A Ilusão da Realidade escrita por Kisara


Capítulo 22
Diário da Mel: Extra 3


Notas iniciais do capítulo

Sim, gente, mais um diário. Na verdade, tenho um aviso meio chato pra fazer: tô mais ferrada ainda :'D

Sou uma desastrada e machuquei mais ainda a mão que já tava machucada porque é difícil fazer as coisas com uma mão só, depois eu me atrapalhei de novo e ainda quebrei uma unha láááá embaixo que dá vontade de chorar só de lembrar da dor! Tô fazendo tudo só com a mão esquerda e sou destra, então já viu. Tá difícil ;---; Eu tenho que editar uma cena do próximo capítulo e tá complicado fazer isso assim, aí decidi postar esse extra que já tava aqui para trazer alguma coisa pra vocês ♥ Na verdade, tá tudo uma bola de neve tão grande que eu tô me sentindo toda errada deeesde lá aquela crise de ansiedade por causa do meu pai. Eu vou passar os próximos dias bem quietinha, descansando essa mão e a cabeça para me organizar e voltar com tudo ♥ Muito obrigada pelo apoio e pelo carinho de vocês, essa força tá me ajudando demais esses últimos tempos, viu?! ♥ ♥ ♥

Apesar de não ser o capítulo, espero que vocês gostem dessa parte. É sobre o que a Mel pensa do Alex :D Eu tô aproveitando esse diário para fazer experiências e tentar criar uma escrita mais crua, mais de coisa do dia a dia, de diário mesmo e até de alguém que está só escrevendo o que vai aparecendo na cabeça. Conto com o feedback de vocês para saber se está dando certo haha ♥

Boa leitura e até a próxima! ♥



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Ai, Tom… se eu te contar uma coisa, você promete guardar segredo sem me julgar muito?

Isso tá na minha cabeça já tem algum tempo... prefiro nem ouvir o que o Roy pensaria se eu pedisse a opinião dele! Ele tem o péssimo hábito de sempre me lembrar de tudo que eu quero esquecer e eu ando precisando organizar os pensamentos em paz.

O Alex não falou mais comigo desde a nossa apresentação… eu já sabia que ia ser assim, mas… sei lá. Não sei o que eu poderia estar esperando. Quando ele pediu para sair da dupla para o professor, eu quis que um buraco me engolisse. Estou acostumada a ser a que sobra por último e fica de lado desde que consigo me lembrar e, mesmo assim, nunca fui dispensada de um jeito tão direto e frio antes. Eu até hoje simplesmente não consigo entender o que eu poderia ter feito em tão pouco tempo para ele querer me ver tão longe assim. Parece que eu sempre faço alguma coisa e isso sempre acontece, mas foi tudo tão rápido que eu acho que bati algum tipo de recorde. Eu fiquei muito confusa naquele dia.

Aí teve a vez do shopping… ninguém nunca tinha falado comigo daquele jeito antes além dele mesmo. Ainda dá vontade de chorar quando eu lembro. Eu sei que eu sou uma desastrada e sempre acabo fazendo alguma besteira, só que isso não faz ele ter o direito de falar comigo do jeito que falou. Eu também não esqueci aquelas palavras… na verdade, acho que ainda me sinto engasgar com elas quando aquele dia aparece na minha cabeça. E isso acontece mais do que eu gostaria de admitir.

Quando eu lembro daquele dia… eu também lembro do quanto ele me ajudou. Ok, matar uma barata não é o maior ato de heroísmo do século e isso definitivamente não apaga todas as palavras duras que ele já me disse, mas… fazia tempo que eu não me sentia apoiada, acolhida, ouvida. Eu sei que parece um exagero, foi uma coisa tão boba… a minha mãe sempre me diz que já passou da hora de crescer e superar esse medo, que isso é besteira. A Larissa adora se divertir às custas do problema que ela mesma causou. Meu pai sempre diz que não entende como eu tenho tanto medo de um bicho tão pequeno que deve ter mais medo ainda de mim. Eu sei que ele está certo, só que é mais forte que eu! É só aparecer um daqueles bichos e pronto, parece que eu levei um choque e o pânico toma conta de mim. Eu não consigo evitar.

E ele entendeu… ele não me julgou por isso. Ele pode já ter falado várias coisas que eu gostaria de esquecer, porém nunca sobre isso. Se me afeta tanto, não é besteira… foi o que ele disse.

Às vezes eu me pergunto se já se sentiu assim.

Eu queria saber no que ele estava pensando quando falou isso.

Não, talvez seja melhor respeitar a privacidade dele…

Ele foi embora tão rápido que nem deu tempo de dizer nada, mas eu me sinto muito grata por isso até hoje… espero ter uma chance de dizer isso algum dia, porque coragem que é bom, eu acho que não tenho. Não quero incomodar, não quero que ele acabe se sentindo pressionado. Eu duvido que o Alex espere alguma coisa de mim e aposto que ele já se esqueceu desse dia.

Mas os olhos dele parecem sempre tão distantes, tão frios…

No que será que ele está pensando? Será que os medos dele são tão bobos quanto o meu medo de barata?

Será que ele se sente como Maya se sentia…?

Acho que a minha mãe tem razão. Estou começando a ver isso em todo lugar, isso não pode estar certo…

Não é?

Tom… você pode me garantir que eu estou mesmo sendo exagerada? O que eu faço, Tom? Será que alguém consegue me dizer…?

Bom… obrigada por me ouvir, pelo menos, Tom.

Até amanhã. Fique bem ❤


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