Cullen sister escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 32
Capítulo 32: Surpresa




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Março de 2006

Quando Alice chegou à cidade de Forks, encontrou a casa do chefe Swan fechada e escura. Ela deu a volta procurando de uma brecha por onde pudesse passar e conseguiu entrar na residência pela janelinha do banheiro no segundo andar. Nunca foi tão bom ser tão pequena! Aliás, é por esse motivo que ela consegue fingir ser uma adolescente quando na verdade é uma jovem adulta de dezenove anos.

Ela não sabia como deveria se apresentar a Charlie, se iria assustá-lo mais do que outra coisa encontrá-la ali dentro de sua casa no escuro, ficou então sentada no sofá esperando até ouvir a aproximação da radiopatrulha. Enquanto refletia e aguardava ali na sala ouviu o som de um carro que vinha nessa direção, mas não era o carro do policial, era outro. Porém ele parou longe dali, deve ser de outra casa próxima.

Para sua surpresa ouviu alguém colocar a chave na fechadura e abrir a porta. Como ela não percebeu antes? Ela estava tão distraída procurando ver o que Edward estava fazendo ou iria fazer que nem percebeu o que estava acontecendo ali mesmo. Quem será? Não reconheceu o cheiro então não é Charlie que veio de carona com um amigo. Seria compreensível, ele talvez não poderia dirigir para voltar para casa.

Mas o cheiro que Alice se lembra não era assim, uma pessoa não muda de cheiro tanto dessa forma. O aroma lembra cachorro molhado com o perfume adocicado de Bella. Deve ser ele, quem mais seria para abrir a casa? Se fosse um ladrão iria arrombar a porta. E todos sabem que essa é a casa do xerife, nenhum bandido iria querer roubar a casa. Além do mais, não tem nada especial aqui.

Ele estava no velório, provavelmente mexendo no caixão e no corpo da filha então é claro que teria o cheiro dela. Não é difícil imaginar a cena: Charlie abraçado ao corpo sem vida da única filha. Deve ser uma perda esmagadora, atordoante. Alice pensa em Esme, como ela reagiu ao perder seu único bebê. Talvez a mãe reaja um pouco diferente do pai. Charlie estava afastado da filha antes de Bella se mudar para cá, então não era tão apegado. Ele teve que se acostumar com isso, mas agora...

As luzes se acendem de repente pegando-a desprevenida, mais uma vez. ‘Alice o que está acontecendo com você?’ ela se recrimina. E inacreditável; quem está em pé diante dela não é Charlie, mas sim a própria Bella. Fedendo como um lobo, diga-se de passagem. Como é possível? O que houve com seu cheiro gostoso?

A jovem humana reage de forma inesperada ao ver a amiga vampira ali na sua casa – Alice esperava talvez que Bella fosse ficar brava com a invasão de domicilio, mas lembrou que Edward também fez isso e ela não reagiu de maneira zangada:

— Alice! – exclama Bella emcionada e pula no pescoço da vampira para lhe dar um abraço; - Ah, Alice senti tanto sua falta!

— Bella! Eu também senti muito sua ausência, mas como é que você está viva e bem? Eu a vi pular no mar – pergunta confusa. Sabia que suas visões não são infalíveis, mas nesse caso como foi acontecer isso. Será que seu medo de perder a amiga interferiu? Não pode ser.

— Oh! Jacob me salvou – senta no sofá e indica para a amiga, embora não necessite Alice segue a humana. – eu não vi que estava se aproximando um furacão e quase me afoguei. Escolhi um dia muito ruim. Harry Clearwater, um amigo de Charlie teve um ataque cardíaco.

— Ah, sinto muito! Mas esse seu smigo não é humano nem vampiro porque eu teria visto você sair da água se fosse.

— Não exatamente – Bella hesita com receio de irritar Alice. – quer dizer, não o tempo todo. Jake é um lobisomem.

— O quê?! Bella, meu irmão foi embora para protegê-la de outros vampiros menos civilizados do que nossa família, ou até mesmo de nós, e você encontra outro monstro mitológico? Você realmente tem uma atração pelo perigo. Lobisomens são instáveis e irritáveis, você não deveria ficar perto.

— Mas ele é meu amigo, não posso me afastar dele, assim como não posso ficar longe de você.

— Eles são perigosos.

— Dizem o mesmo de vampiros.

— Nós não somos irritáveis e instáveis – diz o jovem quileute entrando na casinha.

—Jacob, você veio! – exclama Bella entusiasmada, porque ele tina dito que não se meteria nisso e a mandou ir sozinha.

— Sim, eu vim ver se estava viva ainda – responde. É claro que ele já sabia disso, pois não ouviu nenhum grito ou barulho diferente. Nem sequer sentiu cheiro de sangue se ela não tivesse podido nem gritar.

Bella mostra a língua para o amigo. Se ele estivesse tão preocupado mesmo não teria deixado ela ir sozinha para casa.

— Eu estava certa.

— Claro, claro. É só uma inofensiva Cullen, mas poderia ser uma armadilha, que bom que não é.

— Não somos tão mansos assim, podemos atacar quem nos ataca, lobo. Mas armadilha porque? Quem estaria atrás dela? Eu não vi nada.

— Então vocês não sabiam, deveriam saber que a ruiva voltaria.

— Victoria? – Alice pede olhando para Bella, dando as costas por uma fração de segundo para o lobisomem o que poderia ser um erro fatal.

— Sim ela mesma. Eu acho que a vi nadando também.

— É esse o nome dela então? – indaga Jacob com repulsa.

— Sim, ela quer me pegar para fazer Edward sentir a dor que ela sente por terem acabado com James. E também porque eu sou um alvo mais fácil.

— SERIA se você estivesse desprotegida como ela pensa que está depois que os Cullen foram embora, mas ela não esperava que existissem lobisomens. Nós não vamos permitir que ela a machuque.

— Vocês? Existem outros de sua alcateia?

— Por enquanto, somos em cinco lobos gigantes, mas outros se transformam quando monstros da sua espécie vem para o nosso território.

— Nós não somos monstros!

— São sim, deveriam estar mortos!

— Jake! – Bella intervem.

— A maioria da nossa espécie, vivem do jeito antigo, nós sabemos que somos a exceção.

— Cuidaremos dela, mais do que vocês que a abandonaram correndo tamanho risco.

— ...

Alice iria responder que ela estava vigiando de longe e que Edward fez isso para proteger Bella, mas o telefone toca nesse instante ‘Triiiiiiiiiiiiiim’ ‘Triiiiiiiiiiiim’. Mesmo sem ser sua casa Jacob atende, provavelmente tão perturbado pelo barulho quanto a vampira, no entanto deveria ter deixado a dona da casa falar:

— Residência dos Swan, o que deseja? – ele tenta parecer educado, mas a agressividade transparece em sua voz.

‘Quem quer que seja do outro lado da linha deve ter ficado assustado. E se for Jessica ou Angela?’ pensa Bella.

Ela se aproxima do aparelho para ouvir:

— Gostaria de falar com Charlie, é o Dr. Cullen – se apresenta Edward passando pelo pai.

— Ele não está, pois foi a um enterro – responde secamente.

O velório era do amigo de Charlie, Harry Clearwater, mas Edward pensou que fosse o enterro de Bella, confirmando assim a visão de Alice.

A ligação é interrompida do outro lado e então Jacob coloca o fone de volta no gancho dizendo irritado:

— Mal educado! Desligou bem na minha cara.

— Carlisle jamais faria isso! – dizem Bella e Alice juntas defendendo o médico.

— Quem lhe deu o direito? – Bella grita com Jacob que dá de ombros.

— Fiz um favor e assim que me agradece?

— Seria um favor se eu não estivesse em casa idiota. Poderia dizer para esperar que eu iria atender.

— Ele não pediu nem para falar com você ou sobre você.

— Mas eu moro aqui! Eu é que deveria conversar com ele.

— Agora já foi.

Bella revira os olhos e ao virar a cabeça, a vampira fica com o olhar anuviado e a humana percebe o que está acontecendo.

— Alice!

— não era Carlisle ao telefone, era Edward. Agora ele pensa...

— ...que eu estou morta. –  Bella conclui a frase da amiga. – ‘Obrigada’ Jake – diz ironicamente.

— Disponha. – responde sem perceber o tom da voz da amiga. – Ei, eu não quis fazer isso, foi involuntário!

— Não importa. O que temos que fazer agora Alice?

— Deixe primeiro eu contar o que aconteceu para você entender. Eu vi você pulando do penhasco enquanto caçava com Rosalie e acabei falando para ela que contou para nosso irmão Edward por telefone, pois ele não está morando aqui nem sabemos onde ele está e então ele ligou agora para cá para confirmar. Mas está enganado e precisamos desfazer esse mal-entendido. Eu me sinto tão culpada!

— A culpa não é sua, se eu não tivesse  pulado daquele maldito precipício! Ou se Jake não tivesse atendido o telefone na minha casa.

— Você iria dizer o quê?

— Eu mostraria que estou viva falando com ele.

— Ah, é verdade.

— Agora por culpa sua está tudo bagunçado. Que confusão!

— A culpa é da loira.

— Sim, Rosalie não tinha nada que ter dado com a língua nos dentes – diz Alice. – Espero que agora fique contente.

— Mas ele foi embora porque iria se importar com ela? – questiona Jacob. – Não faz sentido.

— Já ouviu que o amor nem sempre faz sentido? – diz Bella.

— Ele teve que abandoná-la para protegê-la. Edward pensou que ela estaria mais segura assim, mesmo sofrendo muito ele teve que partir. Talvez agora ele até sinta-se culpado de certa forma pela suposta morte de Bella.Nós precisamos ir para a Itália impedi-lo de fazer uma besteira.

— Ele não pode morrer! Não só por minha causa, porque é um engano, mas pela família dele. Esme e Carlisle e todos os outros.

— Não vá Bella; por favor, fique – pede Jacob.

— Não posso, eu preciso ir. Tenho que ir.

— Não tem não. Você não precisa se meter o problema é dele eles que resolvam.

— Eu estou envolvida também, Jake.

— Ele não vai voltar para você depois.

— Não importa, farei isso por todos, não só por mim. Esme merece, imagino a dor que seria para ela perder o filho.

— Ela é forte, deixe-a. Não pense neles, só em você.

— Eles são minha família, ou seriam. Eu amo cada um deles. Eu não sou egoísta Jacob, vou pensar em mim sim, mas isso também os envolve. Não nos separamos mais. Estamos juntos e somos um só.

 - Bella, Charlie não merece isso. Fique por ele!

— Meu pai vai ficar bem não se preocupe. Eu vou voltar para casa logo.

— Ele não a quis, não vá atrás dele, não faça isso.

Bella sente no fundo do coração que não é verdade, agora percebe. Não sabe como acreditou nisso antes. Ele mentiu para ela e também para si mesmo.

— Arrume as coisas Bella, vou ligar para o aeroporto e comprar nossas passagens. Vocêm tem passaporte não tem? Não tenho tempo para falsificar um agora. – diz Alice.

— Sim, eu tenho sim. Minha mãe quase se casou com Phil no México e eu fiz o passaporte antes dela desistir da ideia.

— Ótimo – diz a vampira e vai a outro cômodo para telefonar.

—Bella, por favor pense bem no que está fazendo – insiste Jacob.

— Já pensei.

— Não pensou não.

— Só porque eu não decidi o que você quer não significa que eu não refleti. Sei muito bem o que estou fazendo.

Sobe as escadas para o segundo andar com o amigo logo atrás. Entra no quarto e arruma a mala. Somente o necessário, não sabe quanto tempo vai ficar lá.

— Você não pode fazer isso com Charlie, Bella. É horroroso! E quase crime.

— Mas não é. Eu tenho mais de 18 anos e posso ir aonde quiser e quando quiser e com quem eu quiser. Eu vou voltar, não se preocupe.

Eles descem para o primeiro andar. – Pronta? – Alice pergunta assim que Bella desde o último degrau.

— Sim – Bella responde.

— Então vamos para o aeroporto. Nosso avião decola daqui a duas horas para Florença.

— Vamos demorar muito?

— Dois dias no máximo.

— Ah que bom! Vou escrever para Charlie não ficar preocupado.

As amigas saem da casa e entram no veículo estacionado em frente.

— Cuide de meu pai por mim Jake, deixei um bilhete para ele na geladeira explicando tudo.

— Pode deixar.

Alice liga o motor do carro e em poucos instantes desaparece ao dobrar a esquina.

Depois de ver o carro sumir, Jacob corre para o lado oposto e entra na floresta para se metamorfosear.

...XXX...


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Notas finais do capítulo

oi, tem alguém aí?
espero que estejam bem e se cuidem bjos



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