The 100 1ª Temporada escrita por Leidiani Almeida


Capítulo 7
Capitulo 6 - Pedido de Ajuda




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Finn chegou de pressa até o local de da nave. Todos estavam empenhados em seus afazeres e ele buscou olhar em volta atentamente até encontrar as pessoas certa para ajudá-lo.
— Bellamy? - gritou o mais alto que podia correndo até alcança-lo.
— O que aconteceu? - Bellamy estava com algumas peças em suas mãos que carregava firmemente na ajuda da construção das barracas. 
— A Clarke ela caiu em um buraco
Eu não consegui descer até lá. Eu não sei o que fazer, deixei ela lá. Me ajuda. - dizia ele de uma forma completamente desesperada.
— Ei. - o garoto o segurou pelo braço que estava livre, deixando todas aquelas coisas no chão. - Me explica isso direito. O que aconteceu com a Clarke?
— Estávamos caminhando na floresta e de repente ela caiu. Não sei exatamente se é um buraco ou alguma armadilha. Eu não sei.
— Tá legal. - Bellamy fez um sinal para alguns que estavam por perto. - Sabe me mostrar onde fica este lugar?
— Sei. 
— Ok. - ele se reuniu com outros e comandou um grupo para os seguirem. - Tentem encontrar nas mochilas ou na nave uma corda, ou qualquer coisa que possamos usar para alcançar a Clarke. 
— O que está acontecendo? - Octávia percebeu a movimentação e foi verificar o que era. 
— Clarke está perdida na mata em algum buraco. 
— E como isso aconteceu? - ela ficou espantada.
— Um passeio descontraído com Finn... - ele se dirigiu ao garoto com um tom irônico e depois deu de ombros. 
— Eu vou com você. - afirmou a garota. 
— Nem pensar. Não quero ter que me preocupar com as duas ao mesmo tempo.
— Eu sei me cuidar Bellamy. Já sou bem grandinha.
— Você fica. - ele parecia realmente estar falando sério. - Jasper? - ele cutucou o garoto que passava entre eles.
— Oi.
— Quero que fique de olho na minha irmã. 
— Eu?
— Ele? - Octávia cruzou os braços.
— Isso. Iremos sair e já voltaremos fique de olho e garanta que ela esteja inteira quando eu voltar.
— Pode deixar comigo. - Jasper parecia achar engraçado aquela situação.
— Fala sério. - Octávia bufou.
Assim um número considerável foi até o local indicado por Finn, levando consigo alguns pedaços de cordas encontrado em algumas mochilas. 
Clarke permaneceu desacordada todo o período que ficou ali. Quando finalmente chegaram ao local, a garota estava deitada bruços e sua roupa parecia estar suja pela terra que havia se espalhado por sua queda. Bellamy pediu que os que ajustasse a corda sobre o tronco de uma árvore bem firme, enquanto ele se sustentaria sobre ela até descer.
— Eu vou. - impôs Finn segurando a corda. 
— Olha eu acho que tenho mais preparo para situações assim do que você. - Bellamy explicou de forma simples. 
— Eu estava com ela... - Finn parecia incomodado. - Eu desço.
— Tá legal.
O garoto pegou a corda e amarrou sobre sua cintura. Com o sinal ele começou a descer lentamente, todos usavam as lanternas para iluminar o local. Assim que seus pés tocaram o solo Finn se soltou rapidamente, abaixando até o corpo de Clarke a virando para cima tocando seu rosto.
— Clarke? - ele a chamava. - Por favor, me responda. Acorda! 
O rosto da menina também estava bastante sujo e havia um pequeno corte sobre sua testa, pelo qual o sangramento não parecia ser grave. Finn deslizou os dedos sobre suas bochechas e a puxou para sim com sentimento de culpa.
— Me perdoa. - ele sussurrou. - Eu não queria que isso acontecesse com você. 
Bellamy deu um assobio chamando atenção do garoto, avisando que já não podiam mais perder tempo ali já que não sabiam qual era a causa pela qual aquele buraco estaria bem ali escondido.
Finn amarrou a corda firmemente sobre o corpo de Clarke, apoiando sobre o seu para ajudar na subida até o solo. Assim que ela já estava em segurança, foi a sua fez de subir novamente e enfim todos estarem salvos naquele momento.
Todos ajudaram a colocando sobre uma maca improvisada que haviam feito. Bellamy se aproximou da loira e apenas ficou a encarando sem exatamente expressar o que estava sentindo naquele momento. De repente ela começou a se mexer e Finn correu de pressa para seu lado, segurando sua mão com toda força. 
Clarke abriu os olhos ainda embaçados e bastante desnorteada. Sua cabeça agora doia sem parar e suas mãos, foram diretamente para o leve ferimento sobre a testa. Em uma tentativa falha em falar algo, Finn apenas chamou sua atenção deixando claro que ela estava salva e segura e que voltariam para nave. A garota desviou o olhar para lado e o rosto de Bellamy ficou claro e reconhecível para ela, então ele afirmou o que Finn teria dito agora e com gesto de cabeça até antes de levantar Clarke tocar seu braço
— Bellamy? - dizia baixinho. - Obrigado por me salvar. 
Um semblante vivo surgiu no rosto dele sem nem mesmo conseguir disfarçar, em seguida apenas levantou rapidamente dando ordem para que todos voltassem antes do anoitecer. No local da nave Octávia teria dado uma pausa em suas tarefas já que, a preocupação pela saída de seu irmão com os outros parecia ter se tornado uma longa caminhada floresta adentro. Ela olhava fixamente na direção das árvores, e aquela inquietação dentro de si dizendo que precisava sair daquele lugar a deixava mais aflita.
— Eu tenho certeza que Bellamy vai passar entre aqueles arbustos com todo mundo e Clarke estará entre eles são e salva. - Jasper mexia um graveto.
— Como tem tanta certeza assim? Não sabemos o que exatamente aconteceu. E se for caçadores ou pior bichos selvestres? 
— Sério? - ele segurou o riso. - Acredita mesmo nos bichos selvestres?
— Eu apenas ouvi histórias....- ela tentou se justificar.
— Histórias inventadas pela arca, para nós assustar e nos afastar da ideia de retornar a terra. Bastante conveniente para mim...
— E por quê?
— Olha em sua volta? - Jasper agora ergueu os braços e realmente a fez olhar. - Acredito que somos o único risco aqui. 
— Nós? - Octávia parecia intrigada com sua forma de pensar.
— Não te faz pensar o motivo de estarmos aqui ser extremamente uma estratégia suicida?
— Não. - ela deu de ombros.
— Estamos entre jovens de todos os níveis possível. - Jasper começou a cochichar. - Infratores de alto nível, rebeldes em massa, alcoólatras, assassinos e sabe lá o que mais. - ele se inclinou para mais perto. - Acha mesmo que os animais selvestres seria nossa maior preocupação?
Octávia ficou pensativa por um longo tempo deixando aquela incógnita, paerando e uma perspectiva pela qual ela não tinha parado para analisar.
— Jaha é o culpado. - logo depois finalmente ela disse. - Por isso estamos aqui somos o peso morto, a tralha, os marginais.
— Profundo. - Jasper refletiu. - Mas, eu concordo. Entendo agora o que Clarke nos disse. 
— Temos um plano. - Octávia cogitou revelar. 
— Plano? - Jasper ficou curioso.
— Para acabar com Jaha de uma fez por todas. Quando conseguirmos nós reconectar com a arca, vamos iniciar uma evacuação enquanto ele ficará preso na ala oeste.
— Que porcaria. - Jasper era extravagante ao se expressar. - Esse é o plano mais perverso e brilhante que pude ouvir. Não imagino Clarke e vocês fazendo algo assim.
— Temos nossos motivos. - Octávia se virou e cruzou os braços.
— Olha....- Jasper se aproximou e tocou seu braço. - Seja lá o que aconteceu estou com vocês, quero ver essa merda toda acabar. Chega de prisões, punições ou flutuar.
— É. - Octávia parecia contente pelo seu apoio. - Chega de regras inúteis baseadas em conceitos autoritários. Estamos na terra, aqui quem faz as regras somos nós. 
— Esse é o nosso lar. - os dois disseram juntos e sorriram um para outro.
Um barulho entre os arbustos retirou a atenção de Octávia, até que finalmente o semblante de seu irmão surgiu para aliviar seu coração. Os dois se abraçam bem forte e com gesto de agradecimento Bellamy olhou para Jasper, que apenas acanhado ficou ali observando todos chegarem. Clarke ainda estava sobre a maca e foi levada para dentro da nave, assim para ter os primeiros cuidados médicos.
— O que aconteceu? - disse Monty assim que viu a garota entrando. 
— Uma longa história. - disse Finn auxiliando a colocação da maca nos fundos. 
— Primeiros socorros? - disse Harpe já próxima de Clarke verificando seu corpo todo.
— Acho que ela apenas fez um corte na testa. - Finn explicou. - Só garanta que ela esteja bem.
— Pode deixar comigo. 
— Tinha algum buraco escondido na floresta, estávamos andando e de repente ela caiu. - Finn agora ao lado de Monty explicava o ocorrido. - Bellamy e os outros me ajudaram a resgata-la, foi um tremendo susto. 
— Eu imagino. - Monty parecia sentido pelo que aconteceu. - Sinto muito por não ter ajudado.
— Relaxa. - Finn olhou toda a mesa com os equipamentos desmontados. - E como estamos com os comunicadores?
— Nada ainda. Sem nenhum progresso, acredito que tenha alguma falha nos fios quando ocorreu a queda. Ainda estou avaliando as possibilidades.
— Se precisar de ajuda é só me chamar. - Finn tocou seus ombros em gesto de apoio.
— Obrigado.
Clarke tentou se levantar e rapidamente Harpe gritou seu nome, a impedindo de se mexer. 
— Ei, mocinha. Aonde pensa que vai?
— Eu já me sinto bem Harpe, posso levantar e ver como estão as coisas.
— Nada disso. - a menina trazia uma maleta de primeiros socorros. - Vamos verificar se não teve nenhuma lesão, depois vamos limpar esse seu ferimento. - ela falava já pegando o que precisava. - Somente depois disso darei meu diagnóstico se está realmente bem.
— Agora entendi porque minha mãe sempre te elogiava. - Clarke deitou novamente. - Você é muito boa no que faz Harpe.
— Tudo que aprendi foi com sua mãe, devo muito a ela e tento ser o melhor possível.
Clarke apenas se calou e as lembranças vinham em sua mente como num flash. 

— Clarke? - Abby surgiu na porta de seu quarto durante a noite.
— Mãe? O que houve? 
— Filha eu posso falar com você?
— É claro mãe. - Clarke se ergueu na cama meio sonolenta. - O que houve?
— Filha....- Abby sento ao seu lado e tocou sua mão. - Eu acho que você precisa saber de algo importante que eu e seu pai decidimos.
— O que?
A explicação durou a noite inteira e parecia que toda a chance de uma vida fora daquela nave, realmente parecia ser possível com as pesquisas feitas por seu pai. Os avanços foram constantes durante muito tempo e Jake, teria tido realmente uma grande descoberta e finalmente poderia compartilhar com todos.
— E quando vai ser? - Clarke ficou animada.
— Amanhã na reunião geral da arca. Seu pai já está com tudo caminhado para posto de novo Chanceler, e assim que for anunciado ele passará a proposta de habitação. 
— Eu estou muito feliz mãe. Eu mal posso esperar para falar com papai sobre isso. 
— Espere. - Abby a alertou. -Queremos que parece um projeto secreto, não podemos deixar aparentar que você ou mais alguém fique sabendo até a nomeação.
— Droga! - resmungou a menina. - Eu vou esperar até amanhã, será por uma grande causa.
— Será sim filha. Conto com você!
— Pode contar mãe, sempre! 

A garota abriu seus olhos e viu que teria dormido muito mais do que o esperado. Olhando ainda deitada para a porta da nave, verificou que o dia estava amanhecendo e que todos provavelmente ainda dormiam. Hora perfeita para que levantasse sem nenhuma restrição de ninguém por ali. Mesmo com alguns arranhões, não parecia estar realmente ferida e então apenas vestiu sua jaqueta pronta para sair.
Se surpreendeu com as barracas já erguidas em uma contagem rápida. Eles eram em 100 jovens e obviamente montariam qualquer construção em tempo recorde. Suspirou deixando aquele ar puro entrar em seus pulmões, olhando agora para o céu que parecia nublado por ali. 
— Bom dia. - a voz saiu por suas costas.
— Bom dia. - Clarke retribuiu somente notando quem era após se virar. - Finn? 
— Você parece bem melhor. 
— Eu não estou uma droga?
— Nem um pouquinho. - ele sorriu.- Está com fome? - ele a encarou.
— Bastante. - ela passou a mão sobre a barriga. 
— Vem comigo.
Ela o seguiu até uma barraca posto ali exatamente para prepararem refeições. Tudo era meramente provisório e simples para o tipo de situação que estavam vivendo.
Finn retirou pedaço de carne de uma tigela e a entregou para que comesse. Clarke gostou tanto e percebeu que estava muito faminta, rindo de sua própria situação. Os dois sentaram logo depois perto das árvores, encarando todos enquanto dormiam o silêncio parecia perfeito naquele mero lugar. 
— Você me deu o maior susto.
— Desculpe. - Clarke lhe deu uma jogada de corpo com ombros. 
— Está desculpada. - Finn sorriu. - Só preciso saber como está agora em relação a tudo
— Eu sei o que quer ouvir...- ela chutou algumas folhas do chão. - Eu ainda não posso dizer que não quero fazer o que planejei.
— Você é uma rebelde. 
— É o que eu costumava a ouvir na arca. 
— Sabe eu fico curioso. - Finn se virou para a garota. - Qual é a história de Clarke Griffen? E o que te fez estar aqui? 
— Bom...- ela olhou para chão e soltou riso frouxo. - Eu sou a rebelde então, essa história é bem óbvia sou aquela que é contra a qualquer lei da arca e a qualquer ordem do Chanceler. 
— Certo. - Finn fixou olhos aos dela. - Só que eu sinto que aí dentro você esconde uma Clarke bem mais gentil, tirando toda essa sua moldura de menina má.
— Talvez. - ela deu de ombros. - Eu não quero ser a mocinha da história. 
— Eu nunca curti as mocinhas. - ele lançou olhar intenso.
— Tá legal. - ela desconversou. - Qual é a sua história Finn Collins?
Você me parece legal demais para estar na lista do Jaha. 
— Eu tenho o que lamentar. - ele agora baixou a cabeça. - Quando você perde alguém as coisas mudam. 
— Eu sei como é se sentir assim.
— Eu disse que tínhamos uma ligação. Você só precisa deixar isso nos conectar. 
— Somos parecidos então? - Clarke ergueu a sobrancelha.
— Mais do que espera. Podemos até ser almas gêmeas em um mundo pós apocalíptico. 
— Isso soou tão nerd.
— Isso soou muito bem para mim.
Os dois conversavam em um tom alto suficiente para suas gargalhadas, serem ouvidas pelos que começavam a levantar. Bellamy estava ajudando alguns a separarem o café da manhã, quando encarou os dois conversando de longe.
— Fiquei sabendo que seu ato de heroísmo de ontem foi bem recompensado. - Octávia foi se aproximando de seu irmão.
— Não fiz um ato heróico.
— E por que eu sinto uma leve impressão que você se incomoda tanto quando Finn está perto dela? 
— Octávia não fala besteira. - ele disfarçou seu olhar e agora encarava sua irmã que se sentou em sua frente. 
— Diga que estou errada. 
— E está. - ele afirmou. - Não tenho nada contra Finn, muito menos me incomodo por ele estar com a Clarke. 
— Foi você que a salvou e pelo que fiquei sabendo, você foi o cara pelo qual ela agradeceu. Não me parece que ele sabe disso. 
— Octávia porque estamos falando disso? - Bellamy estava irritado de repente. 
— Não sei. - ela deu de ombros. - Aqui está tudo tão sem graça meu irmão, sinto falta das nossas aventuras na arca.
— Não era aventuras minha irmã. Apenas atos cometidos sem pensar.
— Quer saber? - Octávia se levantou irritada. - Você se tornou um péssimo irmão. Desde que mamãe morreu só quer bancar o certinho, isso não vai mudar o fato do que aconteceu. 
— Cala a boca. - ele gritou e todos olharam.
Octávia ficou com tanta raiva que saiu dali em disparada sem olhar para trás. No mesmo instante Bellamy se arrependeu de sua atitude, mas parecia tarde demais. Ele queria explicar seus motivos e os pesos que carregava consigo mesmo, sua vida não parecia mais a mesma a muito tempo e só queria privar sua irmã de tantas coisas ruins do passado. Mas, Octávia ainda era sua pequena irmã e o garoto ainda preferia ser o vilão para ela do que a magoar com todas as verdades que escondida.
Depois do período da manhã todos foram a caçada em busca de alimento, outros estavam no lago tentando usar suas iscas para pegar alguns peixes. Clarke percebeu a movimentação do lago e foi até lá verificar se estavam tendo progresso. Alguns a mostravam o que conseguiam pegar com as iscas, assim a garota os orientava a levar para a barraca dos alimentos.
— Estamos progredindo aqui....- ela caminhou lentamente em direção a Bellamy que estava sentado em frente ao lago distante dos outros. - Acho que logo teremos suprimentos suficientes para explorarmos outras partes.
— Não acho que seja a hora de explorarmos. - ele disse não a olhando nos olhos.
— Não podemos viver nesse pedaço para sempre Bellamy. Olha em volta isso é muito maior, uma hora ou outra eles vão querer explorar.
— Eles? - o garoto a encarou e seu semblante parecia triste. - Ou você? Por que a única influenciadora aqui é você. 
— Espera aí. - Clarke ficou surpresa com sua atitude. - Pensei que tínhamos passado desse estágio. 
— Não é porque te ajudei a sair de uma armadilha que somos amigos agora Clarke.
— Ótimo. - a garota ficou muito irritada e parecia querer continuar uma discussão. - Pelo menos percebo que sua irmã tem razão quando diz que você é bem desagradável.
— A olha só sério? - ele jogou algo qualquer sobre a areia e levantou. - A única pessoa desagradável por aqui é você Clarke. Essa sua conversinha de que temos que nos rebelar, que fomos jogados para morrer aqui não cola comigo.
— Pouco me importo se acredita ou não. - ela retrucou. - Pelo menos entendo porque queriam você fora da arca. É um cara arrogante.
— E você se acha a princesa do castelo encantado não é? - eles usavam um tom agressivo e todos encaravam. 
— Eu? - ela gritava irritada. - Pelo menos eu não me acho uma líder e fico mandando em todo mundo, muito menos fico andando para cima e para baixo com uma guangue.
— Eu faço apenas o que eu aprendi. Oriento todos aqui não mando neles.
— Você se acha Bellamy. 
— Você que se acha. - ele estava no seu limite. - Deveria ter caído naquele buraco e ficado por ali mesmo, não iria fazer falta a ninguém.
Clarke ficou em um silêncio instantâneo. Aquelas palavras saíram tão ríspidas da boca de Bellamy, que ele sentiu o olhar da garota congelar seu coração. Novamente aquela mesma sensação que teria tido com sua irmã, teria retornado naquele momento frente a frente com a loira.
— Babaca. - disse ela já dando as costas.
— Não. - Bellamy ficou desesperado. - Espera, Clarke, desculpa. Eu não quis dizer isso. 
— Esquece. 
— Não espera. - ele a alcançou e segurou seu braço. - Clarke, por favor? 
— O que você quer? - ela gritou e sua voz estremeceu o corpo de Bellamy.
— Eu sinto muito. - seu olhar era o mais sincero possível. - Eu não parei um segundo de me preocupar com você enquanto não a tiraram daquele buraco.
— É e não foi você mesmo. Então.....
— Foi Finn. - ele sentiu um pesar por isso. - Agradeça a ele. 
— Eu já fiz isso. 
— Só não quero colocar a vida de todas essas pessoas em risco, muito menos a vida da minha irmã. E se estivermos aqui sem ajuda? Uma hora ou outra as coisas vão ficar ruins eu só quero garanti que todos fiquem bem.
— Não pode garantir isso Bellamy. - Clarke agora estava calma o encarando. - Só pode garanti que os dias aqui sejam melhores para todos nós. Não seja o babaca do irmão mais velho. 
— Eu não sou um babaca.
— Eu discordo. 
— Talvez eu seja, com você ok? - as mãos deles ainda estava firmes no braço dela. - Só me ajuda com Octávia, ela parece gostar de ouvir você. Só não a deixe fazer algo que se arrependa depois. 
— Acredite Bellamy, eu realmente não quero que ninguém me siga. Eu mesma já não sei o que fazer.
— Deixa eu te ajudar. - ele sugeriu.
— Podemos desistir desse seu plano maluco e apenas, nos focar em todos aqui e nossa sobrevivência.
— Podemos? - ela parecia questionar suas ideias.
— Vamos liderar juntos. - ele sugeriu. - Não como na arca. Pelo contrário, vamos dar voz a eles. Vamos ver o que desejam, vamos trilhar planos de sobrevivência e daí quem sabe explorar o restante desse lugar.
— Mudou de ideia? - Clarke ficou surpresa.
— Talvez alguém tenha me feito mudar. - ele tentou não sorrir. - Só que isso não quer dizer que vamos apenas sair. Temos que ter plano, organização e monitoramento. Temos que fazer esse lugar ser nosso lar.
— Como na arca? - Clarke ficou pensativa.
— Diferente. Um lugar de recomeço. - ele estava muito esperançoso.
— Um lar. - concluiu Clarke.
— Então isso é um sim? - Bellamy agora soltou seu braço com suavidade. 
— É...- ela sentiu o toque e depois o encarou. - Terei que me convencer de que não vou me arrepender disso.
— Seremos uma boa dupla. 
— Claro. - ela debochou.
— Qual é? A princesa não gostou da ideia do novo castelo?
— Cala a boca. 
Os dois riram e parecia que de toda a revolta que existia dentro de cada , conseguiram encontrar um ponto de equilíbrio entre eles uma conexão que surgia muito além do que um mero laço.
Mal sabiam eles que de longe em meio a toda aquele momento descontraído, Finn assistia os dois juntos com um sentimento de raiva dentro de si, alguém então poderia atrapalhar os planos deste novo lar.

 


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