Corações Perdidos escrita por Choi


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Volteeeei! Dessa vez nem demorei né? Hahahahaha
Estou lendo o novo livro de Crepúsculo, narrado pelo Edward, alguém mais? Me sinto com 12 anos de novo hahahah to amandoooo e me deu inspiração para escrever.
Boa leitura!



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Edward já me esperava quando saí de casa. Entrei em seu carro sentindo-me mais feliz do que o habitual. Ele também parecia animado, sorria e cantarolava uma das músicas de rock de sua playlist.

— Acordou do lado certo da cama? – Brinquei enquanto colocava o cinto.

— Podemos dizer que sim – Ele deu de ombros, ajeitando os óculos escuros que ele sempre usava.

Eu tinha que dizer a Edward que ele não precisaria me buscar na hora do almoço, mas por alguma razão, eu me sentia receosa, também estava preocupada com o fato de sair mais tarde. Como eu voltaria para casa?

— Está tudo bem? – Edward me perguntou depois de alguns minutos em silêncio, eu enrolava algumas mechas do meu cabelo nos dedos, distraidamente.

— Sim... hum, na verdade – Joguei meu cabelo para o lado e o encarei. Ele estava de olho na pista, sem se abalar.

— Diga.

— Hoje você não me precisa me buscar. Tenho que fazer um trabalho de tarde com um colega.

Edward me olhou por alguns segundos com uma expressão indecifrável.

— Que colega? – Seu tom não era preocupado, muito menos curioso, era mais como se ele quisesse saber de Jacob apenas para poder passar com o carro por cima dele. Não seria uma má ideia, Jacob é realmente irritante, mas tenho certeza que esse acidente não seria algo legal para o currículo do advogado ao meu lado.

— Você não o conhece – Sorri desconcertada, tomando a decisão de não apresentar aqueles dois.

— Eu tenho que conhecer já que você vai passar a tarde com o moleque – Resmungou.

Ergui uma sobrancelha, querendo rir, mas me segurei.

— Moleque? Voltamos a isso? – Perguntei, me referindo a quando ele criticou os garotos dessa idade.

— Esme e Carlisle não estão aqui para cuidar de você, então é o meu serviço – Ele disse, parecendo incomodado.

Dessa vez, não consegui segurar a risada e gargalhei alto, deixando lágrimas acumularem em meus olhos. Edward me olhava com cara de poucos amigos, mas eu o ignorei totalmente... novamente.

— Você definitivamente não precisa cuidar de mim, Edward, sou bem grandinha, já te disse isso – Eu disse depois de controlar minha risada.

Edward estacionou o carro em frente a escola e se virou para mim, muito sério.

— Tudo bem, não vou implicar com você, mas me ligue quando terminar o trabalho, eu venho te buscar, não aceite carona.

— Tudo bem.

Ainda me sentia leve pelas risadas que Edward me causou, então concordei sem pensar muito. Ele estava extremamente preocupado por algum motivo que eu desconhecia. Não havia razão para isso, eu sei que posso me cuidar, e logo, logo Edward também perceberia isso.

Desci do carro e fui direto para minha primeira aula. Infelizmente, era uma aula com Mike. Ele pareceu ganhar o dia quando me avistou e correu para sentar-se ao meu lado, querendo saber o que eu estava achando da cidade e da escola. Eu sabia bem qual era seu joguinho: ele queria saber se eu estava gostando da amizade dele. Mike não é nenhum pouco sutil quanto a suas investidas.

Me esquivei facilmente de suas perguntas inúteis, vendo sua expressão cair um pouco. Não me senti mal, seu jeito grudento me incomoda.

Conforme a manhã passava, percebi que o principal assunto que corria pelos corredores era a seleção da nova líder de torcida. As garotas estavam eufóricas e a ficha de inscrição já estava lotada quando eu finalmente consegui chegar até o painel. Assinei meu nome com um sorriso maldoso, imaginando a cara azeda de Jessica.

— Posso saber o porque do sorriso esquisito? – Jacob perguntou ao meu lado.

Eu não precisava vê-lo para saber que era ele. Jacob é extremamente alto para alguém de sua idade, e muito forte. Toda vez que ele se aproximava, eu sentia como se um armário se prostrasse ao meu lado, além do seu perfume forte e diferente de todos. Por mais que eu odiasse admitir, é um ótimo perfume!

— Não é da sua conta, Black – Resmunguei, irritada por gostar de algo nele.

— Uau, alguém acordou estressada hoje – Ele riu.

O ignorei e caminhei para a ultima aula, que seria com ele. Jacob não saiu do meu lado, e eu já podia ouvir os múrmuros sobre nós sermos um casal. Na mente de todos, fazia sentido Jacob, o cara popular capitão do time, ficar com a nova garota dos Cullen. Claro, todos estavam muito loucos, o máximo que Jacob teria de mim seria meu punho em seu maxilar esculpido se tentasse alguma coisa.

Droga! É realmente irritante não gostar de alguém tão bonito quanto ele.

A aula passou mais rápido do que eu gostaria. Ficar o restante do dia na companhia de Jacob não me agradava em nada. Já ele, ostentou um sorriso enorme que mostravam seus dentes brilhantes durante todos os minutos que se passaram.

— Preparada? Eu separei alguns matérias para começarmos – Ele disse quando o sinal tocou. Suspirei alto, e assenti.

— Vamos acabar logo com isso.

Fomos para a biblioteca. Em uma área mais afastada, diversos notebooks estavam disponíveis para os alunos usarem. Possuíamos um e-mail exclusivo para as aulas, por isso não me surpreendi quando loguei no meu e encontrei um e-mail enviado por Jacob com o material que usaríamos.

A tarde se passou lentamente. Eu queria terminar aquilo hoje sem falta, mas Jacob perdia a atenção fácil, para a minha destraça. Quis bater sua cabeça no teclado, mas achei melhor não agredi-lo em um lugar cheio de câmeras.

Sete horas da noite, finalmente terminamos. Me espreguicei, sentindo meus músculos tensos e minha coluna doer. Não estava acostumada a ficar tanto tempo no computador. Meu humor também não era dos melhores, eu estava completamente irritada, o principal motivo era minha fome, mas a lerdeza de Jacob também era outro.

— Já enviei para o professor, agora estou indo. Tchau.

Me levantei prontíssima para deixa-lo lá, mas Jacob agarrou meu braço e me puxou, exagerando na força.

— Não quer uma carona?

Olhei para ele com os olhos em brasa. Jacob pareceu não entender, então puxei meu braço.

— Ficou maluco? Quem te deu o direito de me tocar assim? – Perguntei, sentindo minha irritação aumentar.

— Desculpe – Jacob ergueu as mãos em rendição, mas não parecia arrependido. Revirei os olhos, parecia que eu estava lidando com uma criança – E então, quer carona?

Lembrei-me do aviso de Edward, sobre ligar para ele quando estivesse saindo. Claro que sua preocupação era sem fundamento algum, eu continuava achando que Jacob era inofensivo, apesar de ser um idiota. Além disso, se eu o chamasse, passaria muito mais tempo o esperando e até lá, já teria morrido de fome. Foi com esse pensamento que resolvi dar um volto de confiança a Jacob.

— Ok, tudo bem.

Caminhamos até o estacionamento, onde a caminhonete bem conservada de Jacob era o único veiculo estacionado. Ele abriu a porta para mim, como um cavalheiro que eu sabia que ele não era. Revirei os olhos, mas entrei mesmo assim.

— Que tal comermos alguma coisa? – Ele perguntou quando sentou no lugar no motorista, fechando a porta com um baque surdo.

Já era tarde, e eu não queria preocupar os Cullens, mas ao mesmo tempo, eu estava morrendo de fome. Resolvi aceitar o convite, e mandei uma mensagem para Carlisle, avisando que eu chegaria mais tarde, mas que estava tudo bem comigo.

Fomos para uma lanchonete simples que ficava próxima da escola. Jacob não era nenhum filhinho de papai como a maioria dos alunos, mas se saía bem em todas as áreas. Não reclamei da simplicidade do lugar, na verdade, fez-me sentir bem ao trazer as memorias do restaurante que eu sempre ia em New Orleans por ser muito barato e caber no meu bolso.

Jacob sentou-se em uma mesa do fundo e eu o acompanhei, observando o cardápio. Resolvi pedir um hambúrguer cheio de coisas com um copo de refrigerante, Jacob pediu o mesmo, mas ao dobro. Não me surpreendi.

— Então, qual é o mistério de você morar com os Cullens? – Ele me perguntou após fazermos o pedido a garçonete.

Ergui uma sobrancelha para ele, Jacob não parecia entender que eu possuía limites que ele não deveria ultrapassar. Me encostei a cadeira e cruzei os braços, o encarando.

— Jacob, eu aceitei sua carona, mas não passa disso, não force a barra.

— Qual é, Bella, só quero te conhecer?

— Bella? – Eu não me lembrava de ter permitido que ele usasse meu apelido, nem precisei, afinal nos tratávamos pelo sobrenome.

— Até o Newton te chama assim e eu não posso? Caralho! – Ele parecia mesmo indignado, não que isso fosse esquisito. Mike é... Mike, afinal. Concordar com ele não me impediu de desdenha-lo e revirei os olhos para seu drama – Tudo bem, não vou te perguntar mais nada, mas será que podemos ser amigos pelo menos?

— Depende de muita coisa – Me inclinei na mesa, ficando mais perto dele – Eu odeio quando você me abraça, ou me toca de qualquer forma, então mantenha suas mãos para si mesmo e veremos se podemos sermos amigos.

— Você é mesmo diferente, Swan.

Claro que sim! Toda garota não é diferente na lábia dos homens? O papo de Jacob não era novo e não causou nenhuma reação em mim a não ser trazer à tona as memórias ruins.

— Eu e as trezentas garotas que você fica, certo? – Sorri maliciosa, observando a garçonete trazer nossos lanches. Meu estômago roncou em antecipação e eu sorri involuntariamente.

— Eu não fico com trezentas garotas – Ele retrucou, mas também ficou em silencio quando teve seus dois hambúrgueres enormes colocados em sua frente.

Comemos imersos em nossos próprios pensamentos. Me surpreendeu perceber que Jacob conseguia ficar em silêncio, mesmo que fosse a base da comida. Eu que não iria julga-lo neste quesito.

O hambúrguer estava uma delicia, o que não me surpreendeu. Os lugares mais simples sempre eram os melhores. Quando deixamos a lanchonete, o casal que pareciam serem os donos nos cumprimentou, nos desejando uma ótima noite. Sorri para eles, percebendo que aquele seria um lugar que eu voltaria. Bom, para alguma coisa Jacob tinha que servir.

Eu tinha abandonado meu celular na última hora e meia, mas quando me sentei no banco de couro da caminhonete de Jacob, o ouvi tocar e vibrar incansavelmente. Ao meu lado, ele ergueu uma sobrancelha para mim enquanto ajeitava o cinto de segurança.

Peguei o celular e arfei ao ver que era Edward que me ligava. A chamada caiu no minuto em que eu ia atender. Abaixei a barra de notificações e percebi que aquela não fora a primeira vez que ele me ligara, haviam dez chamadas não atendidas e muitas mensagens não lidas.

— Porra! – Selecionei seu contato e liguei, acenando com a mão para que Jacob começasse a dirigir para casa, esperando que ele soubesse o caminho.

Edward atendeu no primeiro toque, e antes de ouvir sua voz, pude ouvir seu suspiro, como se estivesse aliviado.

— Porra, Isabella, onde você está? – Ele gritou tão alto que até mesmo Jacob ouviu, me olhou assustado por dois segundos até voltar a dirigir.

— Estou indo para casa, eu avisei para Carlisle.

— E pra mim? Por que não avisou para mim? Eu falei que iria te buscar, caralho – Ele retrucou novamente, não parecendo nenhum pouco mais calmo por saber que estou viva.

— Não precisa de tudo isso, Edward, credo – Resmunguei, não vendo sentido em sua preocupação excessiva.

— Venha para casa. Agora.

Quis dizer que ele não mandava em mim, e que estava sendo um grande idiota, mas ele desligou na minha cara sem esperar por resposta. Engoli o nó que se formou em minha garganta e fechei os olhos, impedindo que as lágrimas caíssem.

Edward não tem direito de ficar irritado comigo e muito menos de falar dessa forma comigo, mas por algum motivo eu sinto como se tivesse cometido um crime.

Afastei esses pensamentos da mente, não me tornaria nenhuma cadelinha que corre atrás de alguém. Edward aprenderia que não é dessa forma que lidaríamos um com o outro.


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Notas finais do capítulo

Eita atrás de eita! Estão preparados para o próximo?
Não se esqueçam de comentar
Beijos



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