Tudo, menos irmãos escrita por Maricota


Capítulo 3
Primeiros sinais




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Yamato estava apático, podiam brincar e dizer que era normal, mas os digiescolhidos sabiam que o motivo era a partida da mãe e do irmão, mesmo já formado ainda sobravam os finais de semana e os feriados para se verem, agora o aperto o abatia, parecia permanente.

— Yama-Kun, vai ficar tudo bem, podemos conversar com eles pelos…

— Mimi-Chan… Pessoal, não precisa ter dó. Reclama Yamato.

— E você não precisa calçar as ferraduras. Retrucou Joe.

— Não é questão de dó Ishida, estamos com saudades dele também, foram muitos anos juntos, conversando, batalhando, estudando, agora ele vai crescer distante de nós, talvez quando vier voltará adulto. Iori pensava.

— Iori e Yamato, estão se esquecendo que ele disse que viria passar o natal, e temos os digiportais, o Takeru pode nos apresentar a Catherine, podemos marcar. Sora buscava animar os amigos.

— Como será que estão lá, será que já chegaram? Perguntou Armadillomon.

— Agora não é o momento de ligar, o horário é diferente, devem estar cansados, Yamato… Hiroaki ia concluir, mas seu celular toca, e quando ele atende o loiro o encarou sério.

— A patroa chamou, valeu a ajuda gente. Yamato se esquiva do pai.

— Yamato, você está agindo como se fosse minha a culpa, filho, eu espero de verdade que você nunca tenha que passar por um divórcio, mas eu e sua mãe estamos felizes com outras pessoas, me doeu também quando ela me contou que o Takeru ia para França, mas pensei em como você ficou nas primeiras noites do divórcio, você teve febre e eu escondi isso da sua mãe, eu não iria aguentar passar por isso novamente, a agonia de ver a cena, o Takeru foi criado pela Nancy, seu vínculo comigo não se rompeu, mas com a Nancy ele possui o vínculo mais fortalecido, o Takeru está onde precisa, com a mãe, se ela está segura e feliz eu não posso segurá-los aqui, se ele quiser voltar estarei com a porta aberta, mas a sua mãe é passado, nos apaixonamos, e juntos pusemos dois digiescolhidos no mundo, mas a rotina sem tempo e fria esfriou nosso relacionamento, se puder não repetir, eu peço que não o faça. Hiroaki aconselhou o filho que o abraça.

— Aw, fica sossegado sogro você ainda vai abraçar seus netinhos e vamos para França para a Natsuko abraçar também. Devaneia a castanha mais velha.

— Seus? Ih, já ta querendo um bando de tsundere. Provocou Taichi.

— Juízo vocês dois, ainda são novos demais para me dar netos. Hiroaki bronqueia corado.

— Menos sogro, não estou grávida, mas está nos planos. Brinca Mimi.

— Tachikawa, porque não planeja estudar, para depois ambos verem a parte de filhos. 

— Calma senhor Ishida, eu penso um pouco pra frente, não se preocupe, são somente planos. Mimi tenta tranquilizar o mais velho.

— Meu medo é você e o Yamato colocarem em prática, eu só peço que se cuidem.

— O remédio está em dia! Afirma Yamato.

— Você fala do gardenal ou do anticoncepcional? Pentelhou Miyako, arrancando risos dos amigos.

— Vamos ver quem vai ser o primeiro papai da turma. Desafia Yamato.

— Vocês não tem outra coisa pra apostar não? Metade de vocês nem saiu do colégio…

— Mas tem gente que ta avançado nos estudos. Mimi pentelhou Miyako e Ken, deixando o digiescolhido da bondade corado.

— Quanto mais eu tento mais eu me arrependo. Hiroaki coloca as mão na testa.

— Eu vou indo, você vai ficar bem? Perguntou Hiroaki.

— Eu sei que ta louco pra sair correndo, pode ir ver a patroa, ficaremos bem. Assegurou o guardião da amizade.

— A Mimi-Chan daqui a pouco vai deixar o lobo manso, manso. Pentelhou Taichi se despedindo de Hiroaki.

 Hiroaki deixou o apartamento e após um tempo Joe também precisou sair, pouco a pouco os digiescolhidos foram deixando o casal Mimato às sós.

— Eu te amo Mimi-Chan.

— Eu também Yama-Kun. Mimi beija o namorado que a segura pela cintura, puxando para o colo.



 

Enquanto isso na França...


 

Natsuko olhava ao redor admirada com o espaço da sala, os sofás, o tapete e lareira cheia de fotos dele com Catherine, um porta retratos chamou a atenção da loira pois parecia reservado, estava apenas com uma fita decorativa envolta.

— Que lindo! Elogiou Natsuko. —Mas está vazio? Questionou.

— Uie, uie, sabe, Natsuko eu preferia fazer surpresa, mas agora que viu, vamos fazer um retrato de família, eu ficarei imensamente feliz em incluir esse retrato, mas por enquanto vamos aguardar o período de adaptação, vou esperar os dois se acostumarem, aqui, nesse porta retratos vou deixar a foto de vocês, mas logo poderemos tirar a foto em família, por enquanto... que tal um descanso? Oferece Adam.

A governanta acompanhava Natsuko e Takeru até os quartos, a jornalista dormiria na suíte principal com o noivo e Takeru e Patamon no quarto preparado. 

O quarto de Takeru e Patamon já foi montado para receber o adolescente e o digimon, uma cama box com espelho  atrás, uma televisão, e o guarda roupas espaçoso, o digiescolhido já estava admirado com a sala ampla, as escadas e a história do porta retratos intrigou o jovem, apesar disso tudo precisava descansar.

— Takeru-Kun, a casa é gigante! Comentou o digimon, pulando na cama nova.

— Só a sala é do tamanho do apartamento. Completa Takeru, tirando as roupas.

Após o longo banho, Natsuko é surpreendida por Adam, o homem a segurou pela cintura e a beijou, aproveitando o embalo para sentir o perfume do banho, descendo os beijos pelo pescoço e abaixando o roupão.

Natsuko o beijava com a mesma intensidade, o casal foi para cama logo após os beijos, Adam estava com saudades da noiva, e se declarava.

— Madumazele, pretendo te fazer a esposa mais feliz do mundo, eu… Adam interrompe a frase na ansiedade para mostrar sua saudade.

O casal dormiu abraçados.

Patamon demorou para conseguir dormir, a cama estava diferente da que estava acostumada, até o presente momento o parceiro só havia trocado de cama uma vez, sua antiga cama começou a ficar pequena para o digiescolhido, um pouco antes de mudar para o apartamento anterior, agora dormir em uma cama de casal com colchão diferente, decoração diferente em outra casa.

— Não consegue dormir também não é Pata? A pergunta surpreendeu o digimon que pula.

— Pensei que estava dormindo! Afirma o pequeno.

— Desculpa o susto. O sono até existe, mas é tudo novo, me sinto ainda em um hotel, hóspede, meu corpo ainda não assimilou o horário e minha mente ainda não assimilou que essa é nossa casa. Explica Takeru.

— Não queria dizer nada pra não parecer chato. Completa Patamon.

— Desabafar pode ajudar, e parece que nossas conversas não precisam mais ser em tom de sussurros, as paredes parecem grossas.

— Takeru-Kun, você vai mudar de escola? Perguntou Patamon.

— Isso é óbvio, e você vai ficar aqui no quarto. Pede Takeru.

— Mas Takeru-Kun, eu não quero ficar sozinho nesse casarão, eu quero ir com você para a escola. Choraminga o digimon.

— Patamon, não dá, eu não sei como é a escola, as pessoas de lá podem não reagir bem se te verem, por mais que o truque do urso de pelúcia funcione como diz o próprio Daisuke “ Um movimento no rabo, nas asas, ou um espirro, coloca tudo a perder.”

— Mas eu juro que eu não vou me mexer nem espirrar Takeru-Kun. Resmunga o anjinho.

— Pata-Chan, por favor, estamos nos adaptando, igual a primeira mudança, igual quando teve que se despedir de mim quando eu era criança, por enquanto vai ficar assim, você não está sozinho, a Floramon mora aqui e não vai ao colégio com a Catherine. Takeru se levanta da cama e abre a porta para sacada, a vista para rua era linda, as casas grandes e o quintal bem espaçoso e florido.

— Você vê, tem um quintal grande e seguro, você vai poder voar a vontade aqui enquanto me espera, eu andei conversando a mamãe, o tempo no colégio francês é menor do que o japonês, eu vou fazer alguma atividade, mas só quando eu me sentir em casa, o que pode levar um tempinho, anda patamon não será assim tão ruim, eu também sinto falta deles, mas vamos encarar essa juntos, prometo que logo voltaremos ao Japão para uma visita. Assegura o digiescolhido.

— O jardim é lindo não é? Uma voz vinda da sacada ao lado perguntava, o loiro olha para o lado e vê a francesa usando um roupão rosa e pantufas, seus cabelos soltos dançando ao vento.

— Cather-Chan! Todos estão com insônia hoje? Brinca Takeru.

— Parece não é, pense que estaria esgotado, mas já que estamos todos acordados, me faz companhia, podemos ir tomar um lanche. Sugere Catherine, pegando Floramon nos braços.

— Claro, só vou vestir a camiseta, mas você me guia eu já me perdi na sala. Brinca Takeru.

— Uie, uie frére. Concorda a francesa.

— O que é isso? Perguntou Patamon.

— Te encontro lá fora Imoto. Concordou o digiescolhido.

Os dois abrem a porta e saem, Takeru estava de bermuda e vestiu sua camiseta, ambos desceram a escada e foram para cozinha, Takeru experimentava pela primeira vez em anos as sobremesas francesas e Patamon não exitava em nenhum momento.

— Acho que eu sei o que foi o nosso despertador, o nosso estômago. Pentelha Takeru. — Takeru, você vai entrar para o nosso time de basquete, sabe seria bom, eu assisti o seu último jogo em Odaiba, seria bom te ver no nosso time. Sugere Catherine.

—  Por enquanto vou conhecer o colégio, a língua local, depois eu penso se vou entrar, e você Catherine, pratica esportes? Pergunta o guardião da esperança.

—  Natação e Ballett! Respondeu a loira.

— Crianças o que fazem acordados a uma hora dessas? Questionou a governanta.

—  Perdemos o sono! Explica Catherine terminado a torta.

— E encontraram a fome, às três da madrugada, crianças estão em fase de crescimento, precisam dormir, como fará a prova amanhã madumazele se não descansou?

—  Dame, calma… Bom terei que dar um jeitinho. Respondeu a loira.

—  Aw ok, jeitinho, mesmo você ainda não indo a escola, precisa dormir, o voo deve ter sido longo.

—  Uie, dame! Catherine sorri com o francês do mais novo membro.

— Desculpa mesmo, acabamos nem vendo a hora, eu também não consegui dormir, a senhora também mora aqui? Perguntou Patamon.

—  Desde que a Catherine nasceu, sou a governanta, é tão estranho, parece um bichinho de estimação…

— A princípio, mas a cada nova fase é uma surpresa nova, bom agora nós vamos para cama não é Pata-Chan.

—  Uie! Respondeu o pequeno.

— É muito lindinho! Catherine pega o digimon de Takeru no colo e o abraçou.



 

Na semana seguinte

Após uma semana de adaptação em casa, Natsuko levou os documentos ao colégio onde Catherine estuda, Takeru finalmente iria começar sua nova rotina, o digiescolhido abriu a caixa onde estava seu uniforme, uma camisa branca, a gravata preta, um colete com o logo do colégio, e a calça bege, junto a um terno preto, a francesa tinha explicado que o colete era obrigatório, mas em dias muito quentes podiam usar apenas a camisa e a gravata, com a peça aberta.

—  Tradução de qualquer maneira use o colete.

Catherine sorri, concordando, a loira corre até o seu quarto e veste sua saia xadrez bege e preta, o colete com a camisa de mangas curtas, meias brancas longas e o sapato padrão.

—  Vocês ficaram muito bem nos uniformes. Elogia Natsuko.

— Creio que o Daisuke e o Yamato iam achar um jeito pra me zoar com isso. Lembra Takeru se plhando no espelho com as novas roupas.

—  Para mim está muito bem, fica calmo quando ver todos vestidos idênticos não vai se sentir tão mal, será divertido. Afirma a francesa entregando a mochila para o “irmãozinho”.

O novato pegou muitos alunos de surpresa no colégio, pois a francesa sempre se referia a Takeru como irmãozinho, então pensaram no garoto como uma criança indo para a pré escola, Madeline logo se encanta ao vê-lo na frente da sala se apresentando, fazendo uma tradicional reverência japonesa, como o Takeru cresceu com os costumes japoneses não seria de uma hora para outra que perderia, muitos se perguntavam como ele se apresentava como japonês  se não tinha a exata aparência de um, Madeline cochichou com Catherine e elogiou o mais novo membro, mas confessa que esperava uma criancinha não um monsieur tão lindo, japonês?

— Esqueci de contar a você esse detalhe, ele tem a nossa idade, ele é mestiço, o pai é japonês e a minha madrasta é francesa. Catherine explicava para a amiga com um leve incomodo.

— E aquele seu brinquedo que caiu aqui, será que eu posso jogar, prometo tomar cuidado. Madeline pede curiosa.

— No, no, sabe eu só o trago por ser valioso, mas a verdade é que ele não funciona faz anos. Mente Catherine escondendo o digivice.

Enquanto isso 


 

Floramon tentava se divertir com Patamon a brincadeira escolhida pelos digimon foi pique esconde, claro que parecia desvantagem um digimon voador e um terrestre, mas ambos não ligavam para o pequeno detalhe, aproveitavam o amplo espaço do quintal e os jardins, mas em meio a brincadeira Patamon acabou mergulhando atrás de Floramon para surpreender a amiga, mas acaba causando uma grande confusão com o voo, o pequeno acaba assustando a governanta que ensinava a empregada a estender o lençol branco da forma correta, o anjinho acabou enrolado entre os panos e a mulher em choque via o pano se movimentando, a empregada puxa o lençol e olha mais de perto o alaranjado.

— Arigato! Vamos Floramon, vamos continuar. Pede Patamon saindo correndo. A digimon de Catherine pede licença e sai atrás do amigo, ambos brincando como duas crianças pequenas, correm até o cansaço darem o motivo para o descanso

— Patamon, Floramon. Natsuko chamava pelos digimons com uma bandeja de lanches. 

— Mon amour, eu te disse, deixe as empregadas preparar as refeições, você ainda deve estar…

— Eu já ,e recuperei da viagem Adam-Kun, eu sempre fiz as refeições dos meninos, não vai ser agora que vou balançar o sino chamando alguém, Pata… Natsuko foi interrompida por Patamon pousando em sua cabeça e Floramon abraçando suas pernas.

—Aqui! Oferece os cupcakes para Adam e em seguida para os monstrinhos que devoram.

— Estão deliciosos! Elogiou Adam beijando a noiva.

Floramon pegou algumas frutas e abriu suas pétalas no alto da cabeça às jogando dentro e iniciando uma dança, a digimon planta pega um copo da bandeja e serviu Adam com o suco saído da sua fronte, deixando o homem incrédulo com a cena e Natsuko mesmo conhecendo a natureza dos monstros digitais nunca tinha visto um digimon preparar suco.

Adam agradece, mas recusa a bebida, Patamon pede e Floramon entregou o copo e bebeu tudo.

Mesmo relutante o homem vendo sua noiva experimentando a bebida feita por Floramon, decidiu provar pela insistência da loira que estende o copo.

Naquele momento Takeru conhecia a turma e Madeline deu-lhe as boas vindas, e passou a puxar assunto, de uma maneira estranha a conversa levantou a atenção de Catherine, era como se o loiro não fosse lhe dar atenção então num ato impulsivo quando Madeline se ofereceu para mostrar as instalações a digiescolhida pegou no pulso de Takeru.

— Madeline, não precisa tudo isso, eu mesma vou apresentar o colégio para o meu irmão, agradecemos, vem Takeru, precisamos ir. Catherine não escondia muito bem a vontade de sair do corredor.

— Calma Cather-Chan, nós já vamos, Madeline, arigato, podemos ir os três a quadra, queria assistir sim o treino até para conhecer o estilo de jogo do time daqui.

Catherine de certa forma foi contrariada, algo dentro dela não queria deixar Takeru as sós com sua amiga.

— Que bonitinho o jeito como trata sua irmã. Comenta Madeline. — O meu me puxa os cabelos e me chama de idiota, você deu sorte Catherine.

— Seu irmão me lembra muito um amigo meu. Takeru se lembra rindo do ruivo.

— Como era no Japão? Pergunta Madeline.

— Era com certeza bem rígido com o uniforme igual aqui, os professores tinham os legais que podíamos contar pra tudo como o senppai Fujiyama, mas tinham uns como a diretora que se você soltasse um pio no pronunciamento ou aviso era detenção, era recado na agenda, ainda não sei como será aqui.

— Senppai? Bom não é tão diferente, os professores principalmente a ultima é uma carrasca. Respondeu Madeline.

— Madeline! Repreendeu Catherine. — Não assusta o Takeru.

— Não estou assustando, e sim o preparando. Responde a Madeline arrancando risos do novo aluno.

— Calma meninas, eu já enfrentei demônios piores, essas professoras devem só estar estressadas. Takeru tenta minimizar a situação.

— Demônios piores? Madeline para estranhando a frase, Catherine o para, e cochicha que a amiga não sabe sobre nada a respeito dos digimons e digiescolhidos, Takeru assente e olha sorrindo para Madeline que empurra o enorme portão da quadra e os três sentam para assistir o treino.

— Ei novato, acabamos de saber que joga também? Quer tentar? Convidou um dos jogadores.

— Agradeço, mas eu não trouxe meu uniforme, e…

— Vamos, não é nenhuma pressão, se conseguir evitar que eu marque, a Catherine não sai comigo agora se eu marcar…

— Eu até poderia pensar em jogar, mas depois dessa prefiro ficar fora, a Cather não é objeto disputado se ela quisesse ela já havia aceitado, mas ao invés de fazer isso como homem ta fazendo como bárbaro, tem que ser na guerra, olha esquece, vamos Cather-Chan. Chama Takeru.

— Qual é que nervoso, vai jogar ou ficar discursando, ouvimos por alto suas glorias.

— Desculpa Takeru, eu acabei mostrando os vídeos do seu último jogo no intervalo. A francesa se desculpa.

— A culpa não é sua. Bom se é jogo o que querem, eu não me importo, mas a Catherine ta fora de qualquer aposta se vamos dar uma de bárbaros o perdedor paga o lanche.

— Takeru! Eita nome, bom então tá certo japa. O garoto esticou a mão e Takeru aperta.

Ambos mostravam agilidade na quadra, Takeru mesmo sem uniforme adequado dava um baile no garoto e fez o mesmo movimento que fez com Daisuke na primeira semana no quinto ano, o garoto tentou levar a bola para a cesta e foi cortado.

Ainda suado, deitado no chão Takeru ofegava enquanto folga a gravata e retira o colete, o garoto estica a garrafa de água gelada para ele.

— Ei, você podia fazer o teste ia ser incrível ser aliado, o que acha? Perguntou se sentando ao lado.

— Acho que ainda está cedo! Arigato, você também joga bem, só podia deixar de se gabar antes de encestar, e de marcar encontros por meio de apostas. Aconselha Takeru.

 — Eu vou tentar e você, se jogou assim com essas roupas imagina quando vestir o nosso uniforme.

— Eu vou pensar na proposta, mas tomara que meu ego não cresça tanto. Pentelha o loiro se levantando. Vamos Cather-Chan, preciso de um banho.

— Uie, uie, Takeru como chamam irmãos lá no japão? Pergunta a francesa.

 —Bom eu costumava chamar o Yamato de Oniisan, dependendo do grau de respeito quando estávamos sendo carinhosos eu usava o chan no final, ficando oniichan, claro isso era para o irmão mais velho, no caso, em que mês nasceu? Perguntou Takeru.

— Em agosto! Respondeu a loira.

— Que gozado então você é minha imouto, a caçula.

Takeru e Catherine estavam saindo.

— Ei, eu não esqueço apostas… E o lanche, podemos ir a cantina.

— Fica para uma próxima, eu e a Cather, temos que estar em casa até as quatro, o jogo foi ótimo, quem sabe eu não fique no time.

— Seria ótimo, e Catherine…

— Vê se não banca o idiota com ela de novo! Repreendeu Takeru.

— Você muda de humor rápido, eu só ia pedir desculpas para madumazele.

— Agradecida, vamos Takeru, precisamos ir estão nos esperando. A digiescolhida o puxa e sai as pressas.

— Quem está esperando eles? Questiona Madeline.

— Os pais deles ué, eu vou voltar para o treino. Respondeu o jogador.


 

Na residência da família Deneuve, Takeru e Catherine entram quando o portão automático abre, ambos atrasados e Takeru completamente suado pulava contando o que sentiu em quadra, após entrar em seu novo quarto Patamon o abraça.

— Pata-Chan, eu to todo suado e fedido, olha eu trouxe uns bolinhos da cantina para você experimentar.

— Oba, Takeru-Kun porque está assim todo suado?

— Eu estava jogando basquete Pata, eu posso dizer está sendo uma experiência ótima o novo colégio, as pessoas são meio esquisitas, mas foi bom para o primeiro dia.

— Que bom, eu também me diverti bastante, eu a Floramon, o Adam e Natsuko-Chan.

— Pela sujeira nas patas e nas asas foi muito cheio o dia, vem vamos, um banho fará bem para nós dois. Chamou Takeru.

Catherine também tirou o uniforme e foi sozinha para o banho, não pode evitar de pensar em Takeru defendendo ela do jogador. Após o banho Catherine veste algo confortável, um vestido branco e florido e leva os livros ao quarto do irmão, pronta para fazer o dever de casa, Takeru estava procurando os amigos online e não ouviu a porta, pois usava os fones para escutar as músicas de Yamato, como não faria chamada de vídeo estava apenas de bermuda, nu da cintura para cima.

Catherine ficou tão envergonhada, pois nunca havia visto nenhum rapaz daquele modo, sem suas roupas, e tão à vontade sobre a cama, nem seu pai, nem os jogadores e meninos do seu colégio, não só ela como Takeru também ficou sem graça.

— Cather-Chan, desculpa… Eu sempre chego do colégio e pra relaxar eu não visto tantos trajes, eu esqueci que não ia, b-bom estar sozinho, nessas horas minha mãe não estaria em casa…

— Désolé por eu ter entrado desse jeito. A jovem não pode deixar de notar os gominhos no abdômen, nada exagerado como fotos do instagram, ou revistas, mas notava-se que o basquete fazia bem ao digiescolhido, um calor nunca antes sentido começou a tomar as bochechas da jovem.

— Cather-Chan… Takeru estava tão sem graça quanto a francesa, o jovem acabou percorrendo o olhar pelas curvas que o uniforme não era tão gentil em valorizar como o vestido escolhido. — Você veio me ensinar o dever de hoje não foi? Perguntou Takeru, ainda corado.

Catherine acetil tentando desviar o olhar, mas parecia que algo não permitia, olhava desejando… Tocar?

— Podia esperar eu me trocar, aí começamos! Pede Takeru fechando a porta.

— Começamos? O que foi isso? Catherine olha e desvia o olhar se questionando o que estava havendo ali, primeiro ela foi chamada de imouto,  mas parecia que não era bem isso que queria ouvir, a imagem não se apagava da mente da loira.


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