Agora eu sou a Mama escrita por Kuchel


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Estou postando agora aqui tb huhehe



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Falta pouco, Ray já foi para o outro lado, ele e a Jemima estão bem, isso me dá muito alívio. Agora só falta esses dois e eu.

 

"Coragem garotos!" Falou Emma de forma confiante, mas por dentro a mesma era a mais que estava com medo.

 

"Ma-" E antes que um deles terminasse sua frase, Emma os empurrou em sua improvisada tirolesa.

 

Faltava pouco. Norman, nós vamos conseguir! 

"Agora é a última! Vai que é sua, Emma!" Gritou Don do outro lado, logo 'todos' poderiam estar a salvo, eles estão perto, nós estamos perto. 

Botei meu cabide na corda, meu coração esta batendo muito rápido, mas sinceramente, não era pelo fato que eu vou atravessar esse grande precipício, a mama estava ao meu lado

Todos pareciam assustados, eu estava assutada. Mas eu não iria desistir, não agora que chegamos tão longe, pela nossa liberdade. Eu olho para trás, fogo. 

 

"Adeus, casa"Espero que vocês estejam bem, irmãos, irmãs. "Adeus, lar querido" olho para a mama, ela estava assustada. Não fique mama, por favor, nós vamos ficar bem, eu prometo, irei cuidar deles. "Adeus, mama"

"Não vá, Emma! " Disse Isabella com uma voz fraca, aquela voz que sempre cantarolava aquela bela canção, estava gasta com toda correria e desespero. Não podia deixar suas crianças irem, ou pelo menos, não poderia deixar sua Emma ir embora.  "Minhas crianças queridas... "

 

Vê-la assim, dava dó, dava uma dor no peito, mas... Me desculpe mama, eu terei que ir. E assim, pondo meu cabide na corda, olho uma última vez para a mama.

 

"Mama, eu-" E antes de poder completar minha frase, mama me agarra. Tentei de todas as formas me soltar, estava sufocando? Esta me sufocando mama! Minhas mãos, Ray esta estendendo sua mão para mim do outro lado, ele esta gritando, Ray... Se eu estender a minha mão... Será que eu posso te alcançar? Ray... Pessoal...

"Que alívio... Minha pequena Emma" Falou Isabella tocando o rosto de sua criança que estava desacordada. Ela estaria segura agora. A mais velha olhou as outras crianças do outro lado e buscou os olhos de seu filho, ao encontrá-los, deu um sorriso. "Se eu fosse vocês, eu fugiria, não deixaria que os sacrifícios que tiveram até aqui fossem em vão. Não se preocupem, eu vou cuidar muito bem dela." Falou Isabella como forma de aviso, aquelas coisas logo estariam ali, e certamente eles não iriam conseguir fugir mais.

 

"NÃO! NEM PENSAR, EU NÃO VOU SEM A EMMA! ME DÊ ELA SUA PUTA! AGORA!" Desespero, essa era a palavra que definida a cabeça e as ações de Ray. Aquilo não poderia estar acontecendo, não assim, não com ela. Ela que disse que ia fugir com todos, ela que deu essa ideia maluca, ela não pode deixar tudo nas mãos dele, ela não poderia.

 

"Ray, não tem mais jeito." Disse Gilda tentando segurar o choro, a esverdeada estava com uma voz falha e tremendo, mas eles tinham que fugir apesar de ter que deixar a amiga para trás.

 

"NÃO! EU NÃO VOU DEIXAR A EMMA! NÃO DA MESMA MANEIRA QUE O NORMAN! EU NÃO POSSO DEIXAR QUE ISSO ACONTEÇA DE NOVO!" E tentando recuperar o fôlego, o moreno pensou em mil e uma coisas para fazer, tinha que haver uma maneira. "E se a gente cortar a corda e escal-" E sendo cortado por um tapa de Don, que estava tentando ficar calado com aquela situação, mas vendo seu amigo assim, literalmente se matando de novo, teria que fazer alguma coisa.

 

"Não deixe que os sacrifícios que Norman e Emma fizeram sejam em vão, não é só você que quer salvá-la, mas você sabe que a Emma nunca iria te perdoar se você fosse pego." E com todos calados, não se ouviu mais nada por parte de Ray. O mesmo só abaixou a cabeça, não queria aquilo.

 

E assim, todos começaram a correr, teriam muito caminho pela frente.

 

"Agora não precisa mais se preocupar Emma. Eles vão ficar bem, provavelmente" Disse Isabella no ouvido de Emma, que mesmo desmaiada, deu um gemido de desaprovação.

 

*

 

*

 

*

 

Depois de levar Emma em suas costas até as suas crianças, todos vieram até elas, suas preciosas crianças estavam com semblantes tão tristes e preocupados.

 

"Mama esta tudo bem?"

 

"Mama, a Emma esta bem?"

 

"Mama eu estou com medo, me da um abraço"

 

E muitas perguntas, suas preciosas crianças estavam desesperadas.

 

"Crianças na-"

 

"Não se preocupem crianças, eu e minhas amigas iremos cuidar de vocês, então não se assustem." Falou uma mulher já idosa, ao seu lado tinha 3 mulheres, todas elas tinham um sorriso encantador e acolhedor, falsos, típico demais.

 

"Gra-Garndmother eu-"

 

"Isabella venha comigo, e traga essa criança que esta em seus braços." Falou a mais velha que aparentava estar clama, mas na verdade estava como um furacão dentro de si.

 

"Si-Sim senhora" A mulher de orbes violetas engoliu seco, aquilo não iria levar para um bom lugar.

 

Ambas caminharam em silêncio, Grandmother ia na frente, enquanto Isabella seguia os passos de suas ex-mama, e atual "chefe". E depois de longos minutos de silêncio, ambas chegaram na frente daquele grande portão, o mesmo que as mulheres estavam há 19 anos atrás.

 

"Em primeiro lugar Isabella, eu estou muito desapontada com você. Pensei que você poderia ter sido melhor que eu, mas no fim, você foi pior do que uma cuidadora das fábricas de produção em massa." Falou a mais velha que ainda olhava para o portão, se olhasse nos olhos violetas de sua pupila certamente a fuzilaria, e isso não era comportamento para uma líder que tem que manter a compostura.

 

"Senhora eu-"

 

"Já basta." Falou a mais velha tentando olhar de forma calma para a morena que a olhava muito assutada. Temia do que poderia acontecer. "Já não posso mais te proteger, sinto muito Isabella. Mas quem irá guiar os passos dessa garota será eu." Disse Grandmother pegando a Emma dos braços de Isabella.

 

Isabella estava sem chão, sem apoio, seus pilares tinham sido destruídos com aquelas simples palavras. Iria morrer? Iria ser morta daquela maneira? E a Emma? Será que ela vai ficar bem? Não sabe nem como sobreviveu seu treinamento para virar uma mama, imagina sua pequena e sentimental Emma.

 

Passos pesados, grunidos obscuros, e dois seres duas vezes maiores do que ela a olhavam olho a olho, como se esperassem uma ordem, ou algo do tipo a partir da mais velha.

 

"Você não precisa se preocupar com mais nada Isabella, eu irei mandar alguém competente cuidar de suas preciosas crianças, e eu irei cuidar bem de sua criança prodígio. Agora só morra em paz." Falou fazendo um sinal para que os maiores andassem, indo na direção de Isabella, a morte era inevitável.

 

"E-Emma... Se-Sei que não po-pode me ouvir. Ma-Mas eu... " E assim, olhando aquelas grandes garras irem em direção ao seu pescoço, disse suas últimas palavras. "eu sinto muito".


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Notas finais do capítulo

Obg por lerem ❤