Cullen sister escrita por Angel Carol Platt Cullen
Carole PDV
Há dias Carole vem tentando contato com o irmão:
— Carlisle finalmente! Estou tentando falar com você a mais de uma semana! O que houve?
— Tive alguns contratempos irmã, sinto muito e peço desculpas por não ter me encontrado quando ligou para mim – diz Carlisle contrito.
— Eu conheço essa voz... O que aconteceu exatamente?
— Agora tudo já passou não se preocupe, está tudo bem. Edward levou a namorada dele para nos ver jogando beisebol, o que não teria nenhum perigo se fôssemos apenas nós. Mas Alice não viu direito e nômades foram atraídos ao ouvir o barulho de nossa partida.
— Oh! – suspiro apavorada sabendo o que poderia ter acontecido. – Bella está bem, sim?
— Agora ela está bem sim, quer dizer ela quebrou uma perna e ficou inconsciente por alguns dias. Também precisou de transfusão de sangue devido aos ferimentos que sofreu.
— Eu imagino como é um encontro de um ser humano com um selvagem da nossa espécie. Quantos eles eram?
— Três: dois homens e uma mulher. Um desistiu de lutar, pois sabia que a chance de vencerem era ínfima sendo nós um grupo tão grande de sete vampiros maduros. Porém eles contavam com a possibilidade devido a nossa vontade de proteger o elo mais fraco, a humana. Eles não deveriam ter tentado, porque ela é a companheira de meu filho Edward e nós faríamos de tudo para mantê-la a salvo da ameaça.
Bella ainda é humana. Ainda.
— Você deveria ter me chamado e eu iria correndo ajudar irmão. Ninguém pode ameaçar minha família!
— Obrigada irmã, mas não foi necessário. Eu não queria que você tivesse que se envolver também nisso. Eram apenas dois.
— Sim, mas dois malucos. Sabe como nossa espécie é obstinada.
— Principalmente ele que era um caçador. Mas eles escolheram fugir ao invés de entrar em um confronto direto ali no campo. Pretendiam nos dividir para vencer.
— Viu só? Eles sabiam o que faziam!
— E nós também.
— O que eles queriam afinal de contas?
— Você lembra como eu disse que é o cheiro de Bella?
— Sim, é muito atraente.
Acredito nele, mas é preciso sentir para realmente saber.
— É verdade, mas para nós nem tanto quanto para Edward, pois ela é a cantante dele. Mas, imagine como é para vampiros que não estão acostumados a se reprimir como nós. Conseguimos resistir e nos controlar, pois fazemos isso a décadas. Não queria que terminasse dessa forma, porém ele não me deixou escolha, ele queria matar Bella; ou era ele ou ela.
— Entendo como foi difícil para você que é avesso a todo tipo de violência. Foi uma luta?
— A principio não; foi uma caçada. Mas sim, terminou em uma luta. James, o vampiro nômade, quase conseguiu o que queria, mas chegamos a tempo de salvá-la.
— Algumas pessoas, inclusive vampiros, não entendem que não se pode ter tudo na vida. Nem sempre querer é poder. Mas aonde vocês foram? Nem o telefone de casa atenderam. Eu liguei diversas vezes para lá e ninguém respondeu.
— Nós todos saímos de casa irmã. Foi por isso que você não encontrou ninguém. Foi uma atividade em família. No começo eu e Emmett fomos até Seattle, depois ele conseguiu nos despistar e foi para Phoenix e encontrou Bella onde Jasper e Alice a levaram.
— Vocês foram ao Arizona?! – digo espantada. Lá é o contrário de Forks, seco e ensolarado.
— Sim, fomos. Ainda bem que chegamos bem no momento certo. James conseguiu com a ajuda de sua parceira Victoria enganar Bella fazendo-a acreditar que havia sequestrado sua mãe, Renée.
— Que golpe baixo e sujo! Quanta covardia!– Ele teve o fim que mereceu. - Alice veria se isso tivesse mesmo acontecido – ela pode ver vampiros ainda melhor do que humanos.
— Certamente, mas Bella estava com Alice e Jasper e ele queria que ela saísse de perto deles. Esse foi o pretexto, a artimanha que ele utilizou. E funcionou. Ele sabia muito bem sobre os relacionamentos humanos. Bella não pensou que Alice teria previsto se ele tivesse mesmo capturado sua mãe e apenas fez o que ele mandou para o bem de Renée. Bella saiu de perto dos amigos e foi ao estúdio de balé perto da casa onde morou na infância encontrar o assassino. Só lá ela descobriu aliviada que era tudo uma farsa, um truque e Renée estava bem, ainda na Flórida; ela caiu na armadilha e foi enganada por James.
— Alice previu isso, não é?
— De certa forma sim, ela teve alguns vislumbres da sala de balé antes de Bella fugir e ainda mais nitidamente quando ela decidiu escapar deles. Ela permitiu isso. Você sabe que as visões de Alice dependem muito das resoluções das pessoas envolvidas.
— É verdade. E o que vocês fizeram com esse James?
— Não tivemos escolha a não ser matá-lo. No entanto a parceira dele conseguiu escapar e fugiu, pois ela tem um senso de autopreservação e pressente o perigo, ou algo parecido.
— Parece meu dom.
— É mesmo, às vezes até esquecemos disso. Você tem um dom latente.
— Essa Victória, ela vai voltar com certeza. Principalmente por terem matado seu companheiro. Independente se ele estava errado.
— Obrigado pelo conselho, irmã. Eu sei que a vingança ou retribuição digamos, é algo muito forte em nossa espécie, principalmente no caso de casais. Estamos alertas e vigiando. Alice verá se ela pensar em voltar e nos avisará.
— Não foi por uma falha que isso aconteceu?
— Foi.
— Então não esperem, se preparem – digo zelosa.
— Iremos fazer tudo que precisar.
— Como está Esme? – pergunto sobre minha irmã do coração.
— Ela está bem, não se preocupe.
— Sei que você não estaria tranquilo se não fosse verdade.
— Eu não permitiria que ela corresse risco desnecessário. Ela ficou aqui em Forks com Rose cuidando do pai de Bella.
— Ela é mais forte do que você imagina irmão. Esme fugiu do ex- marido.
— Eu sei, a conheço a quase um século tanto tempo quanto você, mas eu não gosto de vê-la se expor ao perigo.
— Você é tão superprotetor!
— Com você também. Não esqueça que a ideia de mantermos contato Foi minha. Não quero perder você de vista.
— Você é um anjo Carlisle, nos mantém debaixo de suas asas.
— Vocês são minha família e eu cuido de vocês. Aprendi a ser assim vendo o contrário.
— É verdade, nosso pai foi um exemplo de como não ser. Mande um abraço apertado e beijos para Esme da minha parte. Diga que eu a amo muito e penso nela todos os dias.
— Só nela?
— Claro que não seu bobo! Em todos vocês, todos os dias. Vocês estão no meu pensamento.
— Você também está na minha mente sempre. Cuide-se.
— Pode deixar.
— Tchau irmã, até logo.
— Tchau irmão. Mande um abraço e um beijo para todos por mim.
— Pode deixar. Agora preciso desligar. Estou chegando no hospital.
Carlisle estava com o celular em viva voz enquanto dirigia. Isso não o atrapalha tanto quanto afeta um humano.
— Até mais irmão.
Estaciona o carro e ‘clic’ desliga o telefone.
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