Campistas contra Campistas escrita por Leitora voraz


Capítulo 22
Capítulo 22- Fim do verão


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Último capítulo pessoal. Quero agradecer a todos que acompanharam a fic até aqui. Essa foi minha primeira fic, e ainda não caiu a ficha de que já acabou. Ela vai sempre ter um lugar reservado no meu coração. Sinceramente fiquei emocionada escrevendo as últimas frases. Não sei como vai ser, no meu tempo livre não sentar pra escrever mais um dia na vida da Carol e da Luli. Essa fic foi parte do meu dia-a-dia por mais de cinco meses. Obrigada leitores.
Bem, acho que já ocupei vocês demais com esse drama. Aproveitem o capítulo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/788971/chapter/22

POV Luli

Ao mesmo tempo que a voz gritou uma forte onda de energia percorreu todo o campo de batalha, separando todo mundo que estava lutando. A voz era do Sr. D, que estava parado na entrada do acampamento junto com Quíron, observando a cena com olhos arregalados.

— QUE BADERNA É ESSA NO MEU ACAMPAMENTO?!- gritou ele, e ninguém teve coragem pra responder. Quíron, tomando o controle da situação, começou.

— Sei que uma batalha dessa não aconteceria sem motivo. Podem por favor me apontar os responsáveis dessa bagunça?- os campistas se entreolharam antes de apontarem pra mim e o Ian. Suspirei e segui Quíron até a Casa Grande, tentando ignorar os olhares preocupados dos meus amigos. 

— Se eu cair, você cai junto.- resmungou Ian na porta.

— Acredite, se for preciso, eu vou.

POV Carol

Eu estava preocupada. Sim, a Luli e o Ian eram os maiores responsáveis, mas eu tinha ajudado bastante naquele caos. Não era justo que a Luli levasse a culpa sozinha por algo que todo mundo fez. Nosso grupo se reuniu para conversar. Sorri ao ver que o Adam estava bem. Sem dizer nada ele me abraçou. Todos estavam felizes, mas a preocupação era visível. Tinha mais uma pessoa no grupo que eu não lembrava de ter visto antes da batalha.

— James?!

— Oi Carol.- respondeu com um sorriso triste. Ficamos lá por um tempo, conversando sobre coisas banais, mas o clima era tenso. Olhei pra Casa Grande. Eles estavam demorando muito.

— A Luli não vai ter problemas né? Quer dizer, foi tudo culpa do Ian desde o começo, ela só se defendeu. O Quíron vai entender certo?

— Olha, eu começo o Quíron há muito tempo, e sei que ele é justo. Mas em todos os meus anos no acampamento nunca aconteceu nada parecido. Algumas lutas entre semideuses de vez em quando, mas nunca uma guerra. Não consigo prever exatamente como ele vai reagir. - disse Annabeth.

POV Quíron

Escutei o relato deles. Os dois pontos de vista. Era uma história complicada. O que era igual em ambos: Ian tinha juntado um grupo de campistas no seu lado e os convenceu de que Luisa era uma inimiga do acampamento. Ela, junto com Carol, Sam, Hannah e Mateo, fugiram do acampamento, indo para Niagara Falls na casa dos pais. Enquanto isso, Ian e seus aliados lutaram contra os campistas que ficaram do lado da Luli. Isso os fez fugir e procurar ajuda em Niagara Falls. Então, quando voltaram pra Long Island, atacaram em uma tentativa de retomar o acampamento. Pelo visto, eu e Dionísio chegamos bem no meio da luta.

Mas então tinham as diferenças. Ian disse que só tinha feito aquilo pelo bem do acampamento e que a filha de Hera tinha que ser expulsa de lá. Disse que nunca tinha sido parte de seu plano envolver mais ninguém nisso, mas quando seus “opositores” atacaram, ele agiu em legítima defesa. Já para Luli, Ian tinha feito tudo porque ela o tinha rejeitado, e ele não conseguia aceitar. Então colocou parte do acampamento contra ela e o resto eram apenas as consequências.

Não tinha ideia do que fazer. Em todos os meus milhares de anos de vida nunca algo parecido tinha acontecido entre meus alunos. Sr.D tinha deixado a decisão em minhas mãos, enquanto ele acalmava os ânimos lá fora. Suspirei.

— Luli, sua fuga do acampamento foi inadmissível, principalmente contando o fato de você ter levado mais quatro semideuses com você, sendo que três deles são crianças sem treinamento algum, pondo em risco a sua vida e a deles. E voltar para o acampamento liderando um ataque contra os seus foi pior ainda. - ela abaixou a cabeça envergonhada. O filho de Ares deu um sorriso presunçoso. - Ian, por pior que tenham sido os atos dela, foram suas ações que levaram a eles. Você criou uma conspiração no acampamento pelo motivo mais fútil imaginável, lutou e feriu campistas fora de contexto, capturou e torturou alguns deles e se recusou a se render. Suas ações impensadas causaram consequências fora de controle. Então, com base nos dados que tenho, tomei minha decisão.

POV Luli

Sai da Casa Grande. Ian bufava atrás de mim. Ele iria ficar fazendo trabalho comunitário no Olimpo sobre a vigilância dos deuses pelos próximos 15 anos.  Mal passei da porta antes de Carol correr pra cima de mim.

— O que aconteceu? Você tá bem? O que o Quíron disse? Ele não te puniu, né? O que vai acontecer com a gente?

— Calma, vai ficar tudo bem.- disse rindo.

Na frente da varanda da Casa Grande, estavam nossos amigos, sorrindo ao ver que estava tudo bem. Todos estavam sujos, feridos e cansados, mas felizes por estarem de volta em casa. No meio deles estava o James. Quando meus olhos encontraram os seus, nada mais importava. Nada mais existia. Éramos só nós dois no mundo. Sem pensar, corri na sua direção enquanto ele avançava na minha. Chorei quando seus braços me envolveram.

— Desculpa, desculpa, desculpa, desculpa.- parecia que a única coisa que eu sabia fazer era me desculpar. Estava tão aliviada que ele estava bem, que tudo tinha acabado.

— Ei, calma, não foi nada culpa sua.- disse beijando o topo de minha cabeça, enquanto passava a mão no meu cabelo.- Foi minha culpa, eu devia ter te deixado explicar. Quando consegui me acalmar, fui atrás de você me desculpar, mas você tinha sumido. Fiquei me culpando por dias. Me desculpa, tá?

Assenti e logo depois nos beijamos e posso dizer, com toda certeza, que aquele foi o melhor beijo de todos.

Era o fim do verão. Último dia e, como tradição, o dia dos fogos na praia. Estava me arrumando com as meninas no meu chalé, aproveitando pra conversar. Eu e a Carol voltaríamos pro Brasil durante o ano, pra vir pro acampamento passar o verão. Ia sentir saudades de todo mundo, mas a gente ia dar um jeito de se ver. A conta daquele ano, minha primeira, era vermelha, para representar a divisão do acampamento e nela tinha um tridente, um lírio e uma espada cruzada com escudo. Os símbolos de Poseidon, Hera e Ares. Fui com as meninas até a praia, onde James me esperava. Foi um show de fogos incrível.

Já estava na hora de ir embora. Carol me ajudava a guardar as últimas coisas na mala. Quando tudo já estava pronto, ouvimos uma voz vindo da porta do chalé.

— O último dia é sempre o mais difícil.- falou minha mãe, ao lado de Poseidon.- Olá queridas.

— Acho que querem saber o que viemos fazer aqui. Bem, viemos dar os parabéns.- começou o deus dos mares.

— Estamos muito orgulhosos de vocês garotas. Vocês foram muito fortes pra aguentar toda a situação e lideraram com sabedoria.

— Quero que saibam que mesmo que não estejamos sempre presentes, sempre estamos olhando vocês.

Eles fizeram aquele lindo discurso intercalando as frases. Lágrimas escorriam pelo meu rosto (as primeiras de muitas naquele dia). Abracei minha mãe, emocionada.

— Parabéns minha filha. Você provou que é forte, e soube manter a calma durante as situações mais desafiadoras. Uma verdadeira filha de Hera. Até logo.

Saímos do chalé e andamos na direção do pinheiro de Thalia, onde nossos amigos nos esperavam. A maior parte ia voltar pra casa e fazer o ensino médio. Começaram as despedidas, todos com lágrimas nos olhos. Poucos moravam na mesma cidade, e mesmo com ligações, íamos sentir saudades. Nos abaixamos pra nos despedirmos das crianças.

— Se comportem ok?- pedi

— É, mas nem tanto.- disse Carol, piscando pra Sam. Abraçamos os pequenos.

— Vemos vocês no próximo verão.- falou Mateo. O próximo foi um abraço em grupo com as meninas. Muitas promessas de visitas e ligações. Podia ter acabado de conhecê-las, mas as garotas iam fazer falta. Por último a despedida mais difícil. Carol foi falar com o Adam enquanto me aproximava do James.

Não dissemos uma palavra, só ficamos abraçados um tempo, curtindo a companhia um do outro. Um último beijo de despedida.

— Vou te esperar.- prometeu. Me aproximei da Carol e nos abraçamos, vendo nossos amigos na nossa frente. Se só soubessemos o quanto aquele verão seria importante… Começamos a descer a colina em direção da van do acampamento que nos levaria até o aeroporto. Olhei pra trás uma última vez. No começo,não achava que  sentiria tanta falta daquele lugar, mas nesses últimos meses o meio-sangue tinha virado minha casa. Sentia como se tivesse deixado uma parte de mim pra trás.

Até o próximo verão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada de novo por chegarem até aqui. Bjs e (talvez) até mais
Leitora Voraz



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Campistas contra Campistas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.