Oráculo escrita por Lumus


Capítulo 6
Capítulo 6: Tortura


Notas iniciais do capítulo

Oioi, sejam bem vindos a mais um capítulo. A partir de hoje vou demorar um pouco mais a postar os capítulos, maaas prometo capítulos um pouco maiores. Boa leituraa!



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— Ela acordou... – Disseram enquanto vinham em minha direção, parte de mim estava feliz por ter conseguido atrai-los para longe do Isaac. Eu ainda estava sem forças, como se estivesse drogada, meu corpo ainda doía por inteiro, não fazia ideia do que tinham feito comigo, mas com o Isaac tinha sido muito pior. O primeiro homem tinha uma tatuagem de dragão no pescoço, era moreno e usava um casaco azul na cintura, já o outro possuía uma cicatriz enorme no rosto.

— A princesinha vai falar ou vai querer ver o amiguinho ali morrendo? – O da tatuagem disse enquanto apontava para o Isaac, ele estava perdendo as forças.

— Não fala nada Ana, eu vou ficar bem – Ele gritou e rapidamente o da cicatriz voltou a tortura-lo, cada grito fazia com que meu corpo inteiro se arrepiasse. Até que os gritos pararam, olhei para trás e ele havia desmaiado.

— O que vocês querem saber? – Minha voz ainda estava trêmula, tentava manter a calma e pensar no lado positivo da situação, mas algo não saia da minha cabeça, era tudo minha culpa.

—Não se faça de tola boneca, queremos saber onde está o oráculo, queremos a garota – Ele sorriu e se aproximou.

— Que garota? – Perguntei.

— A garota dos olhos violeta – Ele disse e senti meu corpo inteiro tremer, como eu estava grata ao meu pai por ter me entregado as lentes de contato. – Agora princesa, diga onde ela está. – Isaac acordou e o homem da cicatriz pegou um taco de basebol, a primeira acertou a barriga, ele cuspia sangue.

— Para por favor... – Supliquei – Falo o que você quiser, mas deixe ele em paz – Comecei a chorar, eu só queria fugir dali, me sentia tão culpada, ele tinha avisado que seria uma armadilha. Mas jamais esperava esse tipo de coisa, eu precisava consertar a situação o mais rápido possível. – Como eu iria saber onde está o oráculo? – Perguntei e ele agachou em minha frente.

— Sabemos que também estão atrás dela, mas não nos interessa o porquê. Todos estão a procurando e você sabe onde ela está – Disse, me lembrei do sonho que havia tido, o oráculo na cabana, até então era a única pista que tinha, e eu sabia que se falasse, teria que arranjar um jeito de chegar lá primeiro que eles.

— Uma cabana na praia é tudo que sei, tem cortinas nas janelas e flores na varanda. – Contei e ele olhou para o outro homem que estava em pé com o taco na mão.

— Como é essa praia? – Perguntou

— Eu não sei, mas acho que seja perto da Califórnia, Malibu ou Los Angeles, eu não sei... – Ele se levantou, chamou o outro homem e eles saíram. Parecia que já sabiam do que eu estava falando, talvez alguma pista que precisava de comprovação, não sei como sabiam que estávamos atrás do oráculo, e muito menos se teriam sido eles a incendiarem minha casa.

 Olhei para trás e Isaac ainda estava desmaiado, seu corpo estava coberto de sangue e hematomas. Procurei algo que me ajudasse a cortar a corda, mas nada estava perto o suficiente para que eu pudesse alcançar. Eu não sabia quando voltariam, mas precisava sair dali o mais rápido possível. Percebi que tinha um copo de vidro em cima de uma mesa que estava razoavelmente perto, estiquei o meu corpo o máximo que eu podia até que meus pés alcançaram a mesa. Depois de várias tentativas, finalmente consegui derrubar o copo, puxei o vidro com o pé, o que resultou em alguns cortes superficiais. Graças aos meus três anos de yoga online, consegui cortar a corta com os pés. Levantei ainda tonta e fui em direção ao Isaac, tentei cortar as cordas com o vidro, mas não estava funcionando.

— Vai embora Annie, você precisa sair daqui – Sua voz estava tão fraca que mal pude ouvi-lo.

— Ficou maluco? Acha mesmo que vou embora e deixar você aqui? – Perguntei e ele se calou. Saí em busca de algo afiado o suficiente para que pudesse cortar as cordas, mas a única coisa que encontrei um alicate jogado no fundo da sala, teria que servir. Depois de várias e várias tentativas, finalmente consegui, assim que se soltou ele caiu em meus braços.

— Ai meu deus, o que fizeram com você?  Vai ficar tudo bem, vou tirar a gente daqui - Disse enquanto passava a mão em seu cabelo, ele abriu os olhos e sorriu. Eu só queria pedir desculpas e dizer o quanto eu tinha errado em não acreditar nele, o ver daquele jeito me fez sentir as piores sensações do mundo.

— Nunca duvidei de você Annie – Disse e logo depois começou a tossir. Segurei seu braço ao redor do meu pescoço e andamos em direção a uma porta. Estávamos em uma fábrica abandonada, não havia nada ao redor, coloquei Isaac sentado em um banco e fui atrás de algo que nos ajudasse a sair dali. Havia vários carros abandonados no estacionamento, poderia ter algo a ver com o que tinha passado no jornal, continuei caminhando e escondido atrás de uma árvore estava uma ambulância. Eu não sabia muito sobre remédios ou curativos, apenas algumas coisas básicas que tinha aprendido com minha mãe. Peguei uma caixa de primeiros socorros, alguns medicamentos e um casaco usado pelos socorristas. Voltei para onde ele estava e apliquei 2 ml de dexacitoneurin com uma injeção, era um anti-inflamatório para as lesões internas que havia sofrido. Comecei a limpar os ferimentos externos com soro fisiológico e algumas gazes, logo depois o vesti com o casaco e novamente fomos atrás de uma saída.

— Aquele carro ali – Ele disse apontando para um carro vermelho estacionado – Ele tem portas automáticas, só abre com a digital, se você cortar os fios em baixo, ele desativa o sistema e as portas abrem.

— Não é mais fácil arrombar algum outro mais simples? – Perguntei e ele negou com a cabeça.

— Esse é o único que pode ainda estar funcionando e os outros... os motores estão desativados, esse não, como disse os sistemas são internos – Olhei ao redor e todos os carros estavam com o capô levantado e sem o moto. Deixe-o encostado em uma cerca enquanto fui até o carro vermelho. – Deita embaixo e procura tipo uma caixa preta, ai você puxa a tampa para baixo. – Assim o fiz, quando deitei percebi que ainda havia alguns estilhaços de vidro no meu pé que ainda sangrava, abaixei a tampa e havia alguns fios coloridos.

— Tem vários fios coloridos aqui – Disse e ele se aproximou apoiando na porta do carro.

— Puxa todos os fios azuis – Puxei e as portas destravaram, levantei e fui ajuda-lo a entrar no carro. - Como vai dirigir com o pé machucado? Precisa me deixar olhar isso – Disse e eu neguei com a cabeça.

— Eu estou bem, você mal consegue cuida de si mesmo Isaac, fica tranquilo, vamos ficar bem. Só precisamos sair daqui – Disse e ele escorou a cabeça no vidro.

— E agora? Pra onde vamos? – Ele perguntou.

— Los Angeles, Califórnia...


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Notas finais do capítulo

Oioi, não se esqueçam de comentar e clicar em acompanhar para receber notificação dos próximos capítulos. Me contem o que estão achando dessa duplaa, será que Ana um dia vai conseguir perdoar o Isaac?
Até o próximo capítulo....



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