Oráculo escrita por Lumus


Capítulo 9
Capítulo 9: Anel


Notas iniciais do capítulo

Oioi me perdoem pelo sumisso, sei que deixei muito de vocês bastante curiosos a respeito da vida da nossa pequena Ana. Prometo a vocês ao menos 1 capítulo por semana, e agradeço aqueles que ainda estão me acompanhando nessa jornada. Boa leitura!



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Quando nossos lábios se tocaram meu corpo se acendeu novamente, a ultima vez que havia sentido tamanho sentimento havia sido com o Isaac. Mesmo eu querendo e meu corpo lutando contra minha vontade, eu ainda estava receosa, eu havia prometido a mim mesma nunca mais me deixar levar pelo meu coração. Talvez estivesse equivocada.

— Não lembra de mim... – ele disse e eu me afastei, seus olhos entregavam seus sentimentos, ele estava triste, eu conseguia senti que nos dois tivemos algo muito intenso, mas por que eu não me lembraria?

— Eu não entendo... Não sei nem quem você, eu só achei a carta, ela me trouxe até você. – Ele se aproximou e me olhou nos olhos.

— Que carta? – Perguntou e eu lhe entreguei o papel que havia sido deixado em baixo da cama no chalé. – Quem escreveu isso? – Ele caminhou até a sua mesa e começou a fuçar alguns papeis nas gavetas.

— Eu não sei, eu tive um sonho que me levou até um chalé, e isso me trouxe até você – Disse apontando para o papel em sua mão. – Eu não sei por que estou aqui, esperava que você me dissesse, e nem sei por que confio em você, mas eu preciso de ajuda. Estou perdida. – Me sentei em uma das poltronas espalhadas pela sala, era um local realmente bonito, rústico, me fazia lembrar a realeza, o que era muito estranho se tratando de uma boate.

— Você corre perigo Ana, quero que fique na minha casa, um carro vai leva-la ate la em segurança. Irei resolver algumas coisas aqui e logo estarei lá – Ele se aproximou, ajoelhou no chão e segurou minhas mãos - Sei que está tudo confuso, não só para você como pra mim, eu vou te contar tudo que sei, mas preciso que vá agora. Sei que é difícil, por favor, confie em mim! Jamais colocaria sua vida em perigo – Eu sorri e ele depositou um beijo em minha testa, eu poderia estar cometendo um grande erro, mas talvez Louis seja o erro que eu sempre deveria ter cometido. “Confie em seus instintos Ana”.

Fui acompanhada até o carro por dois seguranças, ao entrar me deparei com uma mulher dentro, era bem mais velha, vestia uma saia que cobria seus joelhos e uma blusa gola alta, seu sorriso era encantador. Foram cerca de 40 minutos de carro até chegarmos em um terreno enorme, a casa era incrivelmente grande e moderna, cercada de seguranças e câmeras.

— Seu quarto é o segundo a esquerda, a porta tem a cor do seus olhos. Roupas, joias e sapatos estão ao seu dispor, o senhor Houston pediu que se sentisse em casa. Qualquer coisa que precisar é só me ligar, meu telefone está em um cartão no seu quarto, ele não demorará a chegar – A mulher disse enquanto parávamos na porta.

— Obrigada, mas gostaria de saber seu nome, se não fosse incomodo – Disse e ela sorriu.

— Samantha Fall, sou secretária da família Houston, não se preocupe está em boas mãos – Concordei com a cabeça e desci do carro, confesso que já vi muitas coisas incríveis em minha vida, mas nada jamais chegou a ser 1/3 da casa do Louis. A entrada era pelo teto, os quartos eram logo na entrada e a cozinha e sala eram em baixo. Era simplesmente perfeita, era suspensa e presa em rochas a uma altura imensurável, sua arquitetura era deslumbrante.

            Entrei e fui direto para o “meu quarto”, queria eu que isso tudo fosse realmente meu, curioso a porta ser da “cor dos meus olhos” seria coincidência? Eu estava exausta demais para pensar, precisava de um banho para então explorar a casa. Infelizmente o cansaço me venceu e eu me deixei levar por um sono muito profundo.

Eu estava correndo, algo me perseguia, uma coisa encapuzada, não era humana, não poderia ser. Seus pés não tocavam o chão, seus olhos eram branco-acinzentado, o ar era pesado, eu não ia conseguir. Por fim havia parado de ser perseguida, meu corpo se tornou imóvel, petrificado, eu tentava gritar, correr, e nada funcionava. Em frente aos meus olhos estava um carvalho, grande demais e mais antigo que meus ancestrais. Uma profecia estava escrita em seu tronco. “Quando a mulher se lembrar, sua memória retornará só assim então o oráculo se revelará”.

Acordei com meu corpo trêmulo, rapidamente me levantei e escrevi a profecia em um papel, já era dia, tomei um banho e fui em direção ao closet.  Era enorme, havia muitas roupas e sapatos de grife, abri as gavetas e milhares de joias estavam nelas presentes. Ao fundo da gaveta havia caixinha, nela tinha um anel com um papel escrito a mão “Para meu amor que tornou minha vida tão colorida quanto seus olhos violetas”, soltei-a no chão, Louis ia me pediu em casamento? Esse quarto era meu? O que está acontecendo? Olhos violetas? Após terminar o banho desci até a cozinha, Louis estava cozinhando com uma calça moletom e uma camisa azul marinho, o sol emanava e atingia sua pele caramelo, que resplandecia.

— Bom dia – Disse ao perceber minha presença – Fiz ovos mexidos com bacon, não sou bom na cozinha, então não espere muito – Sorriu e eu me aproximei com a caixa na mão

— O que é isso? – Perguntei e seu sorriso se fechou

— Não acredito que você guardou aqui esse tempo todo – Disse a tomou de minhas mãos, seus olhos se encheram de lágrimas mas ele as conteve.

— O que isso significa Louis, você me prometeu respostas – Caminhei em direção a sala e ele me seguiu, nos sentamos no sofá, sentindo a brisa e o calor do sol, assim, nossos olhos se encontraram novamente.

— Não posso te contar muito, mas basicamente eu te pedi em casamento quando você tinha 22 anos, eu não sei como e nem porque você voltou no tempo, e com isso todos voltaram com você, por isso tem 18 anos agora. Mas era preciso que eu ainda me mantivesse aqui, que eu me lembrasse de você e te guiasse.

— Eu aceitei o pedido? – Perguntei e ele negou com a cabeça.

— Você me disse que se realmente nosso amor fosse verdadeiro, você se apaixonaria por mim novamente.

— Por que eu fiz isso? Não faz sentido... – Disse e ele se levantou

— Eu não faço ideia, mas quando te conheci, você me contou sobre o oráculo, havia descoberto onde estava, eu realmente não entendo, mas também não a questionei. Você sabe muito bem no que estava se metendo Ana, e eu entendo se não quiser ficar aqui, é realmente diferente, mas saiba que sou a única pessoa capaz de proteger.

— E como tem certeza disso – Me levantei e me aproximei

— Por que eu amo você, sempre amei, e como disse, jamais vou deixar nada de ruim acontecer contigo. Não subestime minhas habilidades querida – Sua mão segurou meu queixo, eu não sabia quem ele era, mas precisava beijá-lo. Assim que nossos corpos se tocaram, e nossas bocas se uniram, nossos corpos se tornaram um só. E ali, naquela vista cobertos pelo calor e brilho do sol, eu soube, não poderia estar em outro lugar.

 

 


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Notas finais do capítulo

Segue o link de representatividade da casa de Louis:

https://www.luxury-architecture.net/wp-content/uploads/2018/05/granito-house-los-angeles-Futuristic-Looking-Home_1.jpg

Casa incrível né? Não sei vocês, mas queria eu passar a quarentena nessa casa haha

Comentem bastanteee e até o próximo capítulo...



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