ONE SHOT-No Ritmo dos Seus Sonhos escrita por Indi


Capítulo 1
MOVA-SE


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Dizem que cada um constrói o seu futuro baseados na escolha que fez mas, e se antes de você decidir, o seu antepassado escolheu por você?

 

O desespero e angustiam se misturavam no interior de Edward naquela manhã de outono. Sem emprego, com aluguel vencido e um senhorio revoltado querendo que ele desocupasse o apartamento em que morava a seis meses desde que havia saído da casa dos pais. Nada havia sido fácil até ali, pensava seriamente em voltar para a casa dos Cullens, mas havia aquela pontada de orgulho de ter que se render aos caprichos do pai.

Fortes batidas na porta tiraram Edward dos seus pensamentos conflituosos. Ele deixa sua xícara de lado e faz uma rápida oração pedindo aos céus que não fosse o senhorio novamente pedindo o dinheiro do aluguel. Ele abre a porta e dar de cara com o homem que tem o dobro de seu tamanho em um terno preto.

—Edward Anthony Cullen?--O desconhecido questiona

—Depende de quem deseja.--Responde incerto

—Sou oficial de justiça. Seu avô Anthony Cullen faleceu a dois dias e deixou um imóvel para você no brooklyn.

—Como eu só soube que ele faleceu hoje?--Edward tinha pouquíssimas lembranças do avô, seu pai tinha uma rixa antiga com ele e as poucas vezes que visitou a casa dele foi por pura teimosia de Elizabeth Cullen, sua mãe.

—Seu pai foi avisado. Mas vejo que não repassou a informação. Aqui--O oficial estende um envelope para Edward.--Você tem dois dias para ir ao Fórum ou o imóvel será levado a leilão. Aí contém o endereço do fórum e as instruções para as condutas a serem tomadas.

—Obrigada de verdade.--O garoto agradece meio aéreo, ainda pensando na atitude idiota do seu pai de não lhe contar sobre a morte do seu avô

O mesmo fecha a porta e liga para seu pai que infelizmente também se chamava Edward, ele  não obtém retorno, segundo a secretária seu pai estava em uma reunião e não poderia atendê-lo. Era essa mesma desculpa desde que Edward se lembrava. Edward Cullen, o empresário do primeiro milhão nunca foi muito presente e as poucas vezes que trocou meia dúzia de palavras com o garoto foi para lhe repreender pela sua paixão pela dança.

 

Uma semana depois....

Edward se mudava com suas poucas coisas para o apartamento antigo que seu avô morava. Era simples e pequeno. Apenas dois quartos, um banheiro, sala e cozinha. Na sala, janelas de vidros imensas que davam a visão de algumas casas e prédios a frente e um pequeno beco. Com a ajuda de Alice, sua irmã mais velha e confidente, o mesmo organizou suas coisas em seu quarto.

—Tem certeza que vai ficar bem por aqui?--Alice pergunta já na porta.

—Sim. Tenho uma entrevista de emprego na segunda e creio que vai dá tudo certo.

—Não seja orgulhoso, tudo bem? Se precisar de qualquer coisa pode me ligar. Boa sorte na segunda.--Alice fecha a porta deixando o irmão sozinho em sua nova moradia.

Naquela noite sem conseguir dormir, Edward resolver mexer em algumas caixas que estão no quarto que ele acredita ter sido do seu pai. Ele não quis ocupar o quarto que foi de seu avô embora sendo maior, não se sentia à vontade.

Ao abrir a primeira caixa Edward encontra algumas roupas e não consegue imaginar seu pai vestindo aquilo. Mas ninguém sabia muito sobre Edward o grande Cullen além do que ele contava. Na segunda encontrou alguns álbuns de fotos e se surpreendeu ao ver seus avós com dois garotinhos ao lado. No verso de uma das fotos estava escrito "primeiro dia de aula de Edward e Carlisle".

Ele não não entende exatamente o porquê do seu pai esconderia que tinha um irmão, os dois eram muito parecidos e em algumas fotos parecem muito unidos. As fotos dos dois juntos param quando Edward parece ter dezoitos anos e Carlisle doze. Daí em diante só a fotos de Carlisle e Anthony. Talvez fosse nessa época que seu pai saiu de casa e conquistou seu primeiro dólar.

Edward muda a caixa e há uma foto agora mais recente, nela o homem que parecia ser seu tio Carlisle dançava com uma mulher ao que parecia no beco que ele viu da janela da sala. A mulher é jovem e está vestida com uma roupa de bailarina e sapatilhas. Havia várias fotos como aquela ou apenas da mulher que ele descobriu se chamar Esme no verso de uma das fotos.

Ele também encontra uma pequena caixa forrada de veludo vermelho, dentro dela está algumas poucas fitas. Por dentro da tampa da caixa está escritos "minhas mais nobres experiências". Edward vai até a sala com a pequena caixa em mãos e se surpreender ao perceber que o rádio do seu avô ainda liga. O mesmo coloca a primeira fita e não há muito nela, apenas o que parece ser Carlisle narrando algumas coisas da escola.

Edward coloca a segunda que tem o nome Esme, a fita demora um pouco a iniciar, mas, alguns segundos depois ele ouve a voz da fita anterior, "Todas as noites essa garota sai de sua casa, já está tarde, é por volta de meia noite e mesmo assim ela está lá praticando Ballet, acho que é por conta do seu pai, ele não parece gostar das aulas de dança que são oferecidas no colégio, já ouvir os dois discutindo várias vezes e queria poder ajuda-la" a fita tem um pausa e logo a voz surge novamente "eu ouvir discussões entre eles na sexta e hoje ela não foi para a escola, eu também não a vi pela janela quando cheguei, espero que ela esteja bem". A fita se encerrar e por um instinto que não conhece, Edward olha o relógio, quase meia-noite ele constata, o mesmo se levanta e vai até a janela de sua casa e ver quando a porta da casa se abre, um garota sai de um dos pequenos imóveis a frente e mexe por alguns segundos no seu celular, ela coloca seus fones de ouvido e em seguida passa a fazer movimentos de dança que ele conhecia bem, era Break Dance.

Ele sorri, a garota era boa no que fazia, mas porque diabos ela estava ali? Ainda mais da mesma maneira que Carlisle contava na fita, não poderia ser Esme, ao que parecia ela fazia Ballet e aquela era jovem, os dois deveriam ter a mesma idade. Um hora depois a garota entra e Edward promete a si mesmo tentar descobrir quem era ela e o porque dela agir de maneira tão parecida com a tal Esme.

Na manhã seguinte Edward observou que sua vizinha dançarina colocava o lixo para fora. Por alguns segundos a garota fecha os olhos e volta o seu rosto para o sol. Edward fica encantada com a beleza da garota agora vista nitidamente devido a luz do dia. Quando a mesma abre os olhos ver Edward que acena envergonhado, a garota parece um tanto assustada e acena timidamente.

—Bella já pra dentro.--Um homem a chama da janela--Até para colocar um lixo para fora você é lerda garota--Ele completa e Edward ver quando a garota fecha a mãos parecendo estar com raiva.

Após tomar seu café Edward se volta para as fitas indo até o rádio ouvir mais sobre a história do seu tio. Após uma pausa seu tio inicia "Depois de um mês ela apareceu no colégio, parecia assustada, como sempre passou a aula inteira calada, ela foi chamada a diretoria e saiu atrasada, eu ofereci uma carona e ela aceitou, não disse muito, apenas seu nome, combinamos que eu a deixaria uma quadra antes de sua casa por conta de seu pai" a fita tem novamente uma pausa "Nós dançamos juntos hoje, eu sei que foi ousado aparecer daquele jeito mas foi perfeito, ela tem passos leves mas firmes, em muito momentos ela parece flutuar em meus braços, espero vê-la em breve"

 

Edward parte para a segunda fita "hoje faz um mês que dançamos juntos naquele beco e pela primeira vez ela falou comigo, ela sentou ao meu lado naquele banco e não recuou quando eu segurei suas mãos, ela disse que seu pai odeia o Ballet, ele quer que ela se case com um homem rico e garanta um bom casamento; eu percebi que suas mãos estavam vermelhas e a questionei, ela se recusou a contar de imediato mas disse que seu pai bateu em sua mão hoje por ela ter pego um biscoito para lanchar. Eu já ouvi várias discussões entre eles e já vi coisas que gostaria de lutar para impedir mas eu preciso pensar em não complicar mais a sua vida e tirá-la dessa situação"

Edward fica abismado com tudo que houve, se lembra das palavras do homem que mora com a garota que ele descobriu se chamar Bella e espera sinceramente que ela não viva o mesmo. Mais tarde Edward resolve sair para conhecer a vizinhança, alguns minutos de caminhada depois ele ver o mesmo homem da casa da Bella em um bar. Ele está cercado por outros homens da mesma idade e faz o sangue de Edward fever ao ouvir suas palavras.

—Aquela garota é uma inútil igual aos pais, parece que sou azarado, eu lutei, fiz uma mega besteira para que a Esme fosse uma mulher digna, quando ela consegue um bom casamento engravida logo de uma menina e morrer junto com o imbecil do marido e deixa aquela pestinha pra mim.--O velho diz alto, possivelmente pelo efeito da bebida.

Os homens a mesa concordam e Edward tem vontade de ir até lá e confrontá-lo mas ele se lembra das palavras de Carlisle, ele não poderia complicar mais a vida da garota.

 

Um mês depois…

Edward estava dividindo o seu tempo entre o trabalho, faculdade de dança, os seus ensaios com o grupo de Break e a mania de esperar dá meia noite para vê Bella dançar. Ele não via a garota sair de casa, ao não ser para dançar ou por o lixo, mas sempre via que ela evoluiu muito na dança e queria ajuda-la de alguma forma para que seu talento fosse reconhecido.

Naquela noite ele saiu do trabalho mais cedo e voltou a ouvir as fitas que não o fazia a um tempo. Ele dá play e a voz de Carlisle inicia "Eu a beijei hoje, ela recuou no início mas ela se rendeu e céus, foi o melhor beijo da minha vida, infelizmente não podemos ficar muito tempo hoje, o pai dela anda desconfiado e ela não quis arriscar. Meu pai também me alertou sobre isso, algum vizinho poderia nos ver, eu não sei o que fazer, eu só quero cuidar dela", a uma pausa e a voz volta "eu vi ele batendo nela hoje, parece que ele arrumou um pretendente para ela, isso me angustia infinitamente", outra pausa até "ela não apareceu hoje, eu esperei até às duas da manhã, talvez tenha se convencido que a escolha do pai era a melhor", a fita encerra e Edward se sente tão angustiado quanto Carlisle, ele olha no relógio e era quase onze da noite, dava tempo para mais uma fita.

"Faz uma semana que eu não a vejo, eu vi um homem diferente em sua casa, talvez esse seja o pretendente que seu pai disse" mais uma vez uma pausa até que a voz se inicia "ela apareceu, ela chorou por horas abraçada a mim naquele banco, ela não quer se casar, quer dançar, quer conquistar o mundo e eu tomei a minha decisão" mais uma pausa " meu pai não me deixa ir até lá, eles estão discutindo, eu sei que ele irá agredi-la, mas meu pai me trancou em casa e não me deixa sair". A fita se encerra e uma discussão começa na casa vizinha, Edward se levanta rápido e ver o velho que ele descobriu se chamar Charlie e Bella na sala.

 

—Você é tão inútil quanto ela, você acha mesmo que vai conseguir algo com essa dança de garoto, só drogados dançam assim, maldita hora que Esme colocou você no mundo Isabella. Você é igualzinha a ela, cheia de sonhos idiotas, mas assim como ela não vai chegar a lugar algum.

A porta da frente se abre e a garota corre pelas ruas do bairro. A fita volta inesperadamente “Eu fui um covarde, eu fugir ao invés de lutar por ela, se algum dia alguém ouvir essa fita, faça diferente, lute por ela e a faça feliz”. Edward olha em direção onde Bella foi e ver quando Charlie sai de casa com um cinto em mãos, as palavras de Carlisle ecoam em sua mente, algo se acende dentro dele e em segundos ele pega as chaves de sua moto e corre.

Ele percorre as ruas próximas a local onde moravam procurando por ela, temendo não chegar antes homem, alguns minutos mais tarde a encontra sentada de joelhos dobrados em banco na saída do bairro. Seus braços abraçam seus joelhos buscando por calor, a blusa fina que recobre seu corpo não dava conta do frio que fazia aquela noite. Edward desce da moto e se aproxima devagar, a garota recua assustada.

—Eu não vou te machucar, eu só vim ajudar. Eu sei que está fugindo do seu pai e só queria te proteger,não sei o porque--O garoto coça a nuca envergonhado por não obter nenhuma reação amena da garota e continua--sinto que preciso proteger você e eu sei que sou um completo estranho e se vocẽ nao quiser eu vou entender.--A  garota continua parada no mesmo lugar com seu olhar cheio de medo.

—Ele não é meu pai, é meu avô. E eu já te vi na janela ou saindo pela manhã. Mas não sei se posso confiar em vocẽ.--Ela responde depois de alguns minutos fazendo o garoto suspirar em alívio.

—Eu sei e entendo. Tem algum lugar para o qual queira ir? Alguém que possa cuidar de você?

—Não, meus pais já morreram, tudo que meu sobrou foi Charlie. A propósito me chamo Isabella, Isabella Swan, mas pode me chamar de Bella.

—Edward Cullen. Não tem algum amigo da escola ou faculdade?--Edward volta a questiona-la

—Eu só estudei até o oitavo ano e não pude fazer muitos amigos, Charlie odiava me ver conversando com qualquer pessoa. Estou sozinha infelizmente.--A garota suspira e Edward percebe que ele seus olhos estão marejados.

—Não diga isso, eu estou aqui com você, posso te levar para minha casa, contando que você não chegue perto da janela, seu avô não vai notar que você está lá. Existe uma teoria que diz que se você coloca um objeto bem diante dos olhos de alguém, ela vai olhar ao redor mas nunca focará de fato no objeto

—E como eu vou entrar? Ele me seguiu por um bom tempo.

—Eu vou dá uma volta e ver se ele está por aí, e volto para te buscar. Toma--Ele oferece seu casaco e ela aceita de imediato--Não saia daqui.

Edward olha em volta procurando algum sinal de Charlie, e depois de alguns voltas pelas ruas, ele volta para buscar Bella. A garota permanece no mesmo lugar. Edward senta ao seu lado.

—Tudo limpo.--Edward diz

—Obrigada.

Os dois se perdem por alguns segundos um no olhar do outro. Um estrela cadente passa pela céu e Edward ver Bella fechar os olhos e movimentar os lábios sem emitir nenhum som.

—O que você pediu?

—Paz. É tudo que eu preciso.

Ela deita a cabeça no ombro do garoto que é pego de surpresa pela atitude repentina da garota, mas logo ele passa os braços ao redor do seu corpo buscando aquecê-la ainda mais. No fundo nenhum dos dois sabia o que estavam fazendo ali, mas sabiam que precisavam está ali e que naquele momento tudo o que eles tinham era um ao outro.

 

Dia seguinte....

Edward acordou cedo e observou a movimentação da rua percebendo que a casa permanecia fechada como na noite anterior, ou o velho não voltou para casa ou ainda dormia. Bella ainda dormia no quarto que foi de seu avô e ele resolveu ligar para sua irmã.

Depois de alguns toques Alice atende com sua estranha alegria matinal, depois de explicar a situação e alguns insinuações bobas da irmã, fica combinado que Alice traria algumas roupas para Bella.

—Bom dia-- Bella cumprimenta, assustando um Edward destraido

—Ei, bom dia, dormiu bem?--Edward questiona, após fechar a cortina.

—Sim, obrigada. Ele está em casa?

—Não sei dizer. Tudo permanece fechado.

—Certo. Posso fazer uma pergunta?--A garota sugere incerta

—Claro, mas vamos tomar café, eu fiz algumas coisas para a gente comer.

—Certo.

Os dois se dirigem a pequena coisinha do velho Anthony, e após servir ovos, torradas e café para a garota, Edward se sentou à sua frente se servindo também.

—Pode perguntar agora.

—Certo, porque vocẽ me ajudou? Eu não quero parecer ingrata mas é um pouco estranho.

—Eu sei, bom, eu meio que acompanhei seu dia a dia com seu avô pela janela e sei que ele pode ser bem cruel e bom eu não queria que você tivesse o mesmo fim que sua mãe.--O garoto diz e ver que Bella fica assustada

—Conheceu minha mãe? Como?

—Não, infelizmente ela morreu antes que eu nascesse pelo que sei, mas conheço a história dela, meu tio Carlisle a conheceu e deixou algumas fitas.

Depois de resumir o que havia nas fitas, Edward pontua que há só uma para ouvir agora, Bella vai atrás do garoto, curiosa para saber o que houve para que Carlisle desistisse de Esme. O garoto dá o play na fita após os dois estarem devidamente acomodados no chão; “Eu não me recordo de muita coisa, só de ir ao encontro de Esme e de alguns homens me cercarem, depois disto é tudo um borrão, eu consigo me recordar de dores, gritos de Esme em alguns momentos, tudo se torna escuro e aí eu acordo no hospital, segundo o meu pai eu estava ali a dois meses, havia sido espancado e só não morri por um milagre, ele me diz que Esme está casada e que não mora mais na mesma casa, só o velho Charlie, aquilo cortou o meu coração, todos os dias desde que sair daquele hospital eu espero por ela na janela mas, agora eu sei que ela não vai voltar, meu pai descobriu que ela teve uma filha e isso me traz alegria e tristeza, alegria por saber que a uma mini Esme no mundo, mas, triste por saber que não poderia ver nenhuma das duas.” como sempre a uma pausa na fita, Bella está com os olhos marejados, Edward não está muito diferente da garota, as palavras de Carlisle são pesadas demais, dolorosas demais. A pausa acaba e seu tio volta “eu não aguento mais esperar, eu tento continuar lutando, vivendo, prosseguindo mas quando eu olho para aquela janela e não a vejo me angustia de uma forma absurda, se algum dia você estiver ouvindo essa fita e estiver indeciso sobre lutar ou não pelo seu amor ou pela sua vida, eu te digo para que não seja um covarde como eu, te peço para que faça mais, que lute mais, proteja essa garota que está ao seu lado e faça com ela realize todos os seus sonhos.” Edward olha para a garota ao seu lado que está em prantos e a abraça com uma decisão tomada.

—Eu prometo não deixar que a história se repita, eu vou tirar você daqui e você vai conquistar tudo que quiser.--Ele promete e recebe uma abraço que para ele significou um obrigada.

 

Seis meses depois...

A garota morava com Alice, graças a Edward havia entrado para o grupo de Break dance e hoje eles irão participar de um concurso internacional, o prêmio ? Quinhentos mil dólares. Bella ainda não sabia mas o grupo pretendia doar todo o valor a ela para ajudar nos custo da faculdade. Sim, Bella estava fazendo supletivo para concluir o ensino médio e seu sonho era fazer dança e teatro.

Muito havia mudado em tão pouco tempo, com a ajuda das fitas e algumas cartas Edward conseguiu prova que Charlie Swan era o responsável pelo incidente com seu tio e por muitas agressões físicas e psicológicas a Esme e também a Bella, o que tinha custado ao homem um grande processo e uma recente prisão.

O pai de Edward também estava mais próximo do filho e naquela tarde se fez presente na casa de Alice para desejar boa sorte aos dois. Ele convidou Bella e Edward para jogar xadrez mesmo a garota dizendo que não sabia, ele fez questão que ela jogasse. Ao fim da partida Bella havia perdido três xeque matte por insegurança.

—Eu disse que não sabia jogar.--Bella acusa ao pai do homem que ela descobriu amar.

—Ninguém nasce sabendo tudo Bella, mas é isto que a vida é--O homem aponta para o tabuleiro--um grande jogo, é preciso mover as peças de uma lado a outro do tabuleiro para se chegar onde quer e retira do caminho os seus obstáculos. Por muito tempo eu culpei o meu pai pela morte de Carlisle, mas aí quando Anthony faleceu, entendi que ninguém era culpado a não seu o próprio Carlisle, ele era o rei do jogo e deveria ter se movido e chegado até Esme antes que o cavaleiro roubasse a sua rainha. Eu me sinto orgulhoso pelo meu filho, ele se moveu e hoje Bella você está aqui. Vocês darão um grande passo hoje a noite, é uma grande jogada no tabuleiro e peço para que não fique insegura. Vá, conquiste, dance e mostre que o mundo é seu, dance no ritmo dos seus sonhos e tudo dará certo.

E naquele dia Bella Swan dançou, ela usou cada batida como impulso, ousou, arriscou e conseguiu, e isto que a vida é, movimento, os caminhos para os seus sonhos podem ser muito longos mas mova-se, e se estiver muito árduo dance, comece com um passo para esquerda e outro para a direita, solte os braços e deixe os seus sonhos ditar o ritmo, vocẽ verá que tudo se tornará mais fácil. Foi assim que cinco anos depois Isabella Swan ao lado do seu marido Edward Cullen abriu uma de suas primeiras academias de dança e se tornaram referência mundial no Break. Jovens do mundo inteiro usavam seus vídeos como inspiração.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Beijos



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