O que poderia ter sido escrita por Whelpx


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Em homenagem ao dia NaruSaku que foi dia 3 de abril, fiz essa fic fofinha dos dois e é isso.
Eu só tive a inspiração, escrevi e postei. É, eu não revisei nem nada, então se tiver algo errado ai, perdão rsrs



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Mais um ano se passara e mais um 3 de abril havia chegado. Uma data que eles não sabiam porquê haviam escolhido para isso, mas que mesmo assim, todo o ano, se encontravam à beira do lago, ao pôr-do-sol para conversar sobre todos os “e se” que rondaram seus pensamentos pelo último ano. Além disso, usavam do momento para colocar a conversa em dia, já que não era possível de se ver tão seguidamente para conversarem, mesmo que com o time ou suas famílias, pois o trabalho tomava muito tempo de ambos.

Sakura havia remarcado seu plantão no hospital para iniciar na manhã seguinte, assim teria a noite livre para o compromisso, ser a Diretora Geral do hospital tinha suas vantagens, e como Sarada e Sasuke haviam saído em uma missão de treinamento, não precisaria se preocupar com a filha e o marido.

Já para Naruto, fora um pouco mais complicado. No que tangia sua família, tudo estava acertado; havia dito à Hinata que não jantaria em casa, pois sairia para conversar com o antigo time, ocultando a parte em que estariam apenas ele e Sakura. Não que esse fato fosse incomodar a espora, afinal ela não se incomodava quando saia apenas com Sakura, já eram amigos e apenas amigos, mas ele preferia assim para evitar que a esposa a convidasse para jantar lá, pois não teria uma desculpa para recusar. A complicação mesmo veio quanto ao trabalho. Havia pedido à Shikamaru, com antecedência, que não marcasse nada para aquele dia e em uma pequena confusão de datas, uma visita oficial do Kazekage fora marcada para a amanhã do dia seguinte, o que fez com que Naruto tivesse que madrugar de um dia para o outro para aprontar tudo e ter a noite anterior à chegada de Gaara livre. No fim, tudo havia dado certo e ele teria sua noite livre.

O sol começava a baixar, já ameaçando esconder-se por completo nas árvores, quando Sakura chegou ao lago. O tempo estava agradável e uma leve brisa balançava seus cabelos. Estendeu a manta que havia trazido no chão e sentou-se à espera do antigo companheiro de equipe. Alguns minutos se passaram até Naruto aparecer.

— Yo, Sakura-chan! Desculpe o atraso, tive alguns assuntos de última hora para acertar com Shikamaru. – Disse ao aproximar-se da antiga companheira de time e sentar-se ao seu lado.

— Olá, Naruto! Tudo bem, – disse tranquila – não quero imaginar o que é o trabalho integral que demanda ser Hokage.

— Acho que ser Diretora Geral do Hospital não é muito diferente, – constatou Naruto, com um ar reflexivo – fazemos o que é possível e impossível para manter todos bem.

Sempre iniciavam sobre algum assunto supérfluo, que fizesse o assunto fluir, para deixar o clima confortável e livre de tensão, assim permitindo que eles falassem o que viesse às suas cabeças. Diferente das outras vezes, nessa fora Sakura quem iniciara a conversa sobre eles.

— Sabe, Naruto, esses dias me peguei pensando: se tivéssemos tido filhos, qual seria a cor dos cabelos deles? Seriam rosas, loiros ou um meio termo? – Fez uma pausa – Eu sempre quis que a Sarada tivesse os cabelos rosas, por isso fiquei imaginando quais seriam as cores dos cabelos.

— Eles seriam loiros, tenho certeza ‘ttebayo! – Respondeu Naruto com um leve tom de graça, apenas para ver Sakura fazer um bico. – Tudo bem, tudo bem. Um deles teria cabelos rosas, ou então tentaríamos até algum ter.

É importante entender que Naruto e Sakura amavam seus filhos, e respeitavam e aprenderam a amar seus cônjuges, e mesmo que pudessem, jamais mudariam o que construíram até hoje. Ambos, do seu jeito, encontraram a felicidade em suas famílias, principalmente em seus filhos, e isso era o suficiente para confortar os dois corações partidos. Esse era um dos principais motivos pelo qual mantinham esse encontro anual em segredo: não esperavam que as outras pessoas pudessem entender essa dicotomia que só ambos entendiam.

Além disso, nenhuma das conversas tomava um tom malicioso ou sexual. Mesmo havendo desejo, os dois esforçavam-se e deixavam-no guardado à sete chaves muito fundo em seu interior. Sempre honraram o relacionamento que mantinham com Hinata e Sasuke.

Ficaram em silencio por alguns minutos. Não era como se a falta de palavras os incomodasse, muito pelo contrário, pois apenas sentir a presença do outro ali era confortável, o que impedia o silencio de se tornar algo desconfortável. Dessa vez foi a vez de Naruto quebrar o silêncio.

— Você acha que, em alguma dimensão paralela, o Naruto e a Sakura daquele mundo estão juntos ou será que eles fizeram como nós? – Naruto interrompeu o silêncio.

— Nunca pensei nisso, – Sakura deu uma pausa ­– mas espero que estejam juntos e que estejam felizes. Apesar de estranho, mas seria confortador saber que em algum lugar pequenos Haruno-Uzumaki correm pela vila arrumando confusões.

Novamente o silêncio, mas não demorou muito tempo para que voltassem a conversar amenidades intercaladas com conversas sobre um passado que nunca aconteceu, um presente distante e um futuro que nunca existiria.

Algumas horas depois, levantaram-se e despediram-se, o seu dia havia acabado e era hora de voltar para suas casas e suas famílias. Apesar de ter transcorrido muito semelhante aos outros três de abril que haviam passado juntos, esse deixou-os reflexivos. E depois de tantos anos se encontrando nesse dia que clamaram como deles, puderam perceber qual fora exatamente seu equivoco, equivoco esse que resultou em dois corações eternamente partidos.

 Sakura percebeu que seu erro havia sido ter se entregado à sua paixão e deixando o amor escapar-lhe por entre os dedos. Cometeu o mesmo erro que dezenas, se não milhares, de pessoas cometem: confundiu a paixão, que trazia sensações arrebatadoras, intensas e até doloridas, com amor, quando na verdade esse amor deveria ser algo estável, confortador, sereno e libertador, indolor, e isso era o que ela sentia com Naruto.

Já Naruto percebeu que seu erro havia sido o de enganar a si mesmo. Quis tanto acreditar nas palavras da companheira de time que as tomou por verdade, quando no fundo do seu coração, ele sabia que o sentia por ela era algo muito forte para ser criado apenas por uma rivalidade infantil e acabou por aceitar o amor de Hinata, que havia dedicado todos os sentimentos que tinha a ele.

Para uns, esse encontro anual pode soar como um tipo de tortura, afinal, do que adiantaria conversar sobre o que poderia ter sido, não é mesmo? Mesmo assim, para os dois, isso significava uma confirmação do sentimento que eles tinham um pelo outro e nenhum dos deles saberia viver sem essa certeza de que, apesar de tudo, ainda se amavam.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler, espero que tenha gostado! ♥


(Quero pedir desculpas pela falta de diálogos. Eu não consegui encontrar palavras que seriam ditas por eles nesses momentos, além daquelas que eu já coloquei no texto. Talvez um dia eu resolva revisar colocar mais profundidade)



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