Isolated escrita por Fanfictioner


Capítulo 1
Prólogo - Operação Isolamento


Notas iniciais do capítulo

Oioi!
Bem vindos a mais uma fic Jily, inspirada pelos tensos momentos de quarentena que o Covid-19 está nos proporcionando.
Inclusive, como estão todos? Conseguindo se manter sãos no meio desse caos? Espero que lavando bem as mãos e usando álcool em gel eim??!
Desejando que tudo isso passe logo, e melhoras a todos os afetados pela doença...

Espero muito que essa fic sirva para nos distrair um pouco de tudo que tem acontecido. A ideia é ir postando um capítulo por dia essa semana. Por hora, curtam esse prólogo contextualizador.
Nos vemos nas notas finais!



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DIA 00 de 15

— Dumblendor tem que estar de brincadeira! Isso não é possível! – Lily praticamente berrava quando entrou na sala comunal da grifinória naquela noite

— Lily, calma... não é culpa dele, você sabe. – Dorcas tentava acalmar a amiga furiosa, enquanto Marlene, Alice, Frank e os Marotos juntavam-se a elas nos sofás em frente a lareira

Nevava forte lá fora e era como se o castelo inteiro estivesse úmido. O frio nos corredores chegava a doer os ossos de quem não estivesse bem agasalhado. Havia mais meia dúzia de outros alunos da casa espalhados pelo salão comunal, enrolados em mantas quentes, ou cheios de casacos e moletons.

— Eu não estou acreditando que vamos ficar presos aqui! Isso é ridículo! Duas semanas? E as aulas? Quer dizer... os NIEMs vão ser atrasados! E... ah, Merlin! Como ficarão as provas de admissão para o St. Mungus?! Eu não posso esperar mais um ano! E eu tenho o casamento de Petúnia no verão! – Lily parecia prestes a hiperventilar, andando de um lado para o outro, inquieta.

— Bom, se serve de consolo, Pontas e eu também perderemos a prova para o setor de aurores, são na mesma semana. – Sirius comentou com leveza, deitando-se no colo de Marlene Mckinnon

— E eu não acho que Petúnia ia ficar lá triste se você não fosse ao casamento dela Lily... seria uma espécie de presente de núpcias. – Marlene e Dorcas riram da colocação de Alice, bem lembrando a péssima relação de Lily com a irmã

O olhar fuzilante de Lily Evans foi suficiente para todos notarem que ela não estava brincando.

— Bem, sinto muito, Lily. De verdade! Mas você ouviu Dumblendor, a situação está realmente séria! Ninguém entra, ninguém sai do castelo. Até a rede flu está bloqueada! Não há o que fazer senão sentar e esperar... duas semanas só. – Remus parecia o único realmente focado acalmar Lily

— Ótimo! Não bastasse um completo caos político com um fascista tentando derrubar o ministério e matar trouxas, agora também um surto de varíola de dragão! Parece o verdadeiro apocalipse isso aqui! – e subiu para seu dormitório, pisando duro e batendo a porta.

— ...

— O que é mesmo fascista? – perguntou Pedro, devorando um pacote de varinhas de alcaçuz.

—Voldemort. – James rebateu, achando graça do surto de Lily. – Ah, vamos... ela vai aceitar numa boa. Quer dizer, eu também não me animo de ficar preso no castelo com um cachorro sarnento e nem por isso estou berrando e querendo matar um....

Sirius arremessou uma almofada na direção do amigo, começando uma pequena algazarra, enquanto Marlene, Dorcas e Alice preparavam uma partida de Snap Explosivo.

DIA 01 de 15

O primeiro dia daquela quarentena seria um domingo, o que fazia tudo ficar ainda mais monótono. Uma vez que as aulas tinham sido suspensas justamente no recesso de Natal/Ano novo, a grande maioria dos alunos não estava em Hogwarts, mas com suas famílias.

Fora invenção dos Marotos, em conjunto com Frank, a ideia de ficarem no castelo como comemoração de último ano de escola. Lily aceitara para evitar precisar ver a cara de seu cunhado Válter na ceia de Natal, e para ter a companhia das amigas. Alice já tinha decidido ficar por conta do noivo Frank, enquanto Dorcas e Marlene só tiveram preguiça de fazer as malas.

— Primeiro café da manhã em quarentena! Como se sente, ruiva? – James estava notadamente empolgado

Não havia duas dúzias de alunos na mesa da grifinória, embora o café continuasse tão rico como no resto do ano.

— Pergunte outra vez e eu prometo te azarar, Potter. – murmurou, bebericando seu suco de abóbora matinal

— E seguimos com a programação normal de ódio entre Lily Evans e James Potter, fiquem ligados! – Marlene fingiu ser uma narradora de quadribol, arrancando risadas dos demais

Tudo ficou calmo e monótono como costumavam ser os domingos em Hogwarts, e ninguém parecia estar muito consciente de que, de repente, não eram só férias, mas uma quarentena. Houve uma noite de jogos, regada a hidromel e biscoitos roubados da cozinha, no dormitório dos marotos naquela noite e, até ali, tudo estava bem e tranquilo.

DIA 02 de 15

A manhã de segunda feira já começara com um burburinho estranho quando, ao chegarem no Grande Salão para o café, todos os alunos que a mesa da Lufa Lufa estava vazia. Havia alguns alunos da casa que tinham permanecido em Hogwarts aquele ano. Três para ser mais preciso. No entanto a mesa nem posta estava.

Quando todos os alunos chegaram e sentaram para o café do que deveria ser o primeiro dia de aula do segundo trimestre, Alvo Dumblendor tomou a palavra.

— Meus caros, é meu dever informá-los que, por medida de segurança, os senhores de agora em diante deverão se manter restritos aos seus salões comunais. Dois colegas dos senhores foram identificados como portadores de varíola de dragão, e estão agora em absoluto isolamento na enfermaria. Todos serão submetidos a testes, e depois deverão se recolher aos seus dormitórios.

Houve balbúrdia entre os alunos que estavam na escola. Como assim, um caso em Hogwarts? Aliás, dois! Todos os alunos estavam, então, contaminados? Lily foi uma das primeiras a começar a surtar, ansiosa e desesperada.

— Ah, não! Ah, não! É impossível saber se estamos infectados, vamos todos adoecer! Ah, Merlin!

Dorcas e Alice seguravam suas mãos e Marlene guiava uma espécie de exercício de respiração para que a amiga não desmaiasse

— Não criemos pânico! Madame Pomfrey está mais que pronta para atender a todos com total competência. Após terminarem de comer, os diretores de suas casas ficarão felizes em acompanhar todos aos exames. Os senhores poderão sair de suas salas comunais durante apenas uma hora por dia, no máximo em duplas. O acesso à biblioteca fica restrito para pegar ou devolver livros, e para apenas um aluno por vez... todas as refeições serão servidas em suas salas comunais. Tão logo quanto possível tudo isso terá passado. Que se inicie o café, então!

É claro que Lily já entrara em pânico, que não tocaria na comida e estaria enlouquecendo todos seus amigos. Depois de várias tentativas de todos, e uma dose de calmante que Alice sabiamente serviu no suco da amiga, Lily parou de bater as pernas e de respirar ruidosamente. Ela até mesmo beliscou uma torrada com geleia, e bebeu chocolate quente que os elfos trouxeram para ela, a pedido de James.

Quando professora Minerva veio na direção da mesa da grifinória chamar a todos para fazerem seus exames de risco de contaminação por varíola de dragão, Lily arregalou os olhos e permaneceu em pânico durante todo o processo. Aparentemente mais do que furiosa por ter a liberdade cerceada, Lily Evans tinha pânico de doenças (o que era irônico, dada sua escolha de carreira ser trabalhar no Hospital St. Mungus), principalmente as mágicas.

James, Remus e Peter iam pelo caminho apostando quem da sonserina teria mais chances de contrair enquanto Sirius vinha conversando com Dorcas e Marlene sobre quem teriam sido os infectados.

— Poderia ser a Amélia Bones. Ela estava namorando aquele menino Creevey, não estava?

— Boa, Lene! Mas de quem teriam pego?

— Se for quem estou pensando, Dorquinhas, acho que sei como. Mary é aquela baixinha de cabelos pretos não é? – ambas confirmaram. – No último passeio a Hogsmeade eu os flagrei, por acidente, claro, em um momento bem... ahm, íntimo. – Marlene explodiu em risadinhas. – Perto da loja de animais. Naquele beco aonde descartam lixo e todas as porcarias de Hogsmeade. Certeza de que lá correm vírus de doenças tão ruins ou piores que varíola de dragão.

Dorcas fingiu vomitar, enquanto Marlene gargalhava ao ponto de seu olho lacrimejar.

— Que nojo!

Eles logo chegaram à enfermaria e, um a um, foram sendo testados. Os dois primeiranistas deram negativo. Eram imunes àquela mutação do vírus.

Dois irmãos, um do segundo e um do quarto ano, também deram resultado negativo, assim como Emmeline Vance e Mary McDonald, do sexto ano.

Remus testou negativo também, apesar de uma pré-disposição alarmante pela baixa imunidade. Sirius, Peter e Frank eram imunes, enquanto Alice, Marlene e Dorcas tinham uma predisposição comum.

 Lily estava muito ansiosa, por isso queria ser a última. Todos os amigos estavam a sua espera, dando força, enquanto James tinha até mesmo se voluntariado para se testar junto com ela. Nervosa demais para ter energias suficientes para brigar com o menino Potter, Lily apenas aceitou e continuou a batucar os pés nervosamente contra o piso de pedra.

— Muito bem, senhorita Evans, me estenda seu braço. Vai ser apenas uma picada com essa agulha e testaremos seu sangue no soro de varíola de dragão. Veja, o senhor Potter vai fazer também, não há razão par... – Madame Pomfrey foi interrompida antes que pudesse terminar

— Por favor, vamos logo com isso! – Lily estava pálida de nervosismo

Ela foi furada e, logo em seguida James também. As amostras de sangue foram colocadas em frascos de poções que continham o soro da doença. O resultado não demorava nem cinco minutos. Madame Pomfrey agitou as amostras e, enquanto isso, Lily dirigiu-se às amigas. Marlene pegou sua mão e apertou-a em conforto.

— Não precisam se preocupar com nada... são exames de rotina e eu tenho certeza que jovens saudáveis como os senhores... Professora Mcgonagal! Ah, meu Merlin!

James e Lily viraram para ela com olhares mistos. James, mais curioso do que qualquer coisa, e Lily, a beira de um curto ansioso.

— Senhores, por favor, deem três passos de distância do senhor Potter e da senhorita Evans. – Minerva pediu, tentando permanecer calma.

Alice e Marlene ficaram confusas, mas Dorcas logo entendeu do que se tratava.

— Potter, Evans, preciso que mantenham a calma. Madame Pomfrey está capacitada para atendê-los, e a escola de Hogwarts não os deixará desamparados. Vou escrever para suas famílias e providenciar uma sala para o isolamento dos senhores, enquanto isso devem ficar aqui, já recebendo tratamento. Os demais, venham comigo por favor!

Minerva bebeu uma poção translúcida de um frasco que a enfermeira lhe estendeu e logo saiu, com os alunos em seus calcanhares. Sirius, Remus e Peter falaram coisas rápidas que Lily não entendeu pois estava transtornada e sentia o ar faltando. Marlene murmurou “vai dar tudo certo!” antes de sair, mas a monitora ruiva continuava pedindo informações e confusa sobre o que estava acontecendo.

— Senhorita Evans, Potter, sentem-se. -  a enfermeira pediu, carregando uma bandeja com vários remédios de cores diferentes.

— O que está acontecendo, Madame Pomfrey? – os olhos de Lily estavam arregalados

— Ah, senhorita Evans! Não precisa se desesperar, eu cuidarei de tudo... – o tom dela era condescendente, como quem explica a uma criança que naquele ano não nevou no Natal -  mas a senhorita e o senhor Potter testaram positivo. – Potter não parecera tão impactado, embora Lily tenha entrado em desespero simultaneamente. - Estão contaminados com varíola de dragão!


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Notas finais do capítulo

E entãaaaaao?! Como será que vai funcionar esse isolamento de Lily e James com varíola de dragão?
Comentários? Reviews? Sugestões?
Já sabem, Voldemort puxa o pé de quem não opina eim??

Nos vemos nos comentários!



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