Felizes para Sempre? escrita por beatrizmiranda


Capítulo 1
Encontros Inesperados




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Cap 1 – Encontros Inesperados


- Não entendo porque temos todos que usar esse mesmo tipo de tecido! É tão grosso e desconfortável! – reclamava uma menina loira de olhos castanhos.


- Todos tem que usar o mesmo porque se não, não seria um uniforme Elizabeth, agora fique quieta e deixe a Madame Malkins terminar! – exclamou a mãe dona de uma bela cabeleira ruiva.

Uma senhora gordinha dava voltas ao redor do banquinho onde a menina se mexia e tagarelava sem parar. A mãe percorria com os olhos a lista de materias escolares mais uma vez:

- No meu tempo não havia tanto material assim no primeiro ano! Imagine a quantidade de stress que esses pequenos vão enfrentar... – falava ela mas pra si própria do que para a dona da loja.

- Mãe eu não sou pequena, se eu fosse não poderia estar indo pra Hogwarts esse ano! E eu não vou ficar estressada, mas que vício de prevenir doenças em crianças o tempo todo!

- Ei mocinha olha essa língua! – disse a ruiva avançando pela loja no momento em que um homem todo vestido de preto com um cabelo estonteantemente loiro entrou fazendo a campainha tocar.

- Gina, deixa ela, ela tem razão você se preocupa demais com esse emprego.

- Me preocupo demais? Medibruxaria é a profissão que eu amo! E como deixa ela? Ela me faltou com respeito, você mima essa menina demais!


- Ah deixe de bobeira, eu não a mimo, isso é para crianças fracas, eu só reconheço quando ela está com a razão. Enfim, já acabei de resolver os meus assuntos lá no Gringotes, podemos comprar os livros agora – falou Draco se virando para a menina – Por Merlin cada ano esse tecido está mais grosso, não acha Gina?


- Aff! Eu não mereço isso! – bufou Gina e saíu carrancuda da loja.

Draco pagou pelo uniforme da filha e encontrou com a esposa do lado de fora da loja. Ele parou por um momento e a admirou, ela ficava ainda mais linda com esse ar de contrariada. Não que ela estivesse realmente brava, aquelas briguinhas eram mais do que comuns na vida deles, afinal, eles eram muito diferentes.

Ele finalmente estabelecera uma carreira sólida no Ministério da Magia aumentando ainda mais a sua bem administrada fortuna. Gina manteve seu orgulho e decidiu seguir a sua profissão, nunca quis que pensassem que ela casara com Draco por interesse, e acabou se saindo muito bem.

No início ela era apenas uma medibruxa especializada em pediatria, agora suas clínicas pediátricas particulares eram as mais procuradas do Reino Unido e ela já possuía sua própria pequena fortuna.

Seu casamento com Draco ia maravilhosamente bem, eram doze anos de relacionamento repletos de alegria, amor e é claro seu maior tesouro, a pequena Elizabeth. Ele era um pai extremamente coruja já que Eliza parecia sua miniatura feminina apesar de possuir os olhos e as feições delicadas da mãe.

- Ah mãe você não está brava não é? – perguntou a menina enquanto caminhavam em direção a Floreios e Borrões.

- Não estou não querida, mas não quero mas que fale comigo daquela maneira, entendeu? – disse Gina suavizando seu rosto e dando a mão para a menina.

- Entendi.

- Elizabeth... – disse Draco a repreendendo.

- Entendi sim senhora.

- Melhor assim! Educação é uma coisa que nunca será menosprezada, você sabe que somos uma família respeitável e que devemos manter a nossa imagem até porque...

A voz de Draco foi cortada no momento em que alguém com muitas sacolas deu um enorme esbarrão nele espalhando as compras para todo o lado:

- Harry! – exclamou Gina animada ao descobrir o rosto do amigo por trás dos pacotes.

- Como eu disse Elizabeth, a educação é uma coisa raríssima.

- Oh, desculpe. Eh, olá Malfoy, bom dia Gina, Elizabeth. – disse Harry um tanto atrapalho recolhendo as compras.

- Pelo visto o seu dia está um tanto quanto conturbado Potter – respondeu Draco com a voz fria.

- Ah sabe como é, estou comprando o material do James.

- Harry que saudades! – disse Gina abraçando o rapaz e quase desmoronando novamente a pilha de pacotes – Cho e James estão aqui? Tem tanto tempo que não nos vêmos!

- Estão na Floreios e Borrões comprando os livros que faltam.

- Ótimo! Estavamos indo para lá!

- Vão na frente, vou deixar isso no Caldeirão Furado – falou Harry acenando para Gina já que Draco e a filha o encaravam com um sorriso azedo.

- Ok, vocês dois nada de brigas, hein? Se controlem por favor! – falou Gina.

- Como se nós fossemos perder a classe, somos Malfoys Gina! Por Merlim! – respondeu Draco presunçoso.

Gina apenas ignorou e seguiu para a loja, logo encontraram Cho e o menino que ao contrário de Elizabeth não parecia a miniatura de um dos pais e sim uma mistura de ambos. Ele tinha os cabelos negros e lisos, os olhos eram muito verdes, mas eram levemente puxados, como os de Cho.

- Bom dia Cho! James quanto tempo, você está ainda mais bonito! – disse Gina dando um abraço no menino.

- Obrigada tia – respondeu o menino timidamente.

- Bom dia Chang – falou Draco dando um beijo na mão da mulher e ignorando por completo o filho.

- Ora, ora, um livro sobre a Grifinória. Isso aí garoto, espero que a Eliza também fique nessa casa – falou a ruiva após observar o livro que o menino tinha nas mãos.

- Pois eu quero ir pra Sonserina – disse a menina.

- É claro que você irá! – respondeu o pai.

- Bom eu torço pra que ele vá pra Corvinal, mas, não será uma má idéia a Sonserina – respondeu Cho simpática.

- Virgínia, vou comprando os livros com a Eliza, com licença – respondeu Draco friamente quando viu Potter se aproximar.

Ele e a filha saíram na direção oposta, não antes que Eliza parasse ao lado de James e dissesse numa altura que só ele foi capaz de ouvir:

- Na Sonserina eles não aceitam mestiços nojentos como você.

James ficou sem reação, ele não conseguia entender a raiva daquela garota, ele sempre procurava trata-la bem como seus pais aconselhavam, mais ainda sim ela persistia nisso. E agora mestiço? Já era demais! Mas antes que ele pudesse retrucar, ela se afastou e Harry chegou sorridente.

- Estou de volta!

- Ah Harry que bom te encontrar aqui hoje, mas o que houve com o time? Você e Cho não deveriam estar viajando no campeonato?

- Pois é, tem muitas coisas que eu preciso lhe falar! Porque não vamos tomar um sorvete e eu lhe explico melhor?

- Claro, Draco e Eliza ainda devem demorar.

O grupo saiu da livraria e se dirigiu para a nova sorveteria que inaugurara a pouco tempo. A faixada era colorida e se destacava devido a uma grande cascata sabor napolitano que caia magicamente numa fonte de chocolate, bem que se no centro do círculo de mesas. Eles se sentaram nos banquinhos acolchoados e arregalaram os olhos para a mesa, no tampo dela circulavam os sabores disponíveis com fotos lindas de abrir o apetite.

- Eu vou buscar lá no balcão para ganhar tempo, se esperarmos o garçom Gina pode se atrasar.

- Obrigada Harry!

Harry trouxe grandes sorvetes de caramelo para sua família e um de morango para Gina, ele sabia por causa da época que eles namoravam que aquele era o seu predileto.

- Castanhas Harry? Você sabe que eu odeio! – exclamou Cho contrariada.

- Ah, desculpe, tome, troca com o meu – respondeu ele sem jeito.

- Então Harry, o que traz você em Londres? – perguntou Gina tentando descontrair o clima.

- Bom, a verdade é que eu e Cho abandonamos o quadribol profissional.

- O quê!? – espontou-se a ruiva.

- Nós amamos quadribol, é claro. Mas estamos cansados dessa rotina de viagens e queremos passar mais tempo com o James. – disse Cho.

- Ah sim, entendo.

- A princípio não tinhamos idéia do que faríamos mas recebemos um convite que juntou o útil ao agradável. – falou Harry atiçando a curiosidade da amiga.

- E o que seria isso?

- Eles vão pra Hogwarts comigo! – falou James sem se conter.

- Hogwarts!

- Eu também achei um absurdo! Todos os alunos se livram um pouco dos pais e eu vou ter os dois pra me vigiar o ano inteiro! – disse James dando uma lambida no sorvete.

- Não seja rebelde filho – falou Cho – Até parece que não sentiria saudades da sua mamãe - falou Cho sem perceber que ganhou uma careta de James quando voltou a olhar pra Gina.

- Nós fomos convidados para ser professores – esclareceu Harry – Cho dará aulas de vôo e eu vou realizar meu antigo sonho, Defesa Contra a Arte das Trevas.

- Puxa Harry! Que ótimo! Nem imagino o que eu sentiria voltando a Hogwarts novamente depois de tantos anos – disse Gina admirada.

- Bom talvez você tenha essa chance, eu não estava planejando te falar isso aqui, mas já que te encontramos.

- Do que você está falando Harry? – perguntou ela confusa.

- Cho, entregue a carta pra ela.

Gina pegou a carta em suas mãos, o pergaminho amarelado bem típico e o brasão vermelho que ela vira a poucos dias na carta com a lista de material endereçada a sua filha. Era uma carta de Hogwarts, seu coração palpitou quando abriu e leu seu conteúdo:

Sra. Virgínia Malfoy,

O Ministério da Magia aprovou recentemente uma nova lei que exige em todas as escolas mágicas a presença não só de uma enfermeira, mas também de um medibruxo especializado para melhor atender aos jovens estudantes.

Sendo de conhecimento nacional que os seus hospitais são de muita qualidade, confiamos inteiramente na sua capacidade profissional. É com grande prazer que lhe convido formalmente para se integrar aos nossos funcionários, chefiando a área médica da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Esperamos sinceramente que aceite a nossa oferta, entre em contato para saber maiores detalhes sobre o emprego. Aguardamos sua coruja o mais rápido possível.

Atenciosamente,
Claus Gaspar
Diretor

Gina ficou sem palavras, sua cabeça rodava. Ela batalhara tanto para levar adiante suas clínicas, amava sua profissão. É bem verdade que ultimamente ela vinha se concentrando bem mais na área administrativa e que ela morria de saudade de atender os pacientes. Essa seria uma oportunidade perfeita para voltar a ter contato com eles. Mas quem administraria as clínicas?

Além disso e a sua família? Ela ficaria o ano letivo inteiro lá! Tudo bem que poderia ficar ao lado de Elizabeth, mas e Draco? Ele não aceitaria. Ela tinha suas dúvidas se consegueria ficar tanto tempo afastada do marido, já que ele tinha suas próprias obrigações em Londres.

- E então Gina? – perguntou Harry ansioso.

- Não faça tanto suspense! – falou Cho.

- Bom, eu não sei. É um convite maravilhoso, mas eu tenho que pensar muito. Tenho que conversar com Draco.

- Nós entendemos, mas mande uma coruja para o Gaspar se você resolver ir e nos avise também, estamos todos ansiosos – falou Harry apesar de que Cho não demonstrava nem um pouco de interesse de trabalhar ao lado de Virgínia.

Cho Chang sabia tudo sobre o passado do relacionamento dos dois. Apesar de Harry sempre ter sido fiel, ela suspeitava que isso se devia a distância que ele teve de Gina durante tantos anos. Com essa nova situação isso poderia se complicar um pouco.

- É melhor eu ir indo, obrigada pelo sorvete Harry.

- De nada, foi um prazer.

- Até mais ver Virgínia – disse Cho.

- Tchau Tia – despediu-se James com um sorriso.

- Tchau querido, de qualquer forma, nos vemos na estação quando vocês embarcarem. Até mais! – falou Gina enfiando a carta na bolsa e se misturando a multidão que andava no Beco Diagonal não antes de sentir uma luz ofuscar sua visão, pensou ser um flash, não, deveria ter sido só a sua imaginação.

Mais tarde na Mansão Malfoy ela se deitou na grande cama de dossel, sua cabeça ainda fervilhava, ela pensou no assunto o dia inteiro mas ainda não havia comentado nada com Draco embora ela já tivesse quase certeza de sua decisão.

Draco Malfoy abriu a porta do banheiro e se dirigiu para a cama onde Gina descansava pensativa, ele puxou as cobertas, se deitou ao lado dela e suavemente deslizou a mão pela barriga lisa dela a puxando para si.

Gina sentiu um arrepio percorrer o seu corpo com o toque dele, os cabelos ainda estavam úmidos e ele continuava a ter exatamente o mesmo cheiro de perfume caro desde que o conhecera.

- Não sei o que você anda pensando, mas espero que não tenha nada haver com o Potter – falou Draco no ouvido dela.

- De certa forma tem.

- Como é que é!? – falou ele se sentando na cama e a encarando.

- Relaxa, não é isso que você está pensando – disse ela rindo e se sentando também.

- E o que é então? – perguntou ele arqueando a sobrancelha.

- Ele me fez um convite hoje – disse ela tomando coragem – Não sei bem como você vai encarar isso.

- Céus! Não me diga que ele pediu pra casar com você? Sim, porque é bem típico dele implorar pelo seu amor! – falou Draco azedamente, mas Gina sabia que por mais que ele tentasse soar despreocupado, ele estava desconfiado.

- É claro que não, ele está com Cho! E na verdade o pedido não foi bem dele, foi de Claus Gaspar.

- Todo mundo de olho na minha mulher, assim não dá.

- Oras Draco, pare de bobeira e leia isso – ele pegou a carta, leu rapidamente e soltou uma gargalhada.

- É um velho biruta, exatamente como Dumbledore era.

- Porque diz isso? – perguntou a ruiva confusa.

- Só um louco pra pensar que você largaria o conforto que tem para ficar morando num quartinho naquele castelo mofado. Além disso você não largaria suas clínicas que te rendem uma fortuna para ganhar uma mixaria tendo que cuidar de pirralhos estúpidos que fazem feitiços acidentais.

- Você sabe que conforto não é problema pra mim, não se esqueça de que nem sempre eu morei aqui na mansão! E Hogwarts é um lugar maravilhoso! Também não estou preocupada com as clínicas, posso montar uma estrutura de administração com alguns medibruxos de confiança. Além disso vou poder ficar perto da Eliza, o que me preocupa Draco, é você.

- Você fala como se estivesse pensando em aceitar essa idéia maluca.

- Bom, eu estou. Você sabe que eu sinto muita falta de lidar diretamente com os pacientes, e sinto falta de Hogwarts.

- Acorda Gina, nossa época de Hogwarts acabou, agora você tem uma família, você não pode simplesmente jogar tudo pro alto assim!

- Não estou fazendo isso, nossa família não vai acabar por causa desse emprego, vamos nos ver nas férias e você pode me visitar em Hogwarts.

- Você é minha esposa Virgínia, não vou permitir que você passe a maior parte do ano longe de casa, sua obrigação é ficar aqui – agora ele tinha ido longe demais, Gina estourou.

- Não fale de mim como se eu fosse um objeto Draco! Eu sei bem quais são as minhas obrigações e não vou deixar de cumpri-las por mudar de emprego.

- Você deve estar doida pra ficar perto do Potter não é mesmo? O que foi isso, recaída?

- Lá vem você com esse ciúme idiota de novo! Você sabe que somos só amigos, você é meu marido, eu escolhi você!

- Então se comporte como minha esposa e fique ao meu lado – disse ele friamente.

- Além de ser a Sra. Malfoy eu sou eu mesmo Draco, Virgínia Weasley, com todos os meus sonhos e vontades. Essa parte de mim diz que eu tenho que seguir meu coração - disse a ruiva se acalmando e colocando a mão carinhosamente no rosto dele - Eu te amo muito e sei que você não precisa encarar as coisas dessa forma.

- Então Virgínia Weasley, comunique a sua parte Sra. Malfoy, que ela acaba de morrer nesse exato momento, já que as suas ambições egoístas estão acima de qualquer coisa – disse ele arrancando bruscamente a mão dela do contato com a sua pele.

- Egoísta? Você não se importa com os meus desejos, não me apoia em nada e eu sou egoísta? Sabe de uma coisa Draco Malfoy, talvez seja melhor eu ir mesmo, quem sabe assim você encontra uma Sra. Malfoy que se comporte como um cachorrinho adestrado! – falou a ruiva se levantando e saindo do quarto, batendo a porta logo atrás dela.

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Uma mulher morena vinha descendo a rua de maneira agitada, possuía os cabelos lisos e jogados de uma maneira sensual. Apesar do passo apressado ela desfilava com elegância sobre o salto alto. As vestes apertadas demonstravam bem as suas curvas generosas.

"Sou doce, dengosa, polida
Fiel como um cão
Sou capaz de ditar minha vida"

Ela seguiu para um pequeno porém luxuoso hotel, não pode deixar de perceber que atraiu inúmeros olhares admiradores no Hall de Entrada. Assim que entrou no elevador, voltou a olhar a capa da revista que ela acabara de comprar na banca, uma foto animada mostrava Draco e Gina de mãos dadas caminhando no Beco Diagonal com a filha ao seu lado.

"Mas olha, não pise na bola
Se pular a cerca eu detono
Comigo não rola..."

Assim que chegou ao seu quarto ela jogou os sapatos num canto e sentou-se no sofá de couro sem despregar os olhos da revista. Bufando de raiva, virou algumas páginas e encontrou o que procurava:

ENCONTRO DE CELEBRIDADES
Por Rita Sketeer 

Nossa excelente equipe de reportagem, famosa por flagrar acontecimentos inéditos, testemunhou ontem um animado encontro entre famosos no Beco Diagonal.


Draco Malfoy o cobiçado milionário foi as compras com sua adorável filinha Elizabeth e sua esposa Virgínia, dona da maior rede de clínicas de medibruxaria de Londres. A ilustre família circulou pelo Beco Diagonal como pessoas normais: "Eles vieram comprar o material da menina que vai para Hogwarts esse ano, compraram os uniformes na minha loja e não pararam de elogiar a qualidade dos produtos" afirma uma de nossas informantes, Madame Malkins.


A união polêmica desse casal improvável continua provocando falatório no mundo mágico. Draco Malfoy foi um rival público da família Weasley durante grande parte de sua vida, mas como todos sabem, tudo mudou na Grande Guerra conta você-sabe-quem. Malfoy e Severo Snape se tornaram espiões valiosos entre os comensais da morte e ajudaram a derrotar aquele-que-não-deve-ser-nomeado.


Durante uma das batalhas, ele salvou a vida da caçula dos Weasleys e de aí em diante o relacionamento deles se aprofundou para o espanto de todos.


Voltando a tarde no Beco Diagonal, o passeio não terminou por aí, já que eles foram ao encontro de uma outra família tão ilustre quanto a sua, a família Potter. Eles se dirigiram para uma sorveteria, para as nossas pottermaníacas aí vai a dica, o preferido de Harry é caramelo!

Até aí já temos ótimas notícias mas, para completar, uma informação super exclusiva que em breve será divulgada a imprensa: Harry Potter e sua mulher Cho estão definitivamente largando o Quadribol. Ambos foram convidados para dar aulas em Hogwarts e aceitaram: "James está tendo problemas psicológicos devido ao nosso relacionamento distante, estamos também tentando evitar que alguém faça mal a ele no colégio já que ele é filho de pessoas tão famosas" falou Harry para amiga de infância Virgínia com quem muitos afirmam ter vivido um affair há anos atrás.

Virgínia Malfoy também foi convidada para trabalhar em Hogwarts mas ainda não sabe se aceita o convite: "Ganho muito dinheiro com as clínicas, não sei se Hogwarts seria um bom negócio" afirmou ela para o ex-affair.

Qual será o desfecho desses convites? Acompanhem a próxima edição do Seminário das Bruxas pois vamos publicar uma entrevista única com Karine Blair, a manicure de Vigínia Malfoy, ela vai nos esclarecer o assunto.

Pansy Parkison passara muitos anos em Zuine uma prisão bruxa menos severa que Azkaban. Após ser acusada de cumplicidade com os seguidores de Lord Voldemort, ela havia enfim conseguido a sua liberdade. Havia cumprido grande parte da pena, mas após revelar o nome de um outro cúmplice foi libertada.

"Sou de me de entregar de corpo e alma na paixão
Mas não tente nunca enganar meu coração
Amor pra mim, só vale assim
Sem precisar pedir perdão"

Durante anos ela foi mantida lá, esperando ansiosamente que Draco Malfoy aparecesse e desmentisse as acusações, dissesse que ela nunca havia colaborado com os seguidores, nunca havia colaborado com ele. Mas os anos se passaram e ele nunca foi. Ela não era capaz de entender porque ele havia entregado tantos nomes. Por que havia entregado ela!? Porque ele estava sendo fiel ao lado errado!?

"Adoro sua mão atrevida
Seu toque, seu simples olhar
Já me deixa despida"

Pansy jamais rejeitara um pedido dele, Draco era tudo que ela poderia desejar. Nem sequer pensou duas vezes quando ele a levou para a Sala Precisa no sexto ano e perguntou se ela queria ser realmente dele, em todos os sentidos.

"Mas saiba que eu não sou boba
Debaixo da pele de gata
Eu escondo uma loba"

Aquela noite havia sido inesquecível, Draco mesmo admitira que fora a melhor que ele já teve, ela pensou então que finalmente havia segurado ele, que não havia mais motivo para temer que ele a deixasse. Afinal, ela sabia fazer tudo exatamente do jeito que ele gostava.

"Quando estou amando
Eu sou mulher de um homem só
Desço do meu salto
Faço o que te der prazer
Mas ó meu rei, a minha lei
Você tem que saber"

Eles haviam namorado em Hogwarts e a família de ambos desejava que eles casassem. Ela sempre tinha feito o possível para que ele gostasse de estar ao lado dela, mas havia feito um único alerta: faça o que quiser Draco Malfoy, mas não ouse me trair, se for me abandonar por outra que ao menos termine tudo antes. Jamais tente me fazer de idiota.

"Sou mulher de te deixar se você me trair
E arranjar um novo amor só pra me distrair"

Agora com os olhos fixos na revista ela passou a entender, a pobretona Weasley, ele havia largado tudo por aquela mulher. Como ele pode? Enquanto Pansy apodrecia naquela cela, ele estava ocupado vivendo sua vida de milionário ao lado de sua adorável ruivinha cara de mosca morta.

"Me balança mas não me distrói
Por que chumbo trocado não dói
Eu não como na mão de quem
Brinca com a minha emoção"

Ela pensara durante todos esses anos que quando finalmente saísse da prisão ele estaria a espera dela, para cumprir aquilo que era o destino dos dois, se casarem e seguir a tradição das famílias. Ela sonhava com ele todas as noites e agora aquele choque! Seu coração estava arrasado, sentiu as lágrimas de raiva se formarem em seus olhos.

"Sou mulher capaz de tudo pra te ver feliz
Mas também sou de cortar o mal pela raíz"

Ela se submeteria a qualquer coisa por ele, faria todas as suas vontades, mas isso ela não poderia suportar, ele não tinha esse direito e iria pagar muito caro por tudo isso.

"Não divido você com ninguém
Não nasci pra viver num harém
Não me deixe saber
Ou será bem melhor pra você
Me esquecer..."

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Notas finais do capítulo

* Betado por Lou Malfoy

* Sei perfeitamente que o nome escolhido para a Gina pela J.K. é Ginevra, mas eu acho super esquisito e prefiro usar Virgínia, ok? É fanfiction gente! Liberdade de expressão!

* A música em negrito na cena da Pansy se chama "A Loba" e é da cantora Alcione.



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