupas e a pele suja de sangue enquanto as lágrimas escapavam de seus olhos sem pudor algum.

— Você não pode me deixar… – Sussurrou enquanto suplicava para Deus e o destino não lhe levassem Sakura. – Eu não sou tão forte assim, Sakura.

Quando os pais de Sakura chegaram aquela noite, ele não conseguiu falar nada mais do que pedir perdão de joelhos. Mesmo Kizashi dizendo que ele não tinha culpa, ele não se sentia dessa maneira. De alguma maneira, ele era o culpado, ele quem havia marcado no local.

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Após horas de cirurgia, o médico apareceu com uma boa notícia: Sakura já havia sido transferida para a UTI, onde teria que ficar por algumas semanas, mas estava fora de risco de morte.

Com muito custo ele conseguiu que fosse permitido que ele a visse. Agora lá estava ele, a encarando e segurando firmemente a mão de sua amada enquanto a enfermeira averiguava o seu monitoramento. Seus olhos pousaram no rosto machucado e inchado, o mesmo rosto que horas antes era o mais alegre que ele tinha visto desde que a conhecia.

Os dias foram passando e por mais que Sasuke implorava, Sakura não reagia. Dias se tornaram semanas, até chegar um dia no hospital e a notícia que recebeu foi a mais impactante de todas.

— Senhorita Haruno? – A enfermeira questionou o encarando, há muito tempo ele não era mais o garoto vivido de antes, agora era apenas a carcaça de um. – Ah sim, lembro, ela foi transferida esta madrugada.

— Transferida? – Sua voz quase não saiu de tão morta que estava.

— Sim, os pais solicitaram a transferência para o exterior. – A enfermeira respondeu após notar a reação do jovem, ela estava acostumada a ver casos como aqueles, mas muitas vezes, os pacientes morriam. Doloroso, mas real. – Eu sinto muito querido.

Naquele dia, nem o abraço reconfortante da enfermeira fez com que ele se sentisse melhor.

E ele foi, mais uma vez, ao cruzamento onde tudo tinha acontecido, onde podia-se notar as marcas de sangue ainda tão evidentes mesmo após tanto tempo.

Mais uma vez, ele desabou, chorou, gritou e sentiu-se abandonado, como jamais sentiu um dia. Ele havia a perdido, de um jeito que jamais pensou que perderia tão cedo.

§-§

Por mais que tivesse passado anos, cinco para ser mais exato, a dor ainda estava presente. Ele havia demorado anos para finalmente superar, mas todo ano, naquela mesma data, com as árvores de cerejeiras aflorando e as pessoas agitadas para irem para suas casas ao final daquela tarde, ele vestia seu melhor terno, lustrava o anel que ainda carregava consigo e passava na floricultura – a mesma onde ele comprou os girassóis anos atrás – comprava cravos e ia até lá.

No mesmo cruzamento que lhe tirou o amor de sua vida.

Naquele lugar onde ele viu tudo acontecer, ele deixava o buquê bem arrumado de cravos ao pé do meio-fio. As pessoas olhavam estranhamente para ele, mas era seu ritual anual, havia sido aquele gesto que o fez superar gradativamente a falta dela.

E aquele ano, não seria diferente.

Fitou o pequeno aglomerado que se formava do outro lado das pistas e por um segundo ele viu um ponto cor-de-rosa familiar, contudo, estava ali mais uma peça pregada por sua própria mente. Há dois anos ele se pegava vendo miragens da garotinha de dezenove anos sorridente no mesmo local, porém, bastava ele piscar para a realidade aparecer e ele não ver ninguém de cabelo cor-de-rosa ali.

Suspirou e fitou o buquê em sua mão direita enquanto guardava a esquerda no bolso da calça. Mirou o sinal que o barulho sonoro avisava que os pedestres poderiam passar, ele esperou, como havia se tornado um hábito, quando poucas pessoas o acompanhavam, ele deu o primeiro passo.

Levantou o olhar e seus olhos pousaram, mais uma vez, no ponto cor-de-rosa. Porém, esse ponto cor-de-rosa não era mais uma garota de dezenove anos, o rosto estava mais adulto e as roupas também, mas seus olhos esmeraldinos continuavam os mesmos.

Quando ele dava um passo em direção ao canteiro central, ela também dava, sempre um olhando fixamente ao outro, a sua volta tudo parecia ter sumido, novamente, como naquele fatídico dia e ele só tinha olhos para ela, mais uma vez.

Por um instante, ele realmente pensou que sua mente estava o ludibriando, mais intensamente e outra vez.

Quando Sasuke chegou ao canteiro central, no mesmo lugar daquele dia, ela parou a sua frente, os olhos verdes estavam marejados e ele tinha certeza que os seus também estavam. O soluço de Sakura invadiu seus ouvidos, fazendo com que o som voltasse com tudo, mas, ainda assim, ele só tinha olhos para ela.

— Oi Sasuke. – A voz delicada e embargada chegou aos seus ouvidos e ele pensou em ser mais uma de suas alucinações. – Quanto tempo.

Contudo, o toque quente que sentiu na bochecha não poderia ser alucinação, tirou a mão esquerda do bolso e cobriu a menor que secava suas lágrimas.

Tinha que ser real.

Sakura sabia que para ele havia sido difícil, mas para ela, também foi. Seus pais tomaram a melhor decisão para que ela superasse aquele grave acidente. Os anos afastados foram sofridos, principalmente pelo intenso tratamento que teve que passar após o acidente, mas ela superou com um único propósito, voltar para ele.

Para os braços dele.

Mesmo contrariando a vontade de seus pais, ela retornou anos após e a primeira coisa que fez ao notar a data e horário, foi encontrá-lo.

Ela até tentou lutar contra as lágrimas, mas era difícil quando tudo envolvia sentimentos tão verdadeiros e puros. Ela queria explicar tudo o que havia acontecido nos últimos anos, mas não naquele momento.

— Sakura… – Tentou falar, mas um nó em sua garganta prendeu as palavras.

— Eu senti tanto a sua falta amor. – As palavras doces o atingiram em cheio.

Não havia mais sentido para ele, os cravos em sua mão foram para o chão e ele a beijou como queria fazer nos últimos cinco anos. Para ela, sentir os lábios dele sobre os seus depois de tanto tempo sonhando com aquilo, fazia seu coração querer explodir e Sakura teve cada vez mais certeza que ela havia escolhido a pessoa certa para amar.

E não houve resistência, apenas o reencontro de suas almas separadas pelo destino e que agora estavam unidas novamente e, em casa.


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Notas finais do capítulo

Link da musica com tradução: https://www.youtube.com/watch?v=ohPA-ThqC7A

Enfim amores, é isso, aproveitem.



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