Home escrita por Vinea


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem de ler como gostei de escrever a fic.

Boa leitura!!



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Zoro, eu já te ensinei várias vezes o que é cheiro verde e isso definitivamente não é um. 

 Eu encarava a expressão esgotada de paciência de Sanji pela tela do meu celular, empurrando o carrinho de compras com uma mão, prestando atenção para eu não esbarrar em ninguém. 

 — É tudo verde isso aqui, como eu vou saber o que é um e o que é outro? Não dá no mesmo? 

 — Claro que não, marimo idiota! 

 Eu sabia que não era a mesma coisa porque ele já me explicou pelo menos umas mil vezes que coentro e cheiro verde são diferentes e que, definitivamente, agrião não tinha nada a ver com nenhum dos dois. Isso aconteceu porque ele tinha me pedido pra fazer umas compras antes de ir pra casa uma vez e acabei levando agrião achando que era cheiro verde.

 — 'Tá bom, 'ta bom, entendi já. Olha aí quais desses eu tenho que levar. — virei a câmera traseira na direção das verduras, pegando as quais Sanji escolhia reclamando e MUITO no meu ouvido, fazendo as pessoas olharem de forma esquisita pra mim quando eu respondia ele um pouco mais alto. 

 Depois de eu ter conseguido escolher as verduras, legumes e tudo o que meu namorado pediu com muita dificuldade por causa das exigências dele, fui pro setor seguinte pegar um engradado de cerveja e uma garrafa de vinho de uma marca que Sanji adorava. 

 Conversamos mais um pouco antes de encerrar a vídeo chamada depois de Sanji ter se certificado de que estava tudo sob controle e que eu conseguiria fazer o resto das compras sem muitos problemas. 

 E eu realmente consegui, claro que confundi alguns setores pegando caminhos errados, mas isso porque eu tenho a TOTAL certeza de que mudaram algumas coisas aqui no mercado. 

 Finalizei a lista gigante de compras do Sanji e me dirigi na direção dos caixas, mas estranhamente acabei parando nos fundos do mercado perto dos lacticínios.

 — Mas que porra-

 — Oee, Zoro! — Luffy vinha correndo igual doido na minha direção, puxando Usopp que se desdobrava em dois pra não esbarrar o carrinho com os dos outros clientes, que olhavam feio pros homens correndo feito adolescentes pelo mercado. 

 Dei uma risada me divertindo com a situação e como Usopp já estava acostumado com esse comportamento extrovertido e animado de Luffy. 

 — Luffy! — sorri recebendo o abraço desajeitado e apertado dele, enquanto ele dizia que estava com saudade. 

 — Que milagre é esse que vocês estão aqui fazendo compra? 

 — A gente vai jogar na casa do Law e vamos levar alguma coisa pra comer. Quer vir com a gente? Franky e Chopper também vão. — Usopp respondeu, abrindo a geladeira de sorvete retirando uns três potes de sabores diferentes. 

 — Eu não, vocês são uns nerds. Passo. 

 — Ah Zoro, você é um chato que não gosta de sair. 

 — Você que não tem critério e se mete em qualquer canto que te chamam, Luffy. — respondi. 

 — Isso é verdade! — e começou a rir como se isso fosse motivo de orgulho. 

 — Eu já 'tô indo, daqui a pouco Sanji me liga achando que comprei alguma coisa errada de novo. 

 Usopp riu junto de Luffy fazendo piadinhas fazendo eu me arrepender de ter dito aquilo. Eles sabiam da história do agrião porque Sanji fez questão de contar pra todo mundo só pra me zoar. 

 — 'Tá tudo bem em comprar coisa errada. Eu já gastei dinheiro sem querer com doces pra Tama e jogo em fliperama. — disse Luffy rindo daquele jeito engraçado dele, com as duas mãos na cintura. 

 — Ah, mas não conta você deve ter feito isso quando era criança. — Usopp rebateu

 — Isso foi mês passado. Torao ficou doido comigo porque o dinheiro era dele, mas eu pedi desculpas e disse que não ia fazer mais. 

 — Oe, Luffy. — Usopp disse seriamente pondo as duas mãos nos ombros de Luffy, o olhando bem nos olhos. — Não deixa esse homem sair da sua vida, entendeu? Nunca. Jamais. É sério. 

 Sinceramente eu não sei se esse conselho é porque Usopp se dá bem com Law ou porque Law sempre relevava a personalidade meio distraída de Luffy ao mesmo tempo em que ele tentava botar algum juízo na cabeça oca desse idiota. E também porque Law é completamente rendido à Luffy, fala sério. 

 Chegava até ser fofo quando Law esquecia por um minuto das pessoas ao redor e agia com mais intimidade com Luffy. Eles estão juntos há muito tempo, mas só agora a gente presenciava ao vivo e a cores essas interações com mais frequência que fazia a gente ver como Law realmente se sentia em relação ao Luffy. 

 — A gente também já terminou, vamos pro caixa. — Usopp disse puxando o carrinho tomando a frente e eu fui logo atrás. 

 — Eu 'tava indo pra lá, mas acabei voltando pros fundos. Esse mercado 'tá todo diferente. 

 — Hã Zoro, não tem nada de “diferente” nesse mercado, não. — disse fazendo aspas com os dedos. 

 — Você que é ruim de direção mesmo. — o idiota do Luffy completou com uma risada, apontando um dedo na minha direção. 

 Me aproximei do maldito enfiando um pacote inteiro de macarrão estântaneo na boca dele, fazendo Luffy entrar em desespero quando eu envolvi meu braço no seu pescoço o impedindo de se mexer, esfregando a cabeça dele com meu punho. 

 Usopp ria constrangido dizendo que não conhecia a gente pra cada pessoa que passava olhando em nossa direção. 

 ...  

 — Cheguei. — fechei a porta de entrada com o pé, seguindo corredor a frente encontrando meu namorado sentado na mesa da cozinha, de cabeça baixa concentrado no jornal sobre a mesa. 

 — Comprou tudo direito? — perguntou ao perceber minha presença na cozinha. 

 — Sim, senhor, Cook mandão. — respondi deixando um beijo em seus lábios rapidamente, depois de ter posto as sacolas sobre a mesa. — Encontrei com Luffy e Usopp no mercado. 

 — Os dois no mercado fazendo compras? — Sanji perguntou divertido imaginando a cena dos dois juntos fazendo compras. 

 — Sim. — respondi, analisando brevemente a página do jornal que Sanji lia momentos antes. — Ainda não achou um apartamento melhor que esse? — perguntei, vendo o desânimo tomar conta de seu rosto. 

 Sanji tinha um pouco mais de um mês pra encontrar alguém que pudesse dividir o aluguel do apartamento ou então ele teria que se mudar pra um que coubesse em seu orçamento e consequentemente um com menos espaço que esse. E enquanto ninguém se pronunciava a respeito, ele procurava por outros apartamentos com preços mais em conta e tão bem localizado, mas Sanji estava encontrando dificuldade. 

 Até um tempo atrás ele conseguia pagar o aluguel sem problemas, mas com o aumento repentino e o corte na renda extra que Sanji recebia de Judge, deixou ele sem muitas alternativas. Claro, ele tinha suas economias e graças a ela Sanji conseguiu driblar a situação apenas com o seu salário do restaurante até o atual momento. 

 De alguma forma me sinto meio mal pelo Sanji e até mesmo culpado, já que Judge deixou de enviar dinheiro depois de ter descoberto sobre o nosso relacionamento que não era um grande segredo pra ninguém. Foi um verdadeiro inferno. Antes de cortarem totalmente qualquer tipo de relação, o pai dele perturbou a nossa vida de todas as formas possíveis pra tentar separar nós dois, porém felizmente estamos aí, firmes e fortes perto de completar seis anos de namoro. 

 — Não. — falou desanimado, soltando um suspiro. — E também não achei ninguém que queira dividir um apartamento. 

 — Você foi muito exigente na publicação, Sanji. 

 — Ser higiênico e organizado não é ser exigente, Zoro, por favor. E falar nisso, vai tomar seu banho enquanto faço o jantar. — falou recolhendo o jornal de cima da mesa, entregando na minha mão me despachando pra fora da cozinha sem cerimônia. 

 — Eu tomei banho antes de sair do dojô! 

 — Não custa nada tomar outro banho quando chegar em casa. — rebateu. — Eu quero você limpo e cheiroso. — abriu um sorrisinho cheio de segundas intenções, apertando minha cintura com mais firmeza. 

 Sorri de volta segurando sua nuca, iniciando um beijo lento mas que não durou por muito tempo, deixando evidente minha animação pra mais tarde. 

 …

 Sanji me encarava com um semblante meio cansado, prestes a cair no sono sentindo a ponta dos meus dedos passear livremente por suas costas nuas. Ele puxou minha mão livre, depositando um beijo nas costas dela, a mantendo próxima de seus lábios.

 Sorri me sentindo bem e feliz por termos alcançado esse nível de intimidade no nosso relacionamento; onde a gente não precisava falar muita coisa em momentos como esse, mantendo esse silêncio confortável enquanto nos encarávamos deixando explícito apenas com olhares como nossos sentimentos eram mútuos e sinceros. 

 Ele sorriu de volta antes de suas pálpebras começarem a pesar e entrar naquele estado entre dormindo e meio acordado. Finalmente esquecendo um pouco de seus problemas, até que surgiu uma grande ideia que o ajudaria por um tempo se ele aceitasse também, é claro. 

 — Sanji — disse baixinho, ouvindo apenas um "Hm" como resposta sem nem abrir os olhos. — Eu 'tava aqui pensando… — comecei meio hesitante pensando que essa ideia tinha sido melhor só quando estava na minha cabeça, agora que eu tinha que verbalizar não parecia tão boa assim. 

 Ele abriu os olhos pra me insentivar e deixar claro que estava me ouvindo, prestando atenção em cada movimento meu. 

 Agora não tinha mais jeito, eu tinha que falar. 

 — Eu 'tava pensando… Já que você não achou uma pessoa pra dividir o aluguel e que você 'tá com dificuldade pra achar um apartamento melhor que esse, eu tava pensando se você… Se você não quer que… 

 — Se eu quero o quê? — perguntou curioso não demonstrando um resquício sequer do sono que possuía até poucos segundos atrás. 

 — Que eu me mude pra cá.

 Silêncio.

 O mais puro e cruel silêncio. A única coisa que eu não queria que acontecesse nesse momento. Mas totalmente compreensível já que nós dois mal tocávamos nesse assunto de morarmos juntos, então eu chegar assim com essa bomba super do nada, propondo morar com ele era chocante, até mesmo para mim que tinha feito a oferta. 

 — Mas não tipo, casal, casal, sabe? Eu posso dormir no outro quarto, pelo menos até você conseguir se organizar direito. Eu sei que você gosta desse apartamento, por isso eu 'tô-

 — Zoro, calma. — ele riu achando graça da minha reação, se aproximando mais de mim. — Só fui pego de surpresa. Eu realmente não 'tava esperando por isso. 

 — Então você não ficou-

 — Não, não fiquei. — respondeu. — Mas você tem certeza disso? Você não paga aluguel no apartamento onde você mora. Ter que pagar aluguel agora, por mais que seja metade, vai ser uma despesa extra. 

 — Eu posso colocar meu apartamento pra alugar. — dei de ombros. — Mas se você não quiser tudo bem. Pode acabar sendo estranho. 

 Sanji estalou a língua nos dentes revirando os olhos com a minha última fala.

 — Não estraga o momento, marimo de merda. Eu quero que você venha morar aqui se não tiver problema e só se você estiver realmente disposto a vir morar comigo.

 — Eu quero. — respondi sorrindo passando meus braços pela suas costas, o apertando num abraço.

 — Ótimo. — ele me deu um sorriso grande me abraçando de volta na mesma intensidade. — Então 'tá decidido. 

 Ah, eu posso sentir meu coração batendo bem forte e eu tenho certeza que ele também podia sentir e até ouvir. Tinha sido sem querer, mas o passo que demos foi grande e sinceramente, eu não podia estar mais feliz.

 … 

 Seis meses se passaram desde que passamos a morar juntos e até que estava funcionando bem, mesmo com Sanji se aborrecendo com frequência quando deixo alguma coisa fora do lugar ou quando acabo esquecendo de passar o pano no banheiro pra tirar o excesso de água depois de tomar banho. Tirando isso a convivência era boa. 

 E eu não estava dormindo no outro quarto como eu tinha sugerido antes. Sanji achava uma ideia ridícula já que somos namorados e porque ele não é burro o suficiente pra me deixar dormir no quarto ao lado, quando podíamos dormir juntos. 

 Não tivemos problemas relacionado ao apartamento, estava tudo dando certo. Fora que com a minha mudança para cá, também ajudou Sanji a economizar mais, assim como eu com o dinheiro do aluguel que eu recebia do meu apartamento. Realmente tinha sido uma grande ideia e conveniente para nós dois. 

 Também não tocamos no assunto de como faríamos quando Sanji conseguisse se estabilizar pra voltar a morar sozinho, mas sinceramente eu acho que ele nem pensa mais nessa opção e enxerga isso que estamos vivendo como um grande passo no nosso relacionamento. Estamos praticamente casados, mas sem toda aquela formalidade de mudar sobrenome e tudo mais. 

 — Luffy, sai da minha cozinha! — ouvi Sanji gritar, vendo Luffy correr pra fora da cozinha mastigando algo e rindo ao mesmo tempo, com as mãos cheias de salgadinhos.

 — Você vai acabar se engasgando desse jeito, Luffy! — Law disse mais em tom de aviso e repreensão do que de preocupação. 

 Usopp e Chopper riam se divertindo com a situação, dividindo os salgadinhos entre eles. Era sempre assim, Luffy fazia o trabalho sujo de roubar comida da cozinha enquanto os outros dois vigiavam para não serem pegos. 

 — Ei Luffy, se esses são os salgadinhos que eu trouxe, vocês vão ficar em dívida comigo. — disse a bruxa gananciosa da Nami, provavelmente contabilizando mentalmente a dívida que os três tinham acabado de desenvolver. 

 — Deixa eles, Nami. — Vivi disse fazendo um breve carinho na coxa da namorada, recebendo um sorrisinho dela. 

 — 'Tá bom. — concordou, mas lançou um olhar para os três deixando claro que ela não tinha deixado pra lá. Era dinheiro, afinal de contas. 

 Chopper e Usopp se arrepiaram da cabeça aos pés com a ameaça implícita, e Luffy por outro lado, não deu muita importância tomando o lugar ao lado de seu namorado que falava que não ia desembolsar mais dinheiro pra pagar as dívidas dele com Nami, mas todo mundo ali sabia que Law só dizia aquilo da boca pra fora. 

 Pouco tempo depois todos nós estávamos sentados no chão, bebendo e enchendo a barriga com a comida deliciosa que meu namorado tinha preparado. 

 Nami e eu estávamos numa disputa de quem conseguia beber mais, com as torcidas animadas de Luffy, Usopp e Chopper. Law, Franky e Robin entraram num assunto que ninguém além deles prestavam atenção enquanto Brook, Sanji e Vivi conversavam sobre um reality show que estavam acompanhando. 

 As horas se arrastaram e a nossa disputa acabou não tendo um vencendor. Sanji e Vivi decidiram que era hora de pararmos porque tínhamos que trabalhar cedo no dia seguinte. Law teve que ir embora um pouco mais cedo porque ele pegaria um plantão extenso daqui a algumas horas e Luffy acabou ficando por não ter nada pra fazer no dia seguinte. 

 Por consequência os outros foram indo embora também, porém ainda um pouco mais tarde que Law. O único que ficou foi Chopper porque ele começaria as aulas no dojô onde eu trabalho e achou que seria melhor chegar junto comigo por causa da sua personalidade tímida e reclusa. 

 Depois de limpar e organizar a sala e a cozinha com um pouco de dificuldade por causa da quantidade de bebida alcoólica que ingeri, tomei um banho pra finalmente cair na cama, mas não sem antes de secar o banheiro, é claro. 

  — Zoro! — ouvi Chopper me chamar assim que passei em frente ao quarto de hóspedes. 

 Voltei espiando o quarto bem da entrada, vendo o garoto enrolado confortavelmente no edredom sorrindo para mim, provavelmente ele iria pedir alguma coisa. 

 Chopper é o mais novo grupo e apesar da pouca idade, ele já frequentava a faculdade de medicina e era um dos alunos que mais se destacava nas matérias. Agora ele estava de férias e tinha inventado de praticar algum tipo de esporte, o que acabou o levando a se matricular no dojô aonde dou aula.

 — Você pode desligar a luz e fechar a porta, por favor? Eu deitei na cama e acabei esquecendo de fazer isso, 'tô morrendo de preguiça de levantar agora. — riu sem vergonha nenhuma na cara, se enrolando mais ainda nos lençóis. 

 — Preguiçoso. — falei rindo também, desligando a luz do quarto. 

 — Você também é! — rebateu um pouco antes de eu ter fechado a porta, desejando uma boa noite em seguida.

 Me arrastei até meu quarto encontrando Sanji já embaixo das cobertas, mexendo no celular com um ar de concentração. Deveria estar resolvendo alguma coisa do restaurante com o Zeff. 

 — Chopper já dormiu? — Sanji me perguntou assim que deitei na cama, me aconchegando pra perto dele. 

 — Ele ainda 'tava acordado quando passei em frente ao quarto. 'Tô ansioso pra ver como ele vai se sair amanhã. — comentei esfregando meus pés nos de Sanji. 

 — Eu também. Tira umas fotos ou grava um vídeo e me manda. — sugeriu, acariciando meu cabelo enquanto mexia no celular com a outra mão. 

 Murmurei concordando sentindo o sono chegar aos poucos junto com o cheiro gostoso que emanava de Sanji, me deixando mais relaxado do que já estava por causa do sake que bebi mais cedo. 

 Depois de um minuto inteiro de puro silêncio, Sanji soltou uma risadinha que me deixou curioso. 

 — O que foi? — perguntei com a voz sonolenta, mantendo meus olhos fechados. 

 — Nada não. — desconversou ainda mexendo no celular. 

 — 'Tô curioso. 

 — É que a gente 'tá parecendo até dois pais babões por causa do Chopper. 

 Abri um dos olhos encarando Sanji que me olhava com um certo divertimento. 

 — Pais de um marmanjo de dezessete anos. — falei rindo e apesar da brincadeira, era bem verdade o que Sanji tinha dito. Mas isso não era só com a gente, inconscientemente todo mundo acabava tratando Chopper como um bebê.

 — Mas imagina só ter alguém chamando a gente de pai. 

 — Coitada dessa criança. — brinquei. 

 — Você é muito corta clima, marimo. — resmungou revirando os olhos. 

 Apertei o abraço esfregando meus pés novamente nos dele, fazendo uma vozinha enjoada enquanto eu apertava a cintura de Sanji fazendo ele rir. 

— Você seria um ótimo pai.

— Você também seria, mas isso não é uma coisa que precisamos nos preocupar agora. Primeiro você tem que aprender a voltar pra casa sem se perder no caminho. — o maldito riu achando graça da própria piada, reclamando do beliscão que dei em sua cintura. 

 — Eu seria um ótimo pai mesmo. 

 — Sim, você seria. — ele concordou acariciando meu abdome por baixo da blusa, deixando um beijo na minha nuca. 

 Seis meses atrás a gente nem pensava muito na possibilidade de morar juntos e, agora, estamos aqui na nossa cama, conversando sobre a possibilidade de ter um filho.

 Definitivamente vir morar com Sanji não tinha sido uma má ideia, e também não seria uma má ideia daqui uns anos ter alguém por perto correndo pela sala, nos chamando de pai. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!



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