Amor Sincero e Mãos Dadas - CIP escrita por Casais ImPossíveis


Capítulo 1
Capítulo Único - Amor Sincero e Mãos Dadas




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Os dois jovens estavam sentados no sofá acinzentado da sala enquanto Sam não chegava em casa. A loira havia saído por algumas horas para levar sua querida moto a sua visita sagrada de revisão no mecânico, fazendo desta a ocasião perfeita para o plano da Caterine Valentine ser posto em pratica. A falsa ruiva havia passado meses planejando, com a ajuda de Dice e Robbie, e os garotos não aguentava mais tanta enrolação, era obvio para todos, menos para Cat, o quão obviamente sapatão apaixonada era Sam Pucket, e mesmo Robbie havia arranjado alguém naquele meio tempo, e pra o Robbie estar namorando era necessário um milagre ou muita determinação.

A casa estava inteiramente enfeitada com pétalas de rosas e balões vermelho em forma de coração, foi necessário muito pulmão dos adolescente para enche-los, até terem a ideia de comprar uma bobinha de ar em uma loja de ferragens próxima.  Em cima da mesa havia o maior hambúrguer que havia no cardápio do restaurante favorito de Sam, e uma saco de batata frita jumbo que Cat sabia que seriam devorados independentemente do teor da resposta.

Parecia bem simples a princípio, Cat não conseguiria lidar muito facilmente com coisas complicadas:

Passo 1: Decorar a casa com coisas fofas e românticas.

Passo 2: Pedir sua atraente amiga loira em namoro.

Passo 3: Lucrar.

Mas, a cabecinha avermelhada de Cat conseguia deixar de pensar o quanto aquilo tudo poderia dar errado, dos mais distintos jeitos possíveis, por mais que o cacheado dissesse o contrário. Cat era assim, uma bagunça fofa por fora, uma fofa bagunçada por dentro e por mais que conseguisse se manter otimista a maior parte do tempo, era a primeira vez que iria se declarar pra uma garota, principalmente essa garota sendo Samantha Joy Puckett.

Sam era única e inexplicável, era bonita, decidida, corajosa e absolutamente original, mas o que fez Cat se apaixonar, foi sem duvida seu coração, duro como pedra por fora, mole como manteiga por dentro, Sam se derretia por Cat, mesmo que não desse o braço a torcer, protegia ela, cuidava dela, Sam & Cat não eram um eu ou um tu, era um nós.

—Cat, é serio, ta tudo perfeito, eu choraria se alguém fizesse algo do tipo por mim.- Robbie havia mudado muito desde que Sam e Cat começaram a morar juntas, estava mais alto e havia cortado o cabelo dando uma charme hipster ao garoto judeu, suas roupas também haviam mudado, agora com um estilo mais despojado, levemente inspirado em Ian Curtis, que o deixavam bem mais atraente.

Seu jeito também havia mudado, para começar aceitara que era gay, após alguns bons meses de terapia, mas tudo seguia bem na vida do garoto que agora seguia em busca de um bolsa em uma faculdade de Cinema com planos de se especializar em direção e roteiro. Sua antiga queda por Cat, agora era apenas uma memória constrangedora para o dois, que continuavam sendo os mais próximos do antigo grupo da Hollywood Arts.

—Sim, mas seus padrões são baixos.- garota sequer percebeu a ofensa que fez sem querer, Robbie não se abateu, na verdade descordava, achava seu atual namorado muita areia para seu caminhãozinho, mas isso não vinha ao caso, Cat era a prioridade no momento.–Além do mais, a Sam nunca gostou dessas coisas frufruzinha, e se ela não gostar? E se ela disser não? E se ela ainda gostar da ex?

—-

           –Carly? Duvido, o Freddie falou que elas nem se falam mais, desde que ela foi para a Itália...-Cat sequer ouviu a resposta do garoto antes de começar a hiper-ventilar e sentir lagrimas começarem a escorrer de seus olhos sem sua permissão. Ataques da pânico aconteciam vez ou outra e Cat não sabia muito bem o que fazer, se lembrava de uma vez que chegou a desmaiar e meio a uma discussão de Beck e Jade na época em que ainda eram um casal conturbado. Com a infância que teve e todos os problemas do irmão não era surpresa nenhuma a ninguém que aquilo acontecesse.

Não era primeira vez que Robbie via aquilo acontecer, embora doesse muito ver alguém tão meiga e feliz como Cat  naquele estado, Robbie em geral entrava em pânico tanto quanto ela, naquelas situações, não ajudando em nada o estado de ansiedade de Caterine. Foram várias as vezes que pensou em passar o contato de sua terapeuta para a ruiva, e foram várias as vezes que chegou à conclusão de que Cat seria internada novamente caso isso acontecesse.

Abraçou a garota com tanto carinho quanto pode, tentando de algum modo lhe passar algum conforto, até ouvir a porta atrás de si se abrir e uma garota loira entrar por ela vendo imediatamente a imagem. Robbie e Cat se abraçado, tudo em volta em um clima romântico e Sam segurando vela para sua crush, que péssimo jeito de acabar o dia, deu meia volta e fechou a porta, antes mesmo que os garoto pudessem se explicar.

              Para completar de vez o redemoinho confuso e embaraçoso em que estavam, sentiu seu bolso vibrar, era a mensagem de Freduard que ele aguardava a semanas, o sinal de que ele havia chegado de Seattle. Pegou seu pêra-fone com a rapidez que apenas um adolescente moribundo de saudade conseguiria.

CameraMeuMan ‘’To no aeroporto, vai demorar?’’

—Tenho que ir... Vai ficar tudo bem?-Sussurrou, sentia-se muito culpado por ter que abandona-la agora, mas sabia muito bem que se ficasse só complicaria a situação, e que aquele momento seria intimo demais e não requisitava sua presença.

—Sim, vai lá.-Assegurou, soltando o rapaz e indo atrás da loira marrenta. Atravessou a porta de madeira do acampamento que dividiam enquanto seguia rumo a silhueta feminina impecavelmente atraente tanto quanto seus sapatos de salto baixo e vestido curto permitiam.

—-Sam!-A voz fina e doce percorreu a rua chegando aos ouvidos da garota encrenqueira, que cada vez mais se afastava, até se virar para Caterine, de frente, pronta para enfrentar o que estava por vir. Em toda a sua vida, Sam se orgulhou por enfrentar situações de frente, dar a cara a tapa; a única vez que fugiu foi quando se apaixonou por um garoto pela primeira vez, seu ex-namorado, Freduard Benson.

Olhando a situação em retrocesso, ela nunca se permitiria chorar, mesmo vendo a doce e inocente Cat, pela qual é apaixonada a meses, abraçada com o garoto que ela sabia que tinha um crush nela, que ela sabia que era, ou ao menos foi apaixonada por ele também. No fundo ela sabia que Robbie não era tão ruim assim.

—-Foi mal atrapalhar, felicidades ao casal.-Seu timbre era duro e levemente amargurado. A sensação de não entender o que lhe foi passado não era nova para Cat, “Felicidades”? Mas Cat nem havia a pedido em namoro, e até onde sabia estava solteira...

—-Felicidades?-Seu nome fazia total sentido, o olhar confuso em seu rosto realmente lembrava um gatinho.

—-A você e ao Robbie, eu vi as coisas de coraçãozinho brega lá na sala...

A atriz teve que segurar muito para não rir, quando finalmente a entendeu, tinha medo que Sam entendesse errado, então apenas pigarreou, contendo o riso e olhou Sam no olhos, e que olhos, safiras das mais bem moldadas, joias perfeitas e raras, era contrastante como a aparência da loira era angelical se comparada a sua personalidade.

—-Sam, me escuta, entre mim e o Robbie, não tem nada. Ele é só meu amigo, boba.

—-Nada?-Repetiu.

—-Nada! As coisas na sala eram para você.

—-Pra mim?-A surpresa era clara, a alegria veio em sequência, deixando no rosto da jovem a sombra de um sorriso doce e lisonjeado que raramente o permeava. Ela poderia se apaixonar cinquenta vezes, por pessoas diferentes, mas ainda sim, nunca aprenderia a lidar com tudo aquilo.

—-É! Para de repetir tudo o que eu digo Sam! O que eu to tentando falar é... eu gosto de você Sam Pocall!

—-É Pucket!-Corrigiu.—Mas, se você quiser, pode chamar de amor da sua vida.

—-Então, você gosta de mim também?-A alegria em sua voz era praticamente palpável.

—-Isso ai.-Confirmou.

—-Então, eu posso te beijar?

—-Agora e quando você quiser!-Assegurou confiante sentindo os lábios aveludados selando-se aos seus em uma mar de sensações com gosto de gloss de morango.

—-Então, podemos ir pra casa e comer a comida que eu comprei para você?-Perguntou por ultimo voltando a sua animação rotineira, mas dessa vez com seu rosto enfeitado por uma vermelhidão adorável.

—-Nem precisa perguntar duas vezes!-E foram, fizeram o mesmo caminho rotineiro, da mesma forma, para a mesma casa de sempre, com nenhuma mudança exceto o amor sincero é as mão dadas.


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