de tirar o fôlego escrita por Lucy


Capítulo 1
único


Notas iniciais do capítulo

considerações:

1) eu amo jakudoppo
2) eu amo o doppo sendo incapaz de se ver como alguém desejável
3) eu amo ver o jakurai provando que ele está errado



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Como sempre, Doppo cede rapidamente à pressão.

Mesmo que tal pressão seja física e nem um pouco intimidante — é só o corpo de Jakurai sobre o dele, empurrando-o contra a cama. Dedos longos passeiam ao longo de sua espinha, toques sutis fazendo com que arrepios corram por todo o seu corpo. Doppo é fraco, tão fraco (o que mais poderia se esperar dele?) que não luta contra essa sensação. Ele não quer resistir.

Seu corpo está mole no momento em que seus braços caem contra o colchão, fazendo um leve barulho, mãos escorregando do rosto angélico de Jakurai. É tão difícil respirar; ele força o ar para fora de seus pulmões em longos suspiros, mas não é o suficiente, nada disso é o suficiente. Desejos inquietos estão o comendo por dentro, implorando para serem realizados, para que enfim a coceira no fundo da garganta dele vá embora, para que o coração dele pare de esmurrar contra suas costelas com uma força desmedida. Ele precisa de mais. Ele não aguenta mais.

Doppo se agarra nas roupas de Jakurai enquanto os lábios dele se aproximam, beijando seu pescoço. Ele quer agarrar e puxar o cabelo dele, mas opta por morder o ombro de seu parceiro — algo dentro dele diz pra continuar assim, pra agir de maneira tão agressiva quanto seu corpo está pedindo para ser. Ele segura um pouco mais firme na camisa dele, e segura os gemidos que se acumulam em seu peito. Invés de soltá-los, ele foca em sua respiração: inspira, expira, inspira... não facilita nem pouco o processo, não ajuda ele a ignorar a febre que queima sua pele. 

Só um doutor pra salvar ele nesse momento.

Ele chama por Jakurai, deixando escapar um barulho patético. A reação dele é se afastar e olhar para Doppo, com uma doçura que parece inapropriada para a situação. Sua voz transborda de afeição quando ele sussurra um "eu te amo", e o rapaz é incapaz de responder com algo além de um "aham" rouco. Jakurai sorri, observando a bagunça debaixo dele, e a abraça com um pouco mais de força dessa vez. 'Como arde', Doppo quer reclamar, seu corpo inteiro está ardendo e não tem ar o suficiente nesse quarto. É terrível. Ele quer se afogar nessa sensação.

Mesmo depois de jogarem camisas e calças para longe, nada muda. Na verdade, parece até que a temperatura subiu; suor escorre pela sua nuca, seu cabelo gruda na pele. É muito ao mesmo tempo, e tudo de uma vez. Beijos molhados se espalham pelo seu corpo, e é incrível — inacreditável — como as mãos de Jakurai conseguem alcançar cada centímetro dele, como cada toque parece deixar uma marca. A voz dele arranha os ouvidos de Doppo, soltando palavras de amor e elogios. É demais pra ele. Ele não aguenta mais. Ele se deixa levar e abre a boca, se permitindo expressar cada parte dele que parece estar vindo abaixo. Puxando por ar mais uma vez, ele tenta esquecer o quanto o corpo dele está tremendo.

Ele se agarra nas costas de Jakurai, ainda chamando pelo nome dele em meio ao seu torpor febril, e faz uma promessa.

“Eu quero me devotar à esse homem. Eu quero dar minha vida pra ele."

É um sentimento tão sufocante.


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