O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 80
Cíntia


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a mais uma postagem surpresa.
Em comemoração ao aniversário da Bella, teremos um capitulo inédito de O Legado part. 2.
E a campanha dos 200 comentários continua, assim que a fic atingir esse total teremos capitulo extra.
Sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.
E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.



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Depois que saímos do hospital levei minha avó para casa, pois teria que ir para o trabalho na parte da tarde e não queria chegar atrasada, ainda mais depois que minha chefe havia me dado a manhã de folga.

—Como foram os exames? - Susan questionou assim que estávamos sozinhas na sala, depois que vovó subiu para tomar um banho.

Enquanto estávamos no hospital, Susan se prontificou em cuidar da pensão pela parte da manhã, já que nossos pais estavam no trabalho.

—Foram ótimos, Ethan assegurou que vovó está com uma saudade ótima. - expliquei para a minha irmã que respirou aliviada.

—Graças a Deus, isso me deixa mais tranquila. Você avisou o papai e a mamãe?

—Já, os dois me ligaram enquanto estávamos no hospital.

—Por falar em Hospital...Andei pensando e acho que tenho uma solução para o seu dilema. - minha irmã disse sorrindo, como se tivesse achando o mapa para um tesouro perdido.

—Sério? Que solução? - questionei aflita e Susan sorriu maliciosa.

—A solução é simples, minha cara irmã...Você só precisa beijar os dois. - Susan disse e pisquei confusa, enquanto olhava para a minha irmã sem entender.

—Você está brincando, não é? - questionei olhando sem acreditar para ela.

—Claro que não, estou falando sério.

—Susan, não vou sair por aí beijando ninguém.

—Como se fosse algum sacrifício beijá-los. Os dois são lindos, Ci. - Susan disse e sorri sem humor ao me lembrar da ironia do destino. -O que foi?

—Dei o mesmo conselho para a Mel, quando ela me contou que gostava do Ben. - expliquei e minha irmã sorriu, enquanto meu telefone tocava dentro da bolsa.

—Viu, como tenho razão. Se deu certo com a sua amiga, porque não pode acontecer o mesmo com você? - ela questionou e suspirei enquanto pegava minha bolsa em cima do sofá, antes de procurar meu celular em seu interior.

—Está tudo bem? - minha irmã questionou assim que me sentei no sofá em choque, após ter lido a mensagem que Mel havia acabado de me enviar.

—Acho que sim. Mel acabou de me enviar um link de um site de notícias, pedindo que o abrisse e não vai acreditar qual era a matéria.

—Fala logo Cíntia, você está me deixando aflita com esse mistério todo.

—A noiva do Douglas o deixou no altar ontem. Ela não se casou, porque segundo o site, descobriu a traição o plano que o noivo tinha de roubar a herança dela.

—Não acredito nisso. - Susan disse feliz antes de pegar o meu celular para ler a matéria. -Finalmente alguma justiça nesse mundo, mas você não parece tão feliz com a notícia. Não me diga, que está com pena do canalha do Douglas?

—Claro que não Susan, só estou preocupada. E se o Douglas achar, que tenho alguma coisa a ver com o fato da sua noiva desistir do casamento? Ele pode muito bem, tomar a pensão de nós como vingança. - segredei a última parte para a minha irmã com medo de que alguém ouvisse, e a mesma me olhou preocupada.

—Deus, você tem razão. O que vamos fazer? - minha irmã questionou preocupada e olhei o horário no celular.

—Vou subir trocar de roupa e passar no banco antes do trabalho, para saber se a nossa dívida ainda está lá.

—Boa ideia, vou com você. Só não sei se torço ou não, para que a dívida ainda esteja no banco.

—Estou no mesmo dilema, irmã. - segredei para ela antes de subir para o meu quarto.

Almoçamos em tempo recorde na companhia da nossa avó antes de entrarmos no carro de Susan, seguindo em direção ao Banco Stuart, local onde vovó havia hipotecado a pensão.

—Se não fosse pela vovó, jamais colocaria os pés nesse lugar. - disse com raiva, me lembrando que aquele local pertencia a família esnobe de Douglas.

—Eu sei, também não queria estar aqui, mas é pela vovó. - Susan disse suave e concordei antes do atendente do setor de hipotecas se aproximar de sua mesa, se desculpando pelo atraso.

—No que posso ajudar as senhoras? - ele questionou solicito se sentando em sua cadeira.

—Vim negociar a hipoteca que está no nome de Marta Gaspar, o número do acordo é este. - disse entregando uma cópia do contrato da hipoteca que Douglas havia me dado, quando descobri suas mentiras.

—Claro, vou consultar o contrato no sistema do banco, só levará alguns minutos. -o atendente disse antes de digitar algo no computador em sua frente, franzindo o cenho em seguida.

—Algum problema? - Susan questionou nervosa ao meu lado, após o atendente repetir o mesmo processo três vezes.

—Não sei como explicar senhoras, mas o sistema está informando que a hipoteca foi paga nas primeiras horas dessa manhã. Este imóvel não pertence mais ao banco. - o atendente explicou e senti o chão fugir dos meus pés.

—O que? - sussurrei sem acreditar no que havia acabado de ouvir.

—Espera, o senhor está tentando nos dizer que alguém, que não fomos nós, comprou a pensão? - Susan questão devagar, como se tentasse entender o que ele havia acabado de falar.

—Sim senhora, o imóvel não pertence mais ao banco.

—Quem comprou o imóvel? - questionei exigindo saber quem havia sido essa pessoa, pois precisava conversar com ela e lhe propor um acordo, nem que tivesse que passar duas encarnações trabalhando apenas para pagar pela pensão.

—Sinto muito, mas não podemos revelar a identidade do comprador, seria falta de ética. - o atendente explicou e sorri furiosa.

Como se aquele banco, tivesse algum código de ética a ser seguido?!

Se um dos seus donos era um canalha, imagina como não seria a instituição?!

Furiosa e sem paciência, me levantei da cadeira em que estava sentada e puxei aquele idiota irritante pela gravata que ele usava.

Não me orgulho disso, mas estava desesperada demais para se quer distinguir o certo do errado.

—Pro inferno você e a falta de ética. Quero saber agora, quem comprou a pensão da minha avó. - exigi furiosa ainda segurando o atendente pela gravata.

—Cíntia, pelo amor de Deus, fica calma. Tudo que não precisamos agora, é que você pare na cadeia por agressão. - Susan pediu nervosa, tentando soltar a gravata do atendente de minhas mãos.

Respirei fundo e soltei o atendente, afinal ele não tinha culpa de nada.

A culpa de tudo isso era de Douglas.

Só de pensar nele, uma raiva incontrolável despertou dentro de mim, porque mesmo de maneira indireta ele continuava me machucando, mas dessa vez seria diferente.

Podia suportar os olhares ou comentários maldosos dos meus colegas de trabalho, resultados do boato que ele havia espalhado, mas não admitiria que prejudicasse a minha avó.

—A senhora ficou louca? Vou chamar a segurança. -o atendente disse nervoso me tirando dos meus pensamentos, enquanto pegava o telefone com as mãos tremulas.

—Não precisa, senhor...Taylor, já estamos indo. - Susan disse após ter lido o nome do atendente em seu crachá, pegando em seguida a documentação da hipoteca. - Obrigada pela sua informação e desculpe a minha irmã, ela não sabe lidar muito bem com a raiva.

Sem esperar pela resposta do atendente, minha irmã me arrastou para fora do banco antes que acabasse presa.

—Não acredito que aquele cretino egoísta, colocou a casa da minha avó a venda por vingança?! Se ele acha que vou ficar cala depois disso, está muito enganado. Vou fazer o maior escândalo que esse cidade já viu. - disse furiosa na porta do banco, antes de fazer sinal para um táxi que passava.

—O que você vai fazer Cíntia? - Susan questionou preocupada, assim que o taxi parou e abri a porta de trás.

—Vou fazer o que devia ter feito a muito tempo. Já chega de ficar calada. - disse furiosa entrando no taxi não dando chance para a minha irmã me acompanhar.

Ignorei as ligações de Susan durante todo trajeto até a empresa, pois sabia que o que iria fazer poderia muito bem acabar mal e não queria minha irmã envolvida nisso.

Paguei o motorista, assim que estacionou na frente da sede administrativa do Conglomerado Thompson, entrei no prédio sem cumprimentar ninguém indo em direção ao elevador, apertando o andar do setor financeiro onde Douglas trabalhava.

Não sabia se ele estaria ali, mas do jeito que era vaidoso e obcecado por aparências, com certeza iria trabalhar no dia seguinte após ser deixado na igreja pela noiva, mostrando a todos que não estava nem um pouco abalado pelo que havia acontecido ontem.

Sorri vitoriosa assim que sai do elevador e o vi em sua sala, graças as paredes do local que eram de vidro. Caminhei furiosa em direção a sua sala, como uma leoa em busca da sua presa, atraindo alguns olhares questionadores das pessoas que trabalhavam no setor, mas não me importei com nenhum deles.

O alvo da minha ira, estava a poucos centímetros de mim e isso era tudo o que importava no momento. Sem a menor cerimônia, empurrei a porta de vidro da sua sala com tudo, entrando sem pedir licença.

—O que pensa que está fazendo aqui, Cíntia? - Douglas questionou sério, após ter se recuperando do susto da minha entrada.

Em seguida, joguei a minha bolsa em uma das cadeiras que estavam em frente a sua mesa, antes de olhar em seus olhos, me controlando para voar em seu pescoço.

—Você vendeu a pensão da minha avó, seu cretino egoísta? -gritei furiosa olhando-o com raiva.

—Esse assunto novamente?! Não tenho controle algum, sobre as hipotecas do banco da minha família. Além do mais, se ela estava devendo, como sei que estava, o banco tinha todo o direito de vender aquela pensão de quinta. - Douglas disse fazendo pouco caso do local que fez parte da minha vida, o mesmo local que minha avó deu o nome da minha mãe, em forma de homenagem.

Ver seu descanso e desrespeito, para com a pensão da minha avó e a memória da minha mãe, só me deixou com mais raiva. Principalmente de mim, por não ter percebido a pessoa egoísta e mesquinha que Douglas sempre foi.

—Não ouse chamar a pensão da minha avó dessa forma. A única coisa de quinta é você, seu cretino esnobe e arrogante. Não sabe o quanto fiquei feliz, ao saber que sua noiva te deixou na porta da igreja, feito um cachorro de rua ou melhor, nem um cachorro de rua merece ser comparado a você...Seu oportunista. - disse furiosa e ele se levantou da cadeira em que estava sentado, caminhando em minha direção antes de segurar meu braço direito com força.

 -Sabia que você tinha alguma coisa a ver com isso. Você contou tudo para a Larissa, porque ficou com raiva, não foi? Porque preferi ela a você. - Douglas questionou furioso apertando meu braço ao ponto de me machucar, mas a minha raiva era maior que a dor.

—Adoraria ter sido essa pessoa, mas não fui eu. Se descobrir quem foi, me avise para que possa pagar um belo jantar, com direito a champanhe para esse bom samaritano. - disse sorrindo sarcástica e Douglas me empurrou com raiva, me fazendo cair na cadeira em que minha bolsa estava.

—Não acredito em uma palavra que sai da sua boca. Foi você, que contou tudo para a minha noiva. - ele rosnou furioso e sorri sem humor enquanto me levantava da cadeira, deixando-o confuso.

—Nem todos são mentirosos e oportunistas como você. Sabe, a vida é realmente irônica e justa...Você me usou, me humilhou, fez da minha vida um inferno... Por sua culpa, a empresa inteira acha que sou uma qualquer...E você fez tudo isso, porque queria ficar com uma herdeira milionária. Só que no final , a vida lhe deu uma bela rasteira, fazendo-o pagar na mesma moeda tudo que fez comigo. Obrigada universo...Principalmente por me permitir, ver tudo isso ainda viva. - disse sarcástica olhando para o teto enquanto batia palmas em agradecimento para o universo, o que lhe deixou ainda mais furioso.

—Acha mesmo que vou acreditar, que não teve nada a ver com o fato da minha noiva me deixar na porta da igreja? Não mesmo. Você pode negar o quanto quiser, mas sei que teve algo a ver com isso. Maldita hora, que acreditei que seria apenas uma diversão sem maiores dores de cabeça. - Douglas disse furioso e sorri sem humor para ele.

—Você escolheu a mulher errada para se divertir, meu caro... E se pensa que vou ficar calada como antes está muito enganado, posso não ter mais a pensão da minha avó, mas prometo que  farei da sua vida um inferno até o meu último dia de vida, Douglas. Meu primeiro passo, assim que sair daqui, será ir direto para o jornal de maior circulação da Inglaterra e contar tudo o que fez comigo. Quero ver a sua fama de bom moço de família, resistir ao meu escândalo...Quando eu terminar com você, não sobrará nada. -jurei com raiva olhando em seus olhos e ele sorriu nervoso.

Era bom mesmo que tivesse medo de mim.

 Ele não tinha ideia do que era capaz, principalmente quando mexiam com alguém que amava.

—Ninguém irá acreditar em você. Faça um favor para nós dois e não perca tempo com ameaças, apenas saia da minha sala e volte para a sua mesa de secretaria. - Douglas exigiu sério e sorri vitoriosa para ele.

— Não vou voltar para a minha mesa, muito menos perderei meu tempo com ameaças. Tenho provas de todos esses anos em que ficamos juntos. - disse furiosa e ele sorriu, o que me deixou confusa.

— Por favor, Cíntia, poupe o seu tempo. Ninguém irá acreditar em nada que disser. Basta apenas olhar para você, uma secretariazinha medíocre que jamais irá crescer na vida, para saber que está fazendo todo esse escândalo porque quer obter alguma vantagem nisso. Quer um conselho? Esqueça tudo isso e comece a procurar um novo lugar para morar com a insuportável da sua avó, se bem que a sarjeta combina mais com vocês. - Douglas disse me olhando com desprezo e não pensei duas vezes antes de lhe dar um tapa, que lhe deixou surpreso por alguns segundo.

Assim que se recuperou do choque do tapa que havia lhe dado, ele levantou a mão para me bater, mas antes que pudesse realizar seu desejo alguém segurou seu pulso com força.

—Não ouse bater na minha mulher ou juro por Deus, que mato você. - Ethan rosnou furioso olhando com ódio para Douglas segurando seu pulso com força.

—Não acredito, que você vai defender essa vadia? - Douglas questionou furioso olhando para Ethan, que não pensou duas vezes antes de dar um soco no nariz do meu ex, derrubando-o no chão, mas antes que pudesse partir para cima dele novamente alguém o segurou.

—Ethan, você ficou maluco? Não pode sair por aí batendo nos outros, ainda mais na empresa. Você pode parar no conselho de ética. - o rapaz de olhos verdes questionou sério afastando-o de Douglas, enquanto tentava entender como Ethan havia parado ali.

—Estou pouco me importando para o conselho de ética, Edgar. Esse cretino ia bater na minha mulher e você quer que eu fique calmo?! Não mesmo, sai da minha frente agora, porque não quero te machucar. - Ethan rosnou furioso enquanto Edgar ficava na sua frente, bloqueando seu acesso a Douglas que permanecia no chão desmaiado.

Enquanto tentava entender, de onde Ethan havia tirado a ideia de que era a mulher dele.

Podia me sentir atraída por ele, mas isso não lhe dava o direito de pensar que podia me chamar daquela forma.

—Já disse que não. - Edgar disse sério e antes que Ethan pudesse empurrá-lo para o lado, Ária entrou na sala e olhou para nós indo até o irmão, segurando-o pela camisa social azul que ele usava.

—Já chega Ethan, acho melhor respirar fundo e se acalmar, antes que cometa o pior erro da sua vida. - Ária disse severa para o irmão que rosnou furioso para ela.

—Calma? Como quer que fique calmo, Ária? Esse cretino ia bater na minha mulher. - Ethan gritou furioso e ela olhou para Douglas, antes de voltar seus olhos para o irmão mais novo.

—E você já deixou claro a ele, que não admitirá que isso aconteça, assim como eu deixarei claro. Agora, quero os três na minha sala, porque quero saber como começou tudo disso. - Ária questionou severa olhando para todos, incluindo Edgar, Ethan e eu.

Em seguida, ela solicitou aos seguranças que levassem Douglas para o hospital para que fosse atendido, retornando com o mesmo para a sua sala assim que recuperasse a consciência.

Sem dizer uma palavra, acompanhamos a minha chefe em direção ao elevador e soube que devia dar adeus ao meu emprego.


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Notas finais do capítulo

Sobre esse capitulo.....A Cíntia é doida mesmo.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Até que fim a justiça começou a ser feita, depois de tudo que essa coitada passou.
Beijos e até segunda.



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