Preciso de você escrita por Dani


Capítulo 1
Capítulo 1: Apenas com você


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, então essa é minha primeira fic yaoi, fiz de aniversário para minha amiga, não é algo que domino, mas ela insistiu muito pra eu postar, então com a cara ia coragem tô aqui, torcendo para vocês gostarem hahaha

Tenham uma boa leitura ♥



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Dean estava sujo, cansado, fedendo e muito, mas muito irritado com aquelas drogas de monstros que insistiam em ataca-los, mesmo estando sujos de sangue dos amiguinhos deles.

Ao seu lado Benny murmurava coisas incompreensíveis, enquanto saia batendo nos galhos acinzentados do purgatório, abrindo caminho para que ambos pudessem passar por entre a selva maliciosa, escura e nojenta do quase submundo.

Castiel havia sido enviado para o purgatório depois de enfrentar mais um dos inúmeros demônios que queriam matá-los, Dean orava todas as noites pelo amigo e nunca havia respostas ou sequer sinais de que ele estava bem ou até mesmo vivo, e aquilo o desesperava.

Dean não tinha o hábito de orar, ou pelo menos não antes de conhecer ele, após conhecer aquele anjo de sobretudo e que parecia ter uma imensa dificuldade em entender espaço pessoal, Dean havia criado o costume, não de uma forma religiosa, mas para se comunicar especificamente com Castiel.

Castiel sempre atendia seus chamados, já havia arriscado sua vida diversas vezes pelos irresponsáveis irmãos Winchesters, já havia de fato morrido. Mas ele sempre voltava e respondia a Dean.

Mas não dessa vez, e aquilo o matava como ele jamais ousaria admitir.

— Ele é um covarde — Benny murmurou entre os sons abruptos de enormes fardos de galhos caindo aos pés daqueles homens.

— De quem você ta reclamando agora? — Dean perguntou, sem olhar para o homem a sua frente.

— Da droga do seu amiguinho anjo.

Dean bufou, levantando os olhos irritados para o homem a sua frente, o empurrando, fazendo com que Benny virasse irritado para o Winchester.

— Cala a boca — Dean falou, parando de andar e olhando aquele homem nos olhos.

Benny olhava irritada para ele, apertava a faca em suas mãos, sua respiração estava ofegante, ele também estava cansado, isso era inegável, ambos estavam completamente exaustos. Mas ainda sim Benny não entendi por que Dean queria continuar de forma tão incessante.

— Por que esse esforço e sacrifício todo por alguém que fugiu?

— Você não sabe o que está falando.

— Como não Dean, você está tão cego com essa sua missão suicida que se recusa a ver o óbvio.

Benny deu alguns passos na direção do moreno, ainda sério e com a faca bem apertado em seu punho. Dean que o encarava desviou o olhar, respirando para então voltar a olhar para o amigo, com seu sorriso e tom sarcástico e inconsequente habitual.

— Tem nada óbvio não meu filho, é o Cas.

E seguiu seu caminho, empurrando com certa força o ombro de Benny, que apenas suspirou e revirou os olhos, mordendo o lábio inferior, segurando-se para não mandar o Winchester para o inferno (meio que já estavam nele, ou quase isso).

Os dois homens continuaram andando, com um silêncio incômodo e estranho entre eles. Davam passos cuidadosos e silenciosos, mas com o tempo Dean já estava inquieto com aquilo e começava a agir de forma bem menos responsável que antes, afinal se nenhum demônio os havia encontrado ainda com os bufares irritantes de Danny, pisar em alguns galhos não mudaria nada.

— Como pode ter tanta certeza?

— Cê ainda ta falando? — Dean falou, estraçalhando mais uma boa quantidade de galhos a sua frente.

— Ele fugiu Dean — Benny aumentou a voz, chamando a atenção do moreno.

— Você não o conhece como eu conheço.

— Como tem tanta certeza que o conhece tão bem?

Dean não se virou, abaixando a arma, cansado. Mas antes que o caçador de demônios pudesse falar qualquer coisa, ele viu algo.

Ele o viu.

— Cas? — Dean sussurrou, ignorando Benny, que o olhava questionador.

Um homem de sobretudo estava ajoelhado a beira de o que Dean acreditava ser um lago, de águas cinzas e mortas como tudo naquele maldito lugar.

— Cas — Dean aumentou mais o tom, andando e caindo desequilibrado por entre o caminho que levava até o amigo, quedas as quais ele não ligava.

O homem se virou assustado com o farfalhar das árvores atrás de si. Ao se virar, um Castiel assustado se apresentou, sua barba havia crescido, seus cabelos começavam a formar cachos, e ele os olhava como se a qualquer momento fossem ataca-lo.

As mãos do anjo estavam machucadas, seus dedos pingavam sangue e algo em seu pulso, escondido pelas mangas do sobretudo, incomodava Dean. Os lábios de Castiel estavam ressecados e feridos, quase que em carne viva, e o seu olhar acabava com o Winchester, que consegui ver transmitidos ali, medo e ansiedade que ele havia aprendido a ter.

Dean se aproximou e Castiel não se moveu.

— Ficou legal de barba.

Castiel não falou nada, apenas alternava seu olhar entre Dean e Benny.

— Qual é cara? — Dean riu, começando a chacoalhar a mão na frente do anjo — Vamos sair logo daqui, vem — Dean indicou com a cabeça o caminho que havia aberto na densa mata.

Castiel arregalou ainda meus seus olhos.

— Não há como sair do purgatório.

— Fala pra ele Benny — Dean sorriu, olhando para o homem emburrado com um facão.

— Talvez haja um jeito de você sair daqui — Benny falou, irritado — Mas não é certeza.

— Não há, anjos não podem sair daqui.

— Qual é Cas, não é melhor morrer tentando do que continuar aqui? Sei lá né, aqui não parece ter um encanamento muito legal — Dean sorria, falando em tom brincalhão, escondendo o que realmente sentia.

Castiel no entanto, não sorriu.

— Eu não posso sair daqui — O anjo falou apenas, abaixando o olhar ainda assustado.

Benny suspirou alto.

— Eu disse Dean, ele é um covarde.

Dean olhou para o homem com um brilho diferente no olhar, algo quase sanguinário e cheio de raiva. Benny se calou, virando bufando para outra direção.

— É o seguinte Castiel, eu não vou sair daqui sem você.

— Minha presença mantém os monstros longe de vocês, você precisa sair daqui — Castiel falava com certa urgência na voz.

Dean suspirou, frustrado, passando as mãos imundas pelos cabelos ainda mais imundos, para em seguida voltar-se novamente para o anjo, segurando a borda do sobretudo e trazendo o amigo para perto, lhe direcionando um olhar intenso de algo que Castiel ainda não havia aprendido.

— Não — Respondeu o Winchester — Eu preciso de você, e eu não vou a lugar nenhum sem você.

Dean apertava Castiel com força contra seu corpo, seu olhar duro parecia ler os pensamentos do anjo. E ele não sabia o que responder, a não ser...

— Dean — Castiel pigarreou, nervoso — Espaço pessoal.

— Que se dane.

E Dean puxou o homem contra seus lábios, iniciando um beijo urgente e cheio de desejo.

Castiel estava perdido, o que deveria fazer quando outro homem punha os lábios contra os seus? Seu corpo estava tremendo e não conseguia mexer um músculo, sua pele começou a se arrepiar quando sentiu Dean soltando um do lados de sua roupa, apenas para pôr a mão em sua nuca, puxando mais pra perto, em seguida sentiu algo remexendo-se em seu estômago quando Dean começou a pedir passagem de sua língua, passagem concedida de forma desastrada e inocente.

Os músculos de Castiel começavam a amolecer, como se o calor de Dean, que de forma a desafiar a lei da física de que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço, puxava-o para cada vez mais perto do seu. Sem perceber o homem de sobretudo já estava começando a deslizar suas mãos por entre as costas do irmão Winchester, acalmando-se e aproveitando aquele prazer humano que chamavam de beijo.

E ao fim do beijo, com ambos ofegantes, as testas coladas, Dean vermelho e Castiel surpreso, uma voz antes esquecida, emergiu.

— O que?

Benny ainda estava lá, envergonhado e sem saber muito o que fazer ou onde enfiar a cabeça, Dean pigarreou afastando-se de Castiel, que ainda olhava o amigo, com um sorriso surgindo do canto de seu lábio.

— Acho que podemos ir não é? — Dean pigarreou mais uma vez, tentando esconder os lábios vermelhos — Benny mostra o caminho ai meu filho.

Benny ainda tentou falar algo, mas apenas balbuciava coisas inaudíveis, e começou a andar na frente, evitando olhar para o casal atrás de si.

— Dean, o que... — Castiel começou, mas não chegou concluir, pois Dean pegou em sua mão e começou a puxá-lo.

— Ta precisando urgentemente escovar os dentes em queridão — Falou Dean, puxando Castiel por entre o caminho que se abria a sua frente, finalizando a conversa.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥



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