Miss Slasher escrita por Glauber Oliveira


Capítulo 6
Desespero


Notas iniciais do capítulo

Capítulo com foco nas personagens Zoe e Elena (e com mais uma morte). Boa leitura!



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 À noite, quando Ruby chega ao trailer, carregando algumas sacolas de mercado, as luzes do interior do lugar estão acessas, diferentes de como as deixou antes de sair. A mulher coloca as compras sobre a mesa e se dirige a outro cômodo também iluminado, o quarto de Beverly. Lá, a mulher encontra a jovem apressada colocando de qualquer jeito as roupas em uma valise e em uma mochila. A adolescente, de costas para ela, não nota sua presença.

— O que cê tá fazendo? — Ruby pergunta.

A garota sobressalta de susto e se vira para a mulher. Ao parar de fazer as malas, solta:

— Indo embora. Vou morar com uma amiga.

— Alguém quis ser seu amigo? Eu tô bem mais chocada com isso do que com o fato de você tá vazando daqui. Essa menina por acaso tem algum problema mental?

— Pode me provocar o quanto quiser. Eu não ligo.

— Uma hora cê vai voltar e perceber que precisa de mim.

— Você é quem precisa mim! Sem eu ou o Hector vendendo suas drogas, você não é nada!

— Sua parasita do caralho! É só eu entrar numa crise que você já corre pra outra pessoa com condições melhores. Mas sabe de uma coisa? Vai chegar um momento em que sua “amiga” vai te chutar como seus pais fizeram porque ninguém se importa com você além de mim!

— Até parece. Você só se importa com você mesma! E agora tá desesperada, mas ainda assim não perde a pose, né? Nem no fundo do poço deixa a soberba de lado.

— Essa é a sua chance de desfazer suas coisas. Se atravessar aquela porta com elas, vai se arrepender.

 O celular de Bev vibra e ela verifica o que é: uma nova mensagem de Dana.

— Minha carona chegou — a árabe avisa Ruby e termina de guardar as roupas restantes.  Então pega as bagagens e passa pela mulher.  — Até nunca mais.

***

 Zoe cobre o último manequim com um lençol de plástico fosco para que não empoeire as roupas. Como passou o dia livre por não haver aula, a indiana se ofereceu para ficar no turno da tarde para a noite e fechar a alfaiataria. Seus pais hesitaram em deixa-la sozinha na loja, porém a adolescente os assegurou que ficaria bem, afinal o Hector está preso.

 Alguém bate na porta da entrada. Zoe vai verificar quem é e se depara com Caleb em frente ao estabelecimento acenando para ela. De olhos arregalados, a adolescente paralisa de medo.

— Cê não vai me deixar entrar? — Impaciente, o rapaz chacoalha a maçaneta.

— Vou sim. — Com as mãos trêmulas, ela pega as chaves sobre o balcão e abre a porta. O atleta entra. Enquanto tranca a porta novamente, a garota olha a rua de um lado para o outro na esperança de haver uma viatura estacionada próxima dali, mas infelizmente não há, afinal já pegaram o assassino de Justine e Samara. Não existem mais motivos para a polícia lhe vigiar. — O que tá fazendo aqui?

— Depois do que aconteceu ontem no teatro, eu vim ver se você tá bem. Você nem respondeu minhas mensagens. Então eu fui na sua casa e seus pais disseram eu cê tava aqui.

— Eu precisei de um tempo sozinha. Ainda tô meio abalada com tudo que rolou.

— Relaxa — Caleb se aproxima da indiana e a segura pela cintura. — Vou fazer você se sentir melhor e esquecer tudo isso. — E começa a beijar o pescoço dela.

— Hoje eu não tô no clima — Zoe diz tentando se desvencilhar dele.

— E quando é que você tá no clima?!  — O atleta a solta, irritado. — Ultimamente tá sempre arrumando uma desculpa pra não transar: a primeira vez foi a menstruação, a segunda foi dor de cabeça, agora é a garota que morreu e você nem era amiga.

— O corpo dela caiu bem na minha frente!

— Exatamente. Na sua frente, não em cima de você, o que significa que cê tá bem. Então vamo foder, porra!

— Não — a palavra sai automaticamente da boca de Zoe.

— O quê?! — ele pergunta incrédulo. — Acho que eu não te escutei direito.

 A garota deveria retirar o que disse, como de costume, entretanto, ela chega ao limite só de pensar em fazer sexo contra sua vontade.  Portanto, repete em alto e bom som:

— Não!

 Caleb se vira e caminha em direção à porta até parar diante dela. Em seguida, retira as chaves da fechadura e guarda em seu bolso. Logo, se volta para Zoe:

— Você só vai sair daqui quando eu te comer.

 Avançando contra a indiana como um animal prestes a abater sua presa, num movimento ágil e fácil, o rapaz a agarra pelo pescoço, jogando-a de costas contra o chão. Ele já está em cima dela, ajoelhado. Enquanto uma mão continua segurando a garganta de Zoe, a outra tapa a boca para abafar os gritos de socorro. Mesmo sabendo que não possui chances de escapar do agressor com o dobro de seu tamanho, a adolescente se debate relutante.

— Você resistindo só me deixa com mais tesão — ofegante, Caleb fala com um olhar e um sorriso louco estampado no rosto. Ao ouvir isso, a jovem desaba em lágrimas. Depois, ele deita sobre o corpo da garota indefesa e começa a realizar movimentos de fricção. Zoe então o golpeia nas partes íntimas com uma forte joelhada fazendo-o rolar para o lado e assim saindo de cima dela. Não podendo fugir pela porta da entrada por estar trancada, a indiana sobe correndo as escadas para o andar superior da loja. Deitado no chão em posição fetal, se recuperando da dor, o atleta esbraveja: — Sua puta! Quando eu te pegar, você tá fodida!

 Zoe se aproxima de uma mesa onde, sobre ela, há uma máquina de costura, e abaixo, acoplada, há uma gaveta. A adolescente a abre e a vasculha rapidamente na esperança de encontrar uma tesoura para se defender, contudo há apenas uma fita métrica, um rolo de linha, pedaços de tecidos e um par de agulhas de tricô. A indiana escuta o namorado subindo as escadas, deste modo, agarra uma agulha e se esconde.

 Ao chegar ao topo da escada, Caleb fica parado e gira a cabeça de um lado para o outro, analisando o andar superior por completo, à procura da namorada.

— Você só tá dificultando as coisas — caminhando cautelosamente, ele fala em tom alto para que ela o ouça onde quer que esteja. — Cê sabe que eu vou te achar.

 O rapaz se aproxima de três cabines de provador com os interiores ocultos por cortinas vermelhas, e puxa o pano do primeiro cubículo da esquerda para a direita. O pequeno espaço se revela vazio. Caleb faz o mesmo com as cabines seguintes que também se encontram desocupadas. Isso o deixa furioso.

 Ele então fita um espelho grande — onde é possível se ver da cabeça aos pés — em um canto do cômodo, e se dirige ao objeto, o empurrando para o lado. Não há ninguém por trás.

 De repente, o atleta tem um insight ao notar o lugar repleto de manequins cobertos por lençóis de plásticos foscos, e começa a tirá-los de cima dos bonecos até restar apenas um. Caleb puxa o último lençol e debaixo do plástico, Zoe surge o apunhalando abaixo do queixo com uma agulha de tricô. O objeto atravessa o crânio do rapaz até sua ponta sair suja de sangue no topo da cabeça dele.

 Assim que a indiana solta a base da agulha, Caleb tomba morto no chão.

***

— Meus Deus, vocês moram numa mansão! — Beverly fala ao entrar na residência dos Nakata acompanhada de Dana e Hiro, que foram busca-la no carro do homem.

— Na verdade, é só uma casa um pouco maior do que as que geralmente têm por aí — o médico explica.

— É — a filha concorda. — Mansão de verdade é onde a Margot vive. Você precisa ver.

— Bom, pra mim, se a casa tá cheia de móveis e ainda assim faz eco quando eu falo, é mansão. — Ela então visualiza um objeto sobre a lareira da sala de estar e se aproxima, fascinada e curiosa.  — Isso é uma daquelas espadas de samurai?

— É sim — Hiro diz. — Esse tipo de arma se chama katana.

— E corta de verdade ou é só de enfeite?

— As duas coisas.

— Que chique.

 De repente, a porta da entrada se abre e Kevin surge vestindo seu usual uniforme da polícia.

— Nossa, hoje foi uma loucura — o rapaz começa. — Adivinhem quem foi pres... — E se interrompe ao notar a presença de Bev. — Oi, Beverly — sem jeito, ele cumprimenta a garota.

— Oi — ela o cumprimenta séria. — Sua irmã e seu pai já sabem o que aconteceu com o Hector. Eu mesma contei. E ele não é o culpado.

— Mas eu não acredito que seja — Kevin fala. — Só que não importa o que eu acho. A polícia tá procurando alguma digital dele na faca e confirmando se o sangue nela é o mesmo da Justine. Até lá seu irmão tem que ficar detido.

— Entendi — com os olhos marejados, a árabe se limita a dizer.

 Um silêncio constrangedor ronda os quatro. Dana então conta para Kevin:

— Sabia que o papai deixou a Bev morar com a gente por uns tempos?

— Não — o policial responde. — Mas que bacana! — E se volta para a convidada. — Bem vinda à família.

— Obrigada — Beverly agradece e se dirige a Hiro. — E obrigada por me acolher, senhor Nakata. Eu prometo que não vou dar trabalho.

— Imagina — o médico fala. — Você não quer guardar suas coisas no quarto de hóspedes antes da gente jantar? — A árabe assente. — A Dana vai te mostrar onde você vai ficar.

— Vamo lá. — A asiática aponta com a cabeça para as escadas rumo ao andar superior, e puxa a mala de rodinhas enquanto a amiga leva a mochila nas costas.

***

 Elena se encontra sentada no sofá, vendo um filme de comédia romântica. A garota está sozinha em casa já que sua mãe costuma ficar até tarde no trabalho — hoje principalmente, afinal, prenderam o responsável pelas mortes de Justine e Samara. De repente, o celular ao lado da adolescente começa a vibrar. Ela o agarra e vê que Zoe está lhe ligando. Deve ser algo importante, pois a amiga sempre manda mensagens de texto quando quer conversar. Logo Elena responde à chamada:

— Zoe? Aconteceu alguma coisa?

Eu fiz merda, Elena — a indiana responde com a voz embargada. — Uma merda muito grande, e não tem como consertar. Você precisa me ajudar, por favor.

Fica calma, tá bom? O que você fez?

Eu não consigo falar. Você mesma tem que vir aqui e ver. Sozinha.

Me diz onde você tá que eu vou aí.

Eu tô na loja dos meus pais.

— Ok, até daqui a pouco.

Até.

 Elena encerra a ligação, desliga a TV, calça rapidamente um par de tênis e pega as chaves do carro da mãe. Ela leva menos de meia hora para chegar à alfaiataria dos Shyamalan. A jovem estaciona atrás do carro de Caleb em frente à loja, e sai apressada do veículo, batendo então na porta da entrada do local. Zoe, que aparenta estar um pouco menos nervosa, não demora a atendê-la.

 — Agora me conta o que aconteceu — Elena pede à amiga ao entrar no estabelecimento.

— O Caleb não era o garoto perfeito como todo mundo pensa. Ele era explosivo e controlador, e só mostrava esse lado quando tava sozinho comigo. Lembra do roxo no meu ombro? Foi o Caleb. Eu sei que devia ter te contado antes, mas eu tava morrendo de medo.

— Sinto muito por você ter aguentado isso em segredo durante todo esse tempo. — Elena abraça a indiana. — Eu devia ter percebido que tinha algo errado, mas só fiquei pensando na minha gravidez e...

— Não esquenta. Seu problema é tão válido quanto o meu. E não tinha como você ou qualquer um saber o que ele fazia comigo.

— Espera, cadê o Caleb? O carro dele tá ali fora. 

— É por isso que eu te chamei. Preciso te mostrar um negócio. — Zoe sobe as escadas e amiga lhe acompanha. A indiana se aproxima de algo no chão coberto por um lençol de plástico. Pelo tamanho parece ser um manequim caído, mas Elena tem o pressentimento de que não é. — O Caleb tentou me estuprar e eu empalei a cabeça dele com uma agulha de tricô. Isso na sua frente é ele.

— Ai, meu Deus. — Elena leva a mão à boca. — A gente tem que chamar a polícia!

— Não, por favor!

— Por quê não?! Foi legítima defesa!

— Os pais do Caleb são advogados! Eles vão fazer de tudo pra que eu seja presa. Além disso, quem você acha que a justiça e a cidade vão acreditar? Na família do garoto branco de classe média, ou na garota indiana de família humilde? Pensa, Elena!

— Tudo bem. Então o que a gente faz? Se livra do corpo dele?

— É a única saída.

— Porra, Zoe, eu sou filha da Xerife!

— E também minha melhor amiga.

 Elena demora uns segundos, pensativa, até se decidir:

— Ok. E como faz pra sumir com o Caleb?

— Não sei. Você tem alguma ideia?

— Nenhuma. Vou procurar no Google. — Ela saca o celular e começa a pesquisar durante minutos. — Nada de útil. Devia ter pelo menos um tutorial ou algo do tipo.

 — Vamo pôr o Caleb no carro dele e afundar no rio Redlake.

— A polícia uma hora vai achar os dois.

— O importante é que não tenha qualquer prova que me ligue à morte dele.

— “Sem arma, sem crime” é o que dizem.

— A agulha é de plástico. Dá pra derreter.

— Isso fica pra depois. Primeiro a gente tira o cadáver daqui.

 E é o que ambas fazem. Usando luvas para faxina, enrolam Caleb num lençol de plástico e com certa dificuldade o carregam ao porta-malas de seu automóvel, sempre atentas caso alguém passe por aquela rua. Então, dirigem até o lago Redlake — Zoe no carro do namorado e Elena no da mãe — e estacionam na margem.

 No escuro, com os faróis apagados, elas retiram o corpo do porta-malas, desenrolam-no do plástico, e o colocam sentado no banco do motorista. Zoe fecha as janelas e, antes de soltar o freio de mão, puxa a agulha de tricô ainda presa na cabeça de Caleb, fazendo o sangue estancado escorrer num forte fluxo pelo pescoço, peito, barriga e o colo dele. Com nojo, a indiana vira o rosto e fecha a porta do carro num movimento rápido.

 As duas adolescentes empurram a traseira do veículo até ele descer a margem por conta própria. Em pé, lado a lado e de mãos dadas, elas o assistem afundar lentamente na água enquanto bolhas sobem à superfície. Assim que o veículo emerge por completo, sumindo de vista, Zoe começa a rir. Elena se vira para ela e nota que a amiga está chorando ao mesmo tempo em que gargalha.

— Eu finalmente tô livre desse filho da puta — a indiana comemora. — Obrigada, Elena.

— De nada. Mas ainda não acabou. Nós temos que voltar pra casa antes da minha mãe. Eu sou seu álibi. Quando te interrogarem, você fala que tava comigo depois de ter fechado a alfaiataria. — Zoe assente. — E avisa seus pais que você vai dormir lá em casa. — A indiana concorda de novo e faz imediatamente o que a outra garota pede.

 Ao passo em que Elena dá partida no carro de sua mãe e o retira dali, Zoe apaga qualquer marca de pneus que os automóveis podem ter deixado no solo terroso e úmido da margem. 

 Já dentro do veículo, sentada no banco do carona, Zoe solta de repente:

— Você e sua mãe conversaram depois de cê ter contado pra ela que tá grávida?

— Uhum — enquanto dirige de volta para casa e sem tirar os olhos da estrada, Elena confirma. — Ela até que foi compreensiva. Disse que me apoiaria em qualquer decisão que eu tomasse, seja ficar com o bebê, ou dar pra adoção ou inclusive abortar. Mas acho que ela não quer que eu seja mãe, pelo menos não tão cedo.

— Entendo. Só que o que você quer?

— Sinceramente? Não sei. Tem tanta coisa acontecendo desde que a Justine morreu que eu não consigo parar pra pensar direito nisso. Minha mente tá uma bagunça.

— Me desculpa. Depois de hoje ela deve estar mais bagunçada ainda. Porra, onde que eu tava com a cabeça em te envolver nisso?! Cê tá grávida! Se você tiver esse bebê e for presa, ele vai ser criado sem uma mãe por minha causa!

— Zoe, fica calma, tá bom?! Olha, eu escolhi me envolver nisso. E nenhuma de nós vai ser presa. Além do mais, eu nem sei se vou ser mãe.

 A indiana inspira e expira repetidas vezes.

— Acho que minha mente tá igual a sua agora.

— Ou até pior.

— Foi mal. Vou me esforçar pra não surtar.

— Ótimo. — Elena diminui a velocidade ao se aproximar de sua residência. As luzes estão apagadas como havia deixado. — Ainda bem que minha mãe não chegou. — E logo estaciona o carro na garagem. — Tá com a agulha aí? — Zoe ergue o objeto. — Vamo derreter isso agora.

 Dentro da casa, Elena se dirige à cozinha e vasculha os armários quando encontra uma lata de querosene e uma caixa de fósforos. Ela os entrega à indiana. Em seguida, sobe para seu quarto e pega da mochila um caderno, levando-o consigo ao retornar para o andar inferior.

 Ela e a amiga saem para o quintal dos fundos. Ambas andam até uma churrasqueira de ferro e Elena levanta a tampa dela, retirando então a grelha. Depois, arranca algumas folhas de papel do caderno e as amassa, jogando-as dentro da coisa metálica. Zoe, por sua vez, joga o líquido da lata de querosene sobre os papeis, e retira um palito de fosforo da caixa, riscando-o sobre a lateral da embalagem. A ponta do pequeno objeto de madeira se inflama e a garota o arremessa no interior da churrasqueira. Subitamente, uma enorme chama sobe fazendo as duas garotas sobressaltarem. Por um momento, Zoe encara a agulha de tricô em sua mão e diz:

— O que foi feito tá feito.

— O que foi feito tá feito — Elena repete.

 A indiana atira o objeto de plástico no fogo, que o devora.


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Notas finais do capítulo

Bom, não tenho previsão pra postar o próximo capítulo. Tô pensando em dar uma pausa pra descansar depois de fazer trabalhos da faculdade escrever essa história ao mesmo tempo. Além disso, um tempinho vai me ajudar a planejar melhor a trama daqui pra frente. Se você gosta de Seu Sangue Lhe Cai Bem, comente. Isso pode me ajudar a retornar mais cedo com os capítulos. É isso. Até logo!