O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 91
Ethan


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais um capitulo de O Legado part. 2, sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje, que graças a Deus consegui postar mais cedo.
E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.

Imagem do capitulo:
https://www.facebook.com/photo?fbid=2544180812538757&set=g.1256329121179217



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/788068/chapter/91

Depois que meu plantão terminou e dei graças a Deus por isso, já que não tive tempo nem de almoçar, fui em direção ao repouso dos médicos para tomar um bom banho e trocar de roupa, tentando disfarçar a minha exaustão para o jantar na casa da minha irmã, do qual ela fez questão de convidar a minha namorada, me tirando assim o direito de fazer tal convite.

Apesar de ter ficado chateado no começo com Ária, sabia que ela não havia feito por mal, afinal minha irmã só queria conhecer melhor a sua mais nova cunhada, já que as duas se conheciam apenas profissionalmente, pois Cíntia havia trabalhando para ela.

—Olha só, parece que alguém vai esticar a noite em outro lugar, Felipe. - David, médico da emergência, comentou malicioso com nosso obstetra assim que sai do banheiro devidamente arrumado e com o cabelo úmido.

—Queria ter a sua disposição, Ethan, mas depois de um plantão infernal como o de hoje, tudo que desejo é chegar em casa e cair na minha cama. -Felipe confessou e David concordou.

—Desculpe decepcioná-los meus caros colegas, mas dessa vez estou indo para um jantar em família. A título de informação, minha vida de Dom Juan acabou. Agora sou um homem comprometido e completamente apaixonado. - disse caminhando em direção a minha mochila, para guardar a minha necessaire e logo meu celular vibrou, anunciando que havia acabado de chegar uma mensagem.

—Você comprometido? Conta outra. - David disse incrédulo enquanto me olhava de braços cruzados.

—Por acaso você engravidou alguém e seus pais estão lhe obrigando a casar? - Felipe questionou curioso e revirei os olhos, respondendo em seguida a mensagem da minha namorada antes de voltar a minha atenção aos dois.

—Claro que não, Felipe. Estamos no século vinte e um, onde existi inúmeros métodos contraceptivos para se evitar uma gravidez indesejada. Além do mais, meus pais jamais me obrigariam a casar com alguém que não amo. - expliquei olhando para os dois, deixando de lado a explicação de que na verdade ainda não poderia ter filhos, pois isso só aconteceria depois que fizesse o juramento de Lyva e Heitor, tal voto só poderia ser feito apenas com o meu imprinting, permitindo assim que pudesse ter herdeiros.

—Entendo, mas você gosta dela ou só está se divertindo por um tempo? Para saber como é namorar alguém? - David questionou curioso para saber mais detalhes sobre o meu namoro.

—Eu não gosto dela, David...Na verdade, sou completamente apaixonado por ela. E falando nela, preciso ir meus caros colegas, pois a minha namorada está me esperando no estacionamento. - disse encerrando o assunto, pois nunca gostei de dar detalhes da minha vida para meus colegas de trabalho, ainda mais agora que me tornei a fofoca diária da empresa.

—Tudo bem. Quem diria que iria viver para ver, Ethan Thompson, namorando e dizendo que está completamente apaixonado por uma única mulher. - Felipe disse ainda surpreso com meu novo status e David concordou igualmente admirado.

—A vida é uma caixinha de surpresas, meus caros colegas. - segredei para os dois pegando a minha mochila e me despedindo deles, saindo em seguida do repouso dos médicos.

Sai pelo corredor que dava acesso direto ao estacionamento que havia ao ar livre atrás do hospital, caminhei com pressa em direção a Mercedes preta, que pertencia a minha família, pois estava louco de saudades de Aurora.

César, o motorista da nossa família, estava conosco desde que era criança, ele era o responsável por nos levar e buscar na escola, já que meus pais e Ária iam para o trabalho muito cedo, para que pudessem estar em casa no horário do almoço ou do jantar, permitindo assim que fizéssemos as refeições em família.

Depois que Ben e eu atingimos a idade legal para dirigir, César passou a ser motorista dos meus pais, levando e trazendo-os do hospital após a aposentadoria dos mesmos, além de ficar responsável em me buscar quando passava o dia todo de plantão, já que meus pais me proibiram de dirigir depois de trabalhar por horas, mesmo que meus reflexos fossem melhores do que de um humano comum.

Assim que me aproximei do carro a porta do passageiro foi aberta, me fazendo sorrir assim que vi o meu imprinting abrindo a porta do carro e sorrindo para mim, correndo em seguida na minha direção.

Com o coração acelerado por ver meu imprinting depois de horas afastados, corri em sua direção, envolvendo-a nos meus braços assim que nos aproximamos. Me permiti em seguida fechar os olhos sentido seu cheiro singular de pitanga, que tanto me fez falta durante todo o dia em que ficamos afastados.

Enquanto abraçava Aurora e me perdia no seu perfume e calor, meu corpo começou a sentir sensações maravilhosas provocadas por sua presença, capazes de preencher o vazio que a tanto tempo me consumia, me permitindo vislumbrar um futuro feliz para nós dois.

No qual estaríamos felizes juntos, enquanto brincávamos com nossos três filhotinhos no jardim da mansão Thompson.

Sem controlar meus pensamentos, comecei a imaginar três crianças sorrindo felizes para mim enquanto tentava pegá-las...Três misturas perfeitas de mim e Cíntia, que já amava mais do que tudo no mundo e desejava desesperadamente poder tê-la logo na minha vida.

—Parece que não sou a única com saudades. - Aurora sussurrou no meu pescoço, me trazendo de volta para o presente e pisquei confuso, por ser arrancado do meu sonho de felicidade antes de poder abraçar nossos filhotes. - Ethan, está tudo bem? Você parece aéreo.

—Estou bem, amor, só estou cansado. - disse uma meia verdade e ela concordou acariciando minhas costas com carinho, me fazendo relaxar automaticamente.

—Tem certeza que não ir para casa? Por mim não tem problema algum. - Aurora ofereceu me olhando com preocupação e neguei.

—Tenho, querida. Não se preocupe, estou bem. -assegurei antes de sorri para ela. -Se acha que irei deixa-la escapar do jantar da minha irmã, não mesmo.

—Não acredito que descobriu o meu plano?!- Aurora brincou carinhosa para mim antes de sorrimos.

—Eu te amo, de todo o meu coração, Cíntia Aurora, e sempre vou amar. - disse sincero acariciando sua bochecha direita com o meu polegar.

—Eu também te amo, meu amor. - Aurora disse apaixonada e me inclinei para beijá-la com carinho. Só nos separamos quando o ar se fez necessário e acariciei a ponta do seu nariz com o meu, assim que nos afastamos e olhei em seus olhos verdes escuros.

—Acho melhor irmos para o jantar da minha irmã, antes que desista da ideia e fuja com você, para que possamos ficar a sós. - segredei e Aurora sorriu suave me dando um último beijo, antes de andarmos abraçados em direção ao carro da minha família.

—Boa noite Ethan. - César me cumprimentou sorrindo, assim que me sentei no banco de trás ao lado da minha namorada.

—Boa noite César, obrigado por buscar a Aurora pra mim. - agradeci olhando-o pelo retrovisor e ele sorriu.

—Não precisa agradecer, Ethan, foi um prazer. Podemos ir direto para a casa da Ária ou querem passar em outro lugar antes? - César questionou nos olhando pelo retrovisor.

—Podemos ir direto para a casa da minha irmã, César. - disse e ele concordou, antes de colocar o carro em movimento.

Sem dizer uma palavra envolvi Aurora com meu braço direito, trazendo-a para mais perto de mim, aproveitando melhor seu cheiro de pitanga que predominava na parte trás do carro.

—Você parece tão cansado...Tem certeza que é uma boa ideia irmos nesse jantar? - Aurora questionou novamente preocupada, assim que deitei minha cabeça em seu ombro e fechei os olhos, aproveitando melhor seu perfume natural.

—Tenho, amor, não se preocupe, estou bem. Além do mais, se faltarmos nesse jantar Ária nunca mais nos deixará em paz. - brinquei e ela sorriu, antes de beijar a minha bochecha com carinho.

A viagem até a casa da minha irmã foi mais rápida do que imaginei, talvez isso se deva ao fato de que acabei dormindo por alguns segundo, depois que me aconcheguei a minha namorada e me perdi em seu perfume natural que me relaxava, não importasse onde estivesse.

Assim que o carro parou em frente a linda casa branca de porta azul, a única casa do bairro com a porta daquela cor, pois era uma homenagem a casa do filme “Um lugar chamado Notting Hill”, o preferido da minha irmã mais velha.

Nos despedirmos de César e saímos do carro, segurei as sacolas que Aurora havia trago

 antes de andarmos de mãos dadas em direção ao hall de entrada que possuía um balanço.

—Pronta? - questionei a Aurora assim que paramos de mãos dadas em frente a porta azul e ela apertou a minha mão, denunciando seu nervosismo.

—Sim. - ela disse suave e respirou fundo antes de concordar, em seguida toquei a companhia e logo a porta foi aberta por meu cunhado.

—Ethan, Cíntia, que bom que chegaram. Carol, acabou de perguntar por vocês. -Henry disse sorrindo nos convidando para entrar.

—Até imagino porquê. Ela cansou de contar histórias constrangedoras do Ben para a Mel, agora quer fazer a mesma coisa comigo e com a Aurora, não é? - sugeri já conhecendo a minha irmã mais velha e meu cunhado sorriu concordando.

—Ela só está recuperando o tempo perdido, já que nem o Ben e muito menos você, namoraram durante a adolescência. Ária só está fazendo o papel de irmã mais velha. - Henry defendeu a esposa dando de ombros o que nos fez rir.

—Sei...E você como um bom marido, sempre está do lado da minha irmã.

—Mais é claro. Além de amar a Ária, os irmãos mais novos dela cresceram e não posso mais suborná-los com doces e sorvetes para me ajudarem, se ela brigar comigo. - ele brincou e sorrimos da sua piada, me fazendo perceber o quanto Henry e minha irmã combinavam até no jeito brincalhão de ser.

—Cíntia, esse é o meu cunhado Henry, que conheço desde que nasci. Henry, essa é a Cíntia, o amor da minha vida. - disse sincero olhando nos olhos dela, que corou ao ouvir a forma carinhosa pela qual a chamei na frente do meu cunhado.

—É um prazer conhecê-la, Cíntia. - meu cunhado disse gentil apertando a mão de Aurora.

—O prazer é meu em conhecê-lo, Henry. - minha namorada disse gentil soltando a mão de Henry, antes de pegar uma das sacolas que estavam na minha mão, entregando-a ao meu cunhado que ficou surpreso com o seu gesto. - Meus pais me ensinaram, que jamais devemos visitar alguém pela primeira vez e não trazer um presente.

—Obrigado pelo presente, Cíntia. - Henry disse gentil abrindo a sacola, tirando de lá uma garrafa de um vinho tinto nacional, do qual sabia que era excelente, pois tínhamos algumas garrafas dele na adegada que havia em casa. - Olha só, pelo jeito a sua namorada tem bom gosto para bebidas, Ethan.

—Um gosto que nem eu sabia, Henry. - disse surpreso olhando para Aurora.

—Uma mulher precisa manter alguns segredinhos para ela, faz parte do nosso charme. - Aurora segredou brincando e sorrimos antes de seguirmos para a sala de estar.

Logo começamos ouvir sons de risadas e sorri automaticamente, assim que consegui entender o motivo do riso de todos.        

—Você acabou de ser promovida a pior irmã do mundo, Ária. Meu irmão favorito agora é o Ethan. -  Benjamin disse assim que entrei na sala de mãos dadas com Aurora, enquanto todos riam do medo que o meu irmão do meio tinha de sapos.

Na verdade, Benjamin tem pavor de sapos desde que me lembro, mesmo adulto e se transformado em um lobo, esse temor jamais passou.

—Agora entendo, porque você quase teve um ataque do coração e se negou a sair do carro, na semana passada, quando chegamos em casa e havia um sapo no hall de entrada. Não acredito, que o meu marido morre de medo de sapo. -Mel disse rindo sentada ao lado do marido enquanto acariciava a sua barriga, que estava mais aparente do que antes.

Parecia que minha sobrinha não nascida, havia crescido do dia para a noite na barriga da mãe, como se quisesse que todos soubessem que ela estava realmente ali e gostaria de participar de tudo que acontecia ao seu redor, me fazendo lembrar do que tia Alice havia me dito em relação a futura alfa do clã Quileute, quando estávamos morando juntos no mês passado em Nova York.

 Segundo tia Alice, Kyra será carismática como o pai, despertando em todos o desejo de protegê-la...Ela herdará a doçura e a força da mãe assim como a sua beleza, mas o gênio...Não negara em nada o sangue quente dos Clearwater que corre nas veias dela, o que me fez ficar surpreso, afinal os pais da minha futura sobrinha eram duas pessoas calmas e tranquilas.

 Me lembro de quase nunca ver o meu irmão perder a calma, Melissa então...Era um poço de calmaria, mas com uma mente extremamente ágil e estrategista, muito mais do que meu irmão. Se minha cunhada tivesse nascido em nossa tribo, ela seria uma líder nata como Benjamin.

Tia Alice só conseguiu vislumbrar o futuro da minha sobrinha não nascida, através da convivência com minha tia Renesmee além dos treinos diários, que permitiram a ela ver alguns fragmentos do futuro dos transfiguradores, algo que não conseguia fazer no passado.

 Claro que não chegava nem perto da precisão de detalhes, que minha tia poderia dar sobre o futuro de um humano ou vampiro, mas já era uma grande evolução para ela.

—Não acredito que você se casou com o Bem, sem saber do pavor dele de sapos, Mel? - questionei brincando e todos sorriram assim que notaram a nossa presença.

—Pois é meu caro cunhado, e eu achando que não havia segredos entre mim e seu irmão. Me sinto enganada, mas não se preocupe amor, porque vou protegê-lo de qualquer sapo que aparecer. - Mel brincou sorrindo para o meu irmão, que suspirou aliviado de maneira teatral fazendo todos rirem, antes da minha cunhada beijá-lo com carinho.

—Cíntia, não acredito que você realmente veio. Achei que meu irmão, fosse convencê-la a mudar de ideia. Porque se não sabe, ele é muito bom de lábia. - Ária segredou sorrindo e revirei os olhos, enquanto ela se levantava do sofá e vinha em nossa direção.

—Eu bem que queria, mas havia prometido a você que traria a Aurora e jamais quebro as minhas promessas.

—Sei disso, a sua lealdade é uma das melhores qualidade que você tem, caçulinha. - minha irmã disse suave antes de apertar a minha bochecha de leve, fazendo todos rirem enquanto corava sem graça, por ela usar meu apelido de infância na frente da minha namorada.

—Graças a Deus, o centro das atenções da Ária será o Ethan. - Ben brincou fazendo todos rirem enquanto revirava os olhos.

Assim que viu quem estava me acompanhando, minha cunhada sorriu e se levantou do sofá em que estava sentada, para cumprimentar a amiga.

—Olhe só para você, cada dia está mais linda e radiante. -Aurora disse admirada assim que se separou da amiga olhando-a de cima a baixo, se demorando na sua barriga de três meses e meio. -Como a sua barriga cresceu tanto, do dia para a noite?

— Também não sei amiga. De uma hora para a outra, minha filhotinha decidiu que queria ser notada pelo mundo. - Mel disse sorrindo acariciando sua barriga com carinho.

—Como vocês estão voltando para os Estados Unidos, trouxe um presente para a sua filha. - Aurora disse suave pegando a sacola branca que estava na minha mão, entregando-a em seguida para a minha cunhada que sorriu agradecida pelo presente. - Espero que goste do presente.

—Não importa o que seja, já agradeço de antemão em nome da minha filha, Cíntia. - Mel disse agradecida virando para chamar meu irmão, para que os dois abrissem o presente do meu imprinting juntos.

—Cíntia, é lindo. Obrigado pelo presente. -Ben disse agradecido com o conjunto vermelho de saída de maternidade nas mãos, enquanto minha cunhada agradecia emocionada.

—Está tudo bem, Mel? - Aurora questionou preocupada, olhando para a amiga que chorava.

—Está, são apenas os hormônios da gravidez. Ás vezes choro por nenhum motivo, ontem chorei durante um comercial de margarina que passou na televisão, mas dessa vez estou emocionada porque adorei o presente. Obrigada por sua delicadeza, Cíntia. - Mel disse agradecida abraçando em seguida a amiga com carinho.

—De nada, fico feliz que tenham gostado do presente.

—Nós adoramos, Cíntia. - meu irmão assegurou sincero ao lado da esposa, antes de Ária nos chamar para a sala de jantar, onde a mesa já estava posta para mais uma refeição em família.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijos e até sexta.
❤️❤️❤️❤️❤️❤️



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Legado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.