O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 94
Cíntia


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de O Legado part. 2, sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.
E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.

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Nem sabia como agradecer a Ethan por ter planejado essa viagem incrível para nós, segundo ele a mesma era uma comemoração antecipada do nosso aniversário de um mês de namoro, além de uma folga merecida do trabalho que estava praticamente me consumindo.

Respirar o ar do meu país natal depois de tanto tempo me deixou emocionada, era como se estivesse me reconectando as minhas raízes depois de tanto tempo e isso me deixou extremamente feliz, pela primeira vez na vida sabia onde era o meu ponto de partida já que o meu porto seguro, possuía lindos olhos cor de ônix e um sorriso de menino levado, que sempre me encantava.

Depois que me mostrou a casa, meu namorado levou minhas malas para o quarto em que ficaria antes de descer para preparar algo para comemos. Tinha que admitir que estava um pouco desapontada por saber que ficaríamos em quartos separados, ainda mais dando o histórico de conquistador de Ethan, mas isso era apenas mais uma prova de que ele não me queria como mais uma na sua cama e saber disso me deixava ainda mais apaixonada.

Balancei a cabeça deixando tudo isso de lado e comecei a desfazer a minha mala, a qual não tinha feito, mas segundo Ethan a mesma havia sido feita por minha avó a seu pedido, pois ele queria fazer surpresa, algo que realmente aconteceu. Assim que estava tudo em seu lugar, fui tomar um bom banho antes de vestir uma roupa confortável e descer, em busca do meu namorado naquela mansão a beira mar.

Logo escutei sons vindo da cozinha e fui em sua direção, sentindo um aroma maravilhoso que vinha do local.

—Não sei o que está cozinhando, mas o cheiro está maravilhoso. - disse sincera entrando na cozinha e Ethan sorriu feliz ao me ver, antes de me chamar para mais perto dele.

—Estou fazendo uma camaroada, uma receita que aprendi em um curso de comidas brasileiras. Espero que fique tão bom quanto o da aula. - Ethan disse sorrindo antes de voltar a sua atenção para as batatas que estava cortando.

—Tenho certeza que estará, amor. No que posso ajudá-lo? - questionei me aproximando dele que me pediu para fazer uma salada, enquanto ele fazia um suco de laranja e ficava de olho na camaroada.

—Quando arrumou tempo para fazer um curso de comidas brasileiras? - questionei confusa, enquanto lavava algumas folhas para fazer uma salada verde para o almoço, afinal sabia o quanto o hospital tomava todo o tempo de Ethan.

—Nas ultimas férias que tirei.

—E isso foi quando? - questionei curiosa desviando os olhos das folhagens para vê-lo.

—No meu último ano de medicina na faculdade, então, podemos dizer que foi a muito tempo atrás.

—Então, posso concluir que você não tira férias a muito tempo.

—Pode. Quando não estou no hospital trabalhando, estou fazendo cursos voltados para gestão hospitalar ou novas técnicas de emergência, além de cuidar da administração do Brasileiro. - Ethan explicou e olhei preocupada para ele, afinal meu namorado estava exercendo funções demais para uma pessoa só, o que poderia lhe deixar doente se ele não começasse a diminuir o ritmo.

—Ethan, que tal se prometêssemos que a partir de hoje iremos diminuir o ritmo de trabalho? Afinal, você acha que ando trabalhando demais e admito que sim, e você também não fica atrás. Não quero que fique doente, porque achava que era o Superman, para dar conta de todos os problemas do mundo. - disse sincera e ele sorriu carinhoso, deixando as batatas de lado para se aproximar de mim e virei para vê-lo.

Sem desviar os olhos dos meus, Ethan ficou na minha frente e colocou um braço de cada lado da bancada, me impedindo de fugir para longe dele, como se eu quisesse ir para qualquer lugar longe dele.

—Sua preocupação comigo, me comove, Aurora. - Ethan disse com a voz rouca e meu corpo se arrepiou por inteiro, enquanto ele me olhava com aquele par de olhos cor de ônix que me faziam perder o raciocínio desde a primeira vez que nos vimos.

—Eu te amo, Ethan Harry, por isso me preocupo com você. - disse sincera e ele sorriu amoroso para mim, se inclinando em seguida para acariciar a ponta do seu nariz com o meu, o que me fez gemer satisfeita.

—Eu também te amo, Cíntia Aurora, por isso me preocupo tanto com você. - ele disse com a voz doce e envolvente, antes de começar a beijar meu pescoço descendo em seguida para o meu ombro, enquanto gemeia de prazer e satisfação por suas caricias, que apesar de serem maravilhosas pareciam uma espécie de tortura, já que meu namorado as fazia de forma lenta o que me deixava frustrada.

Desesperada para ter ainda mais de Ethan, passei meus braços ao redor do seu pescoço puxando-o para mais perto de mim, como se a nossa proximidade não fosse o suficiente, o que fez meu namorado sorrir, antes de nos separarmos em buscar de ar.

—Apressada, como sempre, senhorita Lopes. - ele segredou sorrindo acariciando meu rosto com carinho, assim que recuperamos a nossa respiração depois do beijo.

—E você como sempre, paciente demais. - reclamei frustrada e ele sorriu suave para mim.

—O que é bom, deve ser apreciado sem pressa, meu amor.

—Se você demorar muito, vou acabar te atacando. - brinquei e ele sorriu suave me dando um selinho carinhoso, antes de se afastar de mim.

—Queria muito ver isso. - ele segredou malicioso e piscou para mim, se afastando e voltando para o que estava fazendo antes de me beijar, enquanto tentava controlar a minha vontade de agarrá-lo ali mesmo na cozinha.

Depois que terminamos de cozinhar e almoçamos, fomos para a sala deitar no sofá enquanto assistíamos a um filme qualquer na televisão, do qual não estava prestando a menor atenção, pois estava praticamente dormindo nos braços de Ethan enquanto ele acariciava meus cabelos sem pressa.

Tinha que admitir que ficar ali nos braços do homem que ama, enquanto recebia carinho dele, era um verdadeiro paraíso, como se fossemos as únicas pessoas no planeta naquele momento e foi impossível não nos imaginar, vivendo momentos como este ao longo dos anos e sorri com esse pensamento.

—Qual o motivo do sorriso, minha Aurora? - Ethan questionou curioso sem parar de acariciar meus cabelos.

—Só pensei...Que seria maravilhoso ficarmos assim por um bom tempo...Talvez, até ao longo dos anos. - disse sincera e ele beijou o alto da minha cabeça com carinho.

—Seria a realização de um sonho, para mim. - ele admitiu sincero e respirou fundo, como se estivesse tomando coragem antes de voltar a falar. - Aurora, eu queria...

Mas antes que Ethan pudesse completar a sua frase, meu celular começou a tocar em cima da mesa de centro, suspirei resignada já sabendo do que se tratava antes de me afastar do meu namorado, sentando no sofá no qual estávamos deitados e pegando o celular.

—Me desculpe, mas preciso atender é do conglomerado. - disse mostrando a tela do celular para Ethan que concordou, lhe dei um beijo suave antes de me levantar do sofá e atender a ligação perto da janela.

E uma ligação que pensei que seria apenas de alguns minutos, se transformou em horas, na qual tive que ir para o meu quarto e ligar o computador para analisar os balancetes, que os funcionários do meu andar estavam fazendo.

—O resto dos relatórios está tudo certo, Guilherme, só está faltando o da rede de hospitais. Quando o contador da rede ficou de mandar a documentação, mesmo? - questionei sentada na minha cama em frente ao notebook.

—Ele não me deu nenhum prazo, Cíntia, mas irei entrar em contato com ele e pressioná-lo para enviar o relatório para você. -Guilherme, meu assistente, garantiu e concordei me despedindo dele antes de desligar, logo comecei a escutar um som suave que vinha do andar de baixo.

Sai do quarto seguindo o som, parando na porta de uma sala na qual Ethan estava tocando de maneira concentrada, antes de virar para me ver deixando de tocar.

—Me desculpe, por ter atendido a ligação, espero não ter demorado muito. - disse envergonhada por ter deixado meu namorado, para atender a um telefonema de trabalho.

 -Está tudo bem, meu amor. Combinamos que poderia trabalhar daqui, então não precisa se preocupar pois entendo. Você já terminou de conversar com seu assistente? - ele questionou fechando a tampa que protegia as teclas do piano.

—Sim. Por que? Por acaso tem algo em mente, para fazermos durante a tarde? - questionei sorrindo e ele concordou também sorrindo.

—Tenho algumas ideias, sim, querida, mas acho que devíamos trocar de roupa primeiro. - Ethan sugeriu e pisquei confusa, antes dele me explicar que me levaria até a praia que cercava toda a casa.

Passamos a tarde inteira na praia, conversando, namorando ou simplesmente curtindo a companhia um do outro, enquanto admirávamos as ondas quebrarem na areia durante o pôr do sol.

—Esse lugar é incrível...Acho que não quero mais ir embora daqui. - disse sentada na frente de Ethan, que possuía seus braços ao meu redor enquanto estávamos sentados na areia.

—Podemos voltar sempre que quiser, querida.

—Isso é maravilho, porque adorei esse lugar. - disse sincera e ele beijou meus cabelos com carinho, enquanto uma ideia passava por minha cabeça.

—Ethan, você já trouxe outra mulher aqui? - questionei tentando controlar a minha insegurança e ele me abraçou apertando, como se quisesse me aquecer com o calor do seu corpo, já que estava anoitecendo e o tempo ficava mais frio.

—Não, Aurora, você é a primeira e a ultima mulher que trarei aqui. - Ethan disse e virei surpresa para vê-lo, pois aquelas palavras pareciam dizer bem mais do que ele estava falando. - Cíntia, você mudou o meu mundo para melhor desde que a conheci, no jantar de ensaio do meu irmão. Desde aquele dia, tudo ganhou mais cor e sentido na minha vida...Você me ensinou a amar e ser amado, me fez desejar ser apenas seu e de mais ninguém. Você, Cíntia Aurora Lopes, respondeu a todas as perguntas que haviam dentro de mim, me fez um homem melhor, me completou de todas as formas, que jamais pensei ser possível...Por isso, gostaria de lhe perguntar...

—Meu Deus. - sussurrei entre lágrimas interrompendo-o e virando para vê-lo, enquanto ele tirava uma caixa de veludo preto de dentro da bolsa que havia trago com os nossos lanches.

— Cíntia Aurora Lopes, amor da minha vida, você aceitaria se casar comigo e me permitir fazê-la feliz para o resto de nossas vidas? - Ethan questionou ansioso pela minha resposta e sorri em meio as lágrimas, enquanto olhava em seus olhos escuros.

Sabia que muitas pessoas, iriam achar que aceitar um pedido desses era uma verdadeira loucura, afinal mal nos conhecíamos, além de não termos nem um mês de namoro completo, mas o amor que sentia por Ethan me dava a certeza de que estava tomando a decisão certa e jamais me arrependeria dela.

—Sim...Eu aceito me casar com você, Ethan. - disse entre lágrimas e ele sorriu feliz, antes de me beijar apaixonadamente, até que fosse necessário nos separarmos para respirar.

Após termos nos separado, Ethan abriu a caixa de joias e me mostrou o lindo solitário de ouro branco e diamantes, que possuía uma pedra central em formato oval muito parecida com a pedra do colar que havia ganhado dele no dia em que me pediu em namoro.

—Você gostou do anel? - ele questionou depois que o colocou na minha mão direita e olhei para o delicado anel.

—Ele é lindo amor, posso até estar enganada, mas acho que essa pedra não é a mesma do meu colar? - questionei em dúvida e ele sorriu concordando.

—Sim, amor, é a mesma. É uma tradição da minha família que se perdeu no tempo, presentear a noiva com uma pedra da lua, que significa o desejo de uma vida longa e feliz.

—E tudo o que mais quero ao seu lado. - segredei feliz e o beijei com carinho enquanto o sol terminava de se pôr na praia.

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 Encarei o teto escuro do meu quarto, cansada de me revirar na cama durante a noite, sem conseguir dormir apesar do cansaço. Resignada, me levantei da cama e sai do quarto caminhando em direção ao quarto de Ethan que ficava ao lado do meu, mesmo estando agora noivos, achei que poderia ter a liberdade de pedir a ele para dormir ao seu lado, mesmo que não fizéssemos nada, apesar de querer bastante.

Com cuidado me aproximei da cama onde ele dormia profundamente, totalmente esparramado e sem camisa, atraindo meus olhares para o seu tórax definido, mas antes que pudesse fazer ou pensar em algo, senti alguém segurando me braço e me derrubando na cama ficando em cima de mim.

—Aurora? O que faz no meu quarto, acordada a uma hora dessas? Eu podia ter te machucado. -Ethan disse surpreso em ver quem estava embaixo dele e corei sem graça, por ter sido pega no flagra.

—Me desculpe, não quis te assustar, querido, só que não consegui dormi...Acho que estranhei o quarto, posso ficar aqui com você?! Prometo que não irei atrapalhar seu sono. - implorei olhando em seus olhos escuros enquanto ele soltava meus pulsos, antes de sair de cima de mim.

—Tudo bem, pode dormir comigo sempre que quiser. - ele jurou sincero se deitando do meu lado e sorri feliz por seu convite.

—Verdade? Olha que posso me aproveitar do seu convite. - disse e ele sorriu surpreso por minhas palavras.

—Acho que quero, que você se aproveite, Aurora. - ele disse malicioso e sorri puxando-o para um beijo.

Nos beijamos e conversarmos até que o cansaço nos dominou, fazendo com que adormecemos nos braços do outro, mas no meio do meu sono escutei meu celular tocando em cima do criado mudo, onde o havia deixado quando vim para o quarto de Ethan.

Sair dos braços do meu noivo adormecido foi uma verdadeira batalha, pois ele sempre me puxava de volta para a cama, o que me fazia rir surpresa pela força que Ethan possuía mesmo dormindo. Assim que estava livre dos braços de Ethan, caminhei em direção a varanda que havia no quarto, evitando acordá-lo enquanto atendia a ligação de Guilherme.

—Me desculpe se te acordei, Cíntia, mas o assunto é sério. - Guilherme disse nervoso do outro lado da linha e fiquei preocupada.

—O que aconteceu, Guilherme? - questionei temerosa e meu assistente respirou fundo, antes de me contar tudo o que havia acontecido.

Não podia acreditar que Ethan, havia sido capaz de fazer tal coisa.

De trair a sua própria família em nome do dinheiro...Isso não.

O homem que eu amava e conhecia, jamais faria algo assim, refleti olhando-o dormir sereno com um suave sorriso nos lábios, na cama que havíamos acabado de dividir, mas então, porque haviam provas que diziam o contrário?


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Notas finais do capítulo

Me desculpem os erros de português, mas não tive realmente tempo de revisar o capítulos, espero que entendam.
Beijos e até sexta.
❤️❤️❤️❤️❤️❤️



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