Save Snape escrita por danne


Capítulo 3
Snaepinho


Notas iniciais do capítulo

oii gente, como vão vcs, espero que bem, e espero que gostem desse cap de hoje.
aproveitem!



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— Ele me odeia! 

Lanna falou enquanto entrava na sala de Minerva. 

A senhora que estava analisando alguns papéis em sua mesa não pareceu nada surpresa com a entrada repentina da moça. 

— Quem a odeia, querida? 

Lanna se jogou num sofá. 

— Snape! Snape me odeia! 

Minerva balançou a cabeça. 

— Não leve para o lado pessoal. Snape não tem muito apresso por pessoas. Principalmente depois de tudo o que aconteceu com Harry. 

Lanna bufou cheia de raiva das coisas que Snape tinha dito pra ela, então as palavras saíram da sua boca, carregadas de ódio. 

— Depois de Harry ter salvado a vida dele? Sem nem ter a obrigação? Porque Harry não sabia de nada antes de ter o salvado, ele ainda era o homem que ajudou o Lorde das Trevas a chegar aonde chegou, ele era o homem que matou Dumbledore. Harry não deveria tê-lo salvado de qualquer forma, ele não merecia. 

E ela se arrependeu no segundo em que as palavras amargas saíram de sua boca, cobrindo o rosto com as mãos imediatamente. 

Com um grande suspiro, Minerva se levantou e foi até a sobrinha alisando suas costas. 

— Eu sei que não é isso o que realmente pensa. 

Lanna olhou pra ela, arrependida de verdade. 

— Me desculpe, eu só estou com raiva. Eu não queria dizer aquilo. Foi maldoso. Snape é um grande homem, mas eu não gosto dele nesse momento. 

Minerva riu. 

— O que houve entre vocês dois? 

Ela hesitou por uns segundos antes de dizer. 

— Ele disse que minha presença era insignificante e que ele era o primeiro a não me querer aqui na escola... 

Minerva estalou a língua e balançou a cabeça várias vezes. 

— Isso era só o Snape sendo o Snape. Por que ele lhe disse essas coisas? Algum motivo você deu a ele. 

Lanna olhou para os próprios pés, embaraçada. 

— Porque eu invadi a aula dele e o chamei de “Snaepinho” na frente de todos os alunos. 

Minerva desatou a rir. 

— Você tem coragem, Lanna. Isso ninguém pode negar. 

Ela olhou completamente frustrada para a tia. 

— Mas agora ele me odeia, tia. O que eu faço? 

A senhora parou de rir aos poucos e ficou encarando Lanna. 

— Porque se importa tanto com isso?  

A morena desviou o olhar. 

— Eu não sei como é pra senhora, mas eu não gosto de saber que pessoas me odeiam, tia. 

— “Pessoas” ou especificamente Severo

E Lanna a encarou sem saber o que dizer. 

— Quer saber de uma coisa? Está tarde... – ela se levantou. 

— Não é nem três da tarde, Lanna. Porque está fugindo? 

— E o que foi que eu acabei de dizer, é tarde e eu não fujo. Só estou cansada. 

— Cansada exatamente de que?  

— Eu não sei, tia! Eu nasci cansada, tá legal? 

Minerva riu. 

— Sente-se Lanna, e pare de se esconder de mim, converse. 

A morena pensou seriamente em só sair dali, mas não conseguiu, se sentou novamente ao lado da tia. 

— Porque se importa tanto com o que Severo pensa sobre você? 

— Porque tudo que ele disse é verdade, eu nem ao menos me defendi, porque ele esta certo. Minha presença aqui é completamente insignificante e eu nem estaria aqui se não fosse por você. A senhora inventou o cargo porque pensa me proteger do mundo dos trouxas. 

— Lanna... 

— Não venha me dizer é que porque acha que eu vou fazer coisas maravilhosas às pessoas daqui, eu sei que é mentira. Só queria me tirar do mundo dos trouxas e conseguiu. 

— Não Lanna, você não entende... – a voz da senhora aumentou e Lanna interrompeu. 

— Eu não estou começando outra briga, tia. Sei que o que está fazendo é por me querer a salvo, mas eu não concordo. Não posso simplesmente vir para cá e esquecer da minha outra vida. A senhora é minha família, e é só por isso que estou aqui, porque sei que se preocupa com eles também, e não vai deixar que nada aconteça que a faça se arrepender depois. 

Minerva pegou a mão dela. 

— Sei o quanto eles são importantes, estou sempre de olho neles, não se preocupe. 

— Estou bem desde que eles estejam bem. 

Pra quebrar aquele clima Minerva começou com o outro assunto. 

— Quem diria hein, você começando a gostar do Severo – o tom de Minerva era bem sugestivo, como se a frase não tivesse sido o bastante. 

Ela se soltou da tia, indignada e envergonhada. 

— Tia! Eu não gosto do Snape! 

— Não disse que gosta, disse que está começando a gostar, tem diferença. 

— Muito menos isso!  Ele é mau comigo, eu nunca teria nada com ele! - cruzou os braços e empinou o nariz como uma criançinha faz. 

— Se prepare para morder essa língua daqui um tempo, mocinha. 

Ela ficou confusa. 

— Morder minha língua? Ou a língua dele? Como assim? 

Minerva balançou a cabeça. 

— Aguarde e verá. Agora se me der licença, tenho muitos assuntos a tratar e a senhorita tem que voltar para sua sala, tenho certeza que muitos alunos estão atrás de você. 

Lanna abriu o sorrisinho mais amarelo que conseguiu e concordou. Não teve coragem de contar a verdade para ela, seria embaraçoso demais. 

— De fato, tia. Com certeza, toda certeza do mundo. 

Ela voltou para sua sala, e como sempre não havia aluno algum a sua espera, ela soltou um som de frustração e tirou uma soneca. 

Sim, uma soneca. O que mais poderia fazer? 

 

 

(...) 

 

 

Lanna acordou e a noite já havia caído, seu estômago exclamou de fome. Ela levantou preguiçosamente de sua mesa e deu uma olhada no pequeno relógio na parede. 

O jantar acabara se ser servido. 

E só de pensar na comida deliciosa dos pequenos elfos, seu estômago exclamou novamente enquanto ela saia da sua sala. 

— Ok, eu já vou te alimentar, fique quietinho. Shiu, shiu barriguinha, você já vai ter sua comidinha. Aposto que os elfinhos fizeram aquela deliciosa tortinha de limão que você adora. 

Ela se virou rumo a cozinha e quem estava ali também saindo de sua própria sala a olhando como se ela fosse um trasgo? 

Sim, você ganhou dez galões se disse Snape. 

Lanna estava de repente brava com ele outra vez. 

Ora, se ela ainda se sentia assim então daria motivo pra que Snape sentisse o mesmo e ficasse puto que nem ela. 

Então, sem medo algum, ela empinou o nariz, abriu seu sorriso mais sincero e disse; 

— Boa noite, Snaepinho

Viu seu rosto ficar tão vermelho quanto mais cedo e achou graça nisso. 

Ela estava passando do seu lado para poder descer para a cozinha quando ele a pegou pelo braço, não forte o bastante para machucar, só para a trazer para perto, para que ela o encarasse nos olhos, de igual pra igual. 

— O que eu disse mais cedo sobre me chamar de Snaepinho? Não fui claro o bastante, Srtª. Lancaster? 

Lanna sorriu, gostava dessa proximidade, estranhamente gostava. 

— Talvez eu precise que seja mais claro, Snaepinho

Os lábios de Snape estavam comprimidos, e Lanna sabia o quanto ele estava com raiva pelo apelido. 

Ela sorriu novamente e soltou sem esforço seu braço da mão do moreno, passando suas mãos para o colarinho dele, ajeitando suas vestes negras. 

Snape a olhava estranho agora, não estranho do jeito de antes, um estranho diferente do outro estranho, um estranho que Lanna descobriu gostar muito. 

Merda! Minerva tinha razão, ela estava começando a gostar daquilo. Dele! Droga! Odiava quando Minerva tinha razão! 

Lanna olhou naqueles olhos negros. 

— Severo – ela disse seu nome como se estivesse saboreando o melhor doce do mundo. 

Ele engoliu em seco, estava lutando internamente contra alguma coisa. 

— Melhorou. 

Lanna sorriu e viu ele olhar para os lábios dela rapidamente e voltar para os olhos outra vez. 

— Severo – disse outra vez. 

Ele fez que sim com a cabeça uma vez, lentamente. 

— Pois bem, Severo. Eu realmente espero que se acostume com Snaepinho, porque é desse jeito que eu irei te chamar até que peça desculpas por me chamar de insignificante. 

A boca do moreno se abriu e sua testa se crispou, enquanto Lanna se afastava dele. 

— Vou guardar um lugar na mesa pra você, Snaepinho

E foi embora rindo enquanto jogava um beijinho no ar pra ele. 


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Notas finais do capítulo

cap novo agora só na semana que vem, bom fim de semana pra todos e se cuidem hein! ❤❤❤❤❤



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