Campistas contra Campistas escrita por Leitora voraz


Capítulo 6
Capítulo 6 - Explicações


Notas iniciais do capítulo

Oi desculpa a demora. Aqui está mais um capítulo. Não sei se vocês ficaram sabendo, mas a Disney vai fazer uma série baseada nos livros de Percy Jackson e ela vai estar no Disney+
Espero que gostem!



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POV Carol

O time azul comemorava a vitória e vários campistas vinham nos parabenizar pelo jogo. Todos já sabiam que eu era filha de Poseidon. O mistério mesmo era a Luli. Percy veio falar comigo.

—  Então quer dizer que eu tenho uma irmã?

— Surpresa!- disse.

— Ouvi alguns boatos sobre o “terremoto” que você causou na arena. Como você fez aquilo?

— Poseidon é o deus dos terremoto certo? Acho que tem alguma coisa haver com isso.

— Nossa, eu nunca fiz nada assim. O máximo foi criar alguns furacões, mas só isso.

—Furacões?- fiquei deslumbrada. Nunca tinha pensado no limite que os meus poderes poderiam ter.- Que incrível!

Quíron se aproximou de nós.

—Luisa, Carol posso falar com vocês?- perguntou. Nos afastamos um pouco dos outros.

—Eu assisti o jogo todo e vocês fizeram alguns truques bem interessantes. Carol, acho que já está claro para todos que você é filha de Poseidon. Mas você Luisa me deixou intrigado. Precisamos conversar.

Minha amiga olhou o centauro pra começar a se explicar.

—Olha Quíron é um pouco complicado…

Ele a interrompeu dizendo:

—Essa parece ser uma história bem longa e já está ficando tarde. Por hoje, as duas ficam no chalé de Hermes. Amanhã conversamos. Boa noite garotas.

—Boa noite- falamos juntas antes de irmos pro chalé.

No dia seguinte…

POV Luisa

Eu e Carol estávamos conversando no chalé, quando Piper apareceu na porta. Ela avisou que Quíron queria nos ver na Casa Grande. Carol colocou a mão no meu ombro, encorajadora. Fomos até lá. Quando chegamos, nos sentamos na frente dele em sua cadeira de rodas.

—Muito bem, acho que as duas sabem porque estão aqui. Carol você é filha de Poseidon certo? - ela assentiu- Só para esclarecer possíveis dúvidas. Agora Luisa, eu não consegui identificar o seu parente divino. Quando vi o escudo ao redor da Carol achei que era filha de Hécate. Mas a magia que você usou com as flechas me confundiu. Não foi bem o estilo da deusa.- nesse momento, Percy, Annabeth, Piper, Jason, Leo e Hazel entraram na sala.

—Oi Quíron, interrompemos algo?- perguntou Annabeth

—Ah não, só estava conversando com as meninas- respondeu ele.

—Podemos nos juntar a vocês?- pediu a loira.

—Claro- concordou o centauro e eles se sentaram. “Perfeito” pensei. Se antes ia ser difícil agora ia ser pior. Eles eram alguns dos maiores “odiadores” que a minha mão tinha. Carol me olhou, encorajadora. Quanto antes eu falasse, melhor.

—Bem- todos me olharam com expectativa. Resolvi ser direta- minha mãe é Hera.- Percy, que estava bebendo água, cuspiu tudo. Os outros me encaravam surpresos.

— Como, não é possível- Annabeth murmurava confusa consigo mesma tentando responder as próprias perguntas.

Suspirei.

— Tecnicamente é possível sim, Hera não é uma deusa virgem, apenas é super leal a Zeus.- Eles ainda me olhavam sem reação.- Digamos que ela se cansou das traições do marido.

Ninguém disse mais nada. Quíron interrompeu o silêncio.

—Entendo, mas ainda não compreendo seus poderes.

—Como Hera é a deusa da família, meu poder é proteger aqueles que eu amo. Por causa disso ele é bem flexível. Posso proteger tanto indivíduos quanto lugares, além de em situações de perigo conseguir fazer muitas outras coisas. Na captura a bandeira, quando os filhos de Apolo me atacaram, eu rezei pra minha mãe. Ela fez meu corpo ficar leve o suficiente para andar sobre as flechas. Como já disse o poder é bem flexível. Mas quanto mais eu me afasto do principal objetivo da magia, mais cansativo é. Foi por isso que continuei sob as árvores. É bem perigoso.

Todos continuaram quietos. Carol analisava as suas expressões. Dos outros, Quíron era o único que parecia entender algo.

— Bem, agora que tudo já foi resolvido podem retornar às suas atividades normais.

Me levantei para sair. Dos seis, Hazel era a que parecia ter menos problemas comigo. Eu entendia. Annabeth e Hera tinham uma rixa longa. Percy e Jason perderam a memória por causa dela. E ela também tinha tentado matar Leo algumas vezes na sua infância. Carol levantou para me seguir, mas neguei com a cabeça. Precisava ficar sozinha. Fui até o chalé 11 pegar as minhas coisas. Não olhava pra ninguém. Estava quase chegando no meu novo chalé, quando trombei com alguém. Todas as minhas coisas caíram no chão. As dele também. Nos abaixamos para recolher tudo o que havia caído.

 Olhei para ele. Pelo que ele carregava e pelo seu porte físico, deduzi que era um filho de Hefesto. Tinha cabelos marrom claros um pouco avermelhados. Seus olhos eram castanho-escuro.

— Desculpa- disse ele - Não olhei para onde estava indo.

— Não foi nada- respondi.

— Está de mudança?- perguntou. Assenti.- Quer ajuda? Não tenho nada importante agora.

— Não precisa, consigo levar sozinha.- ele olhou para tudo o que eu carregava nos braços enquanto puxava minha mala e me olhou depois.- Tá, - cedi- eu posso precisar de um pouquinho de ajuda.

— Para qual chalé?- perguntou enquanto pegava algumas das minhas coisas. 

— O dois- respondi sem encará-lo.

— O de Hera?- começamos a andar. Ele parecia surpreso.- Nunca tivemos um semideus filho de Hera aqui antes, pelo menos, não que eu saiba.

— É, não é muito comum a minha mãe ter filhos.- ele pareceu entender que eu não queria falar sobre isso e mudou de assunto.

— Você deu um show no captura a bandeira ontem. Como você fez aquilo?

Dei um sorriso:

— Luto com monstros desde os sete anos de idade.- ele me olhou incrédulo.

— Sem ajuda?

— Sem ajuda. Só eu e a Carol, foi sempre assim.

— Caramba, eu não sei o que seria de mim sem o acampamento.- comentou impressionado. Tínhamos chegado no chalé. Me peguei desejando ficar mais com ele. O chalé em si era de mármore branco com duas colunas gregas uma em cada lado da porta. As paredes tinham entalhes com detalhes em dourado e algumas plantas no chão.

— Chegamos- disse.

— Chegamos- concordou.- Nos vemos mais tarde?

— Pode ser. Até mais.

— Até- respondeu enquanto se afastava. Fui arrumar o chalé imersa em pensamentos. Ele era legal. E não parecia se importar com o fato da minha mãe ser quem é. Isso me pegou de surpresa. Estava me preparando mentalmente para uma rejeição em massa do acampamento, não isso. Envolta em pensamentos assim ouvi baterem na porta.

— Pode entrar!- gritei sem desviar os olhos do trabalho.

— Quem era aquele?- perguntou a minha amiga. Deuses ela não espera mesmo.

— Oi pra você também Carol.- comentei .

— Não respondeu a minha pergunta.

— Aquele quem?- questionei impaciente, mesmo já sabendo de quem ela provavelmente estava falando.

— Aquele garoto que te ajudou a se mudar pra cá.- explicou animada.

— Ninguém.- retruquei.

— Qual era o nome dele?- continuou o interrogatório ignorando o meu tom de voz mau humorado .

— Não sei- e não sabia mesmo. Tinha esquecido de perguntar.

Passamos o resto da tarde assim. A curiosidade dela era insaciável. Até que me exaltei. 

—Pelos deuses do Olimpo Carolina Pereira chega com isso! Não trocamos mais que duas palavras, chega de insistência! Daqui a pouco é o jantar e eu quero tomar banho dá pra sair?!  

Mas ela já estava com acostumada com as minhas explosões de raiva e a falta de paciência.

— Até o jantar!- disse, saindo.

 

POV James

Aquela garota devia ser nova. Eu me lembraria se já a tivesse visto antes. Ela tinha lindos cabelos castanho-escuro e seus olhos dourados me hipnotizaram. Ela parecia bem receosa por causa da mãe. Eu sinceramente não ligava. Hera nunca tinha feito nada contra mim. Decidi que iria fazer de tudo para ajudá-la a se adaptar. Nem sabia seu nome. Lembrei do que ela disse quando perguntei se nos veríamos novamente. Eu iria esperar ansiosamente por esse encontro. Um dos meus irmão chacoalhou uma chave inglesa na minha frente, me tirando dos meus devaneios.

POV Luli

Como os chalés de Zeus, Poseidon, Hera e Hades tinham pouca gente, Quíron os deixava comer juntos na mesma mesa. Percy, Jason, Nico e Hazel ficaram na mesa de Poseidon, mas Carol foi se sentar comigo na mesa de Hera.

— Não quer sentar com o seu irmão?

— Não, prefiro ficar com você.

— Pode ir se quiser.- insisti mais um pouco.

— Não, você é minha irmã a mais tempo que ele. Sempre passamos por tudo juntas. Isso não mudou agora. Agora deixa de frescura e me deixa comer em paz.- retrucou, encerrando o assunto. Quando fomos fazer a oferenda, rezei pra minha mãe pedindo que tudo melhorasse.

— Você tá bem?- percebi a preocupação na voz da minha amiga.

— Sim, é que eu to um pouco receosa, a minha mãe não é a deusa mais popular do acampamento e eu sinceramente não quero passar o verão todo com pessoas que me odeiam.- desabafei.

— Ei vai dar tudo certo.- disse carinhosa e depois completou- Além disso não é todo mundo que te odeia. O garoto de mais cedo não pareceu ter problemas com você.

Ri e continuamos conversando sobre os mais variados assuntos.

Na fogueira…

Na hora da fogueira a Carol se sentou ao meu lado direito e me surpreendi ao ver que o garoto de antes se sentou do meu outro lado. Ele começou a puxar assunto.

— Qual o seu nome?

  – Luisa e o seu?

— Me chamo James.

— Seu pai é Hefesto não é?

— Sim, como você sabe?

— Intuição.- dei ombros.

— Então, como você lida com o fato da sua mãe ser, você sabe, Hera?- apesar da pergunta, vi que ele só estava curioso. Ia ser bom desabafar com alguém sem ser a Carol pra variar.

— Não me leve a mal, ela é incrível, sempre esteve presente na minha vida, sou a única filha dela, mas ela fez algumas coisas questionáveis, não que eu não entenda os motivos que ela teve, é só que ela poderia ter pensado em meios menos drásticos de conseguir o que queria. E também ultimamente ela ficou bem insistente em relação a me mandar pro acampamento. Mas tudo o que ela faz tem um motivo, então só posso esperar que ela me explique.

Conversamos mais um pouco até a cantoria começar. Estava, surpreendentemente, me divertindo. Até que no meio de uma música todos pararam de cantar. Eles me olhavam perplexos. Não pra mim, mas pra algo sobre a minha cabeça. Olhei pra cima e vi um lírio branco, parecido com o do meu cabelo.

— Salve Luisa Ribeiro, filha de Hera.

Hora perfeita mãe.


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês. Leitores fantasmas apareçam! Deem opiniões, mesmo se for pra falar que está ruim! Qualquer coisa. Até a próxima.



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